Toys In
The Attic é o terceiro álbum de estúdio da banda norte-americana
Aerosmith. Seu lançamento oficial aconteceu no dia 8 de abril de
1975, através do selo Columbia Records. As gravações ocorreram
entre Janeiro e Março do mesmo ano, no Record Plant Studio, em New
York, Estados Unidos. A produção ficou sob responsabilidade de Jack
Douglas.
AEROSMITH - TOYS IN THE ATTIC (1975)
Toys In
The Attic é o terceiro álbum de estúdio da banda norte-americana
Aerosmith. Seu lançamento oficial aconteceu no dia 8 de abril de
1975, através do selo Columbia Records. As gravações ocorreram
entre Janeiro e Março do mesmo ano, no Record Plant Studio, em New
York, Estados Unidos. A produção ficou sob responsabilidade de Jack
Douglas.
Esta é a
segunda vez que os gigantes do Aerosmith aparecem no Blog. Como de
costume, tratar-se-á dos eventos que antecederam o lançamento do
disco para depois percorrer faixa-a-faixa do trabalho.
Em 1º de
março de 1974, o Aerosmith lançou seu segundo álbum de estúdio,
Get Your Wings. Foi a primeira vez que a banda trabalhou com o
produtor Jack Douglas, o qual seria responsável pelos próximos 4
discos do grupo. Ray Colcord também co-produziu o trabalho.
Naquele
ano de 1974, Get Your Wings atingiria a modesta 74ª posição na
principal parada de sucesso dos Estados Unidos, a Billboard.
Mesmo
assim, o disco continha algumas das canções que viriam a se tornarem favoritas dos fãs e presenças quase obrigatórias em shows, como
“Lord Of The Thighs”, “Seasons Of Whiter” e “S.O.S. (Too
Bad)”. Estas músicas apresentavam uma sonoridade um pouco mais
'sombria' (para o padrão da banda) e cairiam no gosto do público.
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Joe Perry |
Além
disto, o disco continha sucessos radiofônicos como "Same Old
Song and Dance" e "Train Kept a-Rollin'", esta última,
um cover baseado na versão gravada pelo The Yardbrids.
Fato é
que Get Your Wings e suas ótimas faixas apenas se tornaram sucesso
quando a banda explodiu comercialmente e ficou conhecida, fazendo os
fãs buscarem o material antigo do Aerosmith. E isto aconteceria a
partir do lançamento de seu terceiro disco, Toys In The Attic.
No início
de 1975, a banda começou a trabalhar no Record Plant, em Nova York,
para o álbum que se tornou Toys in the Attic.
As
sessões para o disco foram produzidas por Douglas sem Colcord - o
álbum foi projetado por Jay Messina com os engenheiros assistentes
Rod O'Brien, Corky Stasiak e Dave Thoener.
As
músicas de Toys In The Attic foram gravadas com uma mesa de mixagem
Spectrasonics e um gravador de 16 pistas.
Já nesta
época, o Aerosmith se encontrava totalmente amadurecido como uma banda
e Steven Tyler fez do sexo o principal foco de suas composições no
álbum.
Steven
Tyler disse que a sua ideia original para a capa do álbum era um
ursinho de pelúcia sentado no sótão, com seu pulso cortado e
entranhas espalhadas por todo o chão. Mas a banda decidiu, no final,
por colocar todos os animais em seu lugar.
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Steven Tyler |
A imagem
da capa do álbum é obra de Ingrid Haenke.
Vamos às
faixas:
TOYS
IN THE ATTIC
Um riff repleto de malícia e ritmo abre o álbum, com a faixa que lhe é homônima. Steven Tyler opta por vocais bem limpos. Trata-se de um Hard Rock de primeiríssima classe, que vai direto ao ponto sem maiores rodeios. Os solos de Joe Perry são ótimos. Enfim, um clássico.
A letra é
um misto de delírio e nostalgia:
In the
attic, lights
Voices
scream, nothing seems
Real's
a dream
Leaving
the things that are real behind
Leaving
the things that you love from mind
All of
the things that you learned from fears
Nothing
is left for the years, voices scream
Nothing
seems real's a dream
“Toys
In The Attic” é um clássico do Aerosmith. É tão emblemática
que faz parte da lista de 500 canções que moldaram o Rock: The
Rock and Roll Hall of Fame's 500 Songs that Shaped Rock and Roll.
Está
presente em vários álbuns ao vivo e coletâneas do grupo.
Entre
covers famosos para a faixa podem-se citar bandas como R.E.M.,
Warrant, Ratt e Metal Church.
UNCLE
SALTY
Já a segunda canção do álbum traz o Aerosmith com uma pegada mais Bluesy, com um estilo bastante semelhante a aquele do Rolling Stones. O riff é excelente, malicioso e contagiante, casando-se em perfeição com a interpretação de Tyler. Mais um ótimo solo cheio de feeling.
A letra é
a história de uma garota abandonada que se torna prostituta:
Now
she's doin' any
For
money and the penny
A
sailor with a penny or two or three
ADAM'S
APPLE
A terceira faixa de Toys in The Attic traz novamente o Hard Rock setentista vigoroso da banda, contando com mais um riff bastante inspirado. O ritmo é mais cadenciado, mas continua muito cativante. As guitarras de Perry e Whitford são novamente os destaques.
A letra é
uma metáfora para o pecado:
Evil
came like reignin
Who
knows who's to blamin
Something
tried to lay her to waste
And
all she want and need was just a little taste
WALK
THIS WAY
Um riff sensacional, dos mais reconhecíveis da história do Rock, abre o clássico imortal "Walk This Way". O ritmo é empolgante, em perfeita mistura do Rock mais Bluesy com o vigor do Hard Setentista. Com um andamento mais cadenciado e uma sonoridade bastante maliciosa, em perfeita sintonia com a letra, montam um arcabouço do melhor que o Hard Rock já produziu. Solos inspirados de Perry e uma atuação impecável de Tyler completam um dos hinos do Rock mundial.
A letra
tem forte conotação sexual:
School
girl sweetie with a classy kinda sassy
Little
skirt's climbin' way up her knee
There
was three young ladies in the school gym locker
When I
noticed they was lookin' at me
I was
a high school loser
Never
made it with the ladies
Till
the boys told me somethin' I missed
Then
my next door neighbor with a daughter had a favor
So I
gave her just a little kiss
Alike
this
Clássico
indiscutível, “Walk This Way” foi lançada como single e atingiu
a 10ª posição da principal parada de sucessos desta natureza nos
Estados Unidos.
Quando a
banda se encontrou em certo ostracismo durante a década de 80, foi
uma versão “Rap” de “Walk This Way”, feita pelo Run-D.M.C. e
contando com a participação de Steven Tyler e Joe Perry, que
colocou o Aerosmith de volta ao cenário musical.
A música
é tão emblemática que faz parte da lista de 500 canções que
moldaram o Rock and Roll, realizada pelo Hall da Fama do Rock, nos Estados
Unidos.
A revista
Rolling Stone coloca “Walk This Way” na 346ª posição da lista
500 Greatest Songs of All Time e na 34ª de outra lista, desta
feita a de 100 Greatest Guitar Tracks. Já o canal VH1 a
colocou na 35ª colocação da lista 100 Greatest Rock Songs e
na 8ª da lista 100 Greatest Hard Rock Songs. Também a
revista Q colocou a música no 23º lugar da lista 100 Greatest
Guitar Tracks.
Um grande
clássico, sem sombra de dúvidas.
BIG
TEN INCH RECORD
"Big Ten Inch Record" é um Blues Rock bastante cativante, carregando o inconfundível espírito dos anos 50. Destaque absoluto para a atuação de Steven Tyler, seja cantando ou tocando gaita. Mais um bom momento do álbum.
A letra
possui conotação sexual:
Last
night I tried to tease her
I gave
my love a little pinch
She
said now stop that jivin'
Now
whip out your big ten inch
Trata-se
de um cover originalmente gravado por Bull Moose Jackson.
SWEET
EMOTION
Com o baixo de Tom Hamilton bastante proeminente e o Talkbox realizado por Joe Perry muito distinguível, a abertura de "Sweet Emotion" é inconfundível. Temos um Hard Rock extraordinário, com forte DNA 'Zeppeliano'. O riff é sensacional, com a banda conseguindo uma cativante melodia sem abrir mão do peso habitual que o Aerosmith empregava nas suas canções da década de 70. Outro momento marcante da história da banda.
Parte da
letra se referiria a tensões entre membros da banda (e suas
respectivas esposas) e a esposa de Joe Perry:
You
talk about things and nobody cares
You're
wearing other things that nobody wears
You're
calling my name but you gotta make clear
I
can't say baby where I'll be in a year
Lançada
como single, atingiu a 36ª posição da principal parada
norte-americana do gênero.
Está na
408ª posição da lista 500 Greatest Songs of All Time, da revista
Rolling Stone. Além disto está presente em filmes como Dazed And
Confused (1993) e games como Revolution X.
Presença
constante em shows e coletâneas, a canção é sempre citada como
uma das principais composições do Aerosmith em sua história.
NO
MORE NO MORE
Uma bela e competente melodia envolve o ouvinte desde o início de "No More No More". A banda opta por um ritmo um pouco mais acelerado, mas sem colocar muito peso na faixa, construindo uma sonoridade bastante picante. O solo é cheio de feeling, dos melhores de Perry no álbum. Grande momento do disco!
A letra
se refere à transitoriedade da vida:
Times
they're a changin' nothing ever stands still
If I
don't stop a changin' I'll be writtin' my will
It's
the same old story never get a second chance
For a
dance to the top of the hill
ROUND
AND ROUND
O peso volta com tudo em "Round And Round". A banda opta por um andamento bem mais lento e arrastado, mas, conforme foi dito, extremamente pesado. Trata-se de um Hard Rock vigoroso e visceral, revelando outra faceta do grupo de Boston. Os vocais de Tyler estão consideravelmente mais agressivos em uma canção que flerta com a sonoridade de grupos como Led Zeppelin e Deep Purple. Faixa sensacional!
A letra
possui certo sentido de saudosismo:
'Cause
the life I been livin'
and
the love someone give me
Would
be sure to set you spinnin'
with
you feet never touchin' the ground
And
I'm round and round and round and round and round and round and round
YOU
SEE ME CRYING
A nona - e última - canção de Toys In The Attic é "You See Me Crying". Uma bela e suave melodia, ao piano, abre a música. Mesmo quando a banda passa a acompanhar o piano de Tyler, o ritmo permanece bastante leve. Os vocais de Tyler estão precisos e combinam com a sonoridade desenvolvida pelo grupo. Whitford faz um bom solo a partir dos 3 minutos de execução. Trata-se de uma balada que fecha o álbum de maneira competente.
A letra
tem sentido de rompimento amoroso:
Honey
what'cha done to your head
Honey
was the words that I said
Honey
what'cha done to your head
Honey
was the words that I said
Foi
lançada como single, mas sem maiores repercussões em termos de
paradas de sucesso.
A
estrutura da música é mais complexa, possuindo até mesmo
orquestração que foi conduzida por Mike Mainieri. Tanto as
guitarras quanto a bateria possuíam passagens mais elaboradas que
exigiram mais esforços dos membros do grupo durante as gravações.
Mas a
gravadora, Columbia Records, ficou bastante satisfeita com o
resultado final de “You See Me Crying”.
O solo da
versão original é tocado por Brad Whitford.
A canção
foi tocada ao vivo pela banda apenas uma vez, em 2009, durante uma
turnê conjunta com o ZZ Top.
Considerações
Finais
Embalado
por 'Hits' como “Walk This Way” e “Sweet Emotion”, Toys In
The Attic foi um enorme sucesso e responsável direto por tornar o
Aerosmith uma banda famosa.
O álbum
alcançou a ótima 11ª posição na principal parada norte-americana
de discos. Também atingiu a 7ª colocação na correspondente
canadense.
Em geral,
a crítica tem opiniões muito positivas sobre o álbum. Por sua
opinião sobre Toys in the Attic, para o AllMusic, Stephen Thomas
Erlewine define o estilo do trabalho como uma mistura de Led Zeppelin
e The Rolling Stones, o qual foi preenchido com canções sobre sexo
com um estilo diferente daquele que havia antes. Greg Kot chamou o
álbum de um marco do Hard Rock.
Como
resultado de tanto sucesso, os álbuns anteriores da banda voltaram
às paradas de sucesso. A banda fez uma turnê em suporte a Toys in
the Attic, onde eles começaram a ficar mais reconhecidos.
Também
por esta altura, a banda estabeleceu sua base conhecida como "The
Wherehouse", em Waltham, Massachusetts, onde eles gravariam e
ensaiariam música, bem como gerenciariam os negócios do grupo.
Como
prêmios, o álbum está na 229ª colocação da lista The 500
Greatest Albums of All Time, da revista Rolling Stone. Também
faz parte do livro 1001 Albums You Must Hear Before You Die.
Toys In
The Attic supera a casa das 8 milhões de cópias vendidas apenas nos
Estados Unidos.
Formação:
Steven
Tyler - Vocais, Percussão em "Sweet Emotion", Gaita, Piano
em "You See Me Crying"
Joe Perry
- Guitarra, Backing Vocal, Talkbox em "Sweet Emotion"
Brad
Whitford - Guitarra
Tom
Hamilton - Baixo, Guitarra em “Uncle Salty”
Joey
Kramer - Bateria
Faixas:
01. Toys
in the Attic (Tyler/Perry) - 3:07
02. Uncle
Salty (Tyler/Hamilton) - 4:09
03.
Adam's Apple (Tyler) - 4:33
04. Walk
This Way (Tyler/Perry) - 3:41
05. Big
Ten Inch Record (F.Weismantel) - 2:16
06. Sweet
Emotion (Tyler/Hamilton) - 4:34
07. No
More No More (Tyler/Perry) - 4:34
08. Round
and Round (Tyler/Whitford) - 5:03
09. You
See Me Crying (Tyler/Darren Solomon) - 5:12
Letras:
Opinião
do Blog:
Embora haja muita gente que torça o nariz, o Blog considera o Aerosmith entre as maiores bandas da história do Rock, principalmente por aquilo que a banda gravou durante os anos 70, com os seus pés fincados no Hard Rock setentista. Nada de excesso de baladas com apelo radiofônico, muito peso, ritmo e malícia formavam a massa sonora do grupo.
Stephen Thomas Erlewine foi bastante feliz ao descrever a banda como uma mistura de Rolling Stones com Led Zeppelin, embora seja uma visão um pouco reducionista. É claro que os dois gigantes ingleses foram fontes fartamente bebidas pelo Aerosmith, mas o grupo impregnou seu sou com suas influências da música norte-americana, desenvolvendo uma identidade própria e marcante.
Toys In The Attic é um dos melhores álbuns da história do Rock. Não há muito o que se comentar sobre o mesmo sem soar piegas: a qualidade elevadíssima das canções que o compõe fala por si só.
A banda soa entrosadíssima e todos contribuem decisivamente para o sucesso das faixas. A seção rítmica é precisa e competente e as guitarras imprimem peso e personalidade ao Rock desenvolvido pelo Aerosmith. Joe Perry se destaca com solos simples, muitas vezes curtos, mas repletos de feeling. Steven Tyler está excelente nos vocais e ainda esbanja talento ao piano e à gaita.
A opção por letras com conotação mais voltada à temática sexual revela-se perfeita por se casar com a parte instrumental produzida pelo conjunto, fartamente maliciosa e picante.
Toys In The Attic não apresenta músicas nem mesmo medianas, sua qualidade é inquestionável. Aqui não há faixas de enchimento ou descartáveis. O disco deve ser ouvido, ininterruptamente do início ao fim.
Canções como "Toys In The Attic" e "Sweet Emotion" são clássicos da história do Rock e ajudaram a formar a sonoridade que surgiria na década seguinte. Ainda temos, no mesmo nível de qualidade, músicas incríveis como a ótima "No More No More" e a pesada "Round And Round", esta, demonstrando uma faceta diferente do grupo.
E ainda se tem "Walk This Way", um dos grandes sucessos da história da música. Uma canção que define o que o próprio Aerosmith é como banda de Rock.
Por fim, cabe ao Blog ressaltar e exultar Toys In The Attic como um dos principais álbuns do Rock em todos os tempos, sendo uma cartilha do Hard Rock norte-americano. Apresenta uma banda das mais importantes e bem-sucedidas da história em seu auge criativo com uma coleção de canções com qualidade inquestionável. Disco mais que obrigatório!
PANTERA - VULGAR DISPLAY OF POWER (1992)
Vulgar
Display Of Power é o sexto álbum de estúdio da banda
norte-americana chamada Pantera. Seu lançamento oficial aconteceu em
25 de fevereiro de 1992, através do selo Atco Records. As gravações
se deram durante o ano de 1991, no Pantego Sound Studio, em Pantego,
no estado norte-americano do Texas. A produção ficou a cargo de
Terry Date e do baterista Vinnie Paul.
Em seus
primórdios, o Blog já tratou do clássico álbum do Pantera,
Cowboys From Hell. Agora, vai-se focar nos fatos (poucos, é verdade)
que antecederam o lançamento de Vulgar Display Of Power.
Embora
seja o quinto álbum de estúdio do grupo, Cowboys From Hell foi
considerado – pela própria banda – como sua estreia. O disco
trouxe toda uma nova musicalidade para os texanos, apontando para um
movimento mais agressivo e impetuoso.
Longe de
ter sido um grande sucesso comercial, 'Cowboys' ofereceu à banda
resultados muito mais importantes: fez o conjunto sepultar
definitivamente o Glam Metal insosso de seus 4 primeiros trabalhos e
os colocou em um novo patamar diante da mídia e dos fãs.
Em 1991,
o Pantera voltou ao Pantego Sound Studio para gravar seu segundo
lançamento sob contrato com a Atco Records, o qual se tornaria
Vulgar Display of Power. O álbum acabaria sendo produzido por Terry
Date, o qual se especializou nos gêneros rock e metal e que já
havia trabalhado com a banda em Cowboys from Hell (1990).
Antes de
Terry Date começar a trabalhar no álbum, a banda possuía a base
para três faixas, "A New Level", "Regular People
(Conceit)" e "No Good (Attack The Radical)". O resto
das canções foram escritas em estúdio.
Depois de
estar no estúdio durante dois meses, o Pantera foi convidado a abrir
para o Metallica e o AC/DC no Monsters of Rock de 1991, em Moscou, na
Rússia. O show foi gratuito e teve lugar no Tushino Airfield, em 28
de setembro de 1991.
Após o
show, a banda voltou ao estúdio para continuar a trabalhar no álbum.
O grupo viajou para Nova York para masterizar seu novo disco no
Masterdisk.
Embora o
guitarrista Darrell Abbott tenha sido creditado no álbum com o
apelido de "Diamond Darrell", durante a gravação do mesmo
ele abandonou esse apelido e assumiu "Dimebag Darrell", e o
baixista Rex Brown também largou o pseudônimo de "Rexx
Rocker".
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Phil Anselmo |
Vinnie
Paul disse que Cowboys from Hell estava realmente perto do som
definitivo do Pantera.
Segundo o
baterista do Pantera, quando o Metallica lançou seu auto-intitulado
álbum de 1991, o Pantera o considerou uma decepção para os fãs,
pois acreditava que o Metallica havia abandonado o Thrash Metal de
seus álbuns anteriores. Assim, o Pantera sentiu que tinha uma
oportunidade e uma lacuna a preencher e quis fazer seu registro mais
pesado de todos os tempos.
As letras
para o álbum foram inspiradas em fatos reais. Após a turnê de
Cowboys From Hell, alguns amigos do grupo começaram a pensar que o
estrelato havia subido à cabeça do grupo. Assim, Phil Anselmo quis
deixar a mensagem para quem estava com esta atitude: “Mantenha essa
merda longe de mim.”
O título
do álbum foi retirado de uma frase do filme O Exorcista, de 1973.
Quando o padre Damien Karras pede a Regan MacNeil (ou o demônio que
a possui) para quebrar suas próprias tiras e soltar-se usando seu
poder maligno, Regan responde: "that's much too vulgar a
display of power."
![]() |
Dimebag Darrell |
Em abril
de 2007, o título do álbum foi usado para o livro A Vulgar Display
of Power:. Courage and Carnage at the Alrosa Villa, que inclui muitos
nomes de músicas do Pantera como títulos dos capítulos. O livro
detalha os envolvidos e os detalhes que levaram ao assassinato do
guitarrista Dimebag Darrell Abbott, em 2004.
A capa do
álbum é uma foto, agora icônica, de um homem sendo socado no
rosto. A foto para a capa do álbum foi realizada pelo fotógrafo
Brad Guice, o qual havia feito também a fotografia da capa de
Cowboys From Hell.
A banda
pediu a sua gravadora que eles gostariam, na capa, de "algo
vulgar, como um cara levando um murro". A primeira versão da
capa que o selo trouxe para a banda mostrava um boxer com uma luva de
perfuração, mas a banda não gostou. Então, a gravadora fez uma
segunda versão que mostrava um homem que está sendo socado.
De acordo
com Vinnie Paul, o homem na capa foi pago por US$ 10 por soco e foi
atingido no rosto próximo de 30 vezes para se obter a imagem ideal.
No entanto, Brad Guice afirmou que o homem na capa, chamado Sean
Cross, nunca foi realmente atingido.
Vamos às
faixas:
MOUTH
FOR WAR
A bateria frenética de Vinnie Paul e um riff poderoso, embora mais cadenciado, de Dimebag Darrell dão às cartas no início da faixa. Logo depois, vocais furiosos de Phil Anselmo se encaixam perfeitamente com a proposta musical. O solo demonstra todo o feeling de Darrell. Enfim, o Pantera mostra a que veio logo de cara!
Segundo
Phil Anselmo, a letra se refere a canalizar o ódio para algo
construtivo:
There
comes a time within everyone to close your eyes to
What's
real
No
comprehension to fail
I
vacuum the wind for my sail
Can't
be the rest
Let
others waste my time
Owning
success is the bottom line
Like a
knife into flesh
After
life is to death
Pulling
and punching the rest of duration
No one
can piss on this determination
“Mouth
For War” é um grande clássico do Pantera, sendo uma das canções
favoritas dos fãs.
Foi
lançada como single e alcançou a boa 24ª posição da parada
norte-americana desta natureza. Também atingiu a 73ª colocação na
correspondente britânica.
Um
videoclipe foi lançado para promover a canção. Entre os covers
famosos estão das bandas Disarmonia Mundi e Biohazard.
A
NEW LEVEL
Um riff sensacional, pesado e intenso, embora também cadenciado, dita o ritmo de "New Level". O ritmo e a velocidade crescem gradativamente à medida que os vocais de Anselmo vão se tornando cada vez mais agressivos. A canção é uma verdadeira porrada, mantendo o álbum em nível estratosférico.
A letra
trata de confiança e mudança:
Demanding
plea for unity between us all
United
stand
Death
before divided fall
In
mock military order
Vulgar
Power
Impatient
Because
time is shorter
WALK
Provando estar em estado de graça, Dimebag Darrell traz um novo riff primoroso em "Walk". A pegada é cadenciada, mas repleta de peso e groove, trazendo a composição para um patamar ainda mais elevado. Phil Anselmo faz uma interpretação vocal sublime, casando sua maneira de cantar perfeitamente com o instrumental. O ouvinte está diante de uma das mais marcantes composições dos anos 90.
A letra é
uma imposição de respeito:
Is
there no standard anymore?
What
it takes, who I am, where I've been, belong
You
can't be something you're not
Be
yourself, by yourself, stay away from me
A
lesson learned in life, known from the dawn of time
“Walk”
é outro tremendo clássico do Pantera presente em Vulgar Display Of
Power. Seu videoclipe teve intensa circulação nos anos 90.
Lançada
como single, atingiu a boa 23ª colocação da parada norte-americana
desta natureza. Também teve a respeitável 35ª posição da
correspondente britânica.
“Walk”
está na 16ª posição da lista do canal musical VH1 de 40
Greatest Metal Songs. Já a revista Guitar World elegeu o solo da
canção como o 57º melhor de todos os tempos.
Como
covers mais famosos, há o de bandas como Trivium, Seether, Disturbed
e Avenged Sevenfold.
A música
também está presente em games como Madden NFL 2010 e Rock Band 3.
FUCKING
HOSTILE
A menor composição de Vulgar Display Of Power não brinca em serviço: bebendo nas fontes mais ricas do Thrash Metal norte-americano, "Fucking Hostile" é agressiva, direta e inquietante. Impossível não se lembrar de bandas como o Exodus ao se ouvir a música. Brilhante!
A letra é
um convite de fuga contra a hipocrisia do sistema:
Come
meet your maker, boy
Some
things you can't enjoy
Because
of heaven/hell
A
fucking wives' tale
They
put it in your head
Then
put you in your bed
He's
watching say your prayers
'Cause
God is everywhere
Now
I'll play a man learning priesthood
Who's
about to take the ultimate test in life
I'd
question things because I am human
And
call no one my father who's no closer that a stranger
THIS
LOVE
Já em "This Love", a banda opta por colocar os pés no freio, trazendo uma melodia mais suave e lenta, acompanhada por vocais bem comportados de Phil Anselmo. Mas logo o peso, o groove e os vocais agressivos de Phil Anselmo aparecem, exatamente no refrão. Em uma construção bastante interessante, a faixa alterna momentos mais suaves e intimistas com outros extremamente pesados, baseados no Thrash Metal. Destaque para Dimebag Darrell, esbanjando talento! É o modo do Pantera anos 90 fazer balada: espetacular!
A letra é
sobre sofrimento amoroso:
If
ever words were spoken,
painful
and untrue.
I said
I loved,
but I
lied.
In my
life,
all i
wanted..was the keeping of someone like you.
As it
turns out,
deeper
within me,
love
was twisted and pointed at you.
-
Never ending pain. Quickly ending life -
“This
Love” foi outro grande sucesso do Pantera. Teve outro videoclipe
para sua promoção, dirigido por Kevin Kerslake.
Lançada
como single, atingiu a excepcional 6ª colocação da parada
norte-americana.
Está
presente em games como Doom II e Rock Revolution. Entre os covers
mais famosos estão o de bandas como Kiuas e Staind.
RISE
A pegada Thrash Metal está de volta em "Rise" que já em seu início demonstra toda a fúria instrumental do grupo texano. O riff é bastante pesado e direto e os vocais de Anselmo acompanham o ritmo sempre com exatidão. Destaque para a insanidade da bateria de Vinnie Paul e para o bom refrão.
A letra
fala sobre fé e dominação:
Taught
when we're young to hate one another
It's
time to have a new reign of power
Make
pride universal so no one gives in
Turn
our backs on those who oppose
Then
when confronted we ask them the question
What's
wrong with their mind? What's wrong with your mind?
NO
GOOD (ATTACK THE RADICAL)
Mais uma vez fica em evidência a criatividade da banda, contando com outro riff brilhante. O peso e a cadência fazem a diferença na questão. Por alguns momentos os vocais de Anselmo se alternam entre agressivos, suaves, ou mesmo chegando a 'recitar' a letra, em um estilo que lembra o Rap norte-americano. Canção bastante criativa.
A letra
aborda o preconceito racial:
Race,
pride, prejudice
Black
man, white man, no stand
Live
in the past, we make it last, a hated mass
No
solution, mind pollution, for revolution
LIVE
IN A HOLE
O peso absurdo de "Live In A Hole" é algo intrigante. A guitarra de Dimebag Darrell está insana, contribuindo decisivamente para o sucesso da faixa. O riff é ótimo e os solos esbanjam feeling. A opção por apresentar uma música com andamento mais devagar, mas repleta de intensidade, revela-se mais que acertada. Mais um momento marcante da obra.
A letra
fala de aceitação:
I
promised myself somewhere in the teenage life
I'd
never submit to the ones I will not be like
Live
in a hole
But
stay close to my kind
Cause
they understand what burns in my mind
I
still feel incomplete
Friends
are few and far between
REGULAR
PEOPLE (CONCEIT)
Vinnie Paul abre os trabalhos em "Regular People (Conceit)", com a costumeira insanidade nas baquetas. Logo é seguido pelo excelente trabalho de seu irmão Darrell nas seis cordas, com um riff criativo, pesado, mas mais cadenciado. Também Phil Anselmo 'brinca' com sua voz, acompanhando a alternância rítmica da massa sonora. Destaque para o ótimo solo de Dimebag!
A letra é
uma luta contra o sistema:
I've
trampled on that road
That
you think you own
You
had that smartass attitude
It's
time to stop the fiction
BY
DEMONS BE DRIVEN
A pegada Thrash Metal está novamente bastante evidente no início de "By Demons Be Driven". Logo o estilo noventista da banda aparece de maneira claríssima, com a guitarra de Dimebag Darrell cortando a canção. Bons vocais de Anselmo e um riff com forte inspiração no Black Sabbath constroem outro momento importante do trabalho.
A letra é
uma crítica à religião:
Serving
the faith
Abduction
the oath
It lie
in wait for the offering
Religion
is old
For
drawing the young
Purity
withers and dies
Never
return to the ones that provided
Children
draining parents of will
I hold
out my hand to bloodless child
I'm
taken by the one I was saving
From
death
HOLLOW
A décima primeira - e última - música de Vulgar Display Of Power é "Hollow". Uma suave e belíssima melodia embala a voz de Phil Anselmo, desta feita, cantando de maneira contida e cativante. A guitarra de Dimebag Darrell é, mais uma vez, destaque absoluto, retocando a canção com um feeling absurdo. A partir de sua metade a agressividade natural do grupo aparece, tornando a experiência ainda mais dramática e de extremo bom gosto! "Hollow" é uma composição de alto grau de categoria!
A letra
fala de alguém que se encontra em estado vegetativo:
I'm
close with his mother
And
she cries endlessly
Lord
how we miss him
At
least what's remembered
It's
so important to make best friends in life
But
it's hard when my friend sits with blank expressions
Embora
“Hollow” seja um clássico inconteste da banda, não repercutiu
nas principais paradas de sucesso quando lançada como single.
Considerações
Finais
Lançado
em fevereiro de 1992, o impacto de Vulgar Display Of Power foi
praticamente imediato, especialmente em relação ao público
undergorund.
Em termos
de paradas de sucesso, ficou com a 44ª posição na parada
norte-americana e com a 64ª na sua correspondente britânica.
O álbum
recebeu críticas positivas após seu lançamento. Muitos críticos
têm elogiado o trabalho do guitarrista Darrell Abbott no álbum
pelo uso de riffs pesados para definir o tom do álbum. Os
revisores também apontaram a mudança nos vocais de Anselmo em
relação aos trabalhos anteriores, com ele usando poderosos vocais
para acompanhar os riffs cativantes e letras mais agressivas.
Steve
Huey, do Allmusic, declarou que o álbum é um dos mais influentes da
década de 90 para o gênero. O disco está na 333ª posição da
lista The 500 Greatest Rock & Metal Albums of All Time, da
revista Rock Hard.
Além
disto, Vulgar Display Of Power está presente na obra 1001 Albums
You Must Hear Before You Die.
Chad Bowar, do About.com, colocou o disco na 2ª posição dos
melhores álbuns de Heavy Metal dos anos 90, atrás somente de Rust
In Peace, do Megadeth. Já o site IGN o colocou como o 11º lugar
entre os álbuns mais influentes da história do Heavy Metal em sua
lista Top 25 Metal Albums.
Vulgar Display Of Power foi relançado em 2012, por uma edição
comemorativa pelo seu 20º aniversário, contando com uma música até
então inédita, “Piss”.
Vulgar Display Of Power ultrapassa a casa de 2,6 milhões de cópias
vendidas.
Formação:
Philip Anselmo - Vocal
Darrell Abbott – Guitarra, Backing Vocal
Rex Brown - Baixo, Backing Vocal
Vinnie Paul - Bateria
Faixas:
01. Mouth for War (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) - 3:57
02. A New Level (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) - 3:57
03. Walk (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) - 5:14
04. Fucking Hostile (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) - 2:48
05. This Love (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) - 6:32
06. Rise (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) - 4:36
07. No Good (Attack the Radical) (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) - 4:49
08. Live in a Hole (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) - 5:00
09. Regular People (Conceit) (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) - 5:27
10. By Demons Be Driven (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) - 4:40
11. Hollow (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) – 5:48
Letras:
Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
http://letras.mus.br/pantera/
Opinião do Blog:
Enquanto alguns gigantes do Heavy Metal passavam por momentos não tão gloriosos em suas carreiras, durante os anos noventa, o Pantera assumia uma tonalidade agressiva e desconcertante que acabaria caindo nas graças dos fãs do estilo. Embora a banda seja uma das principais influências da famigerada vertente New Metal, seus inegáveis legado e influência permanecem irretocáveis até hoje.
É difícil definir o ponto mais alto desta fase Heavy Metal da banda, mas para o Blog dificilmente o Pantera atingiu maior ápice que Vulgar Display Of Power: trata-se de um dos grandes álbuns de toda a história do Heavy Metal.
A banda aposta em uma sonoridade agressiva e instigante, abusando do peso e do groove, fórmula que seria exaustivamente seguida pelos grupos influenciados pelos texanos.
No álbum, o ouvinte está diante de um time coeso e bem entrosado. Vinnie Paul segue seu estilo insano na bateria, tocando de maneira frenética. Rex Brown cumpre seu papel no baixo e esta seção rítmica é primordial no peso absurdo da massa sonora do Pantera.
Phil Anselmo demonstra ser um vocalista de primeiro time, alternando seus vocais agressivos com alguns mais suaves, mas sempre em posição de colocar a composição em um patamar mais elevado. Mas o maior destaque vai mesmo para a guitarra de Dimebag Darrell, magnífico. Bebendo em fontes como o Metallica e o Black Sabbath, seu estilo marcante é inconfundível, seja em solos brilhantes ou riffs precisos.
As letras são boas, por vezes abordando temáticas diversas, mas com um olhar angustiante e ressentido da vida, fator este que se combina simbioticamente com a proposta sonora do grupo.
Em um álbum histórico e decisivo dentro do Heavy Metal dos anos 90 fica até difícil se falar em melhores faixas. Todas são acima da média. Músicas como "Mouth For War", "A New Level" ou "Fucking Hostile" definem o que o Pantera é como banda.
Mas impossível não demonstrar o apreço por composições mais intricadas como "This Love" e "Hollow", as quais contrapõem o peso absurdo e a melodia criativa. Mas é em "Walk" que o Pantera conquista definitivamente o Blog, uma das mais incríveis composições da história do Heavy Metal.
Em resumo, o ouvinte está diante de uma banda em seu ápice criativo, furiosa e determinada a conquistar um lugar no Olimpo do Heavy Metal. Com um álbum brilhante como Vulgar Display Of Power, o Pantera atingiu seu objetivo com sobras. Disco essencial!
Enquanto alguns gigantes do Heavy Metal passavam por momentos não tão gloriosos em suas carreiras, durante os anos noventa, o Pantera assumia uma tonalidade agressiva e desconcertante que acabaria caindo nas graças dos fãs do estilo. Embora a banda seja uma das principais influências da famigerada vertente New Metal, seus inegáveis legado e influência permanecem irretocáveis até hoje.
É difícil definir o ponto mais alto desta fase Heavy Metal da banda, mas para o Blog dificilmente o Pantera atingiu maior ápice que Vulgar Display Of Power: trata-se de um dos grandes álbuns de toda a história do Heavy Metal.
A banda aposta em uma sonoridade agressiva e instigante, abusando do peso e do groove, fórmula que seria exaustivamente seguida pelos grupos influenciados pelos texanos.
No álbum, o ouvinte está diante de um time coeso e bem entrosado. Vinnie Paul segue seu estilo insano na bateria, tocando de maneira frenética. Rex Brown cumpre seu papel no baixo e esta seção rítmica é primordial no peso absurdo da massa sonora do Pantera.
Phil Anselmo demonstra ser um vocalista de primeiro time, alternando seus vocais agressivos com alguns mais suaves, mas sempre em posição de colocar a composição em um patamar mais elevado. Mas o maior destaque vai mesmo para a guitarra de Dimebag Darrell, magnífico. Bebendo em fontes como o Metallica e o Black Sabbath, seu estilo marcante é inconfundível, seja em solos brilhantes ou riffs precisos.
As letras são boas, por vezes abordando temáticas diversas, mas com um olhar angustiante e ressentido da vida, fator este que se combina simbioticamente com a proposta sonora do grupo.
Em um álbum histórico e decisivo dentro do Heavy Metal dos anos 90 fica até difícil se falar em melhores faixas. Todas são acima da média. Músicas como "Mouth For War", "A New Level" ou "Fucking Hostile" definem o que o Pantera é como banda.
Mas impossível não demonstrar o apreço por composições mais intricadas como "This Love" e "Hollow", as quais contrapõem o peso absurdo e a melodia criativa. Mas é em "Walk" que o Pantera conquista definitivamente o Blog, uma das mais incríveis composições da história do Heavy Metal.
Em resumo, o ouvinte está diante de uma banda em seu ápice criativo, furiosa e determinada a conquistar um lugar no Olimpo do Heavy Metal. Com um álbum brilhante como Vulgar Display Of Power, o Pantera atingiu seu objetivo com sobras. Disco essencial!
PANTERA - VULGAR DISPLAY OF POWER (1992)
Vulgar
Display Of Power é o sexto álbum de estúdio da banda
norte-americana chamada Pantera. Seu lançamento oficial aconteceu em
25 de fevereiro de 1992, através do selo Atco Records. As gravações
se deram durante o ano de 1991, no Pantego Sound Studio, em Pantego,
no estado norte-americano do Texas. A produção ficou a cargo de
Terry Date e do baterista Vinnie Paul.
Em seus
primórdios, o Blog já tratou do clássico álbum do Pantera,
Cowboys From Hell. Agora, vai-se focar nos fatos (poucos, é verdade)
que antecederam o lançamento de Vulgar Display Of Power.
Embora
seja o quinto álbum de estúdio do grupo, Cowboys From Hell foi
considerado – pela própria banda – como sua estreia. O disco
trouxe toda uma nova musicalidade para os texanos, apontando para um
movimento mais agressivo e impetuoso.
Longe de
ter sido um grande sucesso comercial, 'Cowboys' ofereceu à banda
resultados muito mais importantes: fez o conjunto sepultar
definitivamente o Glam Metal insosso de seus 4 primeiros trabalhos e
os colocou em um novo patamar diante da mídia e dos fãs.
Em 1991,
o Pantera voltou ao Pantego Sound Studio para gravar seu segundo
lançamento sob contrato com a Atco Records, o qual se tornaria
Vulgar Display of Power. O álbum acabaria sendo produzido por Terry
Date, o qual se especializou nos gêneros rock e metal e que já
havia trabalhado com a banda em Cowboys from Hell (1990).
Antes de
Terry Date começar a trabalhar no álbum, a banda possuía a base
para três faixas, "A New Level", "Regular People
(Conceit)" e "No Good (Attack The Radical)". O resto
das canções foram escritas em estúdio.
Depois de
estar no estúdio durante dois meses, o Pantera foi convidado a abrir
para o Metallica e o AC/DC no Monsters of Rock de 1991, em Moscou, na
Rússia. O show foi gratuito e teve lugar no Tushino Airfield, em 28
de setembro de 1991.
Após o
show, a banda voltou ao estúdio para continuar a trabalhar no álbum.
O grupo viajou para Nova York para masterizar seu novo disco no
Masterdisk.
Embora o
guitarrista Darrell Abbott tenha sido creditado no álbum com o
apelido de "Diamond Darrell", durante a gravação do mesmo
ele abandonou esse apelido e assumiu "Dimebag Darrell", e o
baixista Rex Brown também largou o pseudônimo de "Rexx
Rocker".
![]() |
Phil Anselmo |
Vinnie
Paul disse que Cowboys from Hell estava realmente perto do som
definitivo do Pantera.
Segundo o
baterista do Pantera, quando o Metallica lançou seu auto-intitulado
álbum de 1991, o Pantera o considerou uma decepção para os fãs,
pois acreditava que o Metallica havia abandonado o Thrash Metal de
seus álbuns anteriores. Assim, o Pantera sentiu que tinha uma
oportunidade e uma lacuna a preencher e quis fazer seu registro mais
pesado de todos os tempos.
As letras
para o álbum foram inspiradas em fatos reais. Após a turnê de
Cowboys From Hell, alguns amigos do grupo começaram a pensar que o
estrelato havia subido à cabeça do grupo. Assim, Phil Anselmo quis
deixar a mensagem para quem estava com esta atitude: “Mantenha essa
merda longe de mim.”
O título
do álbum foi retirado de uma frase do filme O Exorcista, de 1973.
Quando o padre Damien Karras pede a Regan MacNeil (ou o demônio que
a possui) para quebrar suas próprias tiras e soltar-se usando seu
poder maligno, Regan responde: "that's much too vulgar a
display of power."
![]() |
Dimebag Darrell |
Em abril
de 2007, o título do álbum foi usado para o livro A Vulgar Display
of Power:. Courage and Carnage at the Alrosa Villa, que inclui muitos
nomes de músicas do Pantera como títulos dos capítulos. O livro
detalha os envolvidos e os detalhes que levaram ao assassinato do
guitarrista Dimebag Darrell Abbott, em 2004.
A capa do
álbum é uma foto, agora icônica, de um homem sendo socado no
rosto. A foto para a capa do álbum foi realizada pelo fotógrafo
Brad Guice, o qual havia feito também a fotografia da capa de
Cowboys From Hell.
A banda
pediu a sua gravadora que eles gostariam, na capa, de "algo
vulgar, como um cara levando um murro". A primeira versão da
capa que o selo trouxe para a banda mostrava um boxer com uma luva de
perfuração, mas a banda não gostou. Então, a gravadora fez uma
segunda versão que mostrava um homem que está sendo socado.
De acordo
com Vinnie Paul, o homem na capa foi pago por US$ 10 por soco e foi
atingido no rosto próximo de 30 vezes para se obter a imagem ideal.
No entanto, Brad Guice afirmou que o homem na capa, chamado Sean
Cross, nunca foi realmente atingido.
Vamos às
faixas:
MOUTH
FOR WAR
A bateria frenética de Vinnie Paul e um riff poderoso, embora mais cadenciado, de Dimebag Darrell dão às cartas no início da faixa. Logo depois, vocais furiosos de Phil Anselmo se encaixam perfeitamente com a proposta musical. O solo demonstra todo o feeling de Darrell. Enfim, o Pantera mostra a que veio logo de cara!
Segundo
Phil Anselmo, a letra se refere a canalizar o ódio para algo
construtivo:
There
comes a time within everyone to close your eyes to
What's
real
No
comprehension to fail
I
vacuum the wind for my sail
Can't
be the rest
Let
others waste my time
Owning
success is the bottom line
Like a
knife into flesh
After
life is to death
Pulling
and punching the rest of duration
No one
can piss on this determination
“Mouth
For War” é um grande clássico do Pantera, sendo uma das canções
favoritas dos fãs.
Foi
lançada como single e alcançou a boa 24ª posição da parada
norte-americana desta natureza. Também atingiu a 73ª colocação na
correspondente britânica.
Um
videoclipe foi lançado para promover a canção. Entre os covers
famosos estão das bandas Disarmonia Mundi e Biohazard.
A
NEW LEVEL
Um riff sensacional, pesado e intenso, embora também cadenciado, dita o ritmo de "New Level". O ritmo e a velocidade crescem gradativamente à medida que os vocais de Anselmo vão se tornando cada vez mais agressivos. A canção é uma verdadeira porrada, mantendo o álbum em nível estratosférico.
A letra
trata de confiança e mudança:
Demanding
plea for unity between us all
United
stand
Death
before divided fall
In
mock military order
Vulgar
Power
Impatient
Because
time is shorter
WALK
Provando estar em estado de graça, Dimebag Darrell traz um novo riff primoroso em "Walk". A pegada é cadenciada, mas repleta de peso e groove, trazendo a composição para um patamar ainda mais elevado. Phil Anselmo faz uma interpretação vocal sublime, casando sua maneira de cantar perfeitamente com o instrumental. O ouvinte está diante de uma das mais marcantes composições dos anos 90.
A letra é
uma imposição de respeito:
Is
there no standard anymore?
What
it takes, who I am, where I've been, belong
You
can't be something you're not
Be
yourself, by yourself, stay away from me
A
lesson learned in life, known from the dawn of time
“Walk”
é outro tremendo clássico do Pantera presente em Vulgar Display Of
Power. Seu videoclipe teve intensa circulação nos anos 90.
Lançada
como single, atingiu a boa 23ª colocação da parada norte-americana
desta natureza. Também teve a respeitável 35ª posição da
correspondente britânica.
“Walk”
está na 16ª posição da lista do canal musical VH1 de 40
Greatest Metal Songs. Já a revista Guitar World elegeu o solo da
canção como o 57º melhor de todos os tempos.
Como
covers mais famosos, há o de bandas como Trivium, Seether, Disturbed
e Avenged Sevenfold.
A música
também está presente em games como Madden NFL 2010 e Rock Band 3.
FUCKING
HOSTILE
A menor composição de Vulgar Display Of Power não brinca em serviço: bebendo nas fontes mais ricas do Thrash Metal norte-americano, "Fucking Hostile" é agressiva, direta e inquietante. Impossível não se lembrar de bandas como o Exodus ao se ouvir a música. Brilhante!
A letra é
um convite de fuga contra a hipocrisia do sistema:
Come
meet your maker, boy
Some
things you can't enjoy
Because
of heaven/hell
A
fucking wives' tale
They
put it in your head
Then
put you in your bed
He's
watching say your prayers
'Cause
God is everywhere
Now
I'll play a man learning priesthood
Who's
about to take the ultimate test in life
I'd
question things because I am human
And
call no one my father who's no closer that a stranger
THIS
LOVE
Já em "This Love", a banda opta por colocar os pés no freio, trazendo uma melodia mais suave e lenta, acompanhada por vocais bem comportados de Phil Anselmo. Mas logo o peso, o groove e os vocais agressivos de Phil Anselmo aparecem, exatamente no refrão. Em uma construção bastante interessante, a faixa alterna momentos mais suaves e intimistas com outros extremamente pesados, baseados no Thrash Metal. Destaque para Dimebag Darrell, esbanjando talento! É o modo do Pantera anos 90 fazer balada: espetacular!
A letra é
sobre sofrimento amoroso:
If
ever words were spoken,
painful
and untrue.
I said
I loved,
but I
lied.
In my
life,
all i
wanted..was the keeping of someone like you.
As it
turns out,
deeper
within me,
love
was twisted and pointed at you.
-
Never ending pain. Quickly ending life -
“This
Love” foi outro grande sucesso do Pantera. Teve outro videoclipe
para sua promoção, dirigido por Kevin Kerslake.
Lançada
como single, atingiu a excepcional 6ª colocação da parada
norte-americana.
Está
presente em games como Doom II e Rock Revolution. Entre os covers
mais famosos estão o de bandas como Kiuas e Staind.
RISE
A pegada Thrash Metal está de volta em "Rise" que já em seu início demonstra toda a fúria instrumental do grupo texano. O riff é bastante pesado e direto e os vocais de Anselmo acompanham o ritmo sempre com exatidão. Destaque para a insanidade da bateria de Vinnie Paul e para o bom refrão.
A letra
fala sobre fé e dominação:
Taught
when we're young to hate one another
It's
time to have a new reign of power
Make
pride universal so no one gives in
Turn
our backs on those who oppose
Then
when confronted we ask them the question
What's
wrong with their mind? What's wrong with your mind?
NO
GOOD (ATTACK THE RADICAL)
Mais uma vez fica em evidência a criatividade da banda, contando com outro riff brilhante. O peso e a cadência fazem a diferença na questão. Por alguns momentos os vocais de Anselmo se alternam entre agressivos, suaves, ou mesmo chegando a 'recitar' a letra, em um estilo que lembra o Rap norte-americano. Canção bastante criativa.
A letra
aborda o preconceito racial:
Race,
pride, prejudice
Black
man, white man, no stand
Live
in the past, we make it last, a hated mass
No
solution, mind pollution, for revolution
LIVE
IN A HOLE
O peso absurdo de "Live In A Hole" é algo intrigante. A guitarra de Dimebag Darrell está insana, contribuindo decisivamente para o sucesso da faixa. O riff é ótimo e os solos esbanjam feeling. A opção por apresentar uma música com andamento mais devagar, mas repleta de intensidade, revela-se mais que acertada. Mais um momento marcante da obra.
A letra
fala de aceitação:
I
promised myself somewhere in the teenage life
I'd
never submit to the ones I will not be like
Live
in a hole
But
stay close to my kind
Cause
they understand what burns in my mind
I
still feel incomplete
Friends
are few and far between
REGULAR
PEOPLE (CONCEIT)
Vinnie Paul abre os trabalhos em "Regular People (Conceit)", com a costumeira insanidade nas baquetas. Logo é seguido pelo excelente trabalho de seu irmão Darrell nas seis cordas, com um riff criativo, pesado, mas mais cadenciado. Também Phil Anselmo 'brinca' com sua voz, acompanhando a alternância rítmica da massa sonora. Destaque para o ótimo solo de Dimebag!
A letra é
uma luta contra o sistema:
I've
trampled on that road
That
you think you own
You
had that smartass attitude
It's
time to stop the fiction
BY
DEMONS BE DRIVEN
A pegada Thrash Metal está novamente bastante evidente no início de "By Demons Be Driven". Logo o estilo noventista da banda aparece de maneira claríssima, com a guitarra de Dimebag Darrell cortando a canção. Bons vocais de Anselmo e um riff com forte inspiração no Black Sabbath constroem outro momento importante do trabalho.
A letra é
uma crítica à religião:
Serving
the faith
Abduction
the oath
It lie
in wait for the offering
Religion
is old
For
drawing the young
Purity
withers and dies
Never
return to the ones that provided
Children
draining parents of will
I hold
out my hand to bloodless child
I'm
taken by the one I was saving
From
death
HOLLOW
A décima primeira - e última - música de Vulgar Display Of Power é "Hollow". Uma suave e belíssima melodia embala a voz de Phil Anselmo, desta feita, cantando de maneira contida e cativante. A guitarra de Dimebag Darrell é, mais uma vez, destaque absoluto, retocando a canção com um feeling absurdo. A partir de sua metade a agressividade natural do grupo aparece, tornando a experiência ainda mais dramática e de extremo bom gosto! "Hollow" é uma composição de alto grau de categoria!
A letra
fala de alguém que se encontra em estado vegetativo:
I'm
close with his mother
And
she cries endlessly
Lord
how we miss him
At
least what's remembered
It's
so important to make best friends in life
But
it's hard when my friend sits with blank expressions
Embora
“Hollow” seja um clássico inconteste da banda, não repercutiu
nas principais paradas de sucesso quando lançada como single.
Considerações
Finais
Lançado
em fevereiro de 1992, o impacto de Vulgar Display Of Power foi
praticamente imediato, especialmente em relação ao público
undergorund.
Em termos
de paradas de sucesso, ficou com a 44ª posição na parada
norte-americana e com a 64ª na sua correspondente britânica.
O álbum
recebeu críticas positivas após seu lançamento. Muitos críticos
têm elogiado o trabalho do guitarrista Darrell Abbott no álbum
pelo uso de riffs pesados para definir o tom do álbum. Os
revisores também apontaram a mudança nos vocais de Anselmo em
relação aos trabalhos anteriores, com ele usando poderosos vocais
para acompanhar os riffs cativantes e letras mais agressivas.
Steve
Huey, do Allmusic, declarou que o álbum é um dos mais influentes da
década de 90 para o gênero. O disco está na 333ª posição da
lista The 500 Greatest Rock & Metal Albums of All Time, da
revista Rock Hard.
Além
disto, Vulgar Display Of Power está presente na obra 1001 Albums
You Must Hear Before You Die.
Chad Bowar, do About.com, colocou o disco na 2ª posição dos
melhores álbuns de Heavy Metal dos anos 90, atrás somente de Rust
In Peace, do Megadeth. Já o site IGN o colocou como o 11º lugar
entre os álbuns mais influentes da história do Heavy Metal em sua
lista Top 25 Metal Albums.
Vulgar Display Of Power foi relançado em 2012, por uma edição
comemorativa pelo seu 20º aniversário, contando com uma música até
então inédita, “Piss”.
Vulgar Display Of Power ultrapassa a casa de 2,6 milhões de cópias
vendidas.
Formação:
Philip Anselmo - Vocal
Darrell Abbott – Guitarra, Backing Vocal
Rex Brown - Baixo, Backing Vocal
Vinnie Paul - Bateria
Faixas:
01. Mouth for War (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) - 3:57
02. A New Level (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) - 3:57
03. Walk (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) - 5:14
04. Fucking Hostile (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) - 2:48
05. This Love (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) - 6:32
06. Rise (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) - 4:36
07. No Good (Attack the Radical) (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) - 4:49
08. Live in a Hole (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) - 5:00
09. Regular People (Conceit) (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) - 5:27
10. By Demons Be Driven (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) - 4:40
11. Hollow (Anselmo/Abbott/Brown/Paul) – 5:48
Letras:
Opinião do Blog:
Enquanto alguns gigantes do Heavy Metal passavam por momentos não tão gloriosos em suas carreiras, durante os anos noventa, o Pantera assumia uma tonalidade agressiva e desconcertante que acabaria caindo nas graças dos fãs do estilo. Embora a banda seja uma das principais influências da famigerada vertente New Metal, seus inegáveis legado e influência permanecem irretocáveis até hoje.
É difícil definir o ponto mais alto desta fase Heavy Metal da banda, mas para o Blog dificilmente o Pantera atingiu maior ápice que Vulgar Display Of Power: trata-se de um dos grandes álbuns de toda a história do Heavy Metal.
A banda aposta em uma sonoridade agressiva e instigante, abusando do peso e do groove, fórmula que seria exaustivamente seguida pelos grupos influenciados pelos texanos.
No álbum, o ouvinte está diante de um time coeso e bem entrosado. Vinnie Paul segue seu estilo insano na bateria, tocando de maneira frenética. Rex Brown cumpre seu papel no baixo e esta seção rítmica é primordial no peso absurdo da massa sonora do Pantera.
Phil Anselmo demonstra ser um vocalista de primeiro time, alternando seus vocais agressivos com alguns mais suaves, mas sempre em posição de colocar a composição em um patamar mais elevado. Mas o maior destaque vai mesmo para a guitarra de Dimebag Darrell, magnífico. Bebendo em fontes como o Metallica e o Black Sabbath, seu estilo marcante é inconfundível, seja em solos brilhantes ou riffs precisos.
As letras são boas, por vezes abordando temáticas diversas, mas com um olhar angustiante e ressentido da vida, fator este que se combina simbioticamente com a proposta sonora do grupo.
Em um álbum histórico e decisivo dentro do Heavy Metal dos anos 90 fica até difícil se falar em melhores faixas. Todas são acima da média. Músicas como "Mouth For War", "A New Level" ou "Fucking Hostile" definem o que o Pantera é como banda.
Mas impossível não demonstrar o apreço por composições mais intricadas como "This Love" e "Hollow", as quais contrapõem o peso absurdo e a melodia criativa. Mas é em "Walk" que o Pantera conquista definitivamente o Blog, uma das mais incríveis composições da história do Heavy Metal.
Em resumo, o ouvinte está diante de uma banda em seu ápice criativo, furiosa e determinada a conquistar um lugar no Olimpo do Heavy Metal. Com um álbum brilhante como Vulgar Display Of Power, o Pantera atingiu seu objetivo com sobras. Disco essencial!
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