MANOWAR - BATTLE HYMNS (1982)

 


Battle
Hymns é o álbum de estreia da banda norte-americana chamada
Manowar. Seu lançamento oficial aconteceu em 7 de maio de 1982,
através do selo Liberty Records. As gravações ocorreram no
Criteria Studios, em Miami, nos Estados Unidos. A produção ficou a
cargo de Joey DeMaio e de Ross the Boss.






O
Rock: Álbuns Clássicos traz a estreia do
Manowar para suas páginas. Vai-se contar um breve histórico
das origens do grupo para depois se ater às músicas.









Origens






A
história do Manowar começou em 1980, quando Joey DeMaio, o
futuro baixista da banda, conheceu o guitarrista Ross the Boss (nome
artístico de Ross Friedman) enquanto trabalhava como técnico de
baixo e diretor de fogos de artifício do Black Sabbath, na
turnê de Heaven & Hell.






Ross
the Boss, ex-membro da banda de punk rock The Dictators, era o
guitarrista da banda de apoio da turnê do Black Sabbath,
Shakin' Street. Os dois tiveram afinidades por seus interesses
musicais comuns, tornaram-se amigos e decidiram formar uma banda pela
sugestão e pelo conselho de Ronnie James Dio, durante a
turnê.






No
final da turnê com o Black Sabbath, a dupla se reuniu para
formar o Manowar.Para completar o elenco, eles contrataram o
baterista Donnie Hamzik e o cantor Eric Adams, ex-colega de classe e
amigo de DeMaio. O nome Manowar foi sugerido a Joey DeMaio e
Ross the Boss por seu designer de instrumentos, John "Dawk"
Stillwell.






Ross
nasceu no Bronx, Nova York, e formou a banda punk The Dictators
com Andy Shernoff em 1973. Antes disso, Friedman havia tocado em uma
banda local, chamada Total Crudd.


Joey DeMaio







Depois
de gravar três álbuns com o The Dictators, Friedman
foi para a França e trabalhou por um ano na banda Shakin' Street, de
Fabienne Shine, que foi citada como conjunto de apoio do Sabbath.






Eric
Adams é o nome artístico de Louis Marullo, o qual nasceu em 12 de
julho de 1952. Ainda adolescente, Marullo e alguns colegas formaram
uma banda de garagem, The Kids, em 1965. O grupo fez shows em meados
da década de 1960, com músicas geralmente focadas no amor juvenil.
A banda lançou a música "Lovin' Everyday", em 1965, a
qual foi lançada como single para o álbum de 1966, Class of '66.






Álbum
de estreia






Por
conta de sua primeira demo, o Manowar conseguiu um contrato de
gravação com a Liberty Records em 1981. A gravadora pressionou a
banda a produzir um bom número de músicas em pouco tempo para um
álbum de estreia.


Ross the Boss







O
resultado seria Battle Hymns. Os próprios John DeMaio e Ross
the Boss seriam os produtores do disco, cuja capa seria obra do
artista Gary Ruddell.






Vamos
às faixas:






DEATH
TONE






O
som das motocicletas dá o tom agressivo de “Death Tone”, uma
amostra do que é o Manowar.






A
letra relata um soldado que foi para a guerra:






Now,
you were sittin' home

And I got sent to Nam

I went to the
big house

You just worked at job






METAL
DAZE






Metal
Daze” apresenta um som mais cadenciado e com boa dose de peso.






A
letra fala sobre ser um ‘rock star’:






Baby
I was born to play music

I'm a man with a screaming
guitar

There's a light in the middle of the stage

In a
minute I'll be wearing it all

I don't know another way of
living

Baby I don't really care

Give me a pair of chains
aim the whiplash at me

The girls I'd Love to share






FAST
TAKER






Fast
Taker” se apresenta com uma sonoridade metal mais convencional, com
a cara do início daquela década.






A
letra tem conotação sexual:






Mama
is having troubles,

It always comes from me

Your daddy said
that drink is

Is not yours for the free






SHELL
SHOCK






Shell
Shock” é pesada, caminhando na tênue linha entre o Hard e o
Heavy, com vocais muito bons de Adams.






A
letra fala sobre a guerra do Vietnã:






I
got it!

Well, there's no charge for the haircut

And the
bullets come free

My Uncle Sam send a letter, said:

He's
got a mission for me

Now I'm a ranger, not a stranger

And I
live in Saigon

We've got a team of special forces

And we
deliver napalm





Eric Adams




MANOWAR






Manowar”
traz um Heavy Metal bem direto, baseada em um bom riff e vocais bem
legais.






A
letra é uma autobiografia criativa:






We
met on English ground

In a backstage room

We heard the
sound

And we all knew


What we had to do






DARK
AVENGER






Dark
Avenger” é mais lenta, sem abrir mão do peso, mas com um clima
mais soturno e mais escuro, descambando para uma apoteose catártica
no seu fim.






A
letra fala sobre um guerreiro:






I
take the lives of all that

I once knew

The torn flesh

of
a slow death waits for you






WILLIAM’S
TALE






William’s
Tale” é apenas uma abertura para a faixa seguinte.






BATTLE
HYMN






Battle
Hymn” encerra o álbum com um clima bem épico e dando o tom do
futuro do conjunto.






A
letra fala sobre uma batalha:






Gone
are the days when freedom shone

Now blood and steel meet bone

In
the light of the battle's way

The sands of time will shade

How
proud our soldiers stand

With mace and chain in hand

Sound
of charge into glory ride

Over the top of the vanquished pride






Considerações
Finais






Battle
Hymns
não causou maiores repercussões em termos das principais
paradas de sucesso da época.






Eduardo
Rivadavia, do site AllMusic, dá a Battle Hymns uma nota 3 em
5, apontando: “E, no entanto, letras machistas de lado, a
musicalidade de qualidade do guitarrista Ross the Boss e do baixista
Joey DeMaio é inegável, assim como as poderosas flautas do
vocalista Eric Adams”. Por fim, Rivadavia conclui: “Um começo
muito promissor, Battle Hymns continua sendo um dos álbuns
mais consistentes do Manowar”.






Martin
Popoff deu uma nota 8 (em 10) ao disco, em seu The Collector's Guide
to Heavy Metal: Volume 2: The Eighties.






Logo
após o lançamento do álbum, o Manowar iniciou sua primeira
turnê. A banda tocou como apoio para o Ted Nugent, mas sua
colaboração durou apenas alguns meses.






O
Manowar então fez uma pequena turnê por conta própria e
todos os arranjos foram feitos em poucas semanas pelo seu empresário.
Apesar desses contratempos, a banda ganhou fama nacional nesta curta
turnê e também começou a conquistar seus primeiros fãs europeus,
principalmente no Reino Unido e na Alemanha.






Estressado
com a tensão das apresentações contínuas, Hamzik decidiu deixar a
banda no final desta turnê e foi substituído por Scott Columbus.






O
segundo álbum da banda sairia em 1983, com Into Glory Ride.









Formação:


Eric
Adams – Vocal

Ross the Boss – Guitarras, Teclados

Joey
DeMaio – Baixo

Donnie Hamzik – Bateria, Percussão

Músicos
Adicionais:


Orson Welles - narração em "Dark
Avenger"






Faixas:


1.
Death Tone (Boss/DeMaio) - 4:48


2.
Metal Daze (DeMaio) - 3:43


3.
Fast Taker (Boss/DeMaio) - 4:18


4.
Shell Shock (Boss/DeMaio) - 4:00


5.
Manowar (Boss/DeMaio) - 6:05


6.
Dark Avenger (Boss/DeMaio) - 6:20


7.
William's Tale (G. Rossini) - 1:52


8.
Battle Hymn (DeMaio) - 6:55






Letras:


Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/manowar/






Opinião
do Blog:


Goste-se
ou não, o Manowar conquistou relevância dentro do cenário
Heavy Metal, também por sua postura “morte ao falso metal” e
coisas do gênero. O discurso não é determinante para o site e
vai-se ater à música.






Em
Battle Hymns, o Manowar aposta em uma sonoridade Heavy
Metal básica, com reminiscências da década de 1970, mas já com
influências do Metal oitentista. Assim, o ouvinte está diante de
uma banda que ainda procura por sua identidade, mas já demonstra
bons atributos para o futuro.






Os
destaques mais evidentes ficam para a boa parceria entre as guitarras
de Boss e o baixo de DeMaio, bem como para os vocais sempre
inspirados de Adams. Não há um sentido de inovação, mas o que a
banda se propõe a fazer é bem executado. As letras não são um
ponto de destaque.






O
Blog escolhe a pesada “Dark Avenger” e a derradeira faixa-título
como suas favoritas.






Enfim,
Battle Hymns ainda não é o apogeu do Manowar, mas nem
por isso é descartável. O disco traz faixas cativantes para fãs
mais tradicionais de Heavy Metal e é uma amostra do potencial que o
conjunto apresentaria em álbuns posteriores.

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