BOSTON - BOSTON (1976)






Boston é
o álbum de estreia da banda norte-americana homônima, ou seja, o
Boston. Seu lançamento oficial aconteceu no dia 25 de agosto de
1976, através do selo Epic Records. As gravações duraram de
outubro de 1975 a abril de 1976, em diferentes estúdios, com a
produção sob responsabilidade de John Boylan e Tom Scholz.





Boston, o
álbum, é um dos maiores sucessos comerciais da história da
indústria fonográfica. O Blog tratará do início e formação da
banda para depois abordar o supracitado disco.










Tom
Scholz começou a compor música por volta de 1969, enquanto ele
estudava no Massachussetts Institute of Technology (MIT), onde
escreveu uma canção instrumental intitulada "Foreplay".





Enquanto
frequentava a MIT, Scholz se juntou à banda "Freehold",
onde conheceu o guitarrista Barry Goudreau e o baterista Jim Masdea ,
que viriam a se tornar membros do Boston. O vocalista Brad Delp foi
adicionado ao grupo em 1970.





Depois de
se formar (com um grau de mestre), Scholz trabalhou para a Polaroid,
onde usou o seu salário para construir um estúdio de gravação no
seu porão e para financiar 'fitas demo' gravadas em estúdios
profissionais





Estas
'fitas demo' foram gravadas (em vários momentos) com Brad Delp nos
vocais, Barry Goudreau na guitarra, Jim Masdea na bateria, e Scholz
na guitarra, baixo e teclados. As mesmas eram enviadas para as
gravadoras, mas recebiam rejeições consistentes.





Em 1973,
Scholz formou a banda Mother's Milk com Delp, Goudreau, e Masdea.
Esse grupo se desfez em 1974, mas Scholz, posteriormente, trabalhou
com Masdea e Delp para produzir seis novas demos, incluindo "More
Than a Feeling", "Peace of Mind", "Rock and Roll
Band", "Something About You" (em seguida, intitulada
"Life Isn't Easy"), "Hitch A Ride" (em seguida,
intitulada "San Francisco Day"), e "Don't Be Afraid".





Scholz
afirma que eles terminaram quatro das seis canções até o final de
1974 e finalizaram "More Than a Feeling" e "Something
About You", em 1975. Scholz tocou todos os instrumentos nas
demos, exceto a bateria, a qual foi tocada por Masdea, além de usar
pedaleiras que foram concebidas por ele mesmo para criar o som da
guitarra desejado.







Tom Scholz


Além
disto, o “som de violino” das guitarras presente nas canções
foi criado no início de 1970, por Scholz, e foi uma inovação
verdadeiramente distinta na música norte-americana.





Esta
última fita demo atraiu a atenção dos promotores Paul Ahern e
Charlie McKenzie. Masdea deixou a banda quase ao mesmo tempo. Segundo
Scholz, os gestores insistiram para que Masdea fosse substituído
antes da banda obter um contrato de gravação.





Scholz e
Delp assinaram um contrato com a Epic Records logo após a partida de
Masdea, graças a Ahern & McKenzie.





Antes que
o acordo fosse finalizado, a banda teve que fazer uma audição ao
vivo para os executivos da gravadora. A dupla rapidamente recrutou
Goudreau na guitarra, o baixista Fran Sheehan e o baterista Sib
Hashian para criar uma unidade executora que fosse capaz de replicar
no palco as ricas gravações em camadas de Scholz.





A
apresentação foi um sucesso e a banda concordou em lançar 10
álbuns ao longo dos próximos seis anos.





Além da
demissão de Masdea, a gravadora também insistiu para que Scholz
regravasse as fitas demo em um estúdio profissional. No entanto,
Scholz queria o registro fosse gravado em seu estúdio particular, no
próprio porão, a fim de que ele trabalhasse em seu próprio ritmo.





A pedido
de Tom Scholz, Masdea tocou bateria na faixa "Rock and Roll
Band" e a instrumentação foi gravada em seu estúdio. Assim, o
resultado da gravação foi então levado para Los Angeles, onde Brad
Delp acrescentou vocais, sendo o álbum mixado por John Boylan.





Foi neste
momento que o grupo foi batizado de "Boston", por sugestão
de Boylan e do engenheiro de som Warren Dewey.





Foi
durante a mixagem do álbum que Tom Scholz foi para Los Angeles e se
encontrou novamente com Boylan e Delp. Scholz afirmou ter ficado
intimidado, inicialmente, com os engenheiros profissionais, já que
ele havia gravado as faixas em seu porão. Mas, posteriormente,
Scholz percebeu que, na realidade, eles possuíam um rico arsenal de
possibilidades nas mãos, mas não possuíam as habilidades que
Scholz adquiriu com sua experiência em seu próprio estúdio.





Boylan
encontrou seu único real confronto com um Scholz autocrático
durante a fase de mixagem, em que Scholz cuidava de guitarra e
bateria; e Boylan Dewey dos vocais, com Steve Hodge como auxiliar.
Scholz colocou as guitarras muito altas na mixagem, tornando os
vocais de renderização inaudíveis por algumas vezes.





Toda a
operação foi descrita como "uma das ações corporativas mais
complexas da história do mundo da música." Com exceção de
"Let Me Take You Home Tonight", o álbum foi uma cópia
virtual das fitas demo.





O álbum
foi gravado por um custo de alguns milhares de dólares, uma quantia
irrisória em um setor acostumado a gastar centenas de milhares de
dólares em uma única gravação.





O disco
Boston foi composto principalmente de canções escritas muitos anos
antes de suas aparições no álbum. Scholz escreveu ou co-escreveu
todas as músicas do álbum, tocou praticamente todos os instrumentos
e gravou (participando da engenharia) de todas as faixas.





O som do
Boston combina "grandes, gigantes ganchos melódicos" e
"maciçamente pesadas partes de guitarra, de inspiração
clássica."







Brad Delp


Para
Scholz, a idéia de belas harmonias vocais foi inspirada no grupo The
Left Banke, e o aspecto das guitarras foi influenciado pelos Kinks, o
Yardbirds e pelo Blue Cheer.





Outro
elemento de assinatura do "som do Boston", em termos de
produção, envolve o equilíbrio entre guitarras acústicas e
elétricas. Para este fim, Scholz inspirou-se em sua audição de
infância de música clássica, observando que o "conceito
básico" era fixar o ouvinte em uma mudança que está chegando
durante uma canção, sendo que tal efeito havia sido explorado por
centenas de anos naquelas composições.





O
registro também faz uso de vários solos de guitarra harmonizados e
dispositivos melódicos barrocos conhecidos como mordentes.





A capa
clássica, desenhada por Roger Huyssen, foi idealizada também por
Tom Scholz. Vamos às faixas:





MORE
THAN A FEELING





Uma bela melodia embala os momentos iniciais de um dos clássicos da música pop internacional: "More Than A Feeling". O ritmo sempre permanece preenchido por um envolvente e suave riff o qual ganha peso apenas quando se aproxima do refrão. Os vocais são construídos de maneira a contribuir com o sucesso da faixa, bem como o solo de guitarra. Trabalho excepcional do grupo!





A letra é
sobre nostalgia e o poder que uma canção pode ter na vida de
alguém:





When
I'm tired and thinking cold


I hide
in my music, forget the day


and
dream of a girl I used to know


I
closed my eyes and she slipped away


She
slipped away, She slipped away





“More
Than A Feeling” é um dos maiores clássicos da música em todos os
tempos. Sua repercussão e sucesso foram quase instantâneos ao seu
lançamento.





Segundo
Tom Scholz, a versão final da canção levou quase 5 anos para ser
finalizada. A música “Walk Away Renee”, do The Left Banke, foi
uma inspiração para sua composição.










Lançada
como single, atingiu a excelente 5ª posição da principal parada
norte-americana de singles. Ficou com a 22ª colocação em sua
correspondente britânica.





Está na
39ª posição da lista Top 100 Hard Rock Songs, de 1999,
feita pelo canal VH1.





São
inúmeras as versões covers feitas de “More Than A Feeling”.
Como exemplo, cita-se Ingram Hill, No Mercy e Nirvana. Aliás, muitos
críticos musicais encontram semelhanças entre “More Than A
Feeling” e “Smells Like Teen Spirit”.





Está
presente em filmes e animações como Foxes (1979) e Madagascar:
Escape 2 Africa (2008). Também aparece em diversos programas e
séries da TV norte-americana. Aparece, ainda, no game Rock Band.













PEACE
OF MIND





Já em "Peace Of Mind", o Boston aposta em um riff o qual possui maior peso e intensidade da guitarra, embora desenvolva uma melodia cativante e maliciosa, leve e impressiva na mesma certeira tonalidade. Nesta composição, o flerte com o Hard Rock setentista é mais nítido e palpável. Outro momento gratificante do álbum.





A letra
se refere ao tempo em que Scholz trabalhava na Polaroid e tentava
deslanchar com a banda:





Now
everybody's got advice they just keep on givin'


Doesn't
mean too much to me


Lot's
of people out to make-believe they're livin'


Can't
decide who they should be.


I
understand about indecision


But I
don't care if I get behind


People
li vin' in competition





Lançada
como single, atingiu a 38ª colocação da principal parada
norte-americana desta natureza. É outro clássico da banda de Tom
Scholz.










Está
presente nos games Guitar Hero III e Rock Band. Entre os covers mais
famosos, está o da banda Stryper, com participação do próprio Tom
Scholz na guitarra.













FOREPLAY/LONG
TIME





"Foreplay" é uma canção com óbvias e determinantes orientações progressivas, sendo de extremo bom gosto. Após 2 minutos e meio, um inspirado solo de guitarra introduz "Long Time", um rock com melodia suave e encantadora, com vocais que se casam perfeitamente com a parte instrumental. Novamente, Scholz opta por intensificar o peso da guitarra especialmente no refrão e nos momentos que o precedem e o Boston consegue fazer isto como quase nenhuma outra banda.





A letra
fala da fugacidade do tempo:





Well
I'm takin' my time, I'm just movin' on


You'll
forget about me after I've e been gone


And I
take what I find, I don't want no more


It's
just outside of your front door





Também
foi lançada como single, alcançando a 22ª posição na principal
parada norte-americana de singles.





A canção
é composta por 2 diferentes músicas que se fundem, “Foreplay”,
um prelúdio instrumental de origens progressivas e “Long Time”,
um Hard Rock mais direto. A revista Rolling Stone definiu a faixa
como um perfeito casamento entre Led Zeppelin e Yes.





Os três
solos de guitarra de “Long Time” são tocados pelo guitarrista
Barry Goudreau.





Está
presente no game Rock Band e aparece na série de TV, Supernatural,
no final da segunda temporada. Além disto, o Rascal Flatts fez uma
versão para o clássico.













ROCK
& ROLL BAND





Esta é a menor canção de todo o álbum e vai direto ao ponto: um rock simples e direto, que flerta deliberadamente com o Hard, mas dosando de maneira equilibrada sua melodia envolvente e o peso da guitarra. Bons, embora simples, trabalhos da bateria e baixo. Os vocais são ótimos e contribuem fundamentalmente para a qualidade da composição. Tiro certeiro!





A letra
se refere à própria banda:





Well,
we were just another band out of Boston


On the
road and tryin' to make ends meet


Playin'
all the bars, sleepin' in our cars


And we
practiced right out in the street





Foi “Rock
& Roll Band” a música que Paul Ahern tocou para Charlie
McKenzie a fim de convencê-lo a assinarem contrato como empresários
do Boston.





A música
acabou se tornando uma marca do Boston, tendo intensa circulação
nas rádios e caindo no gosto dos críticos musicais, mesmo não
tendo sido lançada como single. Aliás, o grupo consistentemente
iniciava suas apresentações com esta faixa.





Está
presente nos games Rock Band e Guitar Hero World Tour.













SMOKIN'





Um riff muito bom, pesado e intenso, é a base para a ótima "Smokin'". A faixa bebe fartamente no Hard Rock com influência Bluesy e consegue um resultado final invejável. Os vocais são novamente parte fundamental da qualidade da música, contando com um ótimo solo de teclado o qual nos faz lembrar de Jon Lord e do Deep Purple. Momento extasiante do álbum.





A letra é
simples, em tom de celebração:





Get
your feet to the floor, everybody rock and roll


You've
got nothing to lose just the rhythm and blues, that's all,yeah


We're
gonna feel ok


We'll
pick you up and take you away


Get
down tonight





“Smokin'”
também acabou se tornando um clássico das rádios de Rock dos
Estados Unidos, com intensa veiculação desde o lançamento do
álbum, em 1976. O Anthrax gravou uma versão para a música em seu
EP Anthems, de 2013.













HITCH
A RIDE





A canção se inicia de maneira leve, suave e envolvente, com os vocais se casando de maneira perfeita com a melodia instrumental. Mesmo quando a seção rítmica entra na música, o peso não se intensifica. Os teclados novamente têm função destacada na faixa, mas o ponto mais alto são mesmo os vocais, construídos de maneira tocante.





A letra é
em tom de liberdade:





Life
is like the coldest winter


People
freeze the tears I cry


Words
of hail their minds are into


I've
got to crack this ice and fly













SOMETHING
ABOUT YOU





Uma melodia vocal também suave, mas um pouco mais melancólica, abre a canção. Mas logo o ouvinte estará diante de um Hard Rock com guitarra proeminente e pesada, com um espírito alegre e festivo. A bateria está especialmente mais destacada nesta faixa. Os vocais continuam com o mesmo nível elevado e o solo de guitarra, embora curto, conta com muito feeling. Momento saboroso do álbum.





A letra é
sobre amar:





When I
was younger I thought I could stand on my own


It
wasn't easy, I stood like a man made of stone


But
there was something about you (I want you to know),


It
brought a change over me (it's starting to show)


I've
got this feeling inside,


Got to
have you, have you,


Ain't
no good to hide













LET
ME TAKE YOU HOME TONIGHT





A oitava - e última - canção de Boston é "Let Me Take You Home Tonight". A derradeira faixa do álbum aposta em uma melodia muito suave e leve, com doses quase homeopáticas de peso.  O ritmo permanece assim por quase toda sua extensão, sendo que no minuto final o andamento da faixa acelera, dando um aspecto de clímax para o encerramento do disco, efeito construído de modo inteligente.





A letra é
em tom de liberdade e amor:





I
don't wanna make excuses, I don't wanna lie


I just
got to get loose


With
you tonight













Considerações
Finais





Catapultado
pelo sucesso de “More Than A Feeling”, o álbum atingiu altas
posições nas paradas de sucesso. Ficou com a extraordinária 3ª
posição na principal parada norte-americana. Conquistou a 11ª
colocação na parada britânica e, ainda, o 4º e o 7º lugares nas
paradas alemã e canadense, respectivamente.





Tom
Scholz, então com 29 anos, planejava abandonar seu sonho de rock and
roll; ele ainda trabalhava na Polaroid durante as primeiras semanas
após o lançamento do registro. Scholz sentia-se pessimista sobre o
sucesso até que o álbum vendeu 200 mil cópias.





Já em
janeiro de 1977, o disco de estreia havia vendido dois milhões de
cópias, tornando-se um dos álbuns estreantes que mais rapidamente
vendeu tantas cópias da história do rock.





O álbum
acabou por receber vários prêmios, incluindo uma indicação ao
Grammy de Melhor Artista Novo. Com uma popularidade maciça, o Boston
chegou a ser colocado no patamar de estrelas estabelecidas, como
Peter Frampton, Fleetwood Mac, e Stevie Wonder.





Todas as
oito músicas do álbum ainda recebem divulgação regular em rádios
de rock clássico até hoje, em todo os Estados Unidos.





De uma
pequena turnê de 6 semanas, prevista anteriormente ao lançamento do
disco, o Boston acabou fazendo outra que duraria 10 meses. Scholz se
recorda de ficar extasiado quando via que as pessoas já conheciam as
canções do grupo.





O Boston
finalmente começou a ser Headliner em shows a partir de 1977 e
esgotando quatro shows no sul da Califórnia, com um intervalo de uma
semana. Bob Seger and The Siver Bullet Band fez a abertura para o
grupo em Detroit. O sucesso era tanto que a banda esgotou os
ingressos para 3 apresentações em New York City, no famoso Madison
Square Garden.





Por conta
de seu álbum de estreia, o Boston é apontado por muitos críticos
musicais como o pivô da mudança do Rock mainstream norte-americano
de uma origem baseada no Blues e no “Proto-Metal” para uma
sonoridade que se aproximava mais do Pop.





Depois do
sucesso do álbum, seu som se tornou imitado por várias outras
bandas de rock proeminentes da época. Além disto, o registro criou
um ponto de referência para os valores de produção e tecnologia de
estúdio que perdurariam durante anos.





O álbum
Boston já ultrapassa a casa de 18 milhões de cópias
comercializadas no mundo.










Formação:


Tom
Scholz - Guitarras Elétricas, Guitarra-Solo, Guitarras Acústicas,
Órgão, Baixo


Brad Delp
- Vocal, Guitarra Acústica


Sib
Hashian - Bateria


Jim
Masdea - Bateria em "Rock & Roll Band"


Barry
Goudreau - Guitarra-Base, Guitarra-Solo em "Foreplay / Long
Time" e "Let Me Take You Home Tonight"


Fran
Sheehan - Baixo em "Foreplay" e "Let Me Take You Home
Tonight"





Faixas:


01. More
Than a Feeling (Scholz) - 4:44


02. Peace
of Mind (Scholz) - 5:02


03.
Foreplay/Long Time (Scholz) - 7:47


04. Rock
& Roll Band (Scholz) - 2:60


05.
Smokin' (Delp/Scholz) - 4:22


06. Hitch
a Ride (Scholz) - 4:12


07.
Something About You (Scholz) - 3:48


08. Let
Me Take You Home Tonight (Delp) - 4:44





Letras:


Para o
conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
http://letras.mus.br/boston/




Opinião
do Blog:



A influência e importância do álbum de estreia do Boston permanecem até hoje, mesmo quase quarenta anos após o seu lançamento original. Seu sucesso gigantesco mudaria o rumo da música norte-americana, especialmente para o final da década de 70, bem como para a seguinte.





São incontáveis os grupos que passaram a simular a sonoridade que surgiu com o álbum Boston (e também com o disco de estreia do Foreigner), assim como bandas que nasceriam já praticando este estilo, após o lançamento do disco, já apontando para o direcionamento musical conhecido como AOR. Journey, REO Speedwagon e Styx são apenas exemplos que compravam a afirmação. Também a música Pop seria influenciada, especialmente pelo sucesso de "More Than A Feeling".





Fato é que o álbum de estreia do Boston, um gigantesco sucesso comercial, é o registro inicial do talento inegável de Tom Scholz não apenas como músico e compositor, mas também como homem de estúdio, já que suas inovações na gravação do disco seriam seguidas dali para a frente.





O que mais impressiona no álbum Boston é que todos os detalhes são pensados de modo que contribuam para o resultado final das canções. É tudo feito com extremo bom gosto e com muita precisão.





Um trabalho que vendeu tanto e se tornou tão influente não possui músicas de enchimento. Todas as faixas são, no mínimo, muito boas. As letras, simples, são feitas para que o ouvinte as cante junto com o desenrolar do disco.





Claro que "More Than A Feeling" se tornou um patrimônio musical da humanidade, sendo conhecida em todo o mundo e tendo embalado diferentes gerações após seu lançamento. Qualquer crítica que venha a desqualificá-la soa ao Blog como leviana.





Mas o álbum não é apenas isto: o flerte contundente com o Hard Rock setentista somado ao talento de Scholz como compositor resultou em uma coleção de canções memoráveis."Peace Of Mind" é ótima, a dobradinha "Foreplay/Long Time" é pulsante, além da excelente "Smokin'", uma das melhores composições do Boston.





Enfim, o álbum de estreia do Boston é um marco na música norte-americana que influenciou um sem número de grupos e artistas que surgiriam depois. Se o leitor tem a mente mais aberta e é desprovido de maiores preconceitos musicais irá se deliciar com a beleza das composições. Álbum obrigatório e fundamental na história do Rock.

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