FLEETWOOD MAC - THEN PLAY ON (1969)

 


The Play On é o terceiro álbum de estúdios da banda britânica Fleetwood Mac. Seu lançamento oficial aconteceu em 19 de setembro de 1969, através do selo Reprise Records. As gravações ocorreram entre 1968 e 1969, nos estúdios CBS e De Lane Lea, em Londres, na Inglaterra. A produção ficou a cargo da própria banda.

EDGUY - THEATER OF SALVATION (1999)

 


Theater of Salvation é o terceiro álbum de estúdio oficialmente lançado pela banda alemã Edguy. Seu lançamento aconteceu em 25 de janeiro de 1999 através do selo AFM. As gravações ocorreram em 1998 no Rhoen Studios, em Fulda, Alemanha. A produção ficou por conta do próprio Edguy.

THE CULT - LOVE (1985)

 


Love é o segundo álbum de estúdios da banda britânica chamada The Cult. Seu lançamento oficial aconteceu em 18 de outubro de 1985 através dos selos Beggars Banquet e Sire. As gravações ocorreram julho e agosto daquele mesmo ano, nos estúdios Jacobs e Olympic, ambos em Londres, na Inglaterra. A produção ficou a cargo de Steve Brown.

ALICE COOPER - LOVE IT TO DEATH (1971)

 


Love It to Death é o terceiro álbum de estúdio da banda norte-americana Alice Cooper. O seu lançamento oficial aconteceu em 9 março de 1971, através do selo Straight e Warner Bros. As gravações ocorreram entre novembro e dezembro do ano anterior no RCA Mid-American Recording Center, em Chicago, nos Estados Unidos. A produção ficou a cargo de Jack Richardson e de Bob Ezrin.

POISON - LOOK WHAT THE CAT DRAGGED IN (1986)

 


Look What the Cat Dragged In é o álbum de estreia da banda norte-americana chamada Poison. O lançamento oficial aconteceu em 23 de maio de 1986, através do selo Enigma Records. As gravações ocorreram naquele mesmo ano, no Music Grinder Studios, em Hollywood, nos Estados Unidos. A produção ficou a cargo de Ric Browde.

TYGERS OF PAN TANG - SPELLBOUND (1981)

 


Spellbound é o segundo álbum de estúdios da banda britânica Tygers of Pan Tang. Olançamento oficial do disco aconteceu em 10 de abril de 1981 pelo selo MCA. As gravações ocorreram em janeiro daquele mesmo ano, no Morgan Studios, em Londres. A produção ficou a cargo de Chris Tsangarides.

DEATH ANGEL - FROLIC THROUGH THE PARK (1988)

 


Frolic Through the Park é o segundo álbum de estúdio da banda norte-americana Death Angel. Seu lançamento oficial aconteceu em 5 de julho de 1988, através dos selos Restless/Enigma. As gravações ocorreram em março daquele mesmo ano, no Fantasy Studios, na Califórnia, nos Estados Unidos. A produção ficou a cargo de Davy Vain, Rob Cavestany e Andy Galeon.

U2 - WAR (1983)

 


War é o terceiro álbum de estúdio da banda irlandesa U2. Seu lançamento oficial aconteceu em 28 de fevereiro de 1983, através do selo Island Records. As gravações ocorreram entre setembro e novembro do ano anterior, no Windmill Lane, em Dublin, na Irlanda. A produção ficou a cargo de Steve Lillywhite.

MASTODON - CRACK THE SKYE (2009)

 


Crack the Skye é o quarto álbum de estúdios da banda norte-americana Mastodon. O seu lançamento oficial aconteceu em 24 de março de 2009, através dos selos Reprise, Sire e Relapse. As gravações ocorreram entre abril e setembro de 2008, no Southern Tracks Studios, em Atlanta, nos Estados Unidos. A produção ficou a cargo de Brendan O'Brien.

NAZARETH - 2XS (1982)

 


2XS é o décimo terceiro álbum de estúdio da banda escocesa Nazareth. Seu lançamento oficial aconteceu em fevereiro de 1982, através do selo A&M Records. A produção ficou a cargo de John Punter.

NUCLEAR ASSAULT - GAME OVER (1986)

 


Game Over é o álbum de estreia da banda norte-americana Nuclear Assault. O lançamento oficial do disco aconteceu em 7 de outubro de 1986, através do selo Combat Records. As gravações ocorreram Pyramid Sound, em maio daquele mesmo ano. A produção ficou a cargo de Alex Periallas, Steve Sinclair e da própria banda.

GLENN HUGHES - ADDICTION (1996)

 


Addiction é o quinto álbum de estúdio da carreira solo do baixista britânico Glenn Hughes. Seu lançamento oficial aconteceu em 10 de julho de 1996 pelos selos SPV e Shrapnel Records. A produção ficou a cargo de Marc Bonilla, Michael Scott do próprio Glenn Hughes.

OZZY OSBOURNE - THE ULTIMATE SIN (1986)

 


The Ultimate Sin é o quarto álbum de estúdio da carreira-solo do vocalista Ozzy Osbourne. Seu lançamento oficial aconteceu em 22 de fevereiro de 1986, através dos selos Epic e CBS. As gravações ocorreram em 1985. A produção ficou por conta do consagrado produtor Ron Nevison.

DIO - SACRED HEART (1985)

 


Sacred Heart é o terceiro álbum de estúdio da banda norte-americana Dio. Seu lançamento oficial aconteceu em 12 de agosto de 1985, através do selos Warner Bros. e Vertigo. O estúdio utilizado foi o Rumbo Recorders, em Los Angeles, nos EUA e a produção ficou a cargo do próprio Ronnie James Dio.

PREMIATA FORNERIA MARCONI - STORIA DI UN MINUTO (1972)

 



Storia di un minuto é o álbum de estreia banda italiana Premiata Forneria Marconi. Seu lançamento oficial aconteceu em janeiro de 1972, através do selo Numero Uno. As gravações ocorreram no ano de 1971, no estúdio Fonorama, em Milão,
na Itália. A produção ficou a cargo de Claudio Fabi.


O Blog traz a estreia da histórica banda italiana de rock progressivo, a Premiata Forneria Marconi, com seu impressionante Storia di un minuto. Vai-se contar parte da formação do grupo para depois se ater ao álbum propriamente dito.



Formação





Premiata Forneria Marconi é, para todos os efeitos, a evolução musical e artística de um grupo chamado Quelli, um quinteto que, na segunda metade dos anos sessenta, tinha-se destacado no meio discográfico italiano pela qualidade, preparação e técnica instrumental dos seus componentes.


baterista Franz Di Cioccio, o guitarrista Franco Mussida, o tecladista Flavio Premoli e o baixista Giorgio "Fico" Piazza, o vocalista Teo Teocoli (que os deixou em 1967), componentes principais do complexo, estiveram entre os mais requisitados músicos italianos: gravaram para Mina, Lucio Battisti, Fabrizio De André muitos outros.






Foram
precisamente as suas competências técnicas que permitiram aos
membros da banda tornarem-se algo mais do que músicos de sessão de
luxo. No final dos anos 1960, o rock estava evoluindo para novas
formas, inspiradas em quase todos os outros gêneros musicais.






O
rock progressivo, o qual dava seus primeiros passos significativos
principalmente na Inglaterra, exigia grande habilidade instrumental e
técnica. Bandas formadas por excelentes instrumentistas começaram a
se estabelecer, muitas dos quais se tornariam as maiores virtuoses da
história do rock.






O
novo gênero, rico em influências clássicas, folk, toques de jazz,
etc., provou ser ideal para os membros do quinteto Quelli. Foi a
ideia, pedra angular do rock progressivo, comunicar-se principalmente
com os instrumentos, precisamente porque a evolução da técnica
instrumental do rock permitiu alargar o horizonte musical da
construção da canção ao andamento, da suite ou mesmo da sinfonia
e da obra.


Franco Mussida







Krel






A
virada decisiva, em 1970, foi o abandono da forma cantada para passar
a composições mais elaboradas: o quarteto Quelli muda de nome para
Krel (nome de um planeta presente no conto O veredicto de Arthur J.
Cochran) e grava três músicas: duas lançadas em 45 rpm (“Fin che
le armi diventino ali”/”E il mondo cade sotto”, com letras de
Vito Pallavicini para ambas as músicas e colaboração com Umberto
Balsamo para a música de “E il mondo cade sotto”), e uma em uma
compilação lançada por Dischi Ricordi e dedicada às canções do
Festival de Sanremo daquele ano (“Pa' diglielo a ma'”,
apresentada por Ron junto com Nada e arranjada pelos Krel em uma
versão mais rock que a original).






Premiata
Forneria Marconi






O
encontro dos quatro músicos com o violinista e flautista Mauro
Pagani (vindo dos Daltons), durante as gravações do álbum La
Buona Novella
de Fabrizio De André, revelou-se fundamental para
a transição de Krel para Premiata Forneria Marconi.






Virtuosidade,
cuidado com o arranjo e improvisação eram os elementos que o
conjunto, que se estendeu a Pagani, foi aprendendo com nomes como
King Crimson, Jethro Tull e os expoentes do novo rock
(ou música pop como era então chamada na Itália com um significado
diferente do atual).






Continuando
a desempenhar o papel de músicos de sessão e a participar de
projetos alheios (Di Cioccio entrou na Equipe 84 por algum tempo), o
Krel agora se dedicava totalmente ao desenvolvimento de sua nova
linguagem musical. Como não encontrara espaço na gravadora da
época, decidiram seguir Lucio Battisti, Mogol e outros que, tendo
abandonado a Ricordi, fundaram seu próprio selo independente, o
Numero Uno.






Com
a transição para o novo selo e o novo gênero, tornou-se necessário
mudar o nome: entre as muitas propostas, a escolha se reduziu a
Isotta Fraschini e Forneria Marconi: escolheram a segunda a partir do
nome de uma padaria em Chiari (Brescia) frequentada por Pagani, ao
qual acrescentaram Premiata.






Segundo
as gravadoras, o nome era muito longo, mas o grupo respondeu à
objeção argumentando que quanto mais difícil fosse lembrar um
nome, mais difícil seria esquecê-lo.






Graças
ao empresário Franco Mamone e a Francesco Sanavio, a formação
iniciou uma atividade lucrativa como grupo de apoio nos shows
italianos de vários artistas como Procol Harum, Yes e
Deep Purple.






Foi
por meio dessas apresentações que a PFM conseguiu se tornar
conhecida à então grande população de entusiastas do rock. Em
1971 participaram da primeira edição do "Festival de vanguarda
e novas tendências" em Viareggio com a música “La carrozza
di Hans”, vencendo a edição ao lado de Mia Martini e Osanna.






Em
1971 foi lançado o primeiro trabalho da Premiata Forneria
Marconi
, o single “La carrozza di Hans”/”Impressioni di
settembre”, seguido, no início de 1972, pelo álbum Storia di
un Minuto
. A peça “Impressioni di settembre” (de Mussida e
Pagani sobre texto de Mogol) logo se tornou um de seus pontos fortes
e um clássico da música italiana.






O
grupo decidiu gravar o disco ao vivo em estúdio, para não perder o
impacto e a energia transmitidas por suas já famosas apresentações
ao vivo. Entre outras coisas, o Minimoog foi usado pela primeira vez
na Itália com este álbum. Parece que naquela época nem mesmo a
Premiata Forneria Marconi podia pagar, então eles pegaram
emprestado o único exemplar de propriedade de um importador
italiano.


Mauro Pagani







Storia
di un minuto






Gravado
ao vivo por Gaetano Ria nos estúdios Fonorama em Milão (propriedade
de Carlo Alberto Rossi), foi relançado em CD em 2005. É um álbum
conceitual que traça o dia de um homem comum.




A
capa, desenhada por Caesar Monti, Wanda Spinello e Marco Damiani,
pode ser aberta e dentro traz uma única folha com as letras das
músicas.






La
carrozza di Hans” e “Impressioni di settembre” estão em uma
versão diferente do single de 1971.






As
peças “Impressioni di settembre” e “E' festa” são cantadas
por Franco Mussida, “La carrozza di Hans” é cantada na primeira
parte por Mauro Pagani (assim como “Dove...Quando”), enquanto a
segunda pelo próprio Mussida.






Vamos
às faixas:






INTRODUZIONE






Como
o nome indica, uma pequena introdução para o álbum.






IMPRESSIONI
DI SETTEMBRE






Impressioni
di settembre” apresenta vocais impressionantes de Mussida,
combinando com uma sonoridade contagiante, refletida em melodias
belíssimas.






A
letra mostra um eu lírico em busca de si:






No,
cosa sono adesso non lo so


Sono
come, un uomo in cerca di se stesso


No,
cosa sono adesso non lo so


Sono
solo, solo il suono del mio passo






È
FESTA






Esta
faixa é mais roqueira, com mais influências de bandas como o Yes,
sendo uma composição dominada pelos teclados.






Os
versos remetem ao sentimento de temporalidade:






È
festa!


Come
sempre é la festa


D'un
leggero uccelio che va


Come
sempre è la festa


Di
chi è






DOVE…
QUANDO… (PARTE 1)






A
belíssima melodia se casa perfeitamente com a interpretação vocal
de Mussida. Impressionante!






A
letra mostra o eu lírico em dúvidas:






Che
farei amore mio,


Che
sorriso avrai?


Dai
tuoi si dai tuoi no


Cosa
imparerò?






DOVE…
QUANDO… (PARTE 2)






A
continuação da faixa anterior, mas desta feita com direito a bem
mais improvisações, com toques de Jazz ótimo trabalho
instrumental.






A
letra menciona pequenas felicidades:






Quanto
tempo dentro


Tempo
già passato,


Accucciato
nel cuore,


Grosso
libro di fiabe


Lette,
vissute e inventate


E
giocate…


Flavio Premoli







LA
CARROZZA DI HANS






Predominantemente
suave, a canção ganha bastante intensidade mais para o seu final,
em uma construção muito interessante.






A
letra revela o desejo pela liberdade:






Cieli
infiniti, vento in faccia


Voglia
di correre e non fermarsi mai


Scrivere
suonare e bailare


E
non fermarsi mai


Bruciare
il proprio teatro


Vestira
il proprio teatro


Ascoltara,
lavorare a dormire


E
nor fermarsi mai;


Guardarsi
in giro


Sentirsi
il mondo negli occhi


Sentirsi
piccino e adorare


E
non fermarsi mai






GRAZIE
DAVVERO






Premoli
retorna aos vocais na derradeira faixa do trabalho, que explora
muitos caminhos alternativos e distintos.






A
letra expressa um sentimento de adeus:






Piove
già piove piano,


Piove
su di me:


Viene
giorno, viene piano,


Quieto
qui da me:


Pioverà






Considerações
Finais






Storia
di un minuto
fez um grande sucesso em seu lançamento, atingindo
o topo da principal parada italiana de álbuns por uma semana. O
primeiro álbum também foi muito elogiado pela crítica.






Em
uma crítica em retrospectiva, Robert Taylor, do site AllMusic, dá
ao trabalho uma nota 4,5 (em 5), apontando:






(…)
Gravado ao vivo no estúdio, o PFM provou que eles eram tão
criativos e talentosos quanto as bandas britânicas da época. Seu
rock progressivo sinfônico combina elementos de folk, clássico e
jazz de uma maneira genuína. Isso é alcançado por seu nível
transcendente e flexível de musicalidade. "Impressioni di
Settembre" e "Dove...Quando" em duas partes demonstram
a capacidade da banda de criar harmonias ricas com melodias pop. A
banda também consegue tocar bem pesado, como pode ser ouvido na
rockeira "È Festa", que se tornou uma de suas músicas
mais pedidas. Storia di un Minuto se destaca como uma das melhores
estreias do rock progressivo da história (…)”






No
final de 1972 foi lançado o segundo disco, Per un amico. A
música era mais complexa, mais elaborada, mais próxima do rock
progressivo que se tocava no Reino Unido naquela época.






Em
20 de dezembro daquele ano, durante um show em Roma para a
apresentação do novo álbum, o Premiata Forneria Marconi foi
ouvido pelo baixista e cantor Greg Lake, do Emerson, Lake &
Palmer
que, entusiasmado, levou o grupo para Londres, até a sede
da Manticore na presença do letrista e inspirador do King Crimson
- e então produtor da Roxy Music - Peter Sinfield.






Mas
isto é outra história.









Formação:


Franco
Mussida – Guitarras elétrica e acústica, Guitarra de 12 cordas,
Mandocello, Vocal (2,4,6), Backing Vocal


Flavio
Premoli – Órgão, Piano, Mellotron, Cravo, Minimoog, Vocal (3 e
7), Backing Vocal


Mauro
Pagani – Flauta, Flautim, Violino, Backing Vocal


Giorgio
Piazza – Baixo, Backing Vocal


Franz
Di Cioccio – Bateria, Moog, Backing Vocal






Faixas:


1.
Introduzione (Mussida) - 1:09


2.
Impressioni di settembre (Mussida/Mogol/Pagani) - 5:44


3.
È festa (Mussida/Pagani) - 4:52


4.
Dove... quando... (parte 1) (Mussida/Pagani) - 4:10


5.
Dove... quando... (parte 2) (Mussida/Pagani) - 6:01


6.
La carrozza di Hans (Mussida/Pagani) - 6:45


7.
Grazie davvero (Mussida/Pagani) – 5:51






Letras:


Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/premiata-forneria-marconi/






Opinião
do Blog:


Uma
das melhores formações do Rock Progressivo: assim pode ser definida
o Premiata Froneria Marconi.







em sua estreia, o ouvinte é agraciado com uma música incrível, não
linear, onde o Rock serve de base para construções que fundem
música erudita, Jazz e passagens folk/bucólicas.






Storia
di un
minuto apresenta uma banda que conseguia criar
melodias belíssimas, de inegável toque “Pop”, mas que eram
permeadas pela complexidade de músicos muito técnicos – e, é
nesta aliança entre melodias suaves e passagens intrincadas que está
o valor da obra.






Sem
faixas de enchimento, destaca-se como nossa preferida as duas partes
magistrais de “Dove… quando…”.






Enfim,
a Premiata Forneria Marconi é uma banda formidável dentro do Rock
Progressivo e, certamente, o fato de fazer músicas na língua
italiana a impediu de uma repercussão ainda maior em mercados de
linguagem anglo-saxônica. Storia di un minuto é
brilhante!

BACHMAN-TURNER OVERDRIVE - BACHMAN-TURNER OVERDRIVE (1973)

 


Bachman-Turner Overdrive é o autointitulado álbum de estreia da banda canadense de mesmo nome. Seu lançamento oficial aconteceu em 17 de maio de 1973, através do selo Mercury Records. As gravações ocorreram entre 1972 e 1973 no RCA Studios, em Toronto. A produção ficou sob responsabilidade da própria banda.

BACHMAN-TURNER OVERDRIVE - BACHMAN-TURNER OVERDRIVE (1973)

 



Bachman-Turner Overdrive é o
autointitulado álbum de estreia da banda canadense de mesmo nome.
Seu lançamento oficial aconteceu em 17 de maio de 1973, através do
selo Mercury Records. As gravações ocorreram entre 1972 e 1973 no
RCA Studios, em Toronto. A produção ficou sob responsabilidade da
própria banda.






Hora
do site dar uma passeada por uma das mais interessantes – e pouco
lembradas – bandas canadenses dos anos 1970 através de seu disco
de estreia.









Brave
Belt






Depois
de obter sucesso com a banda The Guess Who, Randy Bachman
surpreendentemente deixou o grupo, no auge da popularidade, em 1970,
citando problemas de saúde e diferenças de estilo de vida com os
outros membros da banda. Ele se lembra de ter sido rotulado como "um
lunático e um perdedor" e que "ninguém queria trabalhar
comigo".






A
exceção foi Chad Allan, ex-vocalista do Guess Who, que havia
deixado a banda quatro anos antes de Randy. Os dois concordaram em
explorar um projeto musical, e Randy então se voltou para a família.
O resultado foi a banda Brave Belt, formada em Winnipeg em
1971 com a adição do irmão de Randy, Robin "Robbie"
Bachman na bateria, e Gary Bachman atuando como empresário da banda.






O
primeiro álbum autointitulado da Brave Belt, que tinha Randy
tocando guitarra e baixo, não vendeu muito bem. A gravadora ainda
queria que a Brave Belt fizesse uma turnê, então Randy (por
sugestão de Neil Young) contratou o colega baixista/vocalista
da Winnipeg, CF ("Fred") Turner, para se apresentar
nos shows programados da banda.






Turner
logo foi convidado para ser membro em tempo integral e cantar para a
gravação de Brave Belt II em 1972. Chad Allan apareceu como
vocalista em duas canções de Brave Belt II, mas deixou a
banda logo após a gravação do álbum.






Durante
a turnê de divulgação do álbum, outro irmão de Bachman, Tim
Bachman, foi adicionado como segundo guitarrista porque a banda
sentiu que seu arranjo de três integrantes era muito restritivo.






Brave
Belt II
também não conseguiu nenhum sucesso notável nas
paradas e, em meados de 1972, sua turnê de apoio foi cancelada no
meio do caminho. Mas a influência de Turner começou a se fazer
sentir, já que ele compôs cinco canções para o álbum Brave
Belt II
e cantou nove das onze canções do álbum. Brave Belt
II
tinha um som mais pesado de guitarra do que seu antecessor,
complementado pela voz gutural e poderosa de Turner.






De
acordo com a autobiografia de Randy Bachman, o Bachman-Turner
Overdrive
foi formado em um show universitário em Thunder Bay,
Ontário, logo após a saída de Allan. Um promotor, desanimado com
as reações às canções country de Allan, que a banda ainda estava
tocando, decidiu demitir o Brave Belt para o show de sábado à
noite e trazer um substituto mais voltado para o rock de Toronto.
Quando isso não se materializou, ele implorou ao Brave Belt
para ficar e tocar um conjunto de covers de clássicos do rock.






Enquanto
a banda tocava músicas como "Proud Mary", "Brown
Sugar" e "All Right Now", a pista de dança se encheu
e, de acordo com Randy, "vimos instantaneamente a diferença
entre tocar música sentada que as pessoas podiam conversar e tocando
música que eles pulavam de seus assentos e dançavam."






Depois
que a Reprise Records retirou o Brave Belt de sua gravadora,
Randy Bachman esvaziou sua própria conta bancária para financiar
outro conjunto de gravações com a formação do Brave Belt II
e começou a financiar seu próximo álbum. Ele afirma que procurou
diversos selos para lançamento do material, mas todos disseram não
à proposta.


Randy Bachman







Mudanças






A
banda acabou fechando um contrato com a Mercury Records, o que Randy
proclamou como um puro golpe de sorte. Em abril de 1973, Charlie
Fach, da Mercury Records, voltou ao seu escritório após uma viagem
à França para encontrar uma pilha de fitas demo não tocadas
esperando em sua mesa. Querendo começar do zero, ele pegou uma lata
de lixo e deslizou todas as fitas para dentro dela, exceto uma que
errou a lata e caiu no chão.






Fach
pegou a fita e notou o nome de Bachman nela. Ele se lembra de ter
falado com ele no ano anterior e disse a Bachman que se ele fizesse
uma demo para enviá-la a ele. Coincidentemente, a Mercury havia
acabado de perder Uriah Heep e Rod Stewart para outras
gravadoras, e Fach estava procurando por novas bandas de rock para
substituí-los.






Nesse
ponto, a fita demo da banda ainda se chamava Brave Belt III.
Fach convenceu a banda de que um novo nome era necessário; um que
capitalizasse o reconhecimento do nome dos membros da banda.






O
grupo já havia pensado em usar seus sobrenomes (à la Crosby,
Stills, Nash & Young
). No caminho de volta de um show em
Toronto, o grupo viu uma cópia de uma revista de caminhoneiros
chamada Overdrive enquanto jantava no Colonial Steak House em
Windsor, Ontário, administrado pelo Colonial Jim Lambros.






Depois
disso, Fred Turner escreveu "Bachman–Turner Overdrive"
e as iniciais "B.T.O." em um guardanapo. O resto da
banda decidiu que a adição de "Overdrive" era a maneira
perfeita de descrever sua música.


Fred Turner







O
álbum de estreia






Originalmente,
o disco seria intitulado Brave Belt III, seguindo o álbum
Brave Belt II, feito pela formação anterior do grupo,
chamada Brave Belt.




O
álbum não produziu um verdadeiro single de sucesso, mas foi
certificado como "Ouro" pela RIAA em 1974, em grande parte
impulsionado pelas fortes vendas dos próximos dois álbuns do
conjunto (Bachman–Turner Overdrive II e Not Fragile).






"Gimme
Your Money Please" e "Little Gandy Dancer" foram
lançadas em um single duplo A-side apenas no Canadá. Após o
lançamento de Bachman – Turner Overdrive II, este primeiro
álbum foi muitas vezes referido como "BTO 1".






O
disco foi gravado no RCA studios, em Toronto, no Canadá, entre 1972
e 1973. A produção ficou a cargo da própria banda, especialmente
de Randy Bachman.






GIMME
YOUR MONEY PLEASE






Um
riff muito legal, na linha do Rock do Creedence, e ótimos vocais de
Turner formam uma canção empolgante.






A
letra se refere aos perigos de Nova York:






Being
born and raised in New York


There
ain't nothing you won't see


'Cause
the streets are filled with bad goings-on


And
you know that's no place to be






HOLD
BACK THE WATER






Hold
Back the Water” bebe mais na fonte do Blues Rock, com um ritmo bem
contagiante e ótimo trabalho das guitarras.






A
letra é uma metáfora sobre a busca por uma vida melhor:






Headed
cross the border


Looking
for a place to play


I
left the Sun behind, I don't mind


But
I think that it looked like rain






BLUE
COLLAR






Blue
Collar” flerta com uma certa latinidade e com toques de Jazz, sendo
uma grande composição.






A
letra se refere a pessoas com poder:






You
keep that beat


And
I keep mine


Your
restless face


Is
no longer mine


I
rest my feet while this world's in heat and I wish that you cddo the
same


Blue
collar






Blue
Collar” foi lançada como single, atingindo a 68ª posição na
principal parada norte-americana desta natureza, também ficando com
a 21ª colocação na sua correspondente canadense.






LITTLE
GANDY DANCER






Little
Gandy Dancer” é mais arrastada, com andamento mais lenta, embora
com bom trabalho das guitarras, ganhando intensidade da metade para o
final.






A
letra se refere a uma mulher:






She's
a high-stepping prancer


A
tried true romancer


She's
a little gandy dancer


And
she's too much for me (Ow!)


Little
gandy dancer









STAYED
AWAKE ALL NIGHT






Stayed
Awake all Night” apresenta os irmão Randy e Tim dividindo os
vocais em um Hard Rock mais convencional, embora de muita qualidade.






A
letra é divertida:






In
the cool cool cool of the morning


That's
when I'm coming home


In
the cool cool cool of the morning


That's
when I'm coming home






DOWN
AND OUT MAN






Tim
Bachman lidera os vocais na ótima “Down and Out Man”, uma faixa
com fortes influências sessentistsas.






A
letra fala sobre um homem tentando se encontrar:






I'm
a down and out man


Guess
you wonder why I am


I'm
a down and out man


Guess
you wonder why I am






DON’T
GET YOURSELF IN TROUBLE






Randy
retorna aos vocais em uma canção que aponta para o futuro do BTO,
sendo a mais agressiva e potente faixa do disco.






A
letra fala sobre perseverança:






Come
on and get a few things back together


Don't
get lost in the stormy weather


And
when you're flying around like birds of a feather






THANK
YOU FOR THE FEELIN’






Turner
volta ao vocais na divertida música que encerra o disco, “Thank
you for the Feelin’”.






A
letra fala sobre um arrependimento:






Thank
you for the feelin'


But
I think I've had enough


For
the sun came late this morning


And
I sure am feeling rough






Considerações
Finais






Mesmo
sem um single de grande sucesso, Bachman-Turner Overdrive
acabou atingindo a 70ª posição da principal parada norte-americana
de discos, alcançando a 9ª colocação em sua correspondente
canadense.






O
maior sucesso comercial do álbum acabou mesmo acontecendo depois que
os álbuns posteriores do BTO fizeram sucesso nos Estados
Unidos e os fãs foram resgatando este ótimo álbum de estreia.






Joe
Viglione, do site AllMusic, dá uma nota 2,5 (em 5) ao disco,
apontando: “(…) este é um conjunto muito consistente, sem hits e
com foco em sons pesados de fundo. Não heavy metal, mais como “metal
derretido”, escorrendo e pingando sem a alta energia de ZZ Top
e de Led Zeppelin injetados em seus números de condução”.






O
eventual sucesso do álbum foi em grande parte o resultado da turnê
implacável da banda. Alegadamente, Fach concordou em colocar este
álbum no selo Mercury apenas se a banda o promovesse com uma agenda
de shows pesada. Onde quer que a banda estivesse tendo um airplay
significativo, o Bachman-Turner Overdrive imediatamente viajou
para lá, independentemente do roteiro da turnê, para ganhar
impulso.




Uma
dessas oportunidades ocorreu em St. Louis, Missouri. Fred Turner
disse:






"Recebemos
uma ligação da estação de rádio KSHE que estava oferecendo um
benefício. Eles queriam uma banda como atração principal da qual
ninguém ouviu falar porque as atrações principais que eles haviam
agendado receberam ofertas maiores e não estavam chegando. Tínhamos
o BTO Eu lancei um álbum então, então eles pelo menos tinham algo
para tocar e fazer parecer que éramos grandes. Eles começaram a
tocar nosso disco a cada hora, a cada corte do álbum, em seis
estados - 150.000 watts. A gravadora ligou e disse: "Que diabos
está acontecendo? Enviamos dez mil discos para St. Louis em uma
semana!" Chegamos lá e era um drive-in ao ar livre, de quinze a
vinte mil pessoas. A região estava saturada com o nosso álbum. Eles
não sabiam que éramos canadenses, só conheciam as músicas. Foi
incrível."




Apoiada
pelo empresário Bruce Allen, a banda registrou mais de 300 datas em
seu primeiro ano de existência, e valeu a pena. BTO I mais
tarde seria certificado ouro em 1974 pela Recording Industry
Association of America.






Bachman-Turner
Overdrive
supera 500 mil cópias vendidas apenas nos Estados
Unidos.









Formação:


Randy
Bachman – Guitarra-Solo, Vocal em (5,7)


Tim
Bachman – Guitarra-Base, Vocal em (5,6)


C.F.
Turner – Baixo, Vocal em (1 a 4, 7, 8)


Robbie
Bachman – Bateria, Percussão


Músicos
Adicionais:


Barry
Keane - Congas


Will
MacCalder - Piano


Garry
Peterson – Percussão, Bateria, Backing Vocal






Faixas:


1.
Gimme Your Money Please (Turner) - 4:41


2.
Hold Back the Water (Ra. Bachman/Ro. Bachman/Kelly) - 5:06


3.
Blue Collar (Turner) - 6:10


4.
Little Gandy Dancer (Ra. Bachman) - 4:22


5.
Stayed Awake All Night (Ra. Bachman) - 4:07


6.
Down and Out Man (T. Bachman/Ra. Bachman) - 3:12


7.
Don't Get Yourself in Trouble (Ra. Bachman) - 4:54


8.
Thank You for the Feelin' (Turner) - 4:07






Letras:


Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/bachman-turner-overdrive/#G






Opinião
do Blog:


Talvez
até pelo próprio brilho de seus trabalhos posteriores, a estreia do
Bachman-Turner Overdrive é um álbum menos comentado.






Para
quem conhece a banda, é fácil perceber que neste disco o grupo
parece procurar sua identidade musical, variando bastante entre
estilos, embora consiga considerável êxito nas canções propostas.






A
parte instrumental demonstra notável competência enquanto os vocais
apostam na agressividade, excetuando-se quando Tim Bachman os assume
na ótima e contida “Down and Out Man”.






Ótimos
toques de Jazz e de latinidade são percebidos na já clássica “Blue
Collar”, mas, pessoalmente, penso que a banda acerta em cheio
quando encontra a sonoridade que seria seu “carro-chefe”, na
melhor canção do álbum, “Don't Get Yourself in Trouble”.






Em
suma, Bachman-Turner Overdirve demonstra uma banda talentosa,
ainda à procura de sua sonoridade definidora, mas acertando bastante
em seus diferentes caminhos propostos. A estreia do grupo ´prometia
– e o BTO provou que a promessa seria paga no futuro.