EXODUS - BONDED BY BLOOD (1985)

 


Bonded by Blood é o álbum de estreia da banda
norte-americana chamada Exodus. Seu lançamento oficial aconteceu em 25 de abril
de 1985 através do selo Torrid. As gravações ocorreram em julho de 1984, no
Prairie Sun Studios, em Cotati, nos Estados Unidos. A produção ficou a cargo de
Mark Whitaker.



 



Origens



 



A formação inicial do Exodus surgiu no final dos anos 1970, através dos guitarristas Kirk
Hammett e Tim Agnello, do baterista/vocalista Tom Hunting e do vocalista Keith
Stewart, enquanto eles estudavam juntos no colégio.






A banda adicionou o baixista Carlton Melson
em 1980, e o quinteto começou a se destacar tocando em festas de quintal e em
vários eventos escolares. Eles tocavam principalmente covers na veia do hard
rock dos anos 1970 e da nova onda do heavy metal britânico (NWOBHM), mas também
desenvolveram algumas de suas próprias canções originais.



 



Stewart logo deixou a banda e Hunting se
tornou o único vocalista por algum tempo. Carlton Melson foi substituído em
1981 pelo baixista Geoff Andrews. Tim Agnello também deixaria o grupo,
mudando-se para Nova York e permanecendo envolvido na indústria da música como
guitarrista, empresário e compositor.



 



Isso deixou o Exodus atuando como um power trio até que um substituto foi
encontrado no amigo de Hammett (e roadie do Exodus), o guitarrista Gary Holt.



 



Encontrando
Paul Baloff



 



Também em 1981, Hammett conheceu um morador
de El Cerrito, Paul Baloff, em uma festa em North Berkeley, uma amizade que
começou - de acordo com Hammett - por suas admirações compartilhadas pelo punk
rock e pelo heavy metal dos anos 1970.



 



Baloff se tornou o vocalista principal da
banda e o quinteto gravou uma fita demo de 3 faixas, em 1982, consistindo nas
canções "Whipping Queen", "Death and Domination" e
"Warlord", um lançamento que seria a única gravação de Hammett com o Exodus até 2014.



 



A música da banda começou a incorporar
elementos do punk hardcore em suas raízes NWOBHM, e o Exodus foi considerado um pioneiro na cena thrash metal da Bay
Area.


Paul Baloff




Em novembro de 1982, o Exodus abriu um show no Old Waldorf, em San Francisco, para o Metallica, uma banda então relativamente
desconhecida (e sem gravadora) de Los Angeles. Conforme o
Exodus começou a fazer mais shows em clubes da Bay Area, eles
ganharam uma grande e fervorosa base de fãs, a qual ficou conhecida por seu
comportamento violento nos shows.



 



Mais
mudanças



 



No início de 1983, Hammett deixou o Exodus para se juntar ao Metallica, por recomendação do
empresário/produtor Mark Whitaker, sobrando a Gary Holt efetivamente assumir o
controle criativo da banda.



 



Hammett foi substituído por Mike Maung,
seguido por Evan McCaskey, antes que o grupo finalmente encontrasse um
substituto permanente no guitarrista Rick Hunolt.



 



Geoff Andrews também saiu para iniciar uma
encarnação inicial da banda de death metal Possessed,
e foi substituído pelo baixista Rob McKillop.



 



Seguindo
em frente



 



No segundo trimestre de 1984, o Exodus entrou no Turk Street Studios
com o produtor Doug Piercy para gravar demos de canções que mais tarde
apareceriam em seu álbum de estreia.



 



A banda assinou contrato com a Torrid Records
de Nova York e o Exodus preparou-se
para entrar no Prairie Sun Recording Studios na metade daquele ano.



 



Bonded
by Blood



 



Embora o álbum tenha sido concluído no meio
de 1984, ele não foi lançado até 1985 devido a problemas entre o Exodus e sua gravadora. É considerado
um dos álbuns de thrash metal mais influentes de todos os tempos.



 



É também o único disco de estúdio completo do
Exodus a apresentar Paul Baloff nos
vocais, embora ele também estivesse em sua Demo de 1982. Baloff voltou ao Exodus por cinco anos (de 1997 até sua
morte em 2002), e apareceu em seu álbum ao vivo de 1997, Another Lesson in Violence.



 



Bonded
by Blood
foi originalmente intitulado de A Lesson in Violence,
mas teve seu nome alterado quando uma ideia adequada para a capa não foi
encontrada.



 



Uma cópia em fita cassete do álbum (com o
título original) foi amplamente distribuída pela rede de troca de fitas após a
conclusão do disco no final do verão americano de 1984, criando um imenso
burburinho underground antes do lançamento oficial do LP. O lançamento foi
adiado, no entanto, devido a problemas com a arte.



 



A música "Impaler" seria
originalmente apresentada em Bonded by
Blood
, mas foi abandonada quando Kirk Hammett levou o riff principal com
ele para o Metallica (foi usado em
"Trapped Under Ice").



 



A arte da capa do álbum original era uma
ilustração de bebês gêmeos siameses do bem e do mal. Na reedição de 1989, essa
capa foi substituída pelo logotipo da banda em uma imagem em vermelho e preto
de uma multidão.


Gary Holt




O disco foi remasterizado e relançado pela
Century Media em 1999 apenas na Europa, com duas faixas ao vivo de seu
relançamento do Combat em 1989, com Steve Souza nos vocais. Esta reedição da
Century Media restaurou a arte da capa original.



 



Vamos às faixas:



 



BONDED BY BLOOD



 



O disco é aberto com a faixa-título, uma
canção poderosa com guitarras furiosas e bateria frenética, no melhor estilo
thrash metal.



 



A letra exalta a fúria do Heavy Metal:



 



Black Magic Rites On This Black Evil Night



Begin With The Slice Of The Blade



Metal And Blood Come Together As One



Onlookers They Gasp In Dismay



Taste The Sweet Blood Of One Another



Sharing Without Any Greed



Bang You Head As If Up From The Dead



Intense Metal Is All That You Need



 



EXODUS



 



“Exodus” continua em um ritmo intenso e
furioso, o qual contagia o ouvinte pela intensidade insana – e ótimos vocais de
Baloff.



 



A violência é a tônica da letra:



 



Get in our way and we're going to take your life



Kick in your face and rape and murder your wife



Plunder your town your homes they'll burn to the
ground



You won't hear a sound until my knife's in your back



The exodus attack



 



AND
THEN THERE WERE NONE



 



O riff inicial de “And Then There Were None”
é muito bom e a música segue em um andamento mais cadenciado, sem abrir mão do
peso.



 



A letra fala sobre um fim de mundo:



 



and then there were none



the world starts to burn



the world powers learn



tha satans work is done



 



A LESSON IN VIOLENCE



 



“A Lesson in Violence” continua com uma
trilha Thrash feroz e um refrão matador, em um ponto alto do disco.



 



A letra apresenta um poder maligno e
opressor:



 



I love to stab my victims



Until they're dead



A knife to the throat



Or a smashing blow to the head



I'm judge and jury



My sentence has just been passed



Step into the circle of hell



If you think you can last



 



METAL COMMAND



 



A excelente “Metal Command” encontra ecos do
Motörhead em seu riff inicial e segue um tanto quanto mais contida, mas é outra
faixa incrível.



 



A letra é uma ode ao Metal e aos seus fãs:



 



Fists are in the air, banging everywhere



Thrashing to the sound, faces melting down



It's time to fight for metal tonight



Bangers take your stand and obey



Our
metal command



 



PIRANHA



 



“Piranha” é uma verdadeira porrada, uma
composição insana a qual conta com guitarras afiadíssimas e vocais aguçados de
Baloff.



 



A letra sugere um ataque do famoso peixe
chamado piranha:



 



Piranha kill in a pack, you'll run



Piranha start to attack, you'll done



If you think you can beat, deadly shoal



If you think you can live, you're a fool



 



NO LOVE



 



“No Love” é mais lenta, mas pesadíssima, e
Baloff tem mais uma atuação inspirada nos vocais.



 



A letra fala sobre magia e escuridão:



 



The darkness is my lover



She makes he feel strong



Take what I want, when I want



At night I do no wrong



When I walk the streets



Got loki on my side



Slit your throat, drink your blood



Who cares when others die



 



DELIVER
US TO EVIL



 



“Deliver Us to Evil” é a canção mais longa do
álbum, superando os sete minutos, oscilando entre passagens rápidas e outras
cadenciadas.



 



A letra possui um toque sombrio:



 



my prayers have now been heard



by my lord, my god. master lucifer



there is no life or birth



when the undead walk the earth



unholy blaspheme and torment



are now set free



 



STRIKE OF THE BEAST



 



“Strike of the Beast” encerra o trabalho em
altíssimo nível trazendo uma música que sintetiza bem a intensidade agressiva
do Thrash Metal.



 



A letra tem um toque de terror:



 



Time to run or fight



Off the strike of the beast



If you fail you'll be



The hellish demon's feast



 



Considerações
Finais



 



Em termos de paradas de sucesso, Bonded by Blood não fez qualquer
barulho, porém, isto não revela seu real valor.



 



Bernard Doe, da Metal Forces, em 1985,
definiu como "um álbum clássico no sentido do thrash metal que certamente
será desprezado pela mídia não convertida e mainstream".



 



Eduardo Rivadavia, do AllMusic, afirma:
"Se tivesse sido lançado imediatamente após ter sido gravado em 1984, Bonded by Blood poderia ser considerado
hoje ao lado de Kill ‘Em All do Metallica como um dos álbuns marcantes
responsáveis por lançar a onda do thrash metal" e acrescenta que "o Exodus ficou pensando que tipo de
impacto eles poderiam ter sem esses contratempos”.



 



Rivadavia também descreveu Bonded by Blood como "um álbum cuja
influência excede em muito sua notoriedade real, e continua sendo uma peça
crucial do quebra-cabeça do thrash metal".



 



Em 2013, Bonded
by Blood
foi classificado em 80º lugar no 'Top 100 Heavy Metal Albums' do site
Metalrules.com.



 



Em agosto de 2014, a revista Revolver colocou
o álbum em sua lista "14 Thrash Albums You Need to Own". O álbum foi
classificado em primeiro lugar na lista dos dez primeiros "Álbuns Thrash
NÃO Lançados pelos Big 4" do site Loudwire.



 



Em 2017, a revista Rolling Stone classificou Bonded by Blood como o 45º lugar em sua
lista dos "100 melhores álbuns de metal de todos os tempos".



 



O Exodus
promoveu o álbum saindo em turnê com Venom
e Slayer. Quatro canções de sua
apresentação em 5 de abril de 1985, no Studio 54 em Nova York, foram filmadas e
lançadas em vídeo caseiro como Combat
Tour Live: The Ultimate Revenge
.



 



A banda posteriormente fez turnês ou tocou em
shows com bandas como Exciter, Megadeth, Anthrax, King Diamond, Possessed, D.R.I., Nuclear Assault
e Hirax.



 



Pouco depois de terminar a turnê de Bonded by Blood, Paul Baloff foi
demitido da banda, supostamente devido ao seu comportamento relacionado ao
álcool e às drogas. Ele foi substituído por Steve "Zetro" Souza, que
anteriormente havia sido o vocalista do Legacy, uma encarnação inicial dos
colegas thrashers da Bay Area, o Testament.
Baloff formou a banda Piranha em 1987.



 



Um segundo álbum de estúdio do Exodus sairia também em 1987, com Pleasures of the Flesh.






 



Formação:



Paul Baloff - Vocais



Gary Holt - Guitarra



Rick Hunolt - Guitarra



Rob McKillop - Baixo



Tom Hunting -
Bateria



 



Faixas:



1. Bonded by
Blood (Baloff/Holt) - 3:43



2. Exodus (Baloff/Holt)
- 4:05



3. And Then
There Were None (Holt/Hunting) - 4:40



4. A Lesson in
Violence (Holt/Hunolt) - 3:49



5. Metal Command
(Baloff/Holt/Whitaker) - 4:13



6. Piranha (Baloff) - 3:45



7. No Love (Baloff) - 5:08



8. Deliver Us to
Evil (Holt/Whitaker/Hunolt) - 7:07



9. Strike of the
Beast (Baloff/Holt) - 3:57



 



Letras:



Para o conteúdo completo das letras,
recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/exodus/



 



Opinião
do Blog:



Dentro da vertente metálica do Thrash Metal,
o Exodus é, na minha opinião, a
banda mais subestimada entre as norte-americanas. A qualidade incontestável de
sua discografia não me deixa mentir.



 



A sua estreia, Bonded by Blood, peca por ter sido lançada alguns anos depois do
estilo ter surgido, mas este fato não impede de se atestar que se trata de um
dos mais importantes álbuns dentro do estilo.



 



Com intensidade e agressividade insanas, o
disco desfila um conjunto de faixas de valor inegável, onde o peso está sempre
presente e os riffs cortam todas as composições com maestria.



 



Entre as favoritas deste blogueiro estão as
fabulosas “And Then There Were None” e “Metal Command”.



 



Enfim, Bonded
by Blood
é um disco seminal dentro do Thrash Metal, sendo composto por
vários clássicos, não apenas do Exodus,
mas do próprio estilo em geral. Um álbum que ditou os moldes de como o Thrash
seguiria no futuro, além de ser o registro definitivo do lendário Paul Baloff.

EXODUS - BONDED BY BLOOD (1985)

 


Bonded by Blood é o álbum de estreia da banda norte-americana chamada Exodus. Seu lançamento oficial aconteceu em 25 de abril de 1985 através do selo Torrid. As gravações ocorreram em julho de 1984, no Prairie Sun Studios, em Cotati, nos Estados Unidos. A produção ficou a cargo de Mark Whitaker.

SUICIDAL TENDENCIES - HOW WILL I LAUGH TOMORROW... (1988)

 


How Will I Laugh Tomorrow When I Can't Even Smile Today é o terceiro álbum de estúdio da banda norte-americana chamada Suicidal Tendencies. Seu lançamento oficial ocorreu em 13 de setembro de 1988, através do selo Epic. As gravações aconteceram em abril daquele mesmo ano, no Cherokee Studios, na Califórnia, Estados Unidos. A produção ficou a cargo de Mark Dodson em conjunto com a banda.

SUICIDAL TENDENCIES - HOW WILL I LAUGH TOMORROW... (1988)

 


How Will I Laugh Tomorrow When I Can't Even
Smile Today é o terceiro álbum de estúdio da banda norte-americana chamada
Suicidal Tendencies. Seu lançamento oficial ocorreu em 13 de setembro de 1988,
através do selo Epic. As gravações aconteceram em abril daquele mesmo ano, no
Cherokee Studios, na Califórnia, Estados Unidos. A produção ficou a cargo de
Mark Dodson em conjunto com a banda.



 






Origem



 



O Suicidal
Tendencies
foi formado em 1980, como um grupo punk, em Venice, na
Califórnia. A formação original da banda consistia em Mike Muir nos vocais,
Mike Ball na guitarra, Carlos "Egie" Egert na bateria e Mike Dunnigan
no baixo.



 



Após a gravação de sua primeira demo, Carlos
Egert deixou a banda e foi substituído pelo irmão de Dunnigan, Sean. Muir, na
época um estudante do Santa Monica College, originalmente pretendia que o Suicidal Tendencies fosse uma
"banda de festa", mas à medida que sua notoriedade crescia, ele logo
encontrou a banda no centro de sua vida.



 



Havia muitos rumores de que os membros da
banda, bem como seus amigos e seguidores estariam envolvidos com gangues
(especialmente Venice 13, gangue mexicano-americana daquela área), com a
bandana com marca registrada de Muir e a violência nas apresentações do
conjunto como evidências.



 



Em uma foto da formação original, que pode
ser vista dentro de seu álbum de estreia homônimo, o baterista Amery Smith está
usando um chapéu virado para cima e com a marca "V13", que
provavelmente seriam as iniciais de Venice 13. Smith não era um membro do V13 e
o chapéu usado na foto foi emprestado por um membro do V13, Steve Mayorga,
irmão do baixista do Suicidal Tendencies,
Louiche Mayorga.



 



O Suicidal
Tendencies
rapidamente ganhou seguidores e começou a se apresentar em shows
maiores. Eles gravaram uma demo em 1982 e participaram do LP de compilação Slamulation da Mystic Records. A música
apresentada era "I Saw Your Mommy", que mais tarde foi incluída em
seu álbum de estreia autointitulado.



 



Os irmãos Dunnigan sairiam após essas
gravações, com Mike Dunnigan mais tarde se juntando à banda de Tony Alva, o Skoundrelz, para voltar com Mike Ball
na guitarra e Bela Horvath na bateria. Ball permaneceu na banda por 2 anos e
meio antes de se juntar ao Skoundrelz
e foi substituído por Dunnigan.



 



O guitarrista Rick Battson gravou a demo
antes do primeiro álbum. Grant Estes aprendeu aquela demo substituindo-o na
guitarra e tocando no primeiro álbum do Suicidal
Tendencies
.


Mike Muir




 



Primeiro
Álbum



 



Em 1983, o Suicidal Tendencies assinou com o selo independente Frontier
Records e lançou seu primeiro álbum autointitulado. A música
"Institutionalized", que apresentava um videoclipe que se tornou um
dos primeiros vídeos de hardcore a receber substancial airplay na MTV, expandiu
enormemente a base de fãs da banda.



 



Logo após o lançamento de seu álbum de
estreia, Estes deixou a banda e foi substituído por Jon Nelson, ex-empresário
do Neighbourhood Watch. Nelson tocou
com o Suicidal Tendencies em todos
os primeiros shows de 1983 a 1984. Embora Nelson não tenha aparecido em nenhum
dos lançamentos do Suicidal Tendencies,
ele aparece em algumas gravações ao vivo da música "War Inside My
Head", bem como em outras.



 



Todas as músicas compostas por Jon Nelson
foram compradas por Muir após sua saída da banda por uma pequena quantia em
dinheiro e uma guitarra Flying V. Ele é creditado nos álbuns apenas como
compostas por (Suicidal Tendencies)
e em 1987 foi erroneamente listado como guitarrista na reedição de seu álbum de
estreia, Suicidal Tendencies, que
logo foi corrigido para dar o devido crédito a Grant Estes.



 



Hiato



 



Naquele mesmo ano, deu-se o início do hiato
de quatro anos de gravação do Suicidal
Tendencies
e Mike Muir e o baixista Louiche Mayorga formaram o selo
Suicidal Records, bem como a banda Los
Cycos
.



 



Jon Nelson deixou o grupo e o Suicidal Tendencies foi proibido de
fazer shows em LA em um incidente no Perkins Palace (seus fãs rasgaram dez
fileiras de assentos e os promotores não conseguiram o seguro adequado para
contratá-los).



 



Muir também estava prestes a tentar produção,
bem como no início da nova gravadora. Los
Cycos
era originalmente Mike Muir (vocal), Bob Heathcote (baixo), Anthony
Gallo (guitarras) e Amery Smith (bateria). Após alguns ensaios, Amery Smith
deixou a formação para se juntar a Jon Nelson e formar sua própria banda (The Brood).



 



Los
Cycos
eventualmente incluiu Grant Estes na guitarra e as
escolhas originais Bob Heathcote e Amery Smith foram substituídas por Louiche
Mayorga (baixo) e Sal Troy (bateria). Eles gravaram a música "It's Not
Easy" escrita por Muir. "Welcome to Venice" foi a primeira gravação
a ser lançada pela Suicidal Records, mas os originais foram destruídos em um
incêndio.



 



A faixa do Los Cycos, "A Little Each Day", foi regravada para o
lançamento do Suicidal Tendencies,
em 1987, Join the Army e novamente em
Still Cyco After All These Years,
lançado em 1993.



 



Segundo
Álbum



 



Com a formação de Muir, Louiche Mayorga,
George e Herrera, o grupo lançou seu segundo álbum, Join the Army, em 1987. O álbum foi recebido com uma reação mista
de fãs de longa data devido ao seu som consideravelmente mais metal (elemento
trazido à mesa por Rocky George), já que esperavam mais um álbum punk.



 



Mesmo assim, Join the Army traz músicas clássicas como a faixa-título, "War
Inside My Head" e "Possessed to Skate".



 



Pouco depois, a banda fez algumas mudanças
importantes. As influências do metal de Rocky George começaram por sua vez a
influenciar Muir, que substituiu Keven Guercio como vocalista da banda de speed
metal No Mercy, de Mike Clark, antes
disso.



 



Muir contratou Clark do No Mercy como guitarrista do Suicidal. Clark ajudou a lidar com
muitas das composições da banda, que progrediram em uma direção musical mais
orientada para o thrash.



 



Ele demitiu Mayorga, que vinha tentando
manter a banda em território punk, e foi substituído brevemente pelo baixista
do No Mercy, Ric Clayton, que foi
substituído por Bob Heathcote. Pouco depois, a banda foi contratada pelo
produtor do Anthrax, Mark Dodson, e
assinou com a Epic Records, subsidiária da Columbia.



 



As mudanças de estilo e a assinatura com uma
grande gravadora indignaram alguns fãs de longa data, mas o Suicidal Tendencies começou a atrair
mais fãs da comunidade do heavy metal.


Mike Clark




 



How Will I Laugh Tomorrow When I Can't Even Smile
Today



 



How
Will I Laugh Tomorrow When I Can't Even Smile Today
é o
terceiro álbum de estúdio do conjunto, lançado em 13 de setembro de 1988 pela Epic
Records, seu primeiro nessa gravadora.



 



Foi também o primeiro disco da banda gravado
com o guitarrista Mike Clark, e seu único lançamento com o baixista Bob
Heathcote, que foi substituído por Robert Trujillo em 1989.



 



How
Will I Laugh...
é crucial para o desenvolvimento estilístico
do Suicidal Tendencies, pois vê a
banda abandonando a maior parte de suas influências punk em favor de um som
mais orientado ao thrash. Podem-se ver essas mudanças estilísticas no
antecessor deste disco, Join the Army,
mas o terceiro álbum tem um som metal distintamente mais definido; canções mais
complexas e longas, bem como melhores valores de produção.



 



A adição de um guitarrista base, Mike Clark,
mudou o estilo da banda fortemente também. Clark compôs grande parte da música
para este álbum e dá ao guitarrista Rocky George mais tempo solando. Assim,
outro fator neste álbum apresenta um som mais voltado para o metal.



 



Vamos às faixas:



 



TRIP AT THE BRAIN



 



“Tripa t the Brain” apresenta uma pegada
indiscutivelmente Thrash Metal, baseada em um riff bem característico do
estilo.



 



A letra é uma metáfora sobre
autoconhecimento:



 



I took a wrong turn and ended up at my heart



I t could barely even pump no blood it was so thrashed
and



torn apart



Thank it for working overtime in pain and misery



Then I set back on the trail, headed for my destiny






A canção foi lançada como single, mas não
obteve maior repercussão em termos de paradas de sucesso.



 



HEARING VOICES



 



“Hearing Voices” segue a mesma tendência da
primeira canção, construindo uma trilha Thrash através da força das guitarras.



 



A letra revela uma espécie de loucura:



 



I tried to get real brave, tried to look around



I tried to find out where came that sound



The re I looked, the less I could see



But the voices keep calling, calling out to me



 



PLEDGE YOUR ALLEGIANCE



 



“Pledge Your Allegiance” aposta em uma pegada
mais cadenciada, mais arrastada e abusando do peso. Canção muito boa.



 



A letra faz uma espécie de questionamento:



 



I never said I don't like religion, I just don't like
TV



You say I got a bad attitude, around you that comes
naturally



You say I need more compassion, I can forgive, I just
can't forget



You say control my temper, but when I feel like shit,
I feel like shit



 



HOW
WILL I LAUGH TOMORROW



 



A faixa-título do trabalho é também a mais
longa, com quase sete minutos. A música começa bebendo na fonte do Heavy Metal
tradicional até desembocar num Thrash Metal bem intenso. Ótima canção.



 



A letra possui uma perspectiva pessimista:



 



Here I sit and watch my world come crumbling down

I cry for help, no one's around



Silently screaming as I bang my head against the wall



It seems like no one cares at all



 



THE MIRACLE



 



“The Miracle” é bem diversificada, contando
com passagens bem agressivas e outras mais suavizadas, sem abrir mão do peso
jamais.



 



Novamente a letra é em tom crítico:



 



I sailed forever, I sailed so far, and now I know



just what the consequences are



I laughed out loudy, while I cried inside



But I didn't haave the strength to say enough of this
ride



Like a fool-I believed in a miracle



I wanted to forget, of what I'm not sure



But I found an answer-it seemed to be a perfect cure



 



SURF
AND SLAM



 



Pequena faixa instrumental, com menos de três
minutos. Divertida.



 



IF I
DON’T WAKE UP



 



Esta canção é muito boa. Um ritmo frenético
que surfa no limite entre o Heavy e o Thrash.



 



A letra contém outro conteúdo pessimista:



 



I guess I'll try, I just wanna sleep



Slip away in a trance so deep



Feel my soul floating free, no more pain left in me



And then I sleep until tomorrow, when I wake again I
wake up in sorrow



Another person, another day



I probably won't remember it anyway, well



 



SORRY?!



 



“Sorry?!” bebe nas antigas fontes do grupo,
sendo mais próxima do Hardcore.



 



A letra discute uma relação:



 



Well, I know it sounds crazy to say



But in everything I do, I think about that day



Last time I talked to her was on the telephone



She said: I know it's been a while, but I don't feel
like being alone



I slammed down the phone on the last thing I'd hear
her say



Now it's getting harder to live with it every day



And I pray, I pray that you can hear me say



 



ONE
TOO MANY TIMES



 



“One Too Many Times” possui um andamento
veloz, mas, particularmente, sinto falta de peso.



 



A letra fala
sobre solidão:



 



Too many times-I felt so sad and lonely



Too many times-I needed someone there



Too many times-I tried to tell you something



Too many times-It seemed like no one cared



 



THE FEELING’S BACK



 



A derradeira música do disco oscila entre o
Heavy e o Thrash, com predominância do último, e encerra o álbum de maneira
positiva.



 



A letra possui uma mensagem positiva:



 



I fought a thousand times-I never knew the meaning of
the word fear



Till that one day when I stood alone-staring straight
into the mirror



It's not a pretty sight-and even worse it's so hard to
face



Until I realize I'm the only one that put me in this
place



 



Considerações
Finais



 



How
Will I Laugh Tomorrow When I Can't Even Smile Today
não
foi um grande sucesso em termos das principais paradas de sucesso, muito
embora, tenha ficado com o 111º lugar na parada norte-americana da Billboard
200 em 1988.



 



Steve Huey, do AllMusic, premia o álbum com
quatro estrelas e meia (de cinco), e o descreve como "um de seus melhores
esforços". Para a direção musical, Huey afirma: "A fusão thrash da
banda de suas raízes hardcore com speed metal foi totalmente desenvolvida a
partir deste ponto, e os comentários sociais e auto-análise de Mike Muir foram
extremamente convincentes e divertidos como sempre".



 



Em uma análise feita dois meses após o
lançamento do álbum, os editores da RPM consideraram a banda uma das melhores
da safra daquela época.



 



“Trip at the Brain” e a faixa-título foram
aos singles lançados para promoção do disco.



 



Em agosto de 2014, a Revolver colocou o álbum
em sua lista de "14 álbuns Thrash que você precisa possuir".



 



No início de 1989, o baixista Bob Heathcote
(que na época já era pai) deixou a banda para sustentar sua família e foi
substituído por Robert Trujillo, que se juntou ao Suicidal Tendencies pouco antes de sua turnê de verão pela Europa
com o Anthrax. Mais tarde naquele
ano, o Suicidal Tendencies lançou
seu quarto álbum (também conhecido como uma compilação de dois EPs), Controlled By Hatred / Feel Like Shit
...Déjà Vu
.






 



Formação:



Mike Muir - Vocal



Rocky George - Guitarra solo



Mike Clark - Guitarra base



R.J. Herrera - Bateria



Bob Heathcote - Baixo



 



Faixas:



01. Trip at the Brain
(Clark/Muir) - 4:32



02. Hearing
Voices (Mayorga/Muir) - 4:13



03. Pledge Your
Allegiance (Mayorga/Muir) - 4:32



04. How Will I
Laugh Tomorrow (Clark/Muir) - 6:44



05. The Miracle
(Clark/Muir) - 5:28



06. Surf and
Slam (George/Suicidal Tendencies) - 2:51



07. If I Don't
Wake Up (Clark/Muir) - 4:53



08. Sorry?! (George/Muir)
- 3:47



09. One Too Many
Times (Clark/Muir) - 3:13



10. The
Feeling's Back (Clark/Muir) - 4:04



 



Letras:



Para o conteúdo completo das letras,
recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/suicidal-tendencies/



 



Opinião
do Blog:



Pessoalmente, eu não sou fã dos estilos Punk
e Hardcore, tanto que o leitor pode observar que eles não são visitados por
este site.



 



A fase do Suicidal Tendencies que eu particularmente ouço, embora não com
tanta frequência, é esta em que How Will
I Laugh Tomorrow When I Can't Even Smile Today
está situado: aquela em que
o grupo navega nas ondas do Thrash Metal.



 



E o disco faz isto com muita competência. Em
alguns momentos, o conjunto chega a construir passagens muito interessantes de
Heavy Metal mais tradicional.



 



A faixa-título, “Pledge Your Allegiance” e “If
I Don't Wake Up” são bons exemplos da mescal que a banda constrói em sua
sonoridade. Mas a favorita deste escrevinhador é “The Miracle”.



 



Enfim, How
Will I Laugh Tomorrow When I Can't Even Smile Today
não mudará a vida de
ninguém que o ouvir, mas isto não significa que seja um disco ruim: muito pelo
contrário. É um álbum criativo, com letras diversificadas e sonoridade bem
interessante.