PAUL KOSSOFF - BACK STREET CRAWLER (1973)

 


Back Street Crawler é o álbum solo de estreia do guitarrista inglês chamado Paul Kossoff. Seu lançamento oficial aconteceu em 16 de novembro de 1973, através do selo Island Records. As gravações aconteceram em Londres, nos estúdios Island. A produção ficou a cargo de Bob Potter, Richard Digby Smith, Jean Roussel e do próprio Kossoff.

PAUL KOSSOFF - BACK STREET CRAWLER (1973)

 


Back Street Crawler é o álbum solo de estreia
do guitarrista inglês chamado Paul Kossoff. Seu lançamento oficial aconteceu em
16 de novembro de 1973, através do selo Island Records. As gravações
aconteceram em Londres, nos estúdios Island. A produção ficou a cargo de Bob
Potter, Richard Digby Smith, Jean Roussel e do próprio Kossoff.



 



O Rock: Álbuns Clássicos traz a estreia solo
do ótimo guitarrista Paul Kossoff,
em mais um texto que procura resgatar um álbum pouco comentado.



 



Origens



 



Paul Francis Kossoff nasceu em 14 de setembro
de 1950, em Londres, na Inglaterra, sendo filho do ator David Kossoff. Paul
começou a aprender guitarra aos 9 anos de idade e se interessou por comprar uma
Gibson Les Paul após assistir a Eric Clapton em uma apresentação com a John Mayall's Bluesbreakers.



 



Em 1966, Kossoff se juntou a uma banda
chamada Black Cat Bones, a qual chegou fazer abertura para o lendário Fleetwood Mac. O baterista da banda era
Simon Kirke que seria companheiro de Kossoff no Free.






 



Free



 



Em abril de 1968, Kossoff e Kirke se uniram a
Paul Rodgers (vocal) e Andy Fraser (baixo) para formarem o Free.



 



A banda fez turnês por dois anos, durante os
quais gravaram dois álbuns: Tons of Sobs
(1968) e Free (1969). Ambos os
discos apresentaram o som do conjunto, influenciado pelo blues e pelo soul, um
estilo que contrastava com alguns grupos da época, mais voltados a sonoridades mais
progressivas e mais pesadas.



 



O sucesso veio em 1970 quando seu terceiro
álbum, Fire and Water (1970),
gerou o hit "All Right Now". A banda tocou no conhecido festival Isle
of Wight para aclamação de público e da crítica, gerando turnês esgotadas no
Reino Unido, Europa e Japão.



 



No entanto, após o lançamento do quarto disco,
Highway (1970), e suas vendas
relativamente fracas, as pressões da banda levaram a uma passageira separação.
O álbum ao vivo Free Live! foi
gravado em 1970 e lançado em 1971 como um disco de despedida.



 



Durante o hiato do Free, Kossoff e Kirke se uniram ao tecladista texano John
"Rabbit" Bundrick e ao baixista japonês Tetsu Yamauchi para lançarem
o álbum Kossoff, Kirke, Tetsu and Rabbit
(1971). Rodgers e Fraser investiram projetos solo sem sucesso.



 



O Free
se juntou novamente e lançou o disco Free
at Last
(1972). Após seu lançamento, Fraser decidiu que já havia tentado o
suficiente e deixa o grupo para formar a banda Sharks.



 



O Free
convidou Tetsu e Rabbit para o lançarem o álbum Heartbreaker (1973) após o qual o conjunto acabou definitivamente.






 



Back
Street Crawler



 



Neste mesmo ano de 1973, Paul Kossoff decide
lançar sua estreia como artista solo. Kossoff, durante os últimos anos do Free, sofria com o abuso de drogas.



 



Kossoff conseguiu se recompor, moderando seu
vício em drogas o suficiente para gravar um álbum solo, Back Street Crawler, que, surpreendentemente, contou com
contribuições de seus ex-colegas de banda do Free, bem como do baterista do Yes,
Alan White.



 



A canção "Time Away" apresenta três
quintos da segunda formação do Free
(Kossoff, Kirke, Yamauchi), junto com o vocalista, compositor e guitarrista
John Martyn, que em 1975, convidaria Kossoff para sua própria turnê. Esta
colaboração pode ser ouvida em edições expandidas do álbum Live at Leeds de Martyn.






 



A capa apresenta uma fotografia de Paul
Kossoff.
Vamos às faixas:



 



TUESDAY
MORNING



 



“Tuesday Morning” é uma jam session de 17
minutos, com destaque para a bateria de Alan White e as guitarras de Kossoff.



 



I’M READY



 



“I’m Ready” tem uma forte influência do soul
norte-americano, com vocais brilhantes de Jess Roden.



 



A letra revela algum tipo de mágoa do eu
lírico:



 



And I'm ready, yeah (ready)



I call your bluff, so you call mine



To give you the answers, I gotta have the time



And I'm ready (ready) sometime



 



TIME
AWAY



 



“Time Away” é outra faixa instrumental, bem
mais intimista, contando com a seção rítmica da segunda encarnação do Free.



 



MOLTEN GOLD



 



“Molten Gold” é uma canção do Free, que ficou
de fora do álbum Free at Last, e recebeu algum trabalho para o disco. Vocais
incríveis de Paul Rodgers.



 



O eu lírico revela certa angústia:



 



But there's a big low song



Keeps a pushing me along



Day by day, on and on



And there's a sound like molten gold



Keeps a burning to my soul



To my soul, to my soul



 



BACK
STREET CRAWLER (DON’T NEED YOU NO MORE)



 



Também instrumental, “Back Street Crawler
(Don’t Need You No More)” traz Kossoff com uma abordagem feroz em um clima de
blues rock.



 



Considerações
Finais



 



A pesar da qualidade inconteste de Back Street Crawler, o álbum não foi um
grande sucesso comercial e acabou sendo o único álbum solo de Kossoff.



 



A crítica tem o trabalho em alta conta. Rob
Caldwell, do site AllMusic, em uma análise retrospectiva, dá uma nota 4 (em 5),
apontando: “Back Street Crawler,
apesar de ser o primeiro álbum pós-Free
de Paul Kossoff, contém contribuições de todos os membros daquela banda.
"Molten Gold", a música mais acessível do álbum, apresenta o talento
do vocalista do Free, Paul Rodgers,
e é um hit esquecido. Por outro lado, o álbum é destacado pela guitarra baseada
em blues e rock de Kossoff”.



 



Caldwell reforça: “este é um daqueles álbuns
que merece um lugar no panteão do rock clássico”.



 



Além de várias participações como músico de
estúdio durante sua carreira, Kossoff ainda fundaria uma banda, a Back Street Crawler (sim, homônima ao
álbum), lançando 2 discos de estúdios: The
Band Plays On
(1975) e 2nd Street
(1976).



 



Infeliz e precocemente, Paul Kossoff morreu
aos 25 anos, em um vôo que ia de Los Angeles para New York, nos Estados Unidos,
devido a uma embolia pulmonar.






 



Formação:



Paul Kossoff –
Guitarra-solo



Trevor Burton –
Baixo ("Tuesday Morning")



Alan White –
Bateria ("Tuesday Morning", "I'm Ready")



John
"Rabbit" Bundrick – Teclados ("Tuesday Morning"); Órgão, Piano
("Molten Gold")



Alan Spenner – Baixo
("I'm Ready")



Jean Roussel – Teclados
("I'm Ready", "Back Street Crawler (Don't Need You No
More)")



Jess Roden – Vocal
("I'm Ready")



Tetsu Yamauchi –
Baixo ("Time Away")



Simon Kirke –
Bateria ("Time Away", "Molten Gold")



John Martyn – Vocal,
Guitarra (“Time Away")



Paul Rodgers – Vocal
("Molten Gold")



Andy Fraser –
Baixo ("Molten Gold")



Conrad Isidore –
Bateria ("Back Street Crawler (Don't Need You No More)")



Clive Chaman –
Baixo ("Back Street Crawler (Don't Need You No More)")



 



Faixas:



1. Tuesday
Morning (Kossoff) - 17:32



2. I'm Ready (Roden/Roussel)
- 2:26



3. Time Away (Kossoff/Martyn)
- 5:46



4. Molten Gold
(Kossoff) - 5:48



5. Back Street
Crawler (Don't Need You No More) (Kossoff) - 4:22



 



Letras:



Não conseguimos encontrar uma fonte confiável
para letras. Se o leitor encontrar, gentileza nos informar, até para
atualizarmos o post.



 



Opinião
do Blog:



Paul Kossoff tentava seguir sua vida após o
colapso do Free e a primeira
tentativa foi este disco.



 



Back
Street Crawler
é um álbum majoritariamente instrumental e é
um atestado da luta do guitarrista para continuar atuando como músico e
enfrentando seu vício em drogas.



 



E, se há um traço de unidade no trabalho, é a
guitarra feroz e profundamente melódica de Paul Kossoff. Seus solos atravessam
toda a audição e seu estilo é inconfundível.



 



“Molten Golden” é uma joia perdida do Free e é uma das melhores faixas do
disco, junto a “Tuesday Morning”, a qual conta com Alan White imparável na
bateria.



 



Enfim, Paul Kossoff viveu pouco demais para
que os amantes da boa música pudessem usufruir todo o seu talento, mas, naquilo
que deixou como obra, fica evidente seu imenso talento.



 



Back
Street Crawler
é um álbum que permanece, sobretudo, como um
atestado do espírito indomável de Kossoff.

BLACK OAK ARKANSAS - BLACK OAK ARKANSAS (1971)

 


Black Oak Arkansas é o álbum de estreia da banda norte-americana de mesmo nome, logicamente, a Black Oak Arkansas. Seu lançamento original aconteceu em março de 1971, através do selo Atco. As gravações ocorreram nos estúdios Paramount Recording Studios e Gold Star Studios, ambos em Hollywood, nos Estados Unidos. A produção ficou por conta de Lee Dorman e Mike Pinera.

BLACK OAK ARKANSAS - BLACK OAK ARKANSAS (1971)

 


Black Oak
Arkansas é o álbum de estreia da banda norte-americana de mesmo nome,
logicamente, a Black Oak Arkansas. Seu lançamento original aconteceu em março
de 1971, através do selo Atco. As gravações ocorreram nos estúdios Paramount
Recording Studios e Gold Star Studios, ambos em Hollywood, nos Estados Unidos.
A produção ficou por conta de Lee Dorman e Mike Pinera.



 



Hoje o
site traz a estreia da banda Black Oak Arkansas. Conforme se faz há mais
de 10 anos por aqui, vai-se tratar das origens do grupo para depois se ater ao
disco propriamente dito.






 



Origens



 



O grupo
surgiu, conforme seu próprio nome sugere, em 1963, na cidade de Black Oak,
Estado norte-americano de Arkansas, com colegas de escola do ensino médio. O
primeiro nome do conjunto foi The Knowbody Else.



 



Os membros
fundadores do conjunto foram Ronnie Smith (vocal), Rickie Lee Reynolds
(guitarra), Stanley Knight (guitarra), Harvey Jett (guitarra), Pat Daugherty
(baixo) e Wayne Evans (bateria).



 



Pouco
tempo depois, a banda e Ronnie "Chicky Hawk" Smith encontraram em um
amigo em comum, chamado James "Jim Dandy" Mangrum, um líder e
vocalista melhor, enquanto Smith concordou que ele próprio seria um manager de
produção (e de palco) melhor.



 



O primeiro
sistema de PA da banda foi roubado da Monette High School. Os membros do grupo
foram acusados à revelia de furto e condenados a 26 anos na Tucker Prison Farm,
uma sentença que foi posteriormente suspensa. O fato levou os caras a se
retirarem para as colinas do centro-norte rural do Arkansas, onde viveram da terra
e refinaram seu estilo musical.



 



Eles
também moravam em Long Beach, no Mississippi, e tocavam no teatro/salão de
dança local e em um lugar chamado "The Black Rainbow". Algumas de
suas influências musicais durante esse período eram Beatles e Byrds.


Jim Dandy




 



Disco e
fracasso comercial



 



A banda
The Knowbody Else se mudou para Memphis, no Tennessee, em 1969, e assinou um
contrato de gravação com a Stax Records. Seu álbum de estréia autointitulado
foi totalmente ignorado pelo público.



 



Durante
esse tempo, a banda se interessou pela psicodelia e pelo espiritualismo
oriental que, combinados com a educação batista do sul dos Estados Unidos,
contribuiriam para a formação do seu som.



 



Novos
rumos



 



Depois de
várias idas e vindas para Los Angeles, Califórnia, em 1970, a banda assinou
contrato com a Atco Records e decidiu mudar seu nome para Black Oak Arkansas,
em clara referência a suas origens.



 



Segundo o
contrato, o seu álbum de estréia autointitulado, Black Oak Arkansas,
deveria ser lançado em 1971.


Harvey Jett




 



O disco
foi gravado na Califórnia, com produção de Mike Pinera (que ficaria conhecido
como guitarrista do Alice Cooper) e de Lee Dorman (baixista do Iron
Butterfly
, banda que já abordamos no site). Os estúdios usados foram o
Paramount Recording Studios e o Gold Star Studios, ambos na Califórnia.



 



A capa,
simples, é obra de Eve Babitz. Vamos às faixas:



 



UNCLE
LIJIAH



 



“Uncle
Lijiah” abre o álbum com as influências sulistas (dos EUA) no Rock do Black Oak
Arkansas, em um claro flerte com o Country.



 



A letra
remete aos clássicos do Blues em que eram comuns letras com pactos com o
demônio:



 



Outside he heard the
rattle of chains



And he ran from someone



He thought insane



As he heard the devil



Callin' out his name



The devil grabbed his
suspenders well



And he trembled



As he felt the hand from
hell



And he let out with a
hairy yell



 



MEMORIES
AT THE WINDOW



 



“Memories
at the Window” é uma bela balada, com um ritmo leve, suave e cativante, com uma
letra comovente.



 



A letra é
em tom de despedida:



 



I went to the window



To look for some memories
we had



But it seemed that the
window



Had lost all its meaning



That's sad



I gazed thru the window



But things didn't look
like before



For the things I used to
see



I know I'll see them no
more



 



THE HILLS OF ARKANSAS



 



“The Hills
of Arkansas” é uma música bem divertida, novamente com uma pegada bem Country.



 



A letra é apaixonada:



 



Oh lucky days and lovely
nights



We saw the beauty



From the mountainsides



There came a fall



There came a spring



There came our love



Can ya hear it sing



 



I COULD
LOVE YOU



 



Fortíssimos
ecos do poderoso Cream estão na excelente “I Could Love You”.



 



A letra é
simples e em tom entusiasta:



 



If you're feelin' what I'm feelin'

It would be all right

But if you're feelin'

What I'm dealin'

Then we're high high high






 



HOT AND
NASTY



 



A pesada e
dançante “Hot and Nasty” é um clássico inconteste do grupo.



 



A letra é
bastante divertida:



 



When I come a knockin' at
your door



Let me in and I'll tell
you some more



No two men are ever the
same



And they tell me



Jim Dandy is my name



 



SINGING THE BLUES



 



A
divertida versão para “Singing the Blues” é um blues rock competente.



 



A letra é um blues doloroso:



 



I never felt more like cryin' all night

When every things wrong

and nothin' is right without you

Ya got me singin' the blues



 



A canção é
uma versão para o clássico “Singing the Blues”, regravada incontáveis vezes por
inúmeros artistas, mas originalmente composta por Melvin Endsley.



 



LORD HAVE MERCY OF MY SOUL



 



“Lord Have
Mercy of My Soul” possui guitarras afiadas e bons vocais de Dandy.



 



A letra é
sobre culpa:



 



I hope I've done the right
things



For both your sake and
mine



I preach in what I live
for



My only fear is fear of
time



I wanted to look logical



to both my "Maker"
and his host



But this trip of life must
be complete



or my cards will be lost



 



WHEN ELECTRICITY CAME TO ARKANSAS



 



A
instrumental “When Electricity to Arkansas” encerra o disco em um clima de
improvisação.



 



Considerações
Finais



 



Embora
contenha alguns clássicos do Black Oak Arkansas, seu álbum de estreia
ficou apenas com a modesta 127a posição da principal parada
norte-americana de discos.



 



Jim
Newson, do site AllMusic, dá uma nota 3 (em 5) ao trabalho, apontando:
“Produzido por Lee Dorman e Mike Pinera do Iron Butterfly, Black Oak
Arkansas
introduziu uma tempestade de três guitarras sustentando os
assustadores rosnados graves profundos do vocalista Jim "Dandy"
Mangrum. Este era um som diferente de qualquer outro na então nascente cena do
Southern Rock”.



 



Newson
conclui: ”Embora o som rapidamente se tornasse caricatural nos lançamentos
subsequentes, esse lançamento inicial continha a centelha do novo e diferente”.



 



O registro
apresenta clássicos eternizados do grupo, como "Hot and Nasty",
"Lord Have Mercy On My Soul", "Uncle Lijiah" e "When
Electricity Came To Arkansas", esta última, foi acusada por grupos
religiosos fundamentalistas de conter "mensagens satânicas"
mascaradas (possivelmente por conta de uma apresentação ao vivo da música em
que Mangrum pronuncia "dog si eh" e "natas" três vezes).



 



A banda
saiu em turnê extensivamente, ganhando uma reputação como um bom show ao longo
do início dos anos 1970 por todo os EUA, e até mesmo na Europa.



 



Keep the
Faith
, segundo disco da banda, saiu em 1972.






 



Formação:



Jim "Dandy" Mangrum - Vocal, Washboard

Rickie "Ricochet" Reynolds - Guitarra rítmica de 12 cordas

Pat "Dirty" Daugherty - Baixo

Harvey "Burley" Jett - Guitarra, Banjo, Piano

Stanley "Goober" Knight - Guitarra Solo, Steel guitar, Órgão

Wayne "Squeezebox" Evans – Bateria



 



Faixas:



Todas as
faixas creditadas a Mangrum/Reynolds/Daugherty/Jett/Knight/Evans, exceto onde é
apontado:



 



1. Uncle Lijiah - 3:17



2. Memories at the Window - 3:05



3. The Hills of Arkansas - 3:45



4. I Could Love You - 6:10



5. Hot and Nasty
(Daugherty/Jett/Knight/Reynolds/Smith/Stone) - 2:55



6. Singing the Blues (Endsley) - 2:17



7. Lord Have Mercy on My Soul - 6:15



8. When Electricity Came to Arkansas – 4:26



 



Letras:



Para o
conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/black-oak-arkansas/



 



Opinião do
Blog:



A estreia
do Black Oak Arkansas é um bom
exemplo do que é o chamado “Southern Rock”.



 



O disco
traz em sua sonoridade uma proposta de misturar a música tradicional
norte-americana com o Rock ‘n’ Roll. As influências mais evidentes são,
obviamente, o Country e o Blues, mas até mesmo ecos de ‘gospel’ podem ser
sentidos no trabalho.



 



Assim, as
misturas de musicalidades mais suaves com abordagens mais agressivas das
guitarras ganham um toque particular com os vocais rasgados de Jim Dandy, os
quais acabam combinando perfeitamente.



 



Isto é
perfeitamente evidente em faixas como “Lord Have Mercy on My Soul” e “The Hills
of Arkansas”. A pegada mais rock se torna mais explícita em “I Could Love You”,
que traz o Cream à mente de modo
imediato e é a melhor do disco, junto ao clássico “Hot and Nasty”, esta, um
resumo do que é o Southern Rock.



 



As letras
são por vezes divertidas e combinam com o ar mais descontraído da banda, embora
letras com um fundo de ‘pregação’, como “Lord Have Mercy on My Soul” me
incomodem.



 



Concluindo,
Black Oak Arkansas é um álbum que
traz a estreia da banda de mesmo nome fazendo bonito. Apesar de pouco
comentado, o disco apresenta músicas muito boas e com muita identidade própria,
sendo uma ótima pedida para fãs deste tipo de abordagem e até mesmo para
ouvintes ocasionais.