DIO - HOLY DIVER (1983)








Holy Diver é o álbum de estreia da carreira solo de Ronnie James Dio. Seu lançamento ocorreu no dia 25 de maio de 1983 e a produção ficou sob responsabilidade do próprio Dio. O álbum foi gravado já em 1983 no Sound City Studios, em Van Nuys, na Califórnia.





Quando se lançou em carreira solo, Ronnie batizou sua banda simplesmente de DIO, pois era um nome reconhecido internacionalmente, devido, principalmente, sua presença anteriormente em bandas consagradas do rock, como Rainbow e Black Sabbath.





Em 1982, Dio ainda estava como vocalista do Black Sabbath, embora alguns problemas já tivessem acontecido anteriormente e desgastado a relação de Dio com os demais membros do Sabbath.





Já em 1980, quando gravaram o clássico Heaven And Hell, Dio ficou irritado quando o álbum foi lançado e as composições das músicas foram creditadas a todos os membros da banda. Dio afirmou posteriormente que ele e Tony Iommi foram responsáveis pela criação musical de todo o álbum.





Durante a gravação de Mob Rules, em 1981, o problema foi outro. Dio afirmou que lutava diariamente contra o que chamou de “negatividade” da banda, mais notadamente do baixista Geezer Butler. Dio disse que apresentava as canções para os membros do grupo e tinha que enfrentar o pessimismo que havia em relação às gravações e a repercussão das músicas. Este descontentamento foi explicitado na música “Over And Over” do próprio álbum.





Ao sair em turnê em 1981, algumas apresentações foram gravadas para lançarem um álbum ao vivo, Live Evil, de 1982. Durante a mixagem do álbum, Dio foi acusado de “sabotagem” pelos demais membros da banda, acusando-o de entrar nos estúdios e aumentar o volume de sua voz nas faixas.





Com isso, Dio é demitido da banda. Para continuar sua carreira, o vocalista decide montar uma banda própria e que permitisse explorar suas características como compositor. O baterista do Black Sabbath na época e grande amigo de Dio, Vinny Appice, também deixa o Sabbath e o acompanha para sua nova banda.





Para a guitarra o escolhido foi Vivian Campbell, que era da banda Sweet Savage, e depois veio a tocar em bandas do calibre de Whitesnake e Def Leppard. Quando Campbell se reúne à banda, a maior parte de Holy Diver já estava composta. O guitarrista ainda gravaria mais dois álbuns com Dio, The Last In Line (1984) e Sacred Hart (1985). Mas, por motivos comerciais, os dois acabariam tendo uma contenda judicial e nunca foram amigos. Encontram-se algumas entrevistas em que Campbell ‘detona’ Dio, especialmente enquanto ‘homem de negócios’.





O baixista foi um velho conhecido de Dio, Jimmy Bain, que havia tocado ele com no clássico do Rainbow, Rising, de 1976 (já analisado por este blog). Inclusive, para a gravação do álbum Holy Diver, Bain e Dio se revezaram nos teclados, pois a banda ainda não contava com um tecladista.





Para a turnê, o tecladista Claude Schnell foi contratado e trabalharia em mais alguns álbuns com o vocalista.





A arte da capa causou alguma polêmica, pois possui um desenho de um demônio matando um padre. Dio disse certa vez que a capa pode ser interpretada ao contrário, com o Padre matando o demônio. O diabo é o mascote da banda, chamado Murray, e também apresenta o logotipo da banda Dio, que alguns dizem que pode ser lido como Die (matar, em inglês) ou Devil (diabo, em inglês). Ronnie James Dio disse que isso foi tirado das cabeças das pessoas, que o que está escrito é apenas o nome da banda.





“Stand Up And Shout” abre o álbum de forma magnífica. É uma canção bem rápida, com um riff excepcional e um vocal forte e impressionante de Dio. O solo de guitarra de Campbell também é ótimo, com muita velocidade. É realmente uma ótima faixa para se começar um grande trabalho.





A faixa homônima ao álbum, “Holy Diver”, é a segunda do álbum. Trata-se de um dos grandes clássicos não só da carreira do vocalista, mas da história do Heavy Metal. A canção começa com um som do vento acompanhado pelo teclado. O riff da canção é forte e marcante, com ótima atuação de Dio nos vocais. O solo também é dos melhores.





Quando era tocada nas rádios, as mesmas cortavam a introdução instrumental da música. Lançada como single, alcançou apenas a quadragésima posição nas paradas dos Estados Unidos. Era presença mais que obrigatória nos shows de Dio.





“Gypsy” é a terceira faixa do álbum. A faixa também aposta em um riff bem rápido e pesado e conta com ótimos solos por parte do talentoso Campbell. O vocal de Dio é bem agressivo. Trata-se de uma canção de curta duração, mas mesmo assim é muito boa.





“Caught In The Middle” é a quarta canção do álbum. O riff da faixa é ótimo, bem contagiante. Ela não é tão rápida quanto as anteriores, tem um ritmo um tanto mais cadenciado. A atuação de Dio nos vocais é fabulosa, abusando dos agudos, mas sem soar forçado. O refrão é empolgante e de excelente gosto. Um dos pontos mais altos do álbum.





Na sequência surge a fantástica “Don’t Talk To Strangers”. A música se inicia em um ritmo bastante lento, em ritmo muito leve, quase soando como uma balada. Entretanto, a canção, após esta introdução suave, desencadeia em um riff poderoso e pesado, de ritmo bem mais veloz, dando margem a vocais mais agressivos de Dio. Os solos são ótimos. Mais para o final a faixa volta ao ritmo inicial. A atuação do vocalista nesta faixa é fabulosa. Excepcional faixa!





“Straight Through The Heart” é mais uma faixa pesada e que conta com vocais ótimos do grande vocalista. Tem um ritmo mais cadenciado e contém um dos melhores e mais inspirados solos do álbum. O solo final é pequeno, mas também muito bom.





“Invisible” tem uma introdução bem mais lenta e suave, com ótima atuação de Dio, demonstrando sua versatilidade. Mas também logo dá espaço a um riff mais forte, embora não seja dos mais velozes. O refrão também é ótimo.





Mais um grande clássico da carreira de Dio está presente no álbum, é a mais que conhecida “Rainbow In The Dark”.





Certa vez Dio afirmou que após gravar “Rainbow In The Dark”, ele ficou bastante descontente com o resultado da faixa, considerando-a muito pop. Disse que teve vontade de destruir a fita, mas foi persuadido pelos demais membros da banda a não o fazer, pois eles gostaram da música. Curiosamente, ela se tornou um dos maiores sucessos da carreira do baixinho e uma das prediletas de seu público fiel. Dio agradeceu bastante aos seus companheiros de banda por não tê-lo permitido destruir o clássico!





A letra é uma referência ao seu sentimento quando foi dispensado do Black Sabbath, sentindo-se rejeitado e sozinho, como um “Rainbow In The Dark”, apesar da canção conter no nome a denominação de outra banda anterior de Dio, o Rainbow.





Lançada como single, alcançou a 14ª posição na parada norte-americana, a Billboard. Também foi produzido um videoclipe para promovê-la.





A ótima “Shame On The Night” fecha o álbum, uma canção mais cadenciada, mas repleta de peso e melodia. O destaque vai para a atuação magnífica de Dio nos vocais, imprimindo muita emoção na interpretação da faixa.





Todas as letras de Holy Diver são de autoria de Ronnie James Dio.





Após o lançamento do álbum, a banda iniciou a Holy Diver Tour, para promover o álbum. Na parada norte-americana de álbuns, Holy Diver alcançou a 13ª posição, além de sempre estar muito bem posicionado em todas as eleições de grandes discos de Heavy Metal de ‘todos os tempos’.





Já em 1984 a banda gravaria seu segundo álbum de estúdio, o ótimo “The Last In Line”.





Em 2005, Dio gravou um álbum ao vivo que continha todas as faixas de Holy Diver tocadas na íntegra, o álbum Holy Diver – Live. Uma justa homenagem a este álbum fantástico.





Infelizmente, Ronnie James Dio faleceu no dia 16 de maio de 2010, vítima de complicações decorrentes de um câncer de estômago.





Formação:


Ronnie James Dio – Vocal, Teclados


Vivian Campbell – Guitarra


Jimmy Bain – Baixo, Teclados


Vinny Appice – Bateria





Faixas:


01. Stand Up and Shout (Bain/Dio) - 3:18


02. Holy Diver (Dio) - 5:51


03. Gypsy (Campbell/Dio) - 3:39


04. Caught in the Middle (Appice/Campbell/Dio) - 4:14


05. Don't Talk to Strangers (Dio) - 4:53


06. Straight Through the Heart (Bain/Dio) - 4:31


07. Invisible (Appice/Campbell/Dio) - 5:24


08. Rainbow in the Dark (Appice/Bain/Campbell/Dio) - 4:15


09. Shame on the Night (Appice/Bain/Campbell/Dio) - 5:20





Letras:


Para conteúdo das letras, recomendamos o acesso a: http://letras.terra.com.br/dio/





Opinião do Blog:


Esta resenha é antes de mais nada uma humilde, mas sincera homenagem ao grande talento de Ronnie James Dio, não apenas como o excepcional vocalista que foi, mas também para o também grande compositor.





Dio teve grandes trabalhos à frente de todas as bandas nas quais se apresentou, seja no Elf, no Rainbow, no Black Sabbath (Heaven And Hell) e em sua carreira solo. São inúmeros álbuns e músicas, verdadeiros hinos do Rock And Roll, como Rising, do Rainbow  e Heaven And Hell do Black Sabbath, só como exemplos.





Holy Diver é uma aula de Heavy Metal, uma grande amostra que o peso do estilo não limita a criatividade e nem prejudica as melodias nas canções. Um álbum fantástico, repleto de músicas que são clássicos dentro do estilo.





Infelizmente, Dio nos deixou em 2010 e ficou uma sensação de enorme perda para o mundo metal. Não somente pelo talento enorme que possuía, mas pelo caráter de sua pessoa, basta vermos as manifestações dos mais diferentes músicos quando de seu falecimento.





Dio se foi, mas sua obra ficará para sempre. Cabe aos fãs desse grande vocalista, apresentarmos sua obra às novas gerações, apresentando-lhes quem foi uma das maiores, se não a maior, vozes da história do Heavy Metal. RIP, Dio!





Vídeos Recomendados:






Holy Diver, ao vivo em 2005










Caught In The Middle










Don't Talk To Strangers, ao vivo










Rainbow In The Dark, ao vivo










Sugestões, Críticas e Contatos: rockalbunsclassicos@hotmail.com



Siga-nos no Twitter: @RockAlbunClasic



DIO - HOLY DIVER (1983)



Holy Diver é o álbum de estreia da carreira solo de Ronnie James Dio. Seu lançamento ocorreu no dia 25 de maio de 1983 e a produção ficou sob responsabilidade do próprio Dio. O álbum foi gravado já em 1983 no Sound City Studios, em Van Nuys, na Califórnia.

Quando se lançou em carreira solo, Ronnie batizou sua banda simplesmente de DIO, pois era um nome reconhecido internacionalmente, devido, principalmente, sua presença anteriormente em bandas consagradas do rock, como Rainbow e Black Sabbath.

Em 1982, Dio ainda estava como vocalista do Black Sabbath, embora alguns problemas já tivessem acontecido anteriormente e desgastado a relação de Dio com os demais membros do Sabbath.

Já em 1980, quando gravaram o clássico Heaven And Hell, Dio ficou irritado quando o álbum foi lançado e as composições das músicas foram creditadas a todos os membros da banda. Dio afirmou posteriormente que ele e Tony Iommi foram responsáveis pela criação musical de todo o álbum.

Durante a gravação de Mob Rules, em 1981, o problema foi outro. Dio afirmou que lutava diariamente contra o que chamou de “negatividade” da banda, mais notadamente do baixista Geezer Butler. Dio disse que apresentava as canções para os membros do grupo e tinha que enfrentar o pessimismo que havia em relação às gravações e a repercussão das músicas. Este descontentamento foi explicitado na música “Over And Over” do próprio álbum.

Ao sair em turnê em 1981, algumas apresentações foram gravadas para lançarem um álbum ao vivo, Live Evil, de 1982. Durante a mixagem do álbum, Dio foi acusado de “sabotagem” pelos demais membros da banda, acusando-o de entrar nos estúdios e aumentar o volume de sua voz nas faixas.

Com isso, Dio é demitido da banda. Para continuar sua carreira, o vocalista decide montar uma banda própria e que permitisse explorar suas características como compositor. O baterista do Black Sabbath na época e grande amigo de Dio, Vinny Appice, também deixa o Sabbath e o acompanha para sua nova banda.

Para a guitarra o escolhido foi Vivian Campbell, que era da banda Sweet Savage, e depois veio a tocar em bandas do calibre de Whitesnake e Def Leppard. Quando Campbell se reúne à banda, a maior parte de Holy Diver já estava composta. O guitarrista ainda gravaria mais dois álbuns com Dio, The Last In Line (1984) e Sacred Hart (1985). Mas, por motivos comerciais, os dois acabariam tendo uma contenda judicial e nunca foram amigos. Encontram-se algumas entrevistas em que Campbell ‘detona’ Dio, especialmente enquanto ‘homem de negócios’.

O baixista foi um velho conhecido de Dio, Jimmy Bain, que havia tocado ele com no clássico do Rainbow, Rising, de 1976 (já analisado por este blog). Inclusive, para a gravação do álbum Holy Diver, Bain e Dio se revezaram nos teclados, pois a banda ainda não contava com um tecladista.

Para a turnê, o tecladista Claude Schnell foi contratado e trabalharia em mais alguns álbuns com o vocalista.

A arte da capa causou alguma polêmica, pois possui um desenho de um demônio matando um padre. Dio disse certa vez que a capa pode ser interpretada ao contrário, com o Padre matando o demônio. O diabo é o mascote da banda, chamado Murray, e também apresenta o logotipo da banda Dio, que alguns dizem que pode ser lido como Die (matar, em inglês) ou Devil (diabo, em inglês). Ronnie James Dio disse que isso foi tirado das cabeças das pessoas, que o que está escrito é apenas o nome da banda.

“Stand Up And Shout” abre o álbum de forma magnífica. É uma canção bem rápida, com um riff excepcional e um vocal forte e impressionante de Dio. O solo de guitarra de Campbell também é ótimo, com muita velocidade. É realmente uma ótima faixa para se começar um grande trabalho.

A faixa homônima ao álbum, “Holy Diver”, é a segunda do álbum. Trata-se de um dos grandes clássicos não só da carreira do vocalista, mas da história do Heavy Metal. A canção começa com um som do vento acompanhado pelo teclado. O riff da canção é forte e marcante, com ótima atuação de Dio nos vocais. O solo também é dos melhores.

Quando era tocada nas rádios, as mesmas cortavam a introdução instrumental da música. Lançada como single, alcançou apenas a quadragésima posição nas paradas dos Estados Unidos. Era presença mais que obrigatória nos shows de Dio.

“Gypsy” é a terceira faixa do álbum. A faixa também aposta em um riff bem rápido e pesado e conta com ótimos solos por parte do talentoso Campbell. O vocal de Dio é bem agressivo. Trata-se de uma canção de curta duração, mas mesmo assim é muito boa.

“Caught In The Middle” é a quarta canção do álbum. O riff da faixa é ótimo, bem contagiante. Ela não é tão rápida quanto as anteriores, tem um ritmo um tanto mais cadenciado. A atuação de Dio nos vocais é fabulosa, abusando dos agudos, mas sem soar forçado. O refrão é empolgante e de excelente gosto. Um dos pontos mais altos do álbum.

Na sequência surge a fantástica “Don’t Talk To Strangers”. A música se inicia em um ritmo bastante lento, em ritmo muito leve, quase soando como uma balada. Entretanto, a canção, após esta introdução suave, desencadeia em um riff poderoso e pesado, de ritmo bem mais veloz, dando margem a vocais mais agressivos de Dio. Os solos são ótimos. Mais para o final a faixa volta ao ritmo inicial. A atuação do vocalista nesta faixa é fabulosa. Excepcional faixa!

“Straight Through The Heart” é mais uma faixa pesada e que conta com vocais ótimos do grande vocalista. Tem um ritmo mais cadenciado e contém um dos melhores e mais inspirados solos do álbum. O solo final é pequeno, mas também muito bom.

“Invisible” tem uma introdução bem mais lenta e suave, com ótima atuação de Dio, demonstrando sua versatilidade. Mas também logo dá espaço a um riff mais forte, embora não seja dos mais velozes. O refrão também é ótimo.

Mais um grande clássico da carreira de Dio está presente no álbum, é a mais que conhecida “Rainbow In The Dark”.

Certa vez Dio afirmou que após gravar “Rainbow In The Dark”, ele ficou bastante descontente com o resultado da faixa, considerando-a muito pop. Disse que teve vontade de destruir a fita, mas foi persuadido pelos demais membros da banda a não o fazer, pois eles gostaram da música. Curiosamente, ela se tornou um dos maiores sucessos da carreira do baixinho e uma das prediletas de seu público fiel. Dio agradeceu bastante aos seus companheiros de banda por não tê-lo permitido destruir o clássico!

A letra é uma referência ao seu sentimento quando foi dispensado do Black Sabbath, sentindo-se rejeitado e sozinho, como um “Rainbow In The Dark”, apesar da canção conter no nome a denominação de outra banda anterior de Dio, o Rainbow.

Lançada como single, alcançou a 14ª posição na parada norte-americana, a Billboard. Também foi produzido um videoclipe para promovê-la.

A ótima “Shame On The Night” fecha o álbum, uma canção mais cadenciada, mas repleta de peso e melodia. O destaque vai para a atuação magnífica de Dio nos vocais, imprimindo muita emoção na interpretação da faixa.

Todas as letras de Holy Diver são de autoria de Ronnie James Dio.

Após o lançamento do álbum, a banda iniciou a Holy Diver Tour, para promover o álbum. Na parada norte-americana de álbuns, Holy Diver alcançou a 13ª posição, além de sempre estar muito bem posicionado em todas as eleições de grandes discos de Heavy Metal de ‘todos os tempos’.

Já em 1984 a banda gravaria seu segundo álbum de estúdio, o ótimo “The Last In Line”.

Em 2005, Dio gravou um álbum ao vivo que continha todas as faixas de Holy Diver tocadas na íntegra, o álbum Holy Diver – Live. Uma justa homenagem a este álbum fantástico.

Infelizmente, Ronnie James Dio faleceu no dia 16 de maio de 2010, vítima de complicações decorrentes de um câncer de estômago.

Formação:
Ronnie James Dio – Vocal, Teclados
Vivian Campbell – Guitarra
Jimmy Bain – Baixo, Teclados
Vinny Appice – Bateria

Faixas:
01. Stand Up and Shout (Bain/Dio) - 3:18
02. Holy Diver (Dio) - 5:51
03. Gypsy (Campbell/Dio) - 3:39
04. Caught in the Middle (Appice/Campbell/Dio) - 4:14
05. Don't Talk to Strangers (Dio) - 4:53
06. Straight Through the Heart (Bain/Dio) - 4:31
07. Invisible (Appice/Campbell/Dio) - 5:24
08. Rainbow in the Dark (Appice/Bain/Campbell/Dio) - 4:15
09. Shame on the Night (Appice/Bain/Campbell/Dio) - 5:20

Letras:
Para conteúdo das letras, recomendamos o acesso a: http://letras.terra.com.br/dio/

Opinião do Blog:
Esta resenha é antes de mais nada uma humilde, mas sincera homenagem ao grande talento de Ronnie James Dio, não apenas como o excepcional vocalista que foi, mas também para o também grande compositor.

Dio teve grandes trabalhos à frente de todas as bandas nas quais se apresentou, seja no Elf, no Rainbow, no Black Sabbath (Heaven And Hell) e em sua carreira solo. São inúmeros álbuns e músicas, verdadeiros hinos do Rock And Roll, como Rising, do Rainbow  e Heaven And Hell do Black Sabbath, só como exemplos.

Holy Diver é uma aula de Heavy Metal, uma grande amostra que o peso do estilo não limita a criatividade e nem prejudica as melodias nas canções. Um álbum fantástico, repleto de músicas que são clássicos dentro do estilo.

Infelizmente, Dio nos deixou em 2010 e ficou uma sensação de enorme perda para o mundo metal. Não somente pelo talento enorme que possuía, mas pelo caráter de sua pessoa, basta vermos as manifestações dos mais diferentes músicos quando de seu falecimento.

Dio se foi, mas sua obra ficará para sempre. Cabe aos fãs desse grande vocalista, apresentarmos sua obra às novas gerações, apresentando-lhes quem foi uma das maiores, se não a maior, vozes da história do Heavy Metal. RIP, Dio!

Vídeos Recomendados:

Holy Diver, ao vivo em 2005


Caught In The Middle


Don't Talk To Strangers, ao vivo


Rainbow In The Dark, ao vivo


Sugestões, Críticas e Contatos: rockalbunsclassicos@hotmail.com
Siga-nos no Twitter: @RockAlbunClasic

DEF LEPPARD - HYSTERIA (1987)



*Resenha sugerida e dedicada a minha amiga e grande fã do Blog Karen Cristyne

Hysteria é o quarto álbum de estúdio da banda inglesa Def Leppard. Seu lançamento ocorreu em 3 de agosto de 1987 e teve a produção a cargo de John “Mutt” Lange em parceria com a  própria banda. Sua gravação durou quase três anos, de fevereiro de 1984 a janeiro de 1987.

Alguns estúdios foram usados para a gravação do álbum, sendo: Wisseloord Studios, em Hilversum, na Holanda, Windmill Lane Studio 2, em Dublin, na Irlanda; Studio Des Dames, em Paris, na França.

O álbum anterior do Def Leppard, Pyromania, foi lançado em 1983 e foi um tremendo sucesso, especialmente nos Estados Unidos. O álbum alcançou a segunda posição na parada norte-americana, sendo batido apenas por Thriller, de Michael Jackson. Mas seu principal single “Photograph” chegou a ser o videoclipe mais pedido da MTV dos Estados Unidos, suplantando “Beat It”, do Rei do Pop.

Assim a banda fez uma grande turnê em 1983 e era tida como uma das grandes bandas de rock à época, ao lado de nomes como Rolling Stones e AC/DC. Após a turnê, a banda deu uma pequena parada para começar a gravação de seu novo álbum em 1984.

Em fevereiro de 1984, a banda se mudou para Dublin, na Irlanda, e começou a escrever e gravar o novo álbum sob a produção de “Mutt” Lange. No entanto, Lange pediu para se retirar da produção do álbum, alegando que sua agenda de trabalho praticamente ininterrupta estava o deixando exausto. Para seu lugar a banda traz Jim Steinman, que trabalhou com o Meat Loaf.

O trabalho com Steinman foi um verdadeiro desastre, a começar pela intenção do novo produtor em captar um álbum com som cru e gravado “ao vivo” no estúdio. A banda, no entanto, queria uma produção bem mais limpa e voltada a uma sonoridade um pouco mais pop e menos ‘crua’. Assim, Steinman foi demitido e o que se gravou naquela época nunca foi aproveitado.

Se as coisas não estavam dando certo, pioraram no dia 31 de dezembro de 1984. Um terrível acidente automobilístico com o baterista Rick Allen nas cercanias de Sheffield, na Inglaterra. Rick bateu com seu Corvette em alta velocidade após sair da pista em uma curva. O baterista sobreviveu ao acidente, mas acabou perdendo seu braço esquerdo.

Embora existisse a dúvida sobre a capacidade de Rick Allen em tocar o instrumento, o Def Leppard nunca pensou em substituir Rick e o deu forças para se recuperar e voltar  a tocar.

Rick, então, começou a desenvolver técnicas em que certos movimentos feitos com o braço esquerdo fossem substituídos por movimentos com as pernas. Em parceria com a Empresa Simmons, desenvolveu um kit de bateria eletrônica em que Allen poderia atuar. Sua volta ocorreu no Monsters Of Rock de 1986, em Donnington Park, na Inglaterra.

Embora tenha caminhado lentamente nas gravações do álbum, a banda continuava compondo. Surpreendentemente, “Mutt” Lange volta para produzir o álbum e Rick Allen começa a gravar suas partes no álbum. Entretanto, a gravação ainda iria atrasar mais um pouco devido ao vocalista Joe Elliott ter contraído caxumba e ficado impossibilitado de finalizar as gravações.

A técnica utilizada para a gravação do álbum teve cada um dos músicos tocando cada uma das faixas separadamente, ao invés de todos tocá-las juntos. Enquanto algumas faixas foram rapidamente escritas e gravadas outras, como “Animal”, levaram quase os três anos para surgirem com a versão final.

“Mutt” Lange queria que o álbum Hysteria fosse a versão Hard Rock do álbum Thriller, de Michael Jackson, ou seja, que todas as faixas tivessem potencial para serem ‘hits’. Em parte, Lange alcançou seu objetivo.

As gravações terminaram em janeiro de 1987, mas “Mutt” Lange levaria ainda mais três meses para mixar o álbum.

Na época de seu lançamento, Hysteria foi o álbum de Rock mais longo a ser lançado, com um tempo total de 62 minutos e 52 segundos.

A arte da capa foi desenvolvida pelo artista Andie Airfix, que faria outras capas para a banda. O nome Hysteria foi sugerido pelo baterista Rick Allen, sintetizando o período de seu acidente e sua recuperação em associação com a cobertura dada pela imprensa.

“Women” é a faixa que abre o álbum e já apresenta a sonoridade que seria a aposta da banda para o álbum, um rock bem mais cadenciado, lento. Apresenta um riff bem simples, mas muito bom.

Foi o primeiro single lançado nos Estados Unidos, enquanto no resto do mundo o primeiro single foi “Animal”. “Women” é uma ótima faixa, com ótimo ritmo, mesmo sendo simples, possui bons solos.

Na parada de singles dos Estados Unidos, atingiu a posição número oitenta. O seu lado B, “Tear It Down” foi relançada no álbum Adrenalize, de 1992.

“Rocket” é a segunda faixa do álbum. Segue a mesma sonoridade da faixa anterior, embora seja um pouco mais agitada. Possui bons vocais de Joe Elliott, como de costume. Foi o último single retirado de Hysteria.

Assim como em “Women”, também foi filmado um videoclipe para a música. Enquanto single, foi bem melhor sucedida que a faixa anterior na parada norte-americana, alcançando a 12ª posição.

A terceira faixa acabou se tornando um dos grandes sucessos da banda, a música “Animal”. Conforme escrito anteriormente, a faixa durou quase três anos para ser finalizada e entrar no álbum Hysteria.

Ela segue a mesma sonoridade das faixas anteriores, embora seja ainda mais cadenciada, aumentando o ritmo no refrão, este sendo bem forte. O solo no meio da faixa é bom.

“Animal” também foi lançada como single e foi o primeiro a fazer sucesso no Reino Unido, alcançando a sexta posição na parada do país. Apesar de todo sucesso do álbum anterior, Pyromania, nos Estados Unidos, o Def Leppard ainda não havia obtido sucesso em casa.

“Animal” também possui videoclipe, sendo que à época ficou entre os mais exibidos nos Estados Unidos. Na parada norte-americana de singles, alcançou a 19ª posição.

“Love Bites” é mais um grande sucesso do álbum Hysteria e do Def Leppard. É uma balada das mais lentas e que possui aqueles refrãos bem ‘grudentos’. Mas é uma faixa cheia de feeling e sentimento. O destaque da faixa é mesmo da atuação do vocalista Joe Elliott, que imprime bastante emoção à música.

Também para “Love Bites” foi gravado um videoclipe e lançada no formato de single e todos os lançamentos fizeram muito sucesso.

Na Inglaterra o single atingiu a 11ª posição e nos Estados Unidos foi além, atingindo a primeira posição em 1988. Até hoje é o único single do Def Leppard a realizar tal feito. Claro, fato que alavancou as vendas de Hysteria nos Estados Unidos.

A próxima canção é “Pour Some Sugar On Me”. É uma faixa com mais peso que as anteriores e com mais semelhanças aos álbuns anteriores. Foi composta a partir de um riff que Joe Elliott ficava tocando nos estúdios e “Mutt” Lange sugeriu algumas adaptações, para que fosse uma faixa para “despertar o interesse de quem conhecia o Pyromania”.

Lançada como single, também, alcançou a segunda posição nos Estados Unidos e a 18ª posição no Reino Unido. Foi um dos vídeos mais pedidos da MTV americana em 1988. É uma ótima faixa.

“Armageddon It” é uma faixa típica de Hard Rock, com um ótimo riff que se estende por toda a faixa. Nesta faixa as guitarras aparecem com um pouco mais de força, ficando com uma sonoridade mais ‘pop’ na ponte que leva ao refrão. Mesmo assim é uma boa canção.

Adivinhe? Isso mesmo, foi lançada como single e gravado videoclipe, só para variar um pouco. No Reino Unido alcançou a 20ª posição e nos Estados Unidos foi bem melhor, ficando na terceira. O videoclipe foi retirado de um show da banda em 1988.

“Gods Of War” é mais uma canção que ficou famosa no álbum Hysteria. Ela contém uma mensagem anti-guerra e, especialmente, contra as idéias do presidente americano Ronald Reagan. Embora não foi lançada como single, possui videoclipe. É mais pesada, uma das melhores do álbum.

Outro destaque do álbum é a música homônima ao álbum, “Hysteria”. É uma boa balada, repleta de ritmo, com ótimos vocais por parte de Joe Elliott. O refrão é ótimo.

Foi mais um single retirado do álbum e que atingiu excelente posição na parada dos Estados Unidos (décima posição). Também possui videoclipe para promover o álbum. Foi a terceira faixa do disco a ser lançada como single.

Com base em tantos singles bem sucedidos não é difícil deduzir que o álbum Hysteria foi um sucesso absoluto. Foi o álbum responsável por trazer o sucesso para a banda em sua terra natal, o que era tão desejado pelo Def Leppard. Hysteria conseguiu atingir a primeira posição na parada de álbuns tanto nos Estados Unidos quanto no Reino Unido. E permaneceu na parada de álbuns americana por três anos consecutivos em posições ‘Top 40’.

É um dos pouquíssimos álbuns a terem sete singles retirados de suas faixas e estes entrarem em posição ‘Top 100’ na parada americana (Billboard). Já vendeu mais de 20 milhões de cópias pelo mundo.

Após isso a banda se lançou em uma grande turnê muito bem sucedida de 15 meses. No encarte, a banda pede desculpas aos fã por ter demorado tanto tempo a lançar um novo álbum após Pyromania e prometia não repetir o fato.

Entretanto, uma série de motivos, entre eles a morte do guitarrista Steve Clark, não permitiu que o novo álbum fosse lançado antes de março de 1992, quase cinco anos após Hysteria.

Formação:
Joe Elliott – Vocal
Steve Clark – Guitarras
Phil Collen – Guitarras
Rick Savage – Baixo
Rick Allen – Bateria

Faixas:
01. Women (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 5:41
02. Rocket (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 6:37
03. Animal (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 4:02
04. Love Bites (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 5:46
05. Pour Some Sugar on Me (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 4:25
06. Armageddon It (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 5:21
07. Gods of War (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 6:37
08. Don't Shoot Shotgun (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 4:26
09. Run Riot (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 4:39
10. Hysteria (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 5:54
11. Excitable (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 4:19
12. Love and Affection (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 4:37

Letras:
Para o conteúdo das letras, recomendamos o acesso a: http://letras.terra.com.br/def-leppard/

Opinião do Blog:
Quando o Def Leppard surgiu, foi amplamente associado ao movimento New Wave Of British Heavy Metal e, ao ouvirmos os álbuns On Through The Night (1980) e High ‘n’ Dry (1981), isto não é nenhum absurdo.

Hysteria em nada tem em comum com estes lançamentos anteriores, somente o fato de ser a mesma banda. Nem mesmo Pyromania, de 1983, que já apresentava uma sonoridade diferente, assemelha-se ao álbum em análise.

Se você gosta somente de Heavy Metal e de uma sonoridade mais pesada, passe bem longe de Hysteria, pois não há nada neste álbum que chegue próximo a este tipo de som. Já se você for mais eclético, vale à pena se arriscar.

Nenhum álbum tem sete singles tão bem sucedidos e alcança a primeira posição nas principais paradas de sucesso impunemente, ainda mais quando se trata de álbuns de rock. As composições são muito bem feitas, com muito feeling, muito sentimento e de bom gosto.

O fator humano não pode ser desconsiderado. Após tudo o que a banda passou e, especialmente, o baterista Rick Allen, lançar um álbum que fez tanto sucesso é uma vitória para a banda e ainda mais para o baterista.

Para quem curte um rock com uma boa veia pop, o álbum é indicado. Caso contrário, melhor não se aproximar.

Vídeos Recomendados:

Women, ao vivo


Animal


Love Bites


Hysteria, ao vivo


Sugestões, Críticas e Contatos: rockalbunsclassicos@hotmail.com

DEF LEPPARD - HYSTERIA (1987)








*Resenha sugerida e dedicada a minha amiga e grande fã do Blog Karen Cristyne





Hysteria é o quarto álbum de estúdio da banda inglesa Def Leppard. Seu lançamento ocorreu em 3 de agosto de 1987 e teve a produção a cargo de John “Mutt” Lange em parceria com a  própria banda. Sua gravação durou quase três anos, de fevereiro de 1984 a janeiro de 1987.





Alguns estúdios foram usados para a gravação do álbum, sendo: Wisseloord Studios, em Hilversum, na Holanda, Windmill Lane Studio 2, em Dublin, na Irlanda; Studio Des Dames, em Paris, na França.





O álbum anterior do Def Leppard, Pyromania, foi lançado em 1983 e foi um tremendo sucesso, especialmente nos Estados Unidos. O álbum alcançou a segunda posição na parada norte-americana, sendo batido apenas por Thriller, de Michael Jackson. Mas seu principal single “Photograph” chegou a ser o videoclipe mais pedido da MTV dos Estados Unidos, suplantando “Beat It”, do Rei do Pop.





Assim a banda fez uma grande turnê em 1983 e era tida como uma das grandes bandas de rock à época, ao lado de nomes como Rolling Stones e AC/DC. Após a turnê, a banda deu uma pequena parada para começar a gravação de seu novo álbum em 1984.





Em fevereiro de 1984, a banda se mudou para Dublin, na Irlanda, e começou a escrever e gravar o novo álbum sob a produção de “Mutt” Lange. No entanto, Lange pediu para se retirar da produção do álbum, alegando que sua agenda de trabalho praticamente ininterrupta estava o deixando exausto. Para seu lugar a banda traz Jim Steinman, que trabalhou com o Meat Loaf.





O trabalho com Steinman foi um verdadeiro desastre, a começar pela intenção do novo produtor em captar um álbum com som cru e gravado “ao vivo” no estúdio. A banda, no entanto, queria uma produção bem mais limpa e voltada a uma sonoridade um pouco mais pop e menos ‘crua’. Assim, Steinman foi demitido e o que se gravou naquela época nunca foi aproveitado.





Se as coisas não estavam dando certo, pioraram no dia 31 de dezembro de 1984. Um terrível acidente automobilístico com o baterista Rick Allen nas cercanias de Sheffield, na Inglaterra. Rick bateu com seu Corvette em alta velocidade após sair da pista em uma curva. O baterista sobreviveu ao acidente, mas acabou perdendo seu braço esquerdo.





Embora existisse a dúvida sobre a capacidade de Rick Allen em tocar o instrumento, o Def Leppard nunca pensou em substituir Rick e o deu forças para se recuperar e voltar  a tocar.





Rick, então, começou a desenvolver técnicas em que certos movimentos feitos com o braço esquerdo fossem substituídos por movimentos com as pernas. Em parceria com a Empresa Simmons, desenvolveu um kit de bateria eletrônica em que Allen poderia atuar. Sua volta ocorreu no Monsters Of Rock de 1986, em Donnington Park, na Inglaterra.





Embora tenha caminhado lentamente nas gravações do álbum, a banda continuava compondo. Surpreendentemente, “Mutt” Lange volta para produzir o álbum e Rick Allen começa a gravar suas partes no álbum. Entretanto, a gravação ainda iria atrasar mais um pouco devido ao vocalista Joe Elliott ter contraído caxumba e ficado impossibilitado de finalizar as gravações.





A técnica utilizada para a gravação do álbum teve cada um dos músicos tocando cada uma das faixas separadamente, ao invés de todos tocá-las juntos. Enquanto algumas faixas foram rapidamente escritas e gravadas outras, como “Animal”, levaram quase os três anos para surgirem com a versão final.





“Mutt” Lange queria que o álbum Hysteria fosse a versão Hard Rock do álbum Thriller, de Michael Jackson, ou seja, que todas as faixas tivessem potencial para serem ‘hits’. Em parte, Lange alcançou seu objetivo.





As gravações terminaram em janeiro de 1987, mas “Mutt” Lange levaria ainda mais três meses para mixar o álbum.





Na época de seu lançamento, Hysteria foi o álbum de Rock mais longo a ser lançado, com um tempo total de 62 minutos e 52 segundos.





A arte da capa foi desenvolvida pelo artista Andie Airfix, que faria outras capas para a banda. O nome Hysteria foi sugerido pelo baterista Rick Allen, sintetizando o período de seu acidente e sua recuperação em associação com a cobertura dada pela imprensa.





“Women” é a faixa que abre o álbum e já apresenta a sonoridade que seria a aposta da banda para o álbum, um rock bem mais cadenciado, lento. Apresenta um riff bem simples, mas muito bom.





Foi o primeiro single lançado nos Estados Unidos, enquanto no resto do mundo o primeiro single foi “Animal”. “Women” é uma ótima faixa, com ótimo ritmo, mesmo sendo simples, possui bons solos.





Na parada de singles dos Estados Unidos, atingiu a posição número oitenta. O seu lado B, “Tear It Down” foi relançada no álbum Adrenalize, de 1992.





“Rocket” é a segunda faixa do álbum. Segue a mesma sonoridade da faixa anterior, embora seja um pouco mais agitada. Possui bons vocais de Joe Elliott, como de costume. Foi o último single retirado de Hysteria.





Assim como em “Women”, também foi filmado um videoclipe para a música. Enquanto single, foi bem melhor sucedida que a faixa anterior na parada norte-americana, alcançando a 12ª posição.





A terceira faixa acabou se tornando um dos grandes sucessos da banda, a música “Animal”. Conforme escrito anteriormente, a faixa durou quase três anos para ser finalizada e entrar no álbum Hysteria.





Ela segue a mesma sonoridade das faixas anteriores, embora seja ainda mais cadenciada, aumentando o ritmo no refrão, este sendo bem forte. O solo no meio da faixa é bom.





“Animal” também foi lançada como single e foi o primeiro a fazer sucesso no Reino Unido, alcançando a sexta posição na parada do país. Apesar de todo sucesso do álbum anterior, Pyromania, nos Estados Unidos, o Def Leppard ainda não havia obtido sucesso em casa.





“Animal” também possui videoclipe, sendo que à época ficou entre os mais exibidos nos Estados Unidos. Na parada norte-americana de singles, alcançou a 19ª posição.





“Love Bites” é mais um grande sucesso do álbum Hysteria e do Def Leppard. É uma balada das mais lentas e que possui aqueles refrãos bem ‘grudentos’. Mas é uma faixa cheia de feeling e sentimento. O destaque da faixa é mesmo da atuação do vocalista Joe Elliott, que imprime bastante emoção à música.





Também para “Love Bites” foi gravado um videoclipe e lançada no formato de single e todos os lançamentos fizeram muito sucesso.





Na Inglaterra o single atingiu a 11ª posição e nos Estados Unidos foi além, atingindo a primeira posição em 1988. Até hoje é o único single do Def Leppard a realizar tal feito. Claro, fato que alavancou as vendas de Hysteria nos Estados Unidos.





A próxima canção é “Pour Some Sugar On Me”. É uma faixa com mais peso que as anteriores e com mais semelhanças aos álbuns anteriores. Foi composta a partir de um riff que Joe Elliott ficava tocando nos estúdios e “Mutt” Lange sugeriu algumas adaptações, para que fosse uma faixa para “despertar o interesse de quem conhecia o Pyromania”.





Lançada como single, também, alcançou a segunda posição nos Estados Unidos e a 18ª posição no Reino Unido. Foi um dos vídeos mais pedidos da MTV americana em 1988. É uma ótima faixa.





“Armageddon It” é uma faixa típica de Hard Rock, com um ótimo riff que se estende por toda a faixa. Nesta faixa as guitarras aparecem com um pouco mais de força, ficando com uma sonoridade mais ‘pop’ na ponte que leva ao refrão. Mesmo assim é uma boa canção.





Adivinhe? Isso mesmo, foi lançada como single e gravado videoclipe, só para variar um pouco. No Reino Unido alcançou a 20ª posição e nos Estados Unidos foi bem melhor, ficando na terceira. O videoclipe foi retirado de um show da banda em 1988.





“Gods Of War” é mais uma canção que ficou famosa no álbum Hysteria. Ela contém uma mensagem anti-guerra e, especialmente, contra as idéias do presidente americano Ronald Reagan. Embora não foi lançada como single, possui videoclipe. É mais pesada, uma das melhores do álbum.





Outro destaque do álbum é a música homônima ao álbum, “Hysteria”. É uma boa balada, repleta de ritmo, com ótimos vocais por parte de Joe Elliott. O refrão é ótimo.





Foi mais um single retirado do álbum e que atingiu excelente posição na parada dos Estados Unidos (décima posição). Também possui videoclipe para promover o álbum. Foi a terceira faixa do disco a ser lançada como single.





Com base em tantos singles bem sucedidos não é difícil deduzir que o álbum Hysteria foi um sucesso absoluto. Foi o álbum responsável por trazer o sucesso para a banda em sua terra natal, o que era tão desejado pelo Def Leppard. Hysteria conseguiu atingir a primeira posição na parada de álbuns tanto nos Estados Unidos quanto no Reino Unido. E permaneceu na parada de álbuns americana por três anos consecutivos em posições ‘Top 40’.





É um dos pouquíssimos álbuns a terem sete singles retirados de suas faixas e estes entrarem em posição ‘Top 100’ na parada americana (Billboard). Já vendeu mais de 20 milhões de cópias pelo mundo.





Após isso a banda se lançou em uma grande turnê muito bem sucedida de 15 meses. No encarte, a banda pede desculpas aos fã por ter demorado tanto tempo a lançar um novo álbum após Pyromania e prometia não repetir o fato.





Entretanto, uma série de motivos, entre eles a morte do guitarrista Steve Clark, não permitiu que o novo álbum fosse lançado antes de março de 1992, quase cinco anos após Hysteria.





Formação:


Joe Elliott – Vocal


Steve Clark – Guitarras


Phil Collen – Guitarras


Rick Savage – Baixo


Rick Allen – Bateria





Faixas:


01. Women (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 5:41


02. Rocket (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 6:37


03. Animal (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 4:02


04. Love Bites (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 5:46


05. Pour Some Sugar on Me (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 4:25


06. Armageddon It (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 5:21


07. Gods of War (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 6:37


08. Don't Shoot Shotgun (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 4:26


09. Run Riot (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 4:39


10. Hysteria (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 5:54


11. Excitable (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 4:19


12. Love and Affection (Clark/Collen/Elliott/Lange/Savage) - 4:37





Letras:


Para o conteúdo das letras, recomendamos o acesso a: http://letras.terra.com.br/def-leppard/





Opinião do Blog:


Quando o Def Leppard surgiu, foi amplamente associado ao movimento New Wave Of British Heavy Metal e, ao ouvirmos os álbuns On Through The Night (1980) e High ‘n’ Dry (1981), isto não é nenhum absurdo.





Hysteria em nada tem em comum com estes lançamentos anteriores, somente o fato de ser a mesma banda. Nem mesmo Pyromania, de 1983, que já apresentava uma sonoridade diferente, assemelha-se ao álbum em análise.





Se você gosta somente de Heavy Metal e de uma sonoridade mais pesada, passe bem longe de Hysteria, pois não há nada neste álbum que chegue próximo a este tipo de som. Já se você for mais eclético, vale à pena se arriscar.





Nenhum álbum tem sete singles tão bem sucedidos e alcança a primeira posição nas principais paradas de sucesso impunemente, ainda mais quando se trata de álbuns de rock. As composições são muito bem feitas, com muito feeling, muito sentimento e de bom gosto.





O fator humano não pode ser desconsiderado. Após tudo o que a banda passou e, especialmente, o baterista Rick Allen, lançar um álbum que fez tanto sucesso é uma vitória para a banda e ainda mais para o baterista.





Para quem curte um rock com uma boa veia pop, o álbum é indicado. Caso contrário, melhor não se aproximar.





Vídeos Recomendados:






Women, ao vivo










Animal










Love Bites










Hysteria, ao vivo










Sugestões, Críticas e Contatos: rockalbunsclassicos@hotmail.com