TESLA - MECHANICAL RESONANCE (1986)


Mechanical Resonance é o álbum de estreia da banda norte-americana chamada Tesla. Seu lançamento oficial ocorreu no dia 8 de dezembro de 1986, através do selo Geffen Records. As gravações se deram no Bearsville Studios, em Bearsville, Estados Unidos, durante aquele mesmo ano. A produção ficou a cargo de Steve Thompson e Michael Barbiero.


O Tesla é outra banda que chega ao Blog representando o Hard Rock norte-americano, mas que é erroneamente associada ao Glam Metal. O Blog vai tratar resumidamente da origem do grupo para depois analisar o seu álbum de estreia, faixa a faixa, como de costume.

As origens do Tesla estão no final de 1982, quando o baixista Brian Wheat (então com 20 anos) e o guitarrista Frank Hannon (15 anos), formaram um grupo com o nome de City Kidd.

A banda passou boa parte de seu tempo fazendo shows no extinto Ballroom Oasis de Sacramento.

Eles também começaram a trabalhar com o lendário guitarrista de rock norte-americano, Ronnie Montrose (da inesquecível banda Montrose), com o objetivo de criar alguma canção impactante, ou seja, um 'hit'.

Segundo o raciocínio deles: “Queríamos conseguir um contrato e pensamos que a maneira de fazer isso era criar um single de sucesso”.

Novos produtores e gestores da banda apontaram o grupo no sentido de criarem músicas para as rádios (pop rock), e, para conseguir o material adequado, o empresário da banda Steve Clausman contratou o vencedor do Grammy, Duane Hitchings, que forneceu canções de Rod Stewart, como “Da Ya Think I'm Sexy?” e “Infatuation”, para o grupo.

Frank Hannon

Um representante da Geffen Records, em seguida, viu onde a banda City Kidd estava e os encontrou, avisando-os que somente iriam contratá-los se: “escrevessem a partir do intestino e não a partir de fórmulas”.

Assim, em 1986, a banda mudou novamente sua direção e com um novo nome, Tesla.

A banda City Kidd foi renomeada Tesla durante a gravação de seu primeiro álbum, de 1986, Mechanical Resonance, sob o conselho de seu manager de que City Kidd não era um grande nome (além disso, já existia uma outra banda homônima).

A banda deriva seu nome, certos títulos de álbuns e músicas, e alguns conteúdos de canções dos eventos relacionados ao inventor e engenheiro elétrico Nikola Tesla. Junto com os próximos dois álbuns de estúdio da banda, Mechanical Resonance, foi produzido por Michael Barbiero e Steve Thompson

Formação original da banda consistia do vocalista Jeff Keith, os guitarristas Frank Hannon e Tommy Skeoch, o baixista Brian Wheat, e o baterista Troy Luccketta.

A música do Tesla é muitas vezes referida como Hard Rock. As letras da banda também fugiam dos temas populares do gênero, particularmente na década de 1980, no início de sua carreira.

Uma outra distinção de seus contemporâneos era a sua imagem (T-shirt e calças de brim) que estavam em forte contraste ao das bandas de glam metal da época, que foram caracterizados por cabelos grandes, calças de couro, maquiagem e extremamente chamativo.

Jeff Keith

Além disso, nos primeiros dias de sua carreira, Tesla saiu em turnê com David Lee Roth, Alice Cooper, Def Leppard e Poison, o que incorretamente resultou na banda a ser categorizada como uma banda de glam metal. Os membros da banda se ressentiram desta rotulagem.

A banda foi vaiada no palco ao abrir um show para o Def Leppard em Calgary, de certa forma injusta, pois que eles estavam tocando bem, mas eram pouco conhecidos e a multidão queria assistir ao ato principal.

Vamos às faixas:

EZ COME EZ GO

Um baixo bastante presente e um inspirado solo de guitarra marcam o início do álbum, logo seguidos por um riff de guitarra interessante. Vocais precisos compõem o ritmo exato, que intercala momentos mais calmos com outros mais pesados. O refrão é empolgante. Um ótimo começo para o álbum.

A letra divaga sobre aquilo que se consegue fácil e, normalmente, perde-se facilmente também:

Sometimes it just feels so right, and other times so wrong
Every new day it brings on the night, the change goes on and on and on and on



CUMIN’ ATCHA LIVE

Mais distorção e peso chegam com a segunda música de Mechanical Resonance. Um solo interessante marca seu início e logo depois surge um riff que lembra o Aerosmith setentista da melhor safra. Jeff Keith canta de maneira muito eficiente em uma excelente faixa.

As letras são bem simples:

I'm a mean machine, I'm the kind you don't wanna meet
My middle name is trouble, I'm a danger in the street
My motor's in overdrive, I got my pedal to the floor
Never get enough, always comin' back for more - yeah yeah



GETTIN’ BETTER

Pela primeira vez o ritmo cai, ao menos nos primeiros momentos da terceira música do álbum. Desta vez o peso continua presente, mas a banda põe o pé no freio, apostando em um ritmo mais cadenciado. Fica evidente que o grupo bebeu na fonte do Hard Setentista e o resultado o ouvinte pode perceber em canções como esta.

A letra é legal e aposta em uma mensagem otimista:

I'm a hard workin' man, doin' all that I can, tryin' to make ends meet
Just a-makin' my way through this jungle today, it's gettin' the best of me

Foi o segundo single para promover o disco, mas não atingiu as principais paradas de sucesso.



2 LATE 4 LOVE

O peso está mais presente que nunca em “2 Late 4 Love”. Desta feita o grupo aposta em uma sonoridade que bebe no Heavy Metal dos anos 80 – lembrando a carreira solo de Ozzy Osbourne. O resultado é novamente empolgante, em uma música que conquista o ouvinte.

Desta feita, a letra tem conotação romântica, mas em um viés mais pessimista:

Foolish hearts gettin' caught up in a lover's game
That's the way some want it to be
Now all I need is someone, just to get me through the night
Any more is too much for me



ROCK ME TO THE TOP

Já na quinta música do trabalho, a banda demonstra ter bebido na fonte do Van Halen. O ritmo é bem contagiante, de forma cadenciada e com o peso de mãos dadas com a melodia. O solo transpira feeling. Ótima canção!

A letra é simples:

I'll take command, take control, now I see you comin' back for more
I see you like it, but you don't need it, oooh, you wanna feel it



WE’RE NO GOOD TOGETHER

O ritmo do disco cai drasticamente em sua sexta faixa. Desta vez o grupo aposta em uma canção mais calma, a qual evolui de maneira bastante lenta e melodiosa. A canção é uma balada, mas sem muitos atrativos, embora em seu fim o andamento fique bem mais rápido e haja um solo interessante.

A letra é com temática romântica.

Oh now, now I try to tell you baby, there ain't nothing we can do
'Cos I'm no good for you, oh no baby, you're no good for me



MODERN DAY COWBOY

Um riff brilhante e pesado é a base para a sétima música do trabalho. O ritmo segue apostando neste peso, mas de maneira mais cadenciada. O refrão é uma construção bem interessante por parte da banda, que oscila o ritmo da música no seu transcorrer, ou seja, alterna partes mais pesadas e rápidas com outras mais lentas e leves. Excelente momento do disco.

A letra se refere a um Cowboy nos dias mais atuais:

Stormy night under dead black skies, Billy pulls into town
Thunder rolls and the lightning bolts come crashin' to the ground
Cold as ice, hard as stone, as he walks into the room
With another man who was feeling the same way, all hell's breakin' loose

Lançada como single, teve repercussão razoável na parada de sucesso norte-americana desta natureza. Acabou atingindo a boa 35ª posição.


“Modern Day Cowboy” é um dos maiores clássicos do Tesla, sendo presença constante no set list do grupo.



CHANGES

“Changes” tem um andamento mais lento inicialmente, mas fica mais pesada e rápida quando se aproxima do refrão, trazendo o “ápice” da música para o mesmo. É uma composição bastante interessante.

A letra é inteligente, abordando o tema da experiência que é alcançada com o passar do tempo:

Changes, time's makin' changes in my life
Rearrangin', can't seem to stop the hands of time
I remember, I was so young, I was much too young to see
Now I'm older, growing older, and I see things differently
Oh can't you see, it's changin' you and me



LITTLE SUZI

Uma suave e bela melodia marca o início de “Little Suzi”. Mas depois o peso reaparece em um andamento mais cadenciado. O riff é simples, mas cativante. Keith tem uma de suas melhores atuações vocais no álbum. Outro bom momento.

“Little Suzi” é um cover para a música “Little Suzi’s On The Top” da banda inglesa Ph. D.

Lançada como single, alcançou a 22ª posição da parada de singles norte-americana.



LOVE ME

Mais uma canção que segue a musicalidade na qual o Tesla aposta na maioria das faixas do disco: andamento cadenciado, com peso e melodia se fundindo de maneira harmoniosa. Típico Hard Rock que bebe no estilo da década de 70.

A temática da letra é de romance:

It's day and I'm feelin' high, what's the chances for you and I
I've got a love on my mind, lovin's on my mind
Now take me, lay me down, show me what you're all about
If you got the time, I wanna make you mine



COVER QUEEN

Um dos melhores riffs do álbum está em “Cover Queen”, com um ótimo ar setentista. O andamento é outra vez mais lento, mas não falta peso à canção em nenhum momento. Com ótimas guitarras e excelentes vocais, tem-se outra grande composição do Tesla no trabalho.

A letra tem temática de conquista amorosa impossível:

Hey there cover queen, you know the time will come
Where you're not laughin', neither one
'Cos the pretty smile will have a brandnew face
Will come along to take your place



BEFORE MY EYES

A décima segunda – e última – faixa de Mechanical Resonance é “Before My Eyes”. A canção tem um excelente riff base e aposta na pegada principal do trabalho, sem grandes alterações. O principal destaque desta música é a intensa e emocionante interpretação de Keith em outro bom momento do disco!

A letra é bastante misteriosa:

I can't resist, I'm hypnotized
I can see the colours coming one after another for me
I see an image of myself



Considerações Finais

Sendo um trabalho bastante sólido, Mechanical Resonance acabou se saindo bem na principal parada de sucessos norte-americana: acabou atingindo a boa 32ª posição.

Especialmente “Modern Day Cowboy” e “Little Suzi” tiveram boa circulação nas rádios especializadas em Rock e ajudaram na divulgação do trabalho. Há que se lembrar também que no ano de seu lançamento, 1986, o Glam Metal estava no auge nos Estados Unidos, fato que ajudou na popularização de Mechanical Resonance, embora este não se enquadre exatamente no estilo.

Como foi abordado no texto, o sucesso do disco permitiu ao Tesla entrar em turnê como show de abertura para o Def Leppard, banda que era um dos grandes nomes do Hard Rock nos anos oitenta.

Mechanical Resonance supera a casa de 1 milhão de cópias vendidas apenas nos Estados Unidos.


Formação:
Jeff Keith - Vocais
Frank Hannon - Guitarras acústicas e elétricas, Teclados, Bandolim, Backing Vocals
Tommy Skeoch - Guitarras acústicas e elétricas, Backing Vocals
Brian Wheat - Baixo, Backing Vocals
Troy Luccketta - Bateria, Percussão

Faixas:
01. EZ Come EZ Go (Hannon/Keith/Luccketta/Skeoch/Wheat) - 3:32
02. Cumin' Atcha Live (Hannon/Keith/Wheat) - 4:25
03. Gettin' Better (Hannon/Keith) - 3:20
04. 2 Late 4 Love (Hannon/Keith/Luccketta/Skeoch/Wheat) - 3:50
05. Rock Me to the Top (Keith/Skeoch) - 3:38
06. We're No Good Together (Hannon/Keith/Luccketta) - 5:15
07. Modern Day Cowboy (Hannon/Keith/Skeoch) - 5:19
08. Changes (Hannon/Keith/Luccketta/Skeoch/Wheat) - 5:02
09. Little Suzi (Jim Diamond/Tony Hymas) - 4:55
10. Love Me (Hannon/Keith/Wheat) - 4:15
11. Cover Queen (Hannon/Keith) - 4:32
12. Before My Eyes (Hannon/Keith/Luccketta/Skeoch) - 5:25

Letras:
Para o conteúdo completo das letras, indica-se o acesso a: http://letras.mus.br/tesla/

Opinião do Blog:
Os membros do Tesla ficavam bravos quando a banda era associada ao movimento Glam Metal quando do seu surgimento nos anos 80. Para quem teve a curiosidade de ouvir Mechanical Resonance por completo entendeu o motivo da raiva e, provavelmente, concordou com a mesma.

É claro que o estilo proposto pelo grupo é também o Hard Rock, mas o Tesla possui uma identidade diferente daquela das bandas do Glam Metal.

O Tesla possui uma clara e identificável pegada setentista em praticamente todas suas canções. O peso está presente, mas de maneira dosada. Outro fator interessante é que a banda aposta em riffs melodiosos, não tão diretos, que podem lembrar bandas que faziam o mesmo como Led Zeppelin e Aerosmith, por exemplo.

Mechanical Resonance não mudou o mundo da música, mas trata-se de um ótimo disco. Nele os músicos mostram talento e envolvimento total com as canções, contribuindo para a qualidade do que se ouve. Destaque para os vocais de Jeff Keith.

As letras são boas e o Blog recomenda que o leitor dê uma conferida nas mesmas.

“Modern Day Cowboy” é uma grande composição, mas não está sozinha no disco, pois há outras faixas igualmente brilhantes: “Gettin’ Better”, “Cover Queen”, “Cumin’ Atcha Live” e “EZ Come EZ Go” são todas ótimas.

De negativo, talvez, apenas “We’re No Good Together” que em nada acrescenta ao trabalho.


Mas Mechanical Resonance é um ótimo trabalho que merece ser apreciado pelos amantes do Hard Rock. Banda e álbum muito bem recomendados pelo Blog. Até o próximo post!

TESLA - MECHANICAL RESONANCE (1986)







Mechanical Resonance é o álbum de estreia da banda
norte-americana chamada Tesla. Seu lançamento oficial ocorreu no dia 8 de
dezembro de 1986, através do selo Geffen Records. As gravações se deram no
Bearsville Studios, em Bearsville, Estados Unidos, durante aquele mesmo ano. A
produção ficou a cargo de Steve Thompson e Michael Barbiero.










O Tesla é outra banda que chega ao Blog
representando o Hard Rock norte-americano, mas que é erroneamente associada ao
Glam Metal. O Blog vai tratar resumidamente da origem do grupo para depois
analisar o seu álbum de estreia, faixa a faixa, como de costume.







As origens do Tesla estão no final de 1982, quando
o baixista Brian Wheat (então com 20 anos) e o guitarrista Frank Hannon (15
anos), formaram um grupo com o nome de City Kidd.





A banda passou boa parte de seu tempo fazendo shows
no extinto Ballroom Oasis de Sacramento.





Eles também começaram a trabalhar com o lendário
guitarrista de rock norte-americano, Ronnie Montrose (da inesquecível banda
Montrose), com o objetivo de criar alguma canção impactante, ou seja, um 'hit'.





Segundo o raciocínio deles: “Queríamos conseguir um
contrato e pensamos que a maneira de fazer isso era criar um single de
sucesso”.





Novos produtores e gestores da banda apontaram o
grupo no sentido de criarem músicas para as rádios (pop rock), e, para
conseguir o material adequado, o empresário da banda Steve Clausman contratou o
vencedor do Grammy, Duane Hitchings, que forneceu canções de Rod Stewart, como
“Da Ya Think I'm Sexy?” e “Infatuation”, para o grupo.







Frank Hannon





Um representante da Geffen Records, em seguida, viu
onde a banda City Kidd estava e os encontrou, avisando-os que somente iriam
contratá-los se: “escrevessem a partir do intestino e não a partir de
fórmulas”.







Assim, em 1986, a banda mudou novamente sua direção
e com um novo nome, Tesla.





A banda City Kidd foi renomeada Tesla durante a
gravação de seu primeiro álbum, de 1986, Mechanical Resonance, sob o conselho
de seu manager de que City Kidd não era um grande nome (além disso, já existia
uma outra banda homônima).





A banda deriva seu nome, certos títulos de álbuns e
músicas, e alguns conteúdos de canções dos eventos relacionados ao inventor e
engenheiro elétrico Nikola Tesla. Junto com os próximos dois álbuns de estúdio
da banda, Mechanical Resonance, foi produzido por Michael Barbiero e Steve
Thompson





Formação original da banda consistia do vocalista
Jeff Keith, os guitarristas Frank Hannon e Tommy Skeoch, o baixista Brian
Wheat, e o baterista Troy Luccketta.





A música do Tesla é muitas vezes referida como Hard
Rock. As letras da banda também fugiam dos temas populares do gênero, particularmente
na década de 1980, no início de sua carreira.





Uma outra distinção de seus contemporâneos era a
sua imagem (T-shirt e calças de brim) que estavam em forte contraste ao das
bandas de glam metal da época, que foram caracterizados por cabelos grandes,
calças de couro, maquiagem e extremamente chamativo.







Jeff Keith





Além disso, nos primeiros dias de sua carreira,
Tesla saiu em turnê com David Lee Roth, Alice Cooper, Def Leppard e Poison, o
que incorretamente resultou na banda a ser categorizada como uma banda de glam
metal. Os membros da banda se ressentiram desta rotulagem.







A banda foi vaiada no palco ao abrir um show para o
Def Leppard em Calgary, de certa forma injusta, pois que eles estavam tocando
bem, mas eram pouco conhecidos e a multidão queria assistir ao ato principal.





Vamos às faixas:





EZ COME EZ GO





Um baixo bastante presente e um inspirado solo de
guitarra marcam o início do álbum, logo seguidos por um riff de guitarra
interessante. Vocais precisos compõem o ritmo exato, que intercala momentos
mais calmos com outros mais pesados. O refrão é empolgante. Um ótimo começo
para o álbum.





A letra divaga sobre aquilo que se consegue fácil
e, normalmente, perde-se facilmente também:





Sometimes it just feels so right,
and other times so wrong


Every new day it brings on the
night, the change goes on and on and on and on













CUMIN’ ATCHA LIVE





Mais distorção e peso chegam com a segunda música
de Mechanical Resonance. Um solo interessante marca seu início e logo depois
surge um riff que lembra o Aerosmith setentista da melhor safra. Jeff Keith
canta de maneira muito eficiente em uma excelente faixa.





As letras são bem simples:





I'm a mean machine, I'm the kind you
don't wanna meet


My middle name is trouble, I'm a
danger in the street


My motor's in overdrive, I got my
pedal to the floor


Never get enough, always comin' back
for more - yeah yeah













GETTIN’ BETTER





Pela primeira vez o ritmo cai, ao menos nos
primeiros momentos da terceira música do álbum. Desta vez o peso continua
presente, mas a banda põe o pé no freio, apostando em um ritmo mais cadenciado.
Fica evidente que o grupo bebeu na fonte do Hard Setentista e o resultado o
ouvinte pode perceber em canções como esta.





A letra é legal e aposta em uma mensagem otimista:





I'm a hard workin' man, doin' all
that I can, tryin' to make ends meet


Just a-makin' my way through this
jungle today, it's gettin' the best of me





Foi o segundo single para promover o disco, mas não
atingiu as principais paradas de sucesso.













2 LATE 4 LOVE





O peso está mais presente que nunca em “2 Late 4
Love”. Desta feita o grupo aposta em uma sonoridade que bebe no Heavy Metal dos
anos 80 – lembrando a carreira solo de Ozzy Osbourne. O resultado é novamente
empolgante, em uma música que conquista o ouvinte.





Desta feita, a letra tem conotação romântica, mas
em um viés mais pessimista:





Foolish hearts gettin' caught up in
a lover's game


That's the way some want it to be


Now all I need is someone, just to
get me through the night


Any more is too much for me













ROCK ME TO THE TOP





Já na quinta música do trabalho, a banda demonstra
ter bebido na fonte do Van Halen. O ritmo é bem contagiante, de forma
cadenciada e com o peso de mãos dadas com a melodia. O solo transpira feeling.
Ótima canção!





A letra é simples:





I'll take command, take control, now
I see you comin' back for more


I see you like it, but you don't
need it, oooh, you wanna feel it













WE’RE NO GOOD TOGETHER





O ritmo do disco cai drasticamente em sua sexta
faixa. Desta vez o grupo aposta em uma canção mais calma, a qual evolui de
maneira bastante lenta e melodiosa. A canção é uma balada, mas sem muitos
atrativos, embora em seu fim o andamento fique bem mais rápido e haja um solo
interessante.





A letra é com temática romântica.





Oh now, now I try to tell you baby,
there ain't nothing we can do


'Cos I'm no good for you, oh no
baby, you're no good for me













MODERN DAY COWBOY





Um riff brilhante e pesado é a base para a sétima
música do trabalho. O ritmo segue apostando neste peso, mas de maneira mais
cadenciada. O refrão é uma construção bem interessante por parte da banda, que
oscila o ritmo da música no seu transcorrer, ou seja, alterna partes mais
pesadas e rápidas com outras mais lentas e leves. Excelente momento do disco.





A letra se refere a um Cowboy nos dias mais atuais:





Stormy night under dead black skies,
Billy pulls into town


Thunder rolls and the lightning
bolts come crashin' to the ground


Cold as ice, hard as stone, as he
walks into the room


With another man who was feeling the
same way, all hell's breakin' loose





Lançada como single, teve repercussão razoável na
parada de sucesso norte-americana desta natureza. Acabou atingindo a boa 35ª posição.










“Modern Day Cowboy” é um dos maiores clássicos do
Tesla, sendo presença constante no set list do grupo.















CHANGES





“Changes” tem um andamento mais lento inicialmente,
mas fica mais pesada e rápida quando se aproxima do refrão, trazendo o “ápice”
da música para o mesmo. É uma composição bastante interessante.





A letra é inteligente, abordando o tema da
experiência que é alcançada com o passar do tempo:





Changes, time's makin' changes in my
life


Rearrangin', can't seem to stop the
hands of time


I remember, I was so young, I was
much too young to see


Now I'm older, growing older, and I
see things differently


Oh can't you see, it's changin' you
and me













LITTLE SUZI





Uma suave e bela melodia marca o início de “Little
Suzi”. Mas depois o peso reaparece em um andamento mais cadenciado. O riff é
simples, mas cativante. Keith tem uma de suas melhores atuações vocais no
álbum. Outro bom momento.





“Little Suzi” é um cover para a música “Little Suzi’s
On The Top” da banda inglesa Ph. D.





Lançada como single, alcançou a 22ª posição da
parada de singles norte-americana.













LOVE ME





Mais uma canção que segue a musicalidade na qual o
Tesla aposta na maioria das faixas do disco: andamento cadenciado, com peso e
melodia se fundindo de maneira harmoniosa. Típico Hard Rock que bebe no estilo
da década de 70.





A temática da letra é de romance:





It's day and I'm feelin' high,
what's the chances for you and I


I've got a love on my mind, lovin's
on my mind


Now take me, lay me down, show me
what you're all about


If you got the time, I wanna make
you mine













COVER QUEEN





Um dos melhores riffs do álbum está em “Cover Queen”,
com um ótimo ar setentista. O andamento é outra vez mais lento, mas não falta
peso à canção em nenhum momento. Com ótimas guitarras e excelentes vocais,
tem-se outra grande composição do Tesla no trabalho.





A letra tem temática de conquista amorosa impossível:





Hey there cover queen, you know the
time will come


Where you're not laughin', neither
one


'Cos the pretty smile will have a
brandnew face


Will come along to take your place













BEFORE MY EYES





A décima segunda – e última – faixa de Mechanical Resonance
é “Before My Eyes”. A canção tem um excelente riff base e aposta na pegada
principal do trabalho, sem grandes alterações. O principal destaque desta
música é a intensa e emocionante interpretação de Keith em outro bom momento do
disco!





A letra é bastante misteriosa:





I can't resist, I'm hypnotized


I can see the colours coming one
after another for me


I see an image of myself













Considerações Finais





Sendo um trabalho bastante sólido, Mechanical Resonance
acabou se saindo bem na principal parada de sucessos norte-americana: acabou
atingindo a boa 32ª posição.





Especialmente “Modern Day Cowboy” e “Little Suzi”
tiveram boa circulação nas rádios especializadas em Rock e ajudaram na
divulgação do trabalho. Há que se lembrar também que no ano de seu lançamento,
1986, o Glam Metal estava no auge nos Estados Unidos, fato que ajudou na
popularização de Mechanical Resonance, embora este não se enquadre exatamente
no estilo.





Como foi abordado no texto, o sucesso do disco
permitiu ao Tesla entrar em turnê como show de abertura para o Def Leppard,
banda que era um dos grandes nomes do Hard Rock nos anos oitenta.





Mechanical Resonance supera a casa de 1 milhão de
cópias vendidas apenas nos Estados Unidos.










Formação:


Jeff Keith - Vocais


Frank Hannon - Guitarras acústicas e elétricas, Teclados,
Bandolim, Backing Vocals


Tommy Skeoch - Guitarras acústicas e elétricas, Backing
Vocals


Brian Wheat - Baixo, Backing Vocals


Troy Luccketta - Bateria, Percussão





Faixas:


01.
EZ Come EZ Go (Hannon/Keith/Luccketta/Skeoch/Wheat) - 3:32


02.
Cumin' Atcha Live (Hannon/Keith/Wheat) - 4:25


03.
Gettin' Better (Hannon/Keith) - 3:20


04.
2 Late 4 Love (Hannon/Keith/Luccketta/Skeoch/Wheat) - 3:50


05.
Rock Me to the Top (Keith/Skeoch) - 3:38


06.
We're No Good Together (Hannon/Keith/Luccketta) - 5:15


07.
Modern Day Cowboy (Hannon/Keith/Skeoch) - 5:19


08.
Changes (Hannon/Keith/Luccketta/Skeoch/Wheat) - 5:02


09.
Little Suzi (Jim Diamond/Tony Hymas) - 4:55


10.
Love Me (Hannon/Keith/Wheat) - 4:15


11.
Cover Queen (Hannon/Keith) - 4:32


12.
Before My Eyes (Hannon/Keith/Luccketta/Skeoch) - 5:25





Letras:


Para o conteúdo completo das letras, indica-se o
acesso a: http://letras.mus.br/tesla/





Opinião do
Blog:


Os membros do Tesla ficavam bravos quando a banda
era associada ao movimento Glam Metal quando do seu surgimento nos anos 80.
Para quem teve a curiosidade de ouvir Mechanical Resonance por completo
entendeu o motivo da raiva e, provavelmente, concordou com a mesma.





É claro que o estilo proposto pelo grupo é também o
Hard Rock, mas o Tesla possui uma identidade diferente daquela das bandas do
Glam Metal.





O Tesla possui uma clara e identificável pegada
setentista em praticamente todas suas canções. O peso está presente, mas de
maneira dosada. Outro fator interessante é que a banda aposta em riffs
melodiosos, não tão diretos, que podem lembrar bandas que faziam o mesmo como
Led Zeppelin e Aerosmith, por exemplo.





Mechanical Resonance não mudou o mundo da música, mas
trata-se de um ótimo disco. Nele os músicos mostram talento e envolvimento
total com as canções, contribuindo para a qualidade do que se ouve. Destaque
para os vocais de Jeff Keith.





As letras são boas e o Blog recomenda que o leitor
dê uma conferida nas mesmas.





“Modern Day Cowboy” é uma grande composição, mas
não está sozinha no disco, pois há outras faixas igualmente brilhantes: “Gettin’
Better”, “Cover Queen”, “Cumin’ Atcha Live” e “EZ Come EZ Go” são todas ótimas.





De negativo, talvez, apenas “We’re No Good Together”
que em nada acrescenta ao trabalho.







Mas Mechanical Resonance é um ótimo trabalho que
merece ser apreciado pelos amantes do Hard Rock. Banda e álbum muito bem
recomendados pelo Blog. Até o próximo post!