DEREK AND THE DOMINOS - LAYLA AND OTHER ASSORTED LOVE SONGS (1970)

 


Layla
and Other Assorted Love Songs é o único álbum da banda chamada
Derek and the Dominos. O lançamento oficial do disco aconteceu em 9
de novembro de 1970, através dos selos Polydor/Atco. As gravações
ocorreram entre agosto e outubro daquele mesmo ano, no estúdio
Criteria, em Miami, nos Estados Unidos. A produção ficou a cargo de
Tom Dowd e da própria banda.






Momento
do Rock: Álbuns Clássicos comentar sobre uma
das grandes obras de Eric Clapton. Conforme a tradição, um
pequeno histórico vai antever o faixa a faixa.







Derek and the Dominos






A
Derek and the Dominos surgiu de um momento em que Eric
Clapton
se sentia ‘frustrado’ com o excesso de visibilidade e
exposição de suas bandas anteriores, a Blind Faith e o
supergrupo Cream.






Com
o fim do Blind Faith, Clapton se juntou à Delaney &
Bonnie and Friends
, a qual havia conhecido enquanto eles eram o
grupo de abertura da turnê americana do próprio Blind Faith,
em meados de 1969.






Com
o paralelo fim da Delaney & Bonnie and Friends, Bobby
Whitlock se uniu a Clapton em Surrey, na Inglaterra. A partir de
abril de 1970, os dois passaram semanas compondo várias músicas que
futuramente viriam a compor a maior parte do material de Layla and
Other Assorted Love Songs
.






Carl
Radle e Jim Gordon se reuniram com Clapton e Whitlock na Inglaterra
após tocarem com Joe Cocker, logo depois que ambos deixaram a
Delaney & Bonnie.






Clapton
tentou evitar os holofotes sob a cobertura do até então anônimo
Derek and the Dominos, com quem fez uma turnê por pequenos
clubes na Grã-Bretanha durante as três primeiras semanas de agosto.
O nome do grupo seria resultado de uma gafe feita pelo locutor, no
primeiro show, que pronunciou erroneamente o nome provisório da
banda, "Eric & The Dynamos".






Na
verdade, Clapton escolheu Derek and the Dominos porque não
queria que seu nome e celebridade pudessem vir a atrapalhar a
manutenção de uma imagem de "banda". Quando esta pequena
turnê acabou, eles foram para o Criteria Studios, em Miami, para
gravarem um álbum.









A
inspiração da eventual peça central do álbum, "Layla",
estava enraizada na paixão de Clapton por Pattie Boyd, esposa de seu
amigo e guitarrista dos Beatles, George Harrison, que se
juntou a Clapton como guitarrista na turnê européia da Delaney &
Bonnie
, em Dezembro de 1969.






O
produtor Tom Dowd estava trabalhando no segundo álbum da Allman
Brothers
, Idlewild South, quando o estúdio recebeu um
telefonema dizendo que Clapton estava trazendo a Dominos para
gravar em Miami. Ao ouvir isso, o guitarrista da ABB, Duane Allman,
sugeriu que adoraria aparecer e assisti-los, se Clapton
permitisse.






Allman
ligou para Dowd para informá-lo de que sua banda estava na cidade
para realizar um show beneficente em 26 de agosto. Quando Clapton
soube disso, ele insistiu em ir ver o show deles. Clapton e companhia
se sentaram em frente à barricada que separava o público do palco.






Após
o show, Allman perguntou a Clapton se ele poderia ir ao estúdio para
assistir a algumas sessões de gravação, mas Eric o convidou
diretamente, dizendo: "Traga sua guitarra; você tem que tocar!"






Clapton
escreveu mais tarde, em sua autobiografia, que ele e Allman foram
inseparáveis durante as sessões na Flórida; ele falou sobre Allman
como o "irmão musical que eu nunca tive, mas gostaria de ter".






Gravações






A
maioria das músicas de Layla and Other Assorted Love Songs
são produtos da colaboração entre Clapton e Whitlock, que produziu
seis das nove canções originais da gravação.






Em
28 de agosto, com Allman contribuindo com o slide, a música foi
gravada como uma longa e lenta jam instrumental. A versão com
vocais, lançada em Layla, captura o ritmo mais lento da jam.


Ambas
as versões vocais foram posteriormente incluídas na compilação de
1972, The History of Eric Clapton.



A última faixa
do álbum, "Thorn Tree in the Garden", foi gravada com
Whitlock, Clapton, Allman, Radle e Gordon sentados, em círculo, ao
redor de um único microfone.




O
disco traz cinco covers, os quais incluíam os clássicos blues
"Nobody Knows You When You're Down and Out" (Jimmy Cox),
"Key to the Highway" (Charles Segar, Willie Broonzy) e
"Have You Ever Loved a Woman" (Billy Myles), uma versão
mais lenta de "Little Wing", de
Jimi Hendrix, e uma
versão acelerada da balada de Chuck Willis, "It's Too Late".






De
acordo com Dowd, a gravação de "Key to the Highway" não
foi planejada, sendo desencadeada pelo fato da banda ouvindo Sam
Samudio, tocando a música de seu álbum Hard and Heavy, em
outra sala do estúdio. Quando o conjunto começou a tocá-la
espontaneamente, Dowd disse aos engenheiros para rolar a fita,
resultando no efeito fade-in da música.






A
capa do álbum é creditada como "Pintura de capa de Frandsen-De
Schomberg com agradecimentos a seu filho, Emile, pelo abuso de sua
casa". Bobby revelou em uma entrevista, em agosto de 1970, que
eles começaram uma disputa de arremesso de ovos na casa de Frandsen,
na França. Emile os levou para o estúdio de seu pai, onde eles
viram a pintura que se tornaria a capa do álbum.









Chamada
de "La Fille au Bouquet", Eric imediatamente viu uma
semelhança entre a mulher loira que estava retratada e Pattie Boyd.
Clapton também insistiu que a imagem de Frandsen de Schomberg não
fosse adornada na capa de "Layla", sem nenhum texto para
dar o nome da banda ou do título do álbum.






Vamos
às faixas:






I
LOOKED AWAY






I
Looked Away” possui uma carga emotiva bem forte, combinando com as
guitarras afiadas.






A
letra fala do interesse do eu lírico com uma mulher compromissada:






And
if it seemed a sin

To love another man's woman, baby,

I
guess I'll keep on sinning

Loving her, Lord, till my very last
day






BELL
BOTTOM BLUES






Como
o nome sugere, “Bell Bottom Blues” é um Blues Rock intenso e com
um refrão incrível.






A
letra fala do amor de Eric pela Pattie Boyd:






Bell
bottom blues


You
made me cry


I
don't want to lose this feeling


If
I could choose a place to die


It
would be in your arms









A
canção foi lançada como single atingindo a 78a posição
da Billboard Hot 100.






KEEP
ON GROWING






Keep
on Growing” é mais intensa e conta com solos incríveis de
Clapton.






A
letra fala sobre o amor:






I
was a young man and sure to go astray.

You walked right into my
life and told me love would find a way

To keep on growing, keep
on growing, keep on growing






NOBODY
KNOWS YOU WHEN YOU’RE DOWN AND OUT






A
forma como a guitarra de Clapton soa em “Nobody Knows You When
You're Down and Out” é muito profunda e sintomática. Incrível.






A
letra fala sobre a miséria de modo satírico:






'Cause
no, no, nobody knows you

When you're down and out.

In your
pocket, not one penny,

And as for friends, you don't have any






Nobody
Knows You When You're Down and Out” é uma versão para a faixa
originalmente composta por Jimmie Cox e eternizada na voz de Bessie
Smith.






I
AM YOURS






Flertando
com o Folk, “I Am Yours” possui um clima de Crosby, Stills &
Nash.






A
letra mostra sofrimento amoroso:






I
am yours.

However distant you may be,

There blows no wind
but wafts your scent to me,

There sings no bird but calls your
name to me






ANYDAY






Anyday”
é um rock de primiera linha, com guitarras afiadas e vocais
intensos.






A
letra demonstra a esperança em um amor:






But
if you believed in me like I believe in you,

We could have a
love so true, we would go on endlessly.

And I know anyday,
anyday, I will see you smile.

Any way, any way, only for a
little while






KEY
TO THE HIGHWAY






O
clima de improviso sobre “Key to the Highway” a faz uma das mais
impressionantes canções do disco.






A
letra fala de um músico que viaja com o coração partido:






I
got the key to the highway, billed out and bound to go


I'm
gonna leave here runnin', because walkin' is much too slow ...


Give
me one more kiss mama, just before I go


'Cause
when I'm leavin' here, I won't be back no more






Key
to the Highway” é uma versão para um clássico do Blues
originalmente composta por Charlie Segar.






TELL
THE TRUTH






Tell
the Truth” possui um balanço bem envolvente.






A
letra fala da busca por uma verdade:






The
whole world is shaking now. Can't you feel it?

A new dawn is
breaking now. Can't you see it?

I said see it, yeah, can't you
see it?

Can't you see it, yeah, can't you see it?

I can see
it, yeah









WHY
DOES LOVE GOT TO BE SO SAD?






Why
Does Love Got to Be So Sad?” é mais direta e roqueira.






Outra
vez, a letra é em tom apaixonado:






Like
a bird on the wing

I've got a brand new song to sing

I
can't keep from singing about you






HAVE
YOU EVER LOVED A WOMAN






Have
You Ever Loved a Woman” é outro Blues repleto de sentimento e
intensidade.






A
letra fala sobre uma possível traição:






But
you just love that woman so much it's a shame and a sin.

You
just love that woman so much it's a shame and a sin.

But all the
time you know she belongs to your very best friend






LITTLE
WING






Aqui
tem-se uma linda versão para “Little Wing”.






A
letra é repleta de fantasia:






Well,
she's walking through the clouds


With
a circus mind


That's
running round


Butterflies
and zebras and moonbeams


And
fairy Tales






Trata-se
de uma versão para o eterno clássico de Jimi Hendrix.






IT’S
TOO LATE






It’s
Too Late” é outra composição bem divertida.






A
letra fala sobre o fim de um relacionamento:






It's
a woman that cries,

So I guess I've gotta hide my eyes.

Yes,
I will miss her more than anyone.

It's too late, she's gone






A
canção é uma versão para a música de mesmo nome originalmente
composta e gravada por Chuck Willis.






LAYLA






Layla”
é um hino do Rock, com um riff simplesmente espetacular e atuação
comovente de Clapton.






A
letra é sobre uma história de amor:






Layla,
you got me on my knees

Layla, I'm beggin darlin, please

Layla,
darlin, won't you ease my worried mind









A
música foi inspirada em uma história de amor que se originou na
Arábia do século VII e mais tarde formou a base de The Story of
Layla and Majnun, do poeta persa do século XII, Nizami Ganjavi.






Clapton
compôs "Layla" como uma balada, com letras descrevendo seu
amor não correspondido por Boyd, mas a música se tornou um rock
quando, de acordo com Clapton, Allman compôs o riff de assinatura da
música. Com a banda montada e Dowd produzindo, "Layla" foi
gravada em sua forma de rock. A gravação da primeira seção
consistia em dezesseis faixas, das quais seis eram faixas de
guitarra: uma parte rítmica de Clapton, três faixas de harmonias
tocadas por Clapton, uma faixa de solos de Allman, e uma faixa com
Allman e Clapton tocando solos duplicados.






De
acordo com Clapton, Allman tocou as primeiras sete notas do riff
"assinatura" de 12 notas com trastes e as últimas cinco
notas no slide na afinação padrão. Cada músico usou uma entrada
do mesmo amplificador Fender Champ de duas entradas.






Pouco
depois, Clapton voltou ao estúdio, onde ouviu Jim Gordon tocando uma
peça no piano que havia composto separadamente. Impressionado com a
peça, Clapton convenceu Gordon a permitir que ela fosse usada como
parte da música.






O
segundo movimento de "Layla" ("Piano Exit") foi
gravado cerca de uma semana após o primeiro, com Gordon tocando sua
parte de piano, Clapton tocando violão e guitarra slide, e Allman
tocando guitarra elétrica e slide. Depois que Dowd uniu os dois
movimentos,[16] "Layla" estava completa.






Layla”
foi lançada como single, atingindo a 7a e a 10a
posições, respectivamente, nas principais paradas britânica e
americana, no ano de 1972.






THORN
TREE IN THE GARDEN






O
álbum se encerra de forma suave e acústica.






A
letra fala novamente sobre uma dor de amor:






But
it all seems so strange to see

That she'd never turn her back on
me

And leave without a last goodbye

And if she winds up
walking the streets

Loving every other man she meets

Who'll
be the one to answer why?

Lord, I hope it's not me, it's not me






Considerações
Finais






Inicialmente,
Layla and Other Assorted Love Songs foi uma grande decepção
comercial, e só atingiu as principais paradas de sucessos muito
tempo após seu lançamento.






Tom
Dowd lamentou a dificuldade de conseguir airplay para as músicas nas
rádios dos EUA, enquanto o jornalista Harry Shapiro atribui sua
falta de sucesso na Grã-Bretanha à promoção mínima da Polydor e
ao que ele chama de "a litania da imprensa implacável e
monótona de uma síndrome de abstinência pós-Cream ".
Preocupados com o fato de a imprensa e o público não saberem do
envolvimento de Clapton, a Atco e a Polydor distribuíram crachás
com os dizeres "Derek é Eric".






Layla
também fracassou criticamente, de acordo com Shapiro: No Melody
Maker, Roy Hollingworth opinou que as músicas variavam "do
magnífico a alguns comprimentos de completo tédio", e
especificou: "Nós temos “Little Wing” de Hendrix tocado com
uma beleza tão espalhada que Jimi certamente teria aplaudido até
suas mãos sangrarem, e então temos “I Am Yours”... uma bossa
que se lança em direções lamentáveis."






Escrevendo
na revista Saturday Review, Ellen Sander descreveu o disco como "sem
sentido e chato" e "um caso perdido de um álbum", e
disse que Clapton havia "quase estragado sua credibilidade
musical". Em uma revisão mais favorável para a Rolling Stone,
Ed Leimbacher condenou o material de "enchimento" do álbum,
mas acrescentou que "o que resta é o que você esperava da
conjunção do estilo em desenvolvimento de Eric, a seção rítmica
estilo Delaney e Bonnie, e os pontos fortes das habilidades de sessão
de Allman." – apontando: “ainda é um baita álbum”.






Posteriormente,
Layla foi aclamado pela crítica e considerado o maior
trabalho geral de Clapton. Em Christgau's Record Guide: Rock Albums
of the Seventies (1981), Christgau apelidou-a de "a gravação
mais cuidadosamente concebida de Clapton", concluindo: "seu
significado é percebido naqueles picos escaldantes quando uma
sensação dolorosa de limites - por que o amor tem que ser tão
triste, eu tenho o blues de fundo de sino, Layla - é colocado
contra os bons tempos em uma compressão explosiva da forma."






Anthony
DeCurtis, da Rolling Stone, chamou o álbum de "uma obra-prima"
e elogiou sua natureza crua, escrevendo que "a reprodução no
álbum também oscila à beira do caos, mas nunca dá dicas".






Stephen
Thomas Erlewine, dando nota máxima ao disco no AllMusic, elogiou o
trabalho de slide guitar de Allman por "empurrar Clapton para
novas alturas" e afirmou: "o que realmente faz de Layla
um disco tão poderoso é que Clapton, ignorando as tradições que
ocasionalmente o colocaram em um lugar, simplesmente rasga esses
canções com emoção ardente e intensa."






Em
2000, o álbum foi introduzido no Grammy Hall of Fame. Em 2003, a
rede de televisão VH1 nomeou Layla and Other Assorted Love Songs
como o 89º maior álbum de todos os tempos. No mesmo ano, a Rolling
Stone classificou-o como o 117º lugar em sua lista dos "500
Maiores Álbuns de Todos os Tempos", sendo reclassificado no
226º na atualização da lista de 2020. O disco foi eleito na 287ª
posição da terceira edição do All Time Top 1000 Albums de Colin
Larkin (2000).






Após
a gravação de Layla and Other Assorted Love Songs, o
quarteto Derek and the Dominos retornou ao Reino Unido para
continuar a turnê lá antes de voltar para a América para iniciar a
turnê nos EUA em 15 de outubro. Allman realizou dois shows com o
grupo perto do final da turnê pelos EUA: no Curtis Hixon Hall, em
Tampa, Flórida, em 1º de dezembro, e no Onondaga County War
Memorial em Syracuse, Nova York, na noite seguinte.






A
banda apareceu no The Johnny Cash Show, em sua única aparição na
televisão. Filmado no Ryman Auditorium em Nashville, Tennessee, e
transmitido em 6 de janeiro de 1971, a banda tocou "It's Too
Late" e depois se juntou a Cash e a Carl Perkins para tocarem
"Matchbox" de Perkins.






Tragédia
e infortúnio perseguiram o grupo ao longo e após sua breve
carreira. Em setembro de 1970, Clapton ficou arrasado com a morte de
seu amigo e “rival profissional” Jimi Hendrix; tendo
acabado de gravar uma versão de "Little Wing" em Miami, o
Dominos incluíram a faixa em Layla como uma homenagem
a Hendrix.






Em
outubro de 1971, Duane Allman foi morto em um acidente de moto.
Clapton mais tarde escreveu em sua autobiografia que ele e Allman
foram inseparáveis durante as sessões do Criteria. Além disso,
Clapton levou a recepção crítica e comercial morna para Layla
para o lado pessoal, fato que acelerou sua espiral de dependência de
drogas e depressão.






Em
fevereiro de 1971, Radle e Gordon participaram de sessões,
produzidas por Spector e Harrison, para um álbum solo planejado por
Ronnie Spector. Mais tarde naquele ano, o Dominos se desfez
amargamente em Londres, pouco antes de completar seu segundo LP. Em
uma entrevista posterior com o crítico de música Robert Palmer,
Clapton disse que o segundo álbum "quebrou no meio por causa da
paranóia e tensão. E a banda simplesmente se dissolveu."






Após
a dissolução, Clapton deixou de fazer turnês e gravações para
cuidar de um intenso vício em heroína. Um hiato de três anos na
carreira foi interrompido apenas por sua participação nos shows
Harrison Concert for Bangladesh, em agosto de 1971, junto com um
grande elenco de músicos, incluindo Leon Russell, Keltner e Radle;
uma aparição como convidado no show de Russell, em dezembro de
1971, no Rainbow Theatre de Londres; e em seu próprio Rainbow
Concert, em janeiro de 1973. Este último evento foi organizado por
Pete Townshend, do Who, para ajudar Clapton a largar seu vício
em drogas e criar impulso para seu retorno.






Whitlock
assinou com a gravadora americana ABC-Dunhill, para a qual gravou os
álbuns Bobby Whitlock e Raw Velvet. Ambos os álbuns
foram lançados em 1972 e incluíam contribuições de todos os
Dominos (gravados no início de 1971), juntamente com
Harrison, Bramletts, Keltner e a antiga seção de metais do Delaney
& Bonnie
.






Após
o retorno de Clapton como artista solo em 1974, ele e Radle
trabalharam juntos até 1979, quando Clapton o demitiu abruptamente
de sua banda. Radle morreu em junho de 1980 de complicações de uma
infecção renal associada ao uso de álcool e drogas.






Whitlock
e Clapton não trabalharam juntos novamente até 2000, quando se
apresentaram no programa da BBC de Jools Holland, chamado Later...
with Jools Holland.






Em
1983, Gordon, que tinha esquizofrenia não diagnosticada na época,
matou sua mãe com um martelo durante um episódio psicótico. Ele
foi confinado em uma instituição mental em 1984, onde permanece até
hoje.






As
gravações das sessões de 1971, para o que seria um segundo álbum
da banda (cancelado) foram incluídas no box de quatro CDs/cassetes
de Clapton, Crossroads, lançado em 1988.






Layla
and Other Assorted Love Songs
já vendeu mais de 900 mil cópias
pelo mundo.









Formação:


Eric
Clapton – Vocal, Guitarras


Bobby
Whitlock – Vocal, Teclados; Violão (em "Thorn Tree in the
Garden")


Carl
Radle – Baixo, Percussão


Jim
Gordon – Bateria, Percussão; Piano (em "Layla")


Duane
Allman – Guitarras (exceto em "I Looked Away," "Bell
Bottom Blues," e "Keep on Growing")


Albhy
Galuten – Piano (em "Nobody Knows You When You're Down and
Out")






Faixas:


01.
I Looked Away (Clapton/Whitlock) - 3:05


02.
Bell Bottom Blues (Clapton/Whitlock) - 5:02


03.
Keep on Growing (Clapton/Whitlock) - 6:21


04.
Nobody Knows You When You're Down and Out (Cox) - 4:57


05.
I Am Yours (Clapton/Nizami) - 3:34


06.
Anyday (Clapton/Whitlock) - 6:35


07.
Key to the Highway (Segar/Broonzy) - 9:40


08.
Tell the Truth (Clapton/Whitlock) - 6:39


09.
Why Does Love Got to Be So Sad? (Clapton/Whitlock) - 4:41


10.
Have You Ever Loved a Woman (Myles) - 6:52


11.
Little Wing (Hendrix) - 5:33


12.
It's Too Late (Willis) - 3:47


13.
Layla (Clapton/Gordon) - 7:05


14.
Thorn Tree in the Garden (Whitlock) - 2:53






Letras:


Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/derek-and-the-dominoes/






Opinião
do Blog:


Layla
and Other Assorted Love Songs
é
um clássico do Rock, mesmo sendo o único trabalho gravado pela
Derek and the Dominos.






O
disco é o registro de toda a técnica e perícia, ambas únicas, de
Eric Clapton como guitarrista. Seus solos e riffs estão de forma
matadora por todo o álbum e são decisivos para a qualidade
indiscutível do trabalho.






Layla
também é um canto de toda dor amorosa que Clapton passava na época
e as composições carregam toda esta carga emocional. É
impressionante como o sofrimento de Eric se torna materializado
quando se ouve o álbum.






Mesmo
sendo duplo e com 14 composições, o disco não tem faixas de
enchimento. “Layla” é soberba e um destaque evidente, mas outros
pontos altíssimos são “Have You Ever Loved a Woman?” e “Key
to the Highway”.






Enfim,
o leitor está diante de uma das melhores obras que o Rock já
produziu. Infelizmente, a banda teve duração efêmera, mas seu
registro único permanecerá eterno.

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