CHICKENFOOT - CHICKENFOOT (2009)

 


Chickenfoot é o álbum de estreia da banda
norte-americana de mesmo nome, ou seja, a Chickenfoot. O lançamento oficial
aconteceu em 5 de junho de 2009, através dos selos Redline, EAR Music e WHD
Entertainment. As gravações ocorreram entre janeiro e fevereiro de 2009, no
estúdio Skywalker Sound, em Marin County, nos Estados Unidos. A produção ficou
a cargo de Andy Johns e da própria banda.



 



O Chickenfoot
é um supergrupo de hard rock formado pelo vocalista Sammy Hagar (ex-Van Halen e Montrose), o baixista Michael Anthony (também ex-Van Halen), o guitarrista Joe Satriani
e o baterista Chad Smith (Red Hot Chili
Peppers
).






 



Formação



 



De acordo com o vocalista Sammy Hagar:
"O Chickenfoot começou comigo,
Michael Anthony e Chad Smith tocando em meu clube, Cabo Wabo, no México. Então
as pessoas começaram a nos perguntar quando íamos fazer uma turnê, gravar um
disco, etc. disse que se vamos fazer isso corretamente, vamos ter que conseguir
um guitarrista, então vamos falar com Joe Satriani. No que me diz respeito, ele
é o melhor guitarrista do mundo. "



 



Hagar, Anthony e Satriani haviam colaborado
anteriormente em 2002 com o nome de Planet
Us
. A banda também apareceu em um episódio do Aqua Teen Hunger Force.



 



Embora o nome e o logotipo da banda sejam um
termo depreciativo para o símbolo da paz, a "pegada da galinha", o
baixista Michael Anthony afirma que o nome se originou de sessões de jam
iniciais entre Hagar, Smith e ele mesmo: "há três garras em um pé de galinha
e somos três".


Sammy Hagar




 



Anthony afirmou mais tarde: "era para
ser um nome besteira que tínhamos usado por um tempo, e então [quando] os
rumores sobre a banda se espalharam, todos usaram esse nome e então pensamos,
'foda-se, vamos chamá-lo de Chickenfoot' - tudo se resume à música de qualquer
maneira".



 



A primeira apresentação da banda foi em
fevereiro de 2008 em um show de Hagar, no The Pearl Concert Theatre, no The
Palms Casino Resort, em Las Vegas. O show incluiu um conjunto de três canções
que incluíam "Rock and Roll" do Led
Zeppelin
, "Dear Mr. Fantasy" do Traffic e "Going Down", uma canção frequentemente
interpretada por Hagar e Anthony em sua outra banda, Los Tres Gusanos.



 



Durante os intervalos na agenda de turnês de
Satriani, o quarteto se reuniu na casa de Hagar para gravar demos e,
finalmente, gravou um álbum completo no Skywalker Sound.


Michael Anthony e Chad Smith




 



Álbum
de Estreia



 



Em 20 de março de 2009, a banda lançou duas
músicas, "Soap on a Rope" e "Down the Drain" em seu site
oficial. O primeiro single da banda, "Oh Yeah", foi lançado para
rádios de todo os EUA, bem como em seu site oficial, em 13 de abril de 2009.



 



Sobre o produtor Andy Johns, o baixista
Michael Anthony afirma:



 



“Ele é um grande engenheiro e um grande
produtor. Ele realmente era o quinto membro da banda. Ele estava no estúdio
conosco, dando sugestões e tudo. Ele sabia quando tínhamos uma chance. Ele
dizia: 'Toque quantas vezes quiser, mas é essa aí.' Ele saía, fumava um cigarro
e dizia: 'Avisem-me quando vocês terminarem de brincar porque este é o take que
estamos usando”.



 



Nas impressões atuais do álbum, a capa e a
contracapa são impressas com tinta sensível ao calor que muda de aparência
acima e abaixo de 29 graus Celsius.


Joe Satriani




 



Quando abaixo de 29°C, aparece apenas um
logotipo Chickenfoot branco (que não é impresso com tinta sensível ao calor) em
um fundo preto. Quando acima de 29°C, é o logotipo com quatro zonas quadradas
com cada membro da banda em cada uma.



 



Vamos às faixas:



 



AVENIDA REVOLUCION



 



“Avenida Revolucion” abre o disco de modo
mais cadenciado, com boa dose de peso.



 



A letra se refere à imigração mexicana:



 



Now this is where Juan left his family



You can still smell the blood in his tracks



Yeah, and this is where we found the baby, oh



From here, there ain't no turnin' back



 



SOPE ON A ROPE



 



“Sope On a Rope” é um Hard Blues Rock bem
caprichado, com destaque para as guitarras de Satriani.



 



A letra possui cunho sexual:



 



Woah, don't forget to bring your rockin' shoes



Grab a toothbrush, soap and a comb



And pick up a little taste, get your favorite buzz on



And you can leave the rest at home, woah yeah



 



SEXY LITTLE THING



 



“Sexy Little Thing” se aproxima daquilo que
Hagar e Anthony faziam no Van Halen e a faixa é baseada em um bom riff.



 



A letra novamente é sexual:



 



I wanna roll all up in it



Get my sticky fingers all squeaky clean, wooh



It's stretched out and how it fit



I got my buttons poppin' off my chest



 



OH YEAH



 



Talvez a canção mais conhecida do grupo, “Oh Yeah”
tem bons vocais de Hagar e uma guitarra afiada de Satriani.



 



A letra é sobre envelhecer:



 



Hey



I'm praying on my knees



My soul is what I prove



Hey I just want to be your hootchie cootchie man



to get you in and out of my head



 



“Oh Yeah” foi lançada como single, mas não
repercutiu na principal parada norte-americana desta natureza.



 



Em um vídeo no site da banda, Joe Satriani disse
que era "o arranjo típico do Chickenfoot, onde a música começa com um riff
e a banda entra em ação, depois passa por todas essas mudanças e quando o riff
principal começa novamente, os ouvintes esqueceram isso por causa da jornada
musical".



 



Ele também disse que tudo começou muito
simples, com ele e Sammy falando sobre velhas canções e artistas de blues, e
que seria ótimo se eles pudessem fazer uma função entre o que eles faziam
naturalmente como uma banda com composições antigas de blues.



 



O videoclipe do single estreou no YouTube em
11 de junho de 2009. O vídeo mostra a banda se apresentando em uma cena e em um
estúdio. Há também fotos da banda tocando em uma quadra de basquete. Satriani
brincou dizendo que o vídeo iria ganhar vários prêmios como "melhor vídeo
de churrasco".



 



RUNNIN’ OUT



 



“Runnin’ Out” é um Hard Rock mais direto, com
evidentes referências à carreira solo de Sammy.



 



A letra é em tom de falta de esperança:



 



Long after the mud has settled



You left us with a dirty man, hey



Trying to wash hisself clean



Trying to get blood off his hands



 



GET
IT UP



 



Em “Get It Up”, o destaque vai para o groove
implementado pelo baixo de Anthony que eleva o nível da música.



 



A letra fala
sobre crenças:



 



Building your own temple



Earth, wood and stone



Wrap your feet in velvet



Walking east back home



 






DOWN
THE DRAIN



 



“Down The Drain” é bem cadenciada e com muito
peso, em uma das faixas mais pesadas do conjunto.



 



A letra fala sobre um futuro ruim:



 



But all that's changed



My whole world's been changin'



And it's a low down, dirty shame



'Cause it's all down the drain



 



MY KINDA GIRL



 



“My Kinda Girl” é um ótimo Hard Rock,
contando com ótimas intervenções de Satriani e vocais inspirados de Hagar.



 



A letra fala sobre uma mulher:



 



Yeah, she just a-bit roughed out, turbo classy



All dressed up, she looks so s-s-s-sassy



Hey bartender, come down here



Watch her blow the head off a tall, blonde beer



 



LEARNING TO FALL



 



“Learning To Fall” é uma balada, bem
introspectiva, na qual Sammy Hagar demonstra porque sempre foi um grande
vocalista.



 



A letra possui um sentido de superação:



 



Now I've gotta sort out these dreams



Feels like watching your life on a big screen



And morning comes early again, yeah



Only to find us two as one



 



TURNIN’ LEFT



 



“Turnin’ Left” possui um ótimo riff inicial e
uma certa dose de swing, construindo uma canção bem interessante.



 



A letra fala sobre carros:



 



Flat foot, headlights



Top gear headin' down the highway



Full speed, straight line



Can you tell me where you're really goin'



Two lanes but one way, yeah wooh



Faster past the red line



 



FUTURE
IN THE PAST



 



“Future in the Past” encerra o disco em um
clima mais swingado, com, novamente, boa performance de Satriani.



 



A letra fala sobre perspectivas:



 



I got a funky, funky feeling



Somethwere in the past



Still everyday believin'



Oh,
I'm believin'



 



Considerações
Finais



 



O álbum Chickenfoot
foi bem em termos de paradas de sucesso. Ficou com a 23ª posição da principal
parada britânica e com a 4ª colocação de sua correspondente norte-americana.



 



A crítica especializada recebeu o disco de
maneira morna. Em perspectiva, Stephen Thomas Erlewine, do AllMusic, dá à obra
uma nota 2 (em 5), apontando: “Esses quatro músicos estão unidos por seus
muitos anos tocando nas trincheiras de rock de arena, um circuito que não
necessariamente produz um terreno musical comum, embora dê a seus veteranos um
certo talento para agradar as multidões. Essa ansiedade é evidente na estreia
homônima da banda em 2009, o que não deve ser nenhuma surpresa, visto que Sammy
Hagar nunca viu uma festa que ele não pudesse agitar, mas essa mentalidade não
combina com a forma imaculada e rigidamente controlada de tocar de Satriani”.



 



O crítico ainda resume seu pensamento: “Satch
sempre parece querer explodir, mas não consegue deixar de se apoiar na
precisão, um problema que é o oposto da filosofia (de deixar tudo sair) de
Hagar, e essa dicotomia se reflete na seção rítmica, onde o baixo estridente de
Anthony não preenche bem as lacunas que Smith deixa”.



 



Chickenfoot,
foi lançado em 4 de junho de 2009. Em sua data de lançamento, o Chickenfoot cantou o single "Oh
Yeah!" no The Tonight Show com Conan O'Brien. O Chickenfoot posteriormente começou a fazer turnês pela Europa e
América.



 



Em outubro de 2009, Smith se reuniu novamente
com o Red Hot Chili Peppers para
começar a trabalhar em seu décimo álbum de estúdio, fazendo com que o Chickenfoot entrasse em um hiato
temporário.



 



Apesar disso, a banda ainda apareceu na
televisão mais uma vez para apresentar "Sexy Little Thing" e "Oh
Yeah" na transmissão de 6 de novembro de 2009 do Jimmy Kimmel Live!
(gravado em 5 de novembro).



 



Em 3 de setembro de 2010, o Chickenfoot anunciou que estava se
preparando para gravar seu segundo álbum. Chickenfoot
III
foi lançado em 27 de setembro de 2011.






 



Formação:



Sammy Hagar - Vocal, Guitarra base



Joe Satriani - Guitarra solo, Teclados



Michael Anthony
- Baixo, Backing Vocals



Chad Smith - Bateria,
Percussão



 



Faixas:



01. Avenida Revolucion (Hagar/Satriani) -
5:56



02. Soap on a Rope (Hagar/Satriani) - 5:32



03. Sexy Little
Thing (Hagar/Satriani) - 4:14



04. Oh Yeah
(Hagar/Satriani) - 4:54



05. Runnin' Out
(Hagar/Satriani) - 3:52



06. Get It Up
(Hagar/Satriani) - 4:41



07. Down the
Drain (Hagar/Satriani/Anthony/Smith) - 6:17



08. My Kinda
Girl (Hagar/Satriani) - 4:32



09. Learning to
Fall (Hagar/Satriani) - 5:13



10. Turnin' Left
(Hagar/Satriani) - 5:48



11. Future in
the Past (Hagar/Satriani/Anthony/Smith) - 6:38



 



Letras:



Para o conteúdo completo das letras,
recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/chickenfoot/



 



Opinião
do Blog:



Neste setembro de 2021, o Rock: Álbuns
Clássicos focou seus posts em 2 álbuns de supergrupos.



 



Na estreia homônima do Chickenfoot, não se pode duvidar da alta qualidade dos músicos
envolvidos. Satriani é uma referência quando o assunto é guitarra, Sammy e
Anthony se consagraram no Van Halen
e Smith também se tornou conhecido no Red
Hot Chili Peppers
.



 



Mas, o sentimento que permaneceu durante toda
a audição do disco é o de que está faltando alguma coisa. Enquanto há algumas
faixas realmente contagiantes, existem outras que decepcionam como “Avenida
Revolucion” e “Future in the Past”.



 



Claro, a sonoridade base é o Hard Rock e as
letras são no nível médio do Rock ‘n’ Roll. Como destaque escolhe-se “Sexy
Little Thing” e “My Kinda Girl”.



 



Enfim, não que Chickenfoot seja um disco ruim, bem longe disto, mas é inegável o
sentimento de decepção. O álbum não atinge o nível de expectativa gerado pelos
nomes consagrados que compõem o conjunto. Mesmo assim, o site recomenda, como
de praxe, que o leitor ouça o trabalho e tire suas próprias conclusões.

CHICKENFOOT - CHICKENFOOT (2009)

 


Chickenfoot é o álbum de estreia da banda norte-americana de mesmo nome, ou seja, a Chickenfoot. O lançamento oficial aconteceu em 5 de junho de 2009, através dos selos Redline, EAR Music e WHD Entertainment. As gravações ocorreram entre janeiro e fevereiro de 2009, no estúdio Skywalker Sound, em Marin County, nos Estados Unidos. A produção ficou a cargo de Andy Johns e da própria banda.

BLACK COUNTRY COMMUNION - BLACK COUNTRY COMMUNION (2010)

 


Black Country Communion é o álbum de estreia da banda anglo-americana de mesmo nome, por óbvio, a Black Country Communion. Seu lançamento oficial aconteceu no dia 20 de setembro de 2010 através dos selos Mascot e J&R Adventures. As gravações ocorreram entre janeiro e abril daquele mesmo ano no Shangri-La Studios (Malibu, California), The Cave Studio (Malibu, California) e Germano Studios (Nova Iorque); todos nos Estados Unidos. A produção ficou a cargo de Kevin Shirley.

BLACK COUNTRY COMMUNION - BLACK COUNTRY COMMUNION (2010)

 


Black Country Communion é o álbum de estreia
da banda anglo-americana de mesmo nome, por óbvio, a Black Country Communion.
Seu lançamento oficial aconteceu no dia 20 de setembro de 2010 através dos
selos Mascot e J&R Adventures. As gravações ocorreram entre janeiro e abril
daquele mesmo ano no Shangri-La Studios (Malibu, California), The Cave Studio
(Malibu, California) e Germano Studios (Nova Iorque); todos nos Estados Unidos.
A produção ficou a cargo de Kevin Shirley.






 



Origens
do Supergrupo



 



Glenn Hughes (ex-Trapeze e ex-Deep Purple)
e Joe Bonamassa se conheceram no 2006 NAMM Show em Anaheim, Califórnia, após o
qual eles tocaram juntos no estúdio de Hughes, em Hollywood, com a ideia de
fazerem música juntos no futuro.



 



Bonamassa também trabalhou com Jason Bonham
(filho do lendário baterista do Led
Zeppelin
, John Bonham) naquele ano, quando o baterista tocou no quinto
álbum de estúdio do guitarrista, You
& Me
, por recomendação do produtor e amigo em comum Kevin Shirley.



 



Hughes e Bonamassa se reuniram três anos
depois, em novembro de 2009, tocando juntos no House of Blues, em Los Angeles,
para o Guitar Center. Foi neste ponto que os dois decidiram formar uma nova
banda.



 



A ideia de convocarem Bonham e o tecladista
Derek Sherinian (ex-Dream Theater)
para completarem a formação da banda foi sugerida por Shirley, após um segundo
guitarrista foi brevemente considerado em vez de um tecladista.



 



O quarteto completo se apresentou pela
primeira vez junto durante o encore em um dos shows solo de Bonamassa em
Riverside, Califórnia, em 17 de março de 2010, tocando "One Last
Soul" e uma versão cover da música "Mistreated" do Deep Purple.



 



O nome Black
Country Communion
não foi finalizado até maio de 2010, depois que a ameaça
de uma ação legal de outra banda impediu o grupo de usar o nome Black Country.


Glenn Hughes




 



Hughes mais tarde revelou que a banda em
questão, de Baltimore, Maryland, supostamente exigiu 500 mil dólares pelo
direito de usar o nome Black Country, um movimento que ele rapidamente condenou
como "simplesmente rude". O baixista mais tarde elaborou melhor a
situação em uma entrevista de 2016, explicando que seu grupo havia comprado com
sucesso o nome Black Country da banda de Baltimore (por menos do que os 500 mil
dólares inicialmente anunciados), embora, na época em que o caso foi resolvido,
já era tarde demais para usar o nome e, em vez disso, tiveram que continuar
usando o apelido mais longo Black
Country Communion
.



 



Álbum
de Estreia



 



A banda gravou seu álbum de estreia no
Shangri-La Studios de Los Angeles no início de 2010, agendando um lançamento em
setembro através da Mascot Records (na Europa) e do selo J&R Adventures, de
Bonamassa (na América do Norte).



 



Hughes descreveu o álbum como "uma
grande declaração do rock britânico", comparando o som da banda ao de seus
grupos anteriores Deep Purple e Black Sabbath, bem como ao Led Zeppelin.



 



"One Last Soul" foi a primeira
música a ser lançada, recebendo sua estreia mundial na estação de rádio britânica
Planet Rock em 2 de agosto de 2010. A faixa foi lançada posteriormente como um
download digital gratuito no site oficial da banda.



 



Pouco antes do lançamento do álbum, a Planet
Rock também transmitiu um documentário de uma hora com entrevistas exclusivas
com a banda e uma seleção de faixas do disco.


Joe Bonamassa




 



Trabalho
de Composição



 



O baixista Glenn Hughes e o guitarrista Joe
Bonamassa escreveram a maior parte do álbum de estreia da banda juntos, em
questão de dias. O produtor Kevin Shirley, o baterista Jason Bonham e o
tecladista Derek Sherinian também contribuíram para a composição de várias
faixas.



 



Falando sobre o processo de composição em uma
entrevista com EspyRock, Hughes explicou que escreveu quatro canções em
dezembro de 2009 e as apresentou ao resto da banda no ano novo, acrescentando
que mais tarde "trancou Joe em minha casa por três tardes em três
quintas-feiras diferentes por três horas de cada vez ... e nós apenas nos
sentamos e escrevemos todas as músicas que você está ouvindo no meu estúdio".



 



Adicionada às faixas originais está uma
versão cover de "Medusa", originalmente gravada pela banda Trapeze, de Hughes, em 1970, em seu
álbum de mesmo nome.



 



A gravação também foi concluída rapidamente,
devido às agendas e compromissos de cada membro da banda, bem como à
preferência do grupo - Hughes notou que gosta de trabalhar "under the
gun", enquanto Bonamassa sugeriu que ele e Shirley não acreditam em
"passar muito tempo vagando no estúdio".



 



Nas notas do encarte do álbum, Bonham afirma
que "Demorou apenas 4 dias para estabelecer as faixas básicas e 10 dias
para gravar e mixar o álbum inteiro". Da mesma forma, Hughes afirma que
"O álbum foi gravado, totalmente, em cinco ou seis dias com vocais e
instrumentos".


Derek Sherinian




 



A maior parte da gravação ocorreu no
Shangri-La Studios em Malibu, Califórnia, com overdubs adicionais registrados no
estúdio de Shirley em Malibu (The Cave) e no German Studios na cidade de Nova
York.



 



A arte da capa é obra da Dennis Friel Art
Studios.



 



Vamos às faixas:



 



BLACK COUNTRY



 



“Black Country” abre o disco com força e
muita intensidade, flertando até mesmo com o Metal.



 



A letra é uma ode à própria banda:



 



I am a messenger



Listen my prophecy



I'm goin' back



To the Black Country



 



ONE
LAST SOUL



 



“One Last Soul” é um Hard Rock bem legal,
baseado em um riff eficiente e pesado, embora mais cadenciado.



 



A letra fala sobre resiliência:



 



You're the one last soul



Who can win it



You're the one last soul



If you try



You're the one last soul



If you live it



You're the one last soul



Tell you why



 



THE GREAT DIVIDE



 



“The Great Divide” continua com um andamento
mais cadenciado e ótimo trabalho das guitarras.



 



A letra possui um sentimento de culpa:



 



I can't fake it



And I crucify myself



I've been shot down



By a stone



I'm gonna walk



Across the stateline



Gotta take a higher road



 



DOWN
AGAIN



 



“Down Again” possui uma ótima pegada
Hard/Blues Rock, com a guitarra brilhando intensamente.



 



A letra define uma volta por cima:



 



My caravan



Has gone and departed



And the wind



Cried in my face



I have walked



Upon the wasteland



Tied and bound



To the killing floor



 



BEGGARMAN



 



“Beggarman” é um Hard mais padrão, indo
diretamente ao ponto, sem muitas firulas.



 



A letra novamente aborda um espírito de volta
por cima:



 



You Kill me like an Animal



You kill me



And I won't, no I won't



I won't be no Beggarman



I won't be no Beggarman



And I won't, no I won't



I won't be no Beggarman



No more, no more...



 



SONG
OF YESTERDAY



 



Contando com ótimos vocais de Bonamassa,
“Song of Yesterday” é uma belíssima canção, mesclando passagens mais intimistas
com outras bem intensas.



 



A letra fala
sobre vingança:



 



Code of silence of a dying heart



Don't know where the end begins



And the truth starts



When the hammer falls



It falls on you



I sit here waiting, waiting to you



 

Jason Bonham





NO TIME



 



“No Time” é um petardo Hard, com andamento
mais rápido e boa dose de peso.



 



A letra tem um sentido de urgência:



 



I open my mind



And I'm healed by the Sun



I pull down the Blind



And I wait, for the Gun



 



MEDUSA



 



“Medusa” é uma versão para o clássico da
banda Trapeze, presente no segundo álbum da banda, de 1970.



 



A letra tem referência ao mito grego de
Medusa:



 



I've got myself to blame



Through talking to your brother



Too late to say I'll stay



Too late to say I'll bother



 



THE
REVOLUTION IN ME



 



“The Revolution in Me” é mais lenta, sem
abrir mão do peso, mas acaba não deslanchando.



 



A letra pondera
sobre o passado:



 



Now it's mind over matter



Story of legends, you'll see



Like the fields of Dunkirk



Still The Revolution In Me



 



STAND
(AT THE BURNING TREE)



 



“Stand (at the Burning Tree)” é outro Hard
Rock mais cadenciado, com outro bom riff, mas que acaba exagerando no ponto.



 



A letra é uma metáfora sobre permanência:



 



I'm ten miles away



And I won't



Be afraid



I've been locked in this dream



Far too long



And I lie awake



And the hurt



Breaks my fall



All alone, in this world



With my symphony



 



SISTA JANE



 



“Sista Jane” possui uma pegada com forte
influência Blues, mas tem um refrão pesado e teclados bem legais.



 



A letra fala sobre contradições internas:



 



You get your faith



And your therapy



But your mind's spun



A lie in your head



And you're full



Of contradiction



You never heard



A word that I said



I can stay until the mornin'



You know the hour



Is late



Now you're walkin' on a wire



Don't it make your big day



 



TOO
LATE FOR THE SUN



 



“Too Late for the Sun” encerra o disco como
sua faixa mais extensa, com mais de 11 minutos, sendo uma canção bastante
inspirada.



 



A letra pode ter uma interpretação ambiental:



 



Slowly I lay down this burden



Beside me



And I start to stumble



And rise to my feet



It's all that I have



I cannot wander



So hard to swallow



It's
so bittersweet



 



Considerações
Finais



 



O álbum Black
Country Communion
teve uma boa repercussão. Ele ficou com a 54ª posição na
principal parada norte-americana, bem como com a 13ª colocação em sua
correspondente britânica.



 



Nos Estados Unidos, o disco vendeu mais de 7
mil cópias na semana de lançamento.



 



A resposta da mídia à estreia do Black Country Communion foi geralmente
positiva. Muitos críticos focaram seus elogios na alta qualidade do álbum em
comparação com os esforços de estreia lançados por outros supergrupos no mesmo
período, incluindo Them Crooked Vultures
e Chickenfoot.



 



Revendo o lançamento pelo AllMusic, Eduardo
Rivadavia afirmou que a banda "entrega os frutos em grande parte deste
álbum", sugerindo que "a estreia do Black Country Communion tira o pavor da equação do
supergrupo". Da mesma forma, Greg Moffitt, para a BBC, sugeriu que a banda
"desafiou as probabilidades de entregar uma coleção que é toda dourada e
sem albatroz", destacando faixas como "Black Country" e
"One Last Soul".



 



Paul Elliott, da revista Mojo, diferenciou o Black Country Communion do Them Crooked Vultures ao elogiar as
"ótimas canções" da banda, particularmente "One Last Soul"
e "Song of Yesterday", concluindo que "Black Country Communion é um supergrupo que realmente faz jus às
suas expectativas". Paul Cole, do Sunday Mercury, saudou Black Country Communion como "um
ótimo álbum de rock and roll e a estreia garantida que você só consegue de
jogadores no topo de seu jogo".



 



Após o lançamento do disco, Black Country Communion foi reconhecido
em várias categorias da Enquete de Fim de Ano da Planet Rock, em 2010 - o álbum
ficou em terceiro lugar na enquete de Álbum do Ano, enquanto a banda ganhou Banda
do Ano e Melhor Banda Nova.



 



Ao anunciar os resultados, a Planet Rock
elogiou a banda destacando "Um excelente álbum, vários músicos no auge e
um monte de canções que colocam o clássico no rock clássico".



 



Black
Country Communion
também foi incluído na lista Álbuns do Ano
2010, publicada no final do ano, pela revista Metal Hammer, classificando-se em
16º lugar na lista.



 



Conversas sobre um segundo álbum começaram a
circular já em outubro de 2010, apenas um mês após o lançamento de Black Country Communion, quando Bonham
estimou que a banda começaria a gravar novamente em janeiro de 2011.



 



Em dezembro, Hughes já havia escrito nove
faixas para o álbum, que ele sugeriu que serviriam como uma sequência direta
para o primeiro. O disco foi agendado para lançamento em junho de 2011, com a
banda definida para embarcar em uma turnê promocional para coincidir com seu
lançamento.



 



Black
Country Communion 2
foi lançado em junho de 2011.






 



Formação:



Glenn Hughes - Baixo, Vocal (exceto nas
faixas 6 e 9)



Joe Bonamassa - Guitarra, Vocal (nas faixas 6
e 9)



Jason Bonham - Bateria



Derek Sherinian - Teclados



 



Faixas:



01. Black
Country (Hughes/Bonamassa) - 3:15



02. One Last
Soul (Hughes/Bonamassa) - 3:52



03. The Great
Divide (Hughes/Bonamassa) - 4:45



04. Down Again (Hughes/Bonamassa/Sherinian)
- 5:45



05. Beggarman (Hughes)
- 4:51



06. Song of
Yesterday (Bonamassa/Hughes/Shirley) - 8:33



07. No Time (Hughes)
- 4:18



08. Medusa (Hughes)
- 6:56



09. The
Revolution in Me (Bonamassa/Sherinian) - 4:59



10. Stand (At
the Burning Tree) (Hughes/Bonamassa) - 7:01



11. Sista Jane (Hughes/Bonamassa)
- 6:54



12. Too Late for
the Sun (Hughes/Bonamassa/Sherinian/Bonham/Shirley) - 11:21



 



Letras:



Para o conteúdo completo das letras, recomenda-se
o acesso a:
https://www.letras.mus.br/black-country-communion/



 



Opinião
do Blog:



Supergrupos surgem cercados de grandes
expectativas e não são poucas as vezes em que eles são grandes decepções.



 



Mas o Black
Country Communion
, em sua estreia, pode ser considerado um sucesso. De
fato, seu homônimo álbum inicial, supera as esperanças nele depositadas, pois
entrega um trabalho homogêneo, inspirado e muito competente.



 



Black
Country Communion
, o disco, é baseado principalmente na
guitarra de Joe Bonamassa, o que é um grande acerto. Sua sonoridade gira em
torno do Hard Rock e Bonamassa entrega riffs e solos muito certeiros. Os
teclados também são eficientes e a seção rítmica é competente.



 



Um ponto que não prejudica o álbum, mas
poderia ser melhor, são os vocais de Glenn Hughes. Sim, ele é um ótimo
vocalista e eu gosto bastante do seu trabalho, mas em Black Country Communion ele soa exagerado, forçando vocais
“gritados” em passagens que funcionariam melhores com interpretações mais
amenas.



 



As letras são na média geral.



 



O disco não possui faixas de enchimento e é
muito consistente, sendo que o site destaca a excepcional “Song for Yesterday”
como seu principal destaque.



 



Superando – e muito – as expectativas, Black Country Communion foi uma
gratíssima surpresa e continua sendo um álbum de destaque deste século na cena
Hard Rock. Foi muito bom ver a banda seguindo em frente e lançando mais
trabalhos de qualidade posteriormente.