REO SPEEDWAGON - RIDIN' THE STORM OUT (1973)







Ridin’
the Sotrm Out é o terceiro álbum de estúdio da banda
norte-americana REO Speedwagon. Seu lançamento oficial aconteceu em
dezembro de 1973, através do selo Epic Records. A produção ficou
sob responsabilidade de Bill Halversom.







Após
um longo período, é hora do REO Speedwagon voltar ao RAC.
O primeiro post sobre a banda você pode encontrar aqui. E é a
partir dele que o site vai começar esta nova história.










R.E.O./T.W.O.





R.E.O./T.W.O.
é o segundo álbum de estúdio do REO Speedwagon, lançado em
dezembro de 1972 pela Epic Records.





Após
o lançamento da estreia do grupo, R.E.O. Speedwagon, de 1971,
o vocalista do grupo no álbum, Terry Luttrell, deixou o conjunto.





Kevin
Cronin, oriundo da região da grande Chicago, nos Estados Unidos, foi
escolhido como substituto, assumindo não somente os vocais, mas
também a posição de guitarrista-base.





Além
disso, Kevin Cronin se mostrou um compositor prolífico, escrevendo 3
das 8 faixas de R.E.O./T.W.O. São elas: “Let Me Ride”,
“Being Kind (Can Hurt Someone Sometimes)” e “Music Man”.





Sob
a liderança do guitarrista Gary Richrath, este álbum continuou a
direção musical definida na estreia de 1971, partindo das próprias
composições clássicas de Richrath que trazem o registro.





R.E.O./T.W.O.
lançou o REO em sua primeira turnê nacional e apresentou uma
produção mais polida que a do álbum de estreia da banda, mantendo
as tendências de rock progressivo que seriam abandonadas após a
chegada de Mike Murphy.





O
disco não teve um single de sucesso para rivalizar com
“Sophisticated Lady”, o maior sucesso do primeiro trabalho.





Apesar
disso e da ausência de R.E.O./T.W.O. em conseguir adentrar a
Billboard Top 200, principal parada de álbuns
norte-americana, o trabalho permaneceu mais prontamente relevante que
a estreia, superando a marca de 500 mil unidades vendidas em 13 de
agosto de 1981.





Os
destaques do álbum incluem “Golden Country”, de Richrath, uma
declaração política convincente, bem como “Like You Do”. Ambas
as músicas, além de “Music Man”, de Cronin, são frequentemente
parte do set list atual da banda.







Gary Richrath





Ridin’
the Storm Out





Após
o grupo trabalhar e promover R.E.O./T.W.O., o REO
Speedwagon
começou o processo de desenvolvimento de seu terceiro
disco de estúdio, Ridin’ the Sotrm Out.





As
seções de gravação se revelariam turbulentas com o agravamento
dos desentendimentos levando a consequências mais sérias.





A
principal delas foi a saída do vocalista Kevin Cronin durante o
processo de gravação de Ridin’ the Storm Out.





Kevin
Cronin, como motivo oficial de sua saída do grupo, alegou as já
famosas divergências musicais. A banda encontrou em Mike Murphy seu
substituto.





Cronin
já havia gravado algumas canções como “Ridin' the Storm Out” e
“Son of a Poor Man”, além de ter composto “Movin’”. Todas
acabaram sendo regravadas com Murphy nos vocais.





O
grande guitarrista Joe Walsh, da banda James Gang, participa
de 3 músicas do trabalho: “Whiskey Night”, “Open Up” e
“Start a New Life”.





Com
uma capa simples, contando com uma fotografia da banda, o disco foi
lançado em dezembro de 1973. Vamos às faixas:





RIDIN’
THE STORM OUT





O ótimo trabalho do baixista Gregg Philbin e do tecladista Neal Doughty traz para a faixa-título um ritmo cativante e uma melodia repleta de swing e malícia. Também a guitarra de Gary Richrath, quando assume o protagonismo, brilha de maneira singular. Ótima canção.





A
letra possui um sentido de aventura:





My
lady's beside me, she's there to guide me


She
says that alone we've finally found home


The
wind outside is frightening,


But
it's kinder than the lightning life in the city


It's
a hard life to live but it gives back what you give










Ridin’
the Storm Out” acabou se tornando um sucesso tardio da banda,
sendo, hoje, uma presença praticamente fixa nos shows do REO
Speedwagon.





Foi
lançada como single, mas não repercutiu em termos das principais
paradas de sucesso do grupo.













WHISKEY
NIGHT





"Whiskey Night" mantém a pegada da música anterior, apresentando o Rock com uma pegada Bluesy característica. Nesta faixa, a presença do slide na guitarra do sensacional Joe Walsh aumentam todas as suas possibilidades. Incrível a participação de Doughty nos teclados. 





A
letra se refere a uma ressaca de uísque:





I
stumbled around with my eyes half closed


And
curse the sun for being so bright


I
hold you close, feel your warmth and wonder why


The
river of life for you runs right













OH
WOMAN





"Oh Woman" continua com um inegável influência Bluesy, em uma referência ao Rock dos anos 50's. Malícia, swing e leveza, em doses na medida correta, com o protagonismo do bom solo da guitarra de Richrath.





A
letra demonstra uma paixão arrebatadora:





Oh,
Oh woman I need you like I never needed anyone


Oh,
Oh woman like the morning needs the sun


Oh,
Oh woman you know that our lives have just begun


I'll
behave, Oh woman, 'cause I'm your slave













FIND
MY FORTUNE





O teclado de Doughty continua com sua marcante onipresença em "Find My Fortune". Os vocais, desta feita conduzidos por Richrath, não são ruins, funcionando a contento. O solo de Doughty é bem legal.





A
letra se refere a uma mudança de vida:





A
restless nature fed my crazy dreams


So
I packed my bags in a big limousine


laughed
at the people who were laughin' at me


Laughed
and said I'm gonna be what I be


And
I'm gone, gone away to find my fortune





Nesta
canção, os vocais principais são feitos pelo guitarrista Gary
Richrath.













OPEN
UP





A presença do guitarrista Joe Walsh tornam a versão de "Open Up" ainda mais saborosa. A pegada folk de Stephen Stills, aqui, é transformada em um Rock mais intenso e direto, mas que não retiram sua beleza.





A
letra é uma espécie de desabafo:





And
you've got yourself a potion


Oh
to keep you from your sleep


In
that dark and lonely hour


Well
I've heard you laugh and weep


But
you'll always be a-runnin'


Runnin'
till you find your doom


'Cause
you never face your lonely soul


You
never face the gloom





Trata-se
de uma versão da canção de mesmo nome originalmente composta pelo
genial Stephen Stills.













MOVIN’





Em "Movin'", o trabalho do baixista Philbin fica ainda mais nítido, além da boa parceria formada com o baterista Alan Gratzer. A guitarra de Richrath está conduzindo a canção, mas Doughty e seu teclado roubam a cena. Ótima música!





A
letra é uma ode à Califórnia:





But
I used to wonder why people got so excited


About
movin' to California


I've
only been here a week but I've been enlightened


To
a whole new way of life


And
it makes me feel just like movin'













SON
OF A POOR MAN





Nesta faixa, o Blues Rock ganha mais peso e intensidade, flertando abertamente com uma inegável pegada Hard Rock. Desta maneira, Richrath e sua guitarra ganham protagonismo, mas a seção rítmica continua roubando a cena. Um dos melhores momentos do disco.





A
letra fala sobre um amor impossível:





Maybe
soon I'll see her on some television show


Painted
lips and fingers singing for the world


A
fashion plate for sure dancin' for your plastic world


Call
me up if you can but if not well I'll understand













START
A NEW LIFE





"Start a New Life" é uma bela balada a qual mantém a pegada bluesy do disco. A presença da guitarra de Walsh a torna mais sentida e os vocais de Mike Murphy são feitos com muito bom gosto. Linda música.





A
letra é sobre recomeço:





Hopes
crushed and battered


But
you laugh as if it didn't matter


This
joke is gonna turn blue


And
I won't be there to hold you













IT’S
EVERYWHERE





Em "It's Everywhere", a banda aposta em uma pegada mais intensa, contando com um riff principal mais pesado e a guitarra de Richrath está mais presente (e forte). Também se nota mais protagonismo da bateria de Gratzer. A canção pode ser considerada um verdadeiro momento Hard Rock do álbum.





A
letra mostra uma pessoa persistente:





Lookin'
for a love


Searchin'
everywhere


I
can't get enough and I don't really care


If
it takes a lot of waitin'


'Cause
I've got the time to spare


It's
gonna take a lot more lovin'


But
we got plenty of that around here













WITHOUT
EXPRESSION (DON’T BE THAT MAN)





A décima - e última - faixa de Ridin' the Storm Out é "Without Expression (Don't Be That Man)". Na derradeira canção do disco, o grupo opta por apresentar uma música mais leve e intimista, com uma pegada suave e uma melodia simples, embora cativante. Mesmo que quebre um pouco o ritmo, a faixa acaba funcionando.





A
letra é em tom de rebeldia:





But
you'll never, no you'll never see this man laughing


Come
to think of it, I've never seen this man cry


But
you might by sitting quietly hear him singing


By
and by, he'll stop and sigh, his voice will even



Start
to speak and he will say goodbye





Trata-se
de um cover para a canção de mesmo nome composta por Terry Reid.













Considerações
Finais





Na
época de seu lançamento, Ridin’ the Storm Out acabou não
causando maiores repercussões em termos das principais paradas de
sucesso.





Entretanto,
quando a banda lançou o disco ao vivo Live: You Get What You Play
For
, em 1977, a faixa “Ridin' the Storm Out” acabou se
tornando um sucesso, alavancando um sucesso tardio para o álbum.





Em
1981, Ridin’ the Storm Out atingiu a 171ª posição da
principal parada norte-americana de discos, a Billboard 200.





Críticas,
em retrospectiva, acabam valorizando Ridin’ the Storm Out.
Stephen Thomas Erlewine, do site AllMusic, dá ao
trabalho uma nota 4 de um máximo possível de 5. Ele conclui sua
análise: “Enquanto o grupo ainda possuía elementos de seu boogie
primário, eles começaram a racionalizar sua abordagem neste álbum.
Embora tenha resultado apenas em pequena escala, com a faixa-título
raspando a parte inferior das paradas de singles, o álbum foi um de
seus esforços mais consistentes”.





A
versão de “Son of a Poor Man”, originalmente com Kevin Cronin nos
vocais, é encontrada nas coletâneas A Decade of Rock and Roll:
1970-1980
e The Essential REO Speedwagon. Já a versão de “Ridin’ the Storm Out” é encontrada no Box Set
Series
de 2014.





Também com
Mike Murphy como vocalista, a banda lançaria seu quarto álbum de
estúdio, Lost in a Dream, já em 1974.





Ridin’
the Storm Out
supera a casa de 1 milhão de cópias vendidas
apenas nos Estados Unidos.













Formação:


Mike
Murphy - Vocal


Gary
Richrath - Guitarra, Vocal em “Find My Fortune”


Neal
Doughty - Teclados


Gregg
Philbin - Baixo, Backing Vocals


Alan
Gratzer - Bateria, Backing Vocals


Músicos
Adicionais:


Gene
Estes - Percussão


Guille
Garcia - Percussão


Joe
Walsh - Slide Guitar (faixas 2, 5 e 8)





Faixas:


01.
Ridin' the Storm Out (Richrath) - 4:12


02.
Whiskey Night (Richrath) - 4:42


03.
Oh Woman (Richrath) - 2:46


04.
Find My Fortune (Richrath) - 2:53


05.
Open Up (Stills) - 3:31


06.
Movin' (Cronin) - 3:20


07.
Son of a Poor Man (Richrath) - 3:44


08.
Start a New Life (Richrath) - 3:50


09.
It's Everywhere (Cronin) - 3:26


10.
Without Expression (Don't Be That Man) (Reid) - 3:51





Letras:


Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/reo-speedwagon/




Opinião
do Blog:



Eis que surge o momento da banda REO Speedwagon retornar ao RAC, mas novamente com um de seus primeiros trabalhos, os quais são bem interessantes.





É muito curioso ouvir e escrever sobre estes primeiros álbuns do grupo quando se conhece o tipo de sonoridade que acabou tornando a banda famosa, ou seja, um AOR excessivamente melódico com apelo Pop inegável.





Ridin' the Storm Out não possui nenhum elo com o REO Speedwagon da década de 80, exceto o fato de, inacreditavelmente, ser a mesma banda. A pegada aqui é outra: um Rock simples, com um explícito toque do Blues, flertando tanto com o Hard quanto com a Psicodelia em alguns momentos.





Neste álbum aqui apresentado, o conjunto mostra talento e coesão. Alan Gratzer e Gregg Philbin formam uma seção rítmica talentosa, Gary Richrath é um bom guitarrista e Mike Murphy faz vocais competentes. Mas, sem dúvidas, quem rouba a cena é o tecladista Neal Doughty.





As letras acabam funcionando para o propósito de divertir do disco. Confira.





Ridin' the Storm Out é, antes de tudo, um trabalho divertido e prazeroso de ser ouvido. Suas canções funcionam muito bem e a pegada Bluesy dá um sabor especial às composições.





"Whiskey Night" é uma boa canção, com ótima presença do convidado, o excepcional guitarrista Joe Walsh. O ar de anos 50's de "Oh Woman" é cativante. E a beleza de "Start a New Life" é reconfortante, outra música que conta com a participação de Walsh e que flerta, mesmo que inconscientemente, com o tipo de musicalidade que faria a banda se consagrar na década seguinte.





Mas as preferidas do site são a pesada e intensa faixa-título e o Hard Bluesy de "Soon of a Poor Man", em uma fusão de ritmo, peso e melodia, de modo certeiro.





Enfim, Ridin' the Storm Out não é um álbum que vá mudar a vida de ninguém que o ouvir, mas garante momentos agradáveis durante sua audição. Não é a sonoridade que tornou o REO Speedwagon consagrado, mas traz uma banda fazendo um som muito interessante e de maneira competente. Disco bem recomendado pelo site!


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