OZZY OSBOURNE - DIARY OF A MADMAN (1981)


Diary Of A Madman é o segundo álbum de estúdio do vocalista inglês chamado Ozzy Osbourne. Seu lançamento oficial ocorreu no dia 7 de novembro de 1981, sob o selo Jet Records. As gravações aconteceram no Ridge Farm Studios (no Reino Unido), entre fevereiro e março daquele ano. A produção ficou a cargo de Max Norman, com auxílio do guitarrista Randy Rhoads e do próprio Ozzy.



Bem no início do Blog, foi feito um post sobre a estreia de Ozzy Osbourne em sua carreira-solo, e quem quiser conferir pode acessar o link abaixo:


Após o lançamento de seu álbum de estreia, Blizzard of Ozz, Ozzy saiu em turnê para promovê-lo com uma formação diferente daquela a qual gravara o disco em estúdio.

A formação continha Ozzy nos vocais, o incrível Randy Rhoads na guitarra, Rudy Sarzo no baixo e Tommy Aldridge na bateria.

A turnê foi muito bem sucedida e preparou o caminho e confiança necessários para que o vocalista sentisse que era oportuno aproveitar o momento e fazer um novo registro de músicas inéditas.

O fantástico Randy Rhoads teria um papel fundamental no novo álbum, auxiliando o Madman de maneira decisiva no processo de escrita e composição de seu futuro trabalho, criando melodias e riffs incríveis.

Para as gravações do novo trabalho, houve a volta do baixista Bob Daisley e do baterista Lee Kerslake, os quais já haviam contribuído com a gravação de Blizzard Of Ozz.

Mais que isto, Bob Daisley teve papel fundamental na composição dos primeiros álbuns de Ozzy Osbourne. Anos depois, muita controvérsia judicial surgiu entre Daisley e o vocalista, incluindo o relançamento dos álbuns com as partes tocadas por Daisley e Kerslake sendo regravadas por outros músicos.

Ozzy:


Bob Daisley afirma que muitas melodias e letras de canções que são atribuídas a Osbourne são integralmente ou com muitas contribuições suas na realidade. E que muitos dos direitos econômicos delas não foram pagos a ele. Em 2010, houve um acordo judicial e toda a celeuma foi dirimida.

Fato é que Daisley é creditado como compositor em todas as faixas deste trabalho.

Também o tecladista Don Airey foi creditado como presente no álbum como tecladista, mas na verdade, Airey nem esteve em estúdio com o grupo, pois estava em turnê com o Rainbow. Na verdade, as partes de teclado no disco foram tocadas por um músico chamado Johnny Cook, amigo de Bob Daisley, com o qual havia tocado na banda Mungo.

Johnny Cook não foi creditado no trabalho.

A arte da capa tem uma foto bem excêntrica com Ozzy Osbourne.

OVER THE MOUNTAIN

Um dos clássicos da discografia de Ozzy abre o álbum, “Over The Mountain”.

A bateria nervosa de Kerslake abre o álbum seguida pelo riff muito inspirado por parte do grande Randy Rhoads. Ozzy faz um vocal bem típico de sua carreira, especialmente quando partiu solo. O refrão é muito bom e as linhas de guitarras, pesadas e melodiosas, são incríveis. Os solos mostram o quão incrível Rhoads era.

As letras são em um tom de desespero e angústia, em mistura de fuga e raiva:

Over and over, always tried to get away
Living in a daydream, only place I had to stay
Fever of a breakout burning in me miles wide
People around me talking to the walls inside

Lançada como single, acabou alcançando uma boa posição na parada norte-americana deste tipo de gravação: 38ª colocação.



A canção acabou fazendo parte do set list de Ozzy por algum tempo, mas depois sua presença foi rareando em shows. Bandas como Fozzy e Stryper fizeram versões para a música.



FLYING HIGH AGAIN

Continuando o disco em alto nível, outro sucesso: “Flying High Again”.

A guitarra de Rhoads soa incrível nesta canção. Está pesada, em um riff que se inicia mais arrastado e depois acelera um pouco, mas o ritmo se mantém mais lento, sempre repleto de melodia, em uma construção genial. Os vocais de Ozzy estão em perfeita consonância com o instrumental da faixa. O solo é fabuloso. Ponto alto do álbum!

Segundo Ozzy, as letras se referem ao seu momento pessoal (na época), em que ele sentia novamente o sabor do sucesso após ser demitido do Black Sabbath:

I can see through the mountains
Watch me disappear
I can even touch the sky
Swallowing colours of the sound I hear
Am I just a crazy guy
You bet

“Flying High Again” esteve presente em boa parte dos shows de Ozzy em sua carreira solo, tornando-se um clássico do Madman.



Lançada como single, atingiu a 16ª posição na parada britânica desta natureza e a excepcional 2ª posição em sua correspondente norte-americana.



YOU CAN’T KILL ROCK AND ROLL

A terceira faixa do álbum é “You Can’t Kill Rock And Roll”.

Linhas suaves e melodiosas dão o tom no início da terceira canção do disco. Depois, o ritmo acelera com mais intensidade e certo peso, mas alternando com as linhas mais lentas e melosas do começo da música em uma construção bem bonita. Os vocais de Ozzy se alternam de acordo com o ritmo da faixa, contribuindo para o seu sucesso.

As letras são simples e representam uma rebeldia embalada por um espírito de liberdade, representado pela música Rock:

Leave me alone
Don't want your promises no more
'Cause rock'n'roll is my religion and my law
Won't ever change,
May think it's strange
You can't kill rock'n'roll
It's here to stay

Lançada como single, atingiu a respeitável 41ª colocação na parada norte-americana.



BELIEVER

A quarta faixa do trabalho é “Believer”.

“Believer” é consideravelmente mais pesada que as canções anteriores do álbum. Isto é muito devido ao riff sensacional criado pela guitarra de Randy Rhoads: bastante pesado, muito lento e com andamento deveras arrastado. Ozzy opta por um vocal que se adéqua perfeitamente ao ambiente criado pelo excelente instrumental da música. Brilhante!

As letras estão em um tom de mistério e místico, com toques de ocultismo:

I'm a believer, I ain't no deceiver
Mountains move before my eyes
Destiny planned out I don't need no handout
Speculation of the wise



LITTLE DOLLS

“Little Dolls” é a quinta música de Diary Of A Madman.

Kerslake abre a canção com um pequeno solo de bateria, logo acompanhado por um bom riff de Rhoads. O ritmo segue as faixas iniciais do trabalho, um Hard/Heavy bem clássico, que aposta tanto no peso moderado quanto na boa melodia. Ozzy faz vocais competentes nesta música interessante.

A letra faz clara referência ao ocultismo e ao vodu:

Tourted and flaming, you'll give birth to hell
Living a nightmare
It is a pity, you'll pray for your death
But he's in no hurry



TONIGHT

A sexta música do disco é “Tonight”.

As suaves e belas linhas de guitarra tocadas por Randy Rhoads embalam o início de “Tonight”. No refrão, tanto o ritmo quanto o peso se intensificam, mas de maneira bem sutil, chegando ao ápice no solo. “Tonight” é, portanto, uma tocante balada do trabalho, construída sem ser piegas. Linda canção!

A letra é interessante, em um tom de conflito interno e de questionamentos sobre sua própria confiança:

Don't want your pity or your sympathy
It isn't gonna prove a thing to me
Good intentions pave the way to hell
Don't you worry when you hear me sing



S.A.T.O.

A sétima canção do álbum é “S.A.T.O.”

A faixa começa de maneira mais lenta e arrastada, com uma linha suave que logo se torna em um riff mais rápido e com certo peso por parte de Randy. Ozzy usa vocais um pouco mais agressivos para acompanhar a intensidade da música. O ritmo forte e acelerado se mantém pelo resto da canção.

A letra é interessante e pode ser interpretada como uma mensagem de mudança e perspectiva positiva para o futuro:

I can't conceal it like I know I did before
I got to tell you now the ship is ready
Waiting on the shore



DIARY OF A MADMAN

Homônima ao disco, “Diary Of A Madman” fecha o trabalho.

O início mais suave até engana, mas logo o peso e a intensidade aparecem. Mas o mais interessante na canção é esta alternância de ritmos e força. Mesmo os vocais de Ozzy acompanham a variação de andamentos, de maneira correta e competente. Em maior parte do tempo, as linhas tocantes dominam o trabalho, que se intensificam, como no solo. Linda construção musical!

A letra é realmente diferente e tenta, com muito sucesso, expressar a loucura de um ser:

Diary of a madman
Walk the line again today
Entries of confusion
Dear diary I'm here to stay



Considerações Finais

Diary Of A Madman foi um álbum com bom apelo comercial, sendo muito bem sucedido desde seu lançamento.

Em termos de parada de sucesso, é indiscutível: 16ª posição nos Estados Unidos, enquanto conquistou a 14ª colocação na sua correspondente britânica.

Aldridge, Rhoads, Ozzy, Sarzo


Tanto o público quanto a imprensa especializada receberam o trabalho positivamente, embora sem o mesmo apelo do álbum de estreia de Ozzy Osbourne. O maior destaque foi dado para o trabalho de guitarra do incrível Randy Rhoads.

Steve Huey, do Allmusic, afirma em sua análise que não é incomum ver fãs que preferem Diary a Blizzard Of Ozz (o primeiro trabalho de Ozzy), mesmo porque o segundo disco de Ozzy é mais místico, estranho e conta com um Randy Rhoads tocando em um nível ainda mais alto.

Já a BBC se refere ao álbum como um trabalho clássico, catapultado a um nível lendário pelo excelente Randy Rhoads.

Apenas JD Considine, da revista Rolling Stone foi menos entusiasmado, afirmando que as músicas são um pouco com mais de riff e um vocal aplicado encima. Também afirma que Rhoads era um “Eddie Van Halen júnior”, mas com menor inspiração.

Entretanto, pelo seu trabalho em Diary Of A Madman e em Blizzard Of Ozz, Randy Rhoads foi eleito pela mesma revista Rolling Stone o 85º melhor guitarrista de todos os tempos no ano de 2003.

Seguido ao lançamento, uma grande turnê foi marcada e a banda saiu excursionando. Entretanto, o final da tour seria inesquecível por motivos trágicos.

Em 19 de março de 1982, enquanto Rhoads estava na Flórida para dois shows seguidos da turnê e uma semana depois de tocar no Madison Square Garden, em Nova York, uma aeronave leve pilotada por Andrew Aycock (motorista do ônibus da turnê da banda) alçou voo transportando o guitarrista Randy Rhoads e Rachel Youngblood, designer do grupo.

A aeronave acabou caindo durante a execução de manobras mais baixas próximas ao ônibus de turnê da banda. Em uma brincadeira idiota que se tornou mortal, a asa esquerda da aeronave cortou o ônibus, roçou em uma árvore e caiu na garagem anexa de uma mansão vizinha, matando Rhoads, Aycock e Rachel Youngblood.

Na autópsia, cocaína foi encontrada na urina de Aycock. O resultado final, obviamente, foi considerado um acidente devido ao mau julgamento por parte do piloto.

Experimentando em primeira mão a morte horrível de seu amigo e companheiro de banda, Osbourne caiu em uma depressão profunda. A turnê foi cancelada por duas semanas. Aos poucos, Ozzy foi retomando sua carreira, mas sempre prestou homenagens sinceras ao seu companheiro Randy Rhoads.

Randy Rhoads:


Em uma biografia, Ozzy afirma que Diary Of A Madman é o seu álbum preferido.

Diary Of A Madman já suplantou a casa de 3,2 milhões de cópias vendidas pelo mundo.

Formação:
Ozzy Osbourne – Vocal
Randy Rhoads – Guitarras
Bob Daisley – Baixo
Lee Kerslake – Bateria, Percussão
Johnny Cook – Teclados

Faixas:
01. Over the Mountain (Osbourne/Rhoads/Daisley/Kerslake) - 4:31
02. Flying High Again (Osbourne/Rhoads/Daisley/Kerslake) - 4:44
03. You Can't Kill Rock and Roll (Osbourne/Rhoads/Daisley) - 6:59
04. Believer (Osbourne/Rhoads/Daisley) - 5:15
05. Little Dolls (Osbourne/Rhoads/Daisley/Kerslake) - 5:39
06. Tonight (Osbourne/Rhoads/Daisley/Kerslake) - 5:50
07. S.A.T.O. (Osbourne/Rhoads/Daisley/Kerslake) - 4:07
08. Diary of a Madman (Osbourne/Rhoads/Daisley/Kerslake) - 6:14

Letras:
Para o conteúdo das letras, indicamos o acesso a: http://letras.mus.br/ozzy-osbourne/

Opinião do Blog:
Embora vários fãs – e o próprio Ozzy Osbourne – tratem Diary Of A Madman como o álbum preferido deles na carreira solo do vocalista, o disco viveu, de certa forma, à sombra do primeiro trabalho do Madman, Blizzard Of Ozz.

Musical e cronologicamente, ‘Diary’ é a sequência natural de ‘Blizzard’. Embora apresente canções inspiradas como “Over The Mountain”, “Flying High Again”, “Believer” ou a própria faixa-título, o blogueiro pensa se tratar de composições mais pálidas se comparadas à estreia de Ozzy.

Não que se trate de um álbum ruim, bem longe disto, mas pesa o fato de ‘Blizzard’ ser um disco extraordinário.

Entretanto, o trabalho do guitarrista Randy Rhoads é fantástico. Os riffs, as linhas melódicas e os solos – especialmente os solos – estão soberbos e pesam no fato de Rhoads, mesmo com tão poucos registros em sua obra, ser considerado um dos astros das 6 cordas.

Diary Of A Madman é o último registro de estúdio do talentoso guitarrista. Rhoads é responsável direto pela ressurreição da carreira de Ozzy depois de sua controversa saída do Black Sabbath.

É impossível saber o que Randy Rhoads poderia ter feito se não tivesse falecido há mais de 30 anos. Mas Diary Of A Madman mostra o jovem guitarrista em uma performance incrível. Vale muito à pena curtir este belo trabalho de Ozzy com o saudoso Randy.

OZZY OSBOURNE - DIARY OF A MADMAN (1981)






Diary Of A Madman é o segundo álbum de estúdio do
vocalista inglês chamado Ozzy Osbourne. Seu lançamento oficial ocorreu no dia 7
de novembro de 1981, sob o selo Jet Records. As gravações aconteceram no Ridge
Farm Studios (no Reino Unido), entre fevereiro e março daquele ano. A produção
ficou a cargo de Max Norman, com auxílio do guitarrista Randy Rhoads e do
próprio Ozzy.













Bem no início do Blog, foi feito um post sobre a
estreia de Ozzy Osbourne em sua carreira-solo, e quem quiser conferir pode
acessar o link abaixo:









Após o lançamento de seu álbum de estreia, Blizzard
of Ozz, Ozzy saiu em turnê para promovê-lo com uma formação diferente daquela a
qual gravara o disco em estúdio.





A formação continha Ozzy nos vocais, o incrível
Randy Rhoads na guitarra, Rudy Sarzo no baixo e Tommy Aldridge na bateria.





A turnê foi muito bem sucedida e preparou o caminho
e confiança necessários para que o vocalista sentisse que era oportuno aproveitar o momento e fazer um novo registro de músicas inéditas.







O fantástico Randy Rhoads teria um papel
fundamental no novo álbum, auxiliando o Madman de maneira decisiva no processo
de escrita e composição de seu futuro trabalho, criando melodias e riffs
incríveis.





Para as gravações do novo trabalho, houve a volta
do baixista Bob Daisley e do baterista Lee Kerslake, os quais já haviam
contribuído com a gravação de Blizzard Of Ozz.





Mais que isto, Bob Daisley teve papel fundamental
na composição dos primeiros álbuns de Ozzy Osbourne. Anos depois, muita
controvérsia judicial surgiu entre Daisley e o vocalista, incluindo o
relançamento dos álbuns com as partes tocadas por Daisley e Kerslake sendo
regravadas por outros músicos.





Ozzy:










Bob Daisley afirma que muitas melodias e letras de
canções que são atribuídas a Osbourne são integralmente ou com muitas
contribuições suas na realidade. E que muitos dos direitos econômicos delas não
foram pagos a ele. Em 2010, houve um acordo judicial e toda a celeuma foi
dirimida.





Fato é que Daisley é creditado como compositor em
todas as faixas deste trabalho.





Também o tecladista Don Airey foi creditado como
presente no álbum como tecladista, mas na verdade, Airey nem esteve em estúdio
com o grupo, pois estava em turnê com o Rainbow. Na verdade, as partes de
teclado no disco foram tocadas por um músico chamado Johnny Cook, amigo de Bob
Daisley, com o qual havia tocado na banda Mungo.





Johnny Cook não foi creditado no trabalho.





A arte da capa tem uma foto bem excêntrica com Ozzy
Osbourne.





OVER THE MOUNTAIN





Um dos clássicos da discografia de Ozzy abre o
álbum, “Over The Mountain”.





A bateria nervosa de Kerslake abre o álbum seguida
pelo riff muito inspirado por parte do grande Randy Rhoads. Ozzy faz um vocal
bem típico de sua carreira, especialmente quando partiu solo. O refrão é muito
bom e as linhas de guitarras, pesadas e melodiosas, são incríveis. Os solos
mostram o quão incrível Rhoads era.





As letras são em um tom de desespero e angústia, em
mistura de fuga e raiva:





Over and over, always tried to get
away


Living in a daydream, only place I
had to stay


Fever of a breakout burning in me
miles wide


People around me talking to the
walls inside





Lançada como single, acabou alcançando uma boa
posição na parada norte-americana deste tipo de gravação: 38ª colocação.













A canção acabou fazendo parte do set list de Ozzy
por algum tempo, mas depois sua presença foi rareando em shows. Bandas como
Fozzy e Stryper fizeram versões para a música.













FLYING HIGH AGAIN





Continuando o disco em alto nível, outro sucesso:
“Flying High Again”.





A guitarra de Rhoads soa incrível nesta canção.
Está pesada, em um riff que se inicia mais arrastado e depois acelera um pouco,
mas o ritmo se mantém mais lento, sempre repleto de melodia, em uma construção
genial. Os vocais de Ozzy estão em perfeita consonância com o instrumental da
faixa. O solo é fabuloso. Ponto alto do álbum!





Segundo Ozzy, as letras se referem ao seu momento
pessoal (na época), em que ele sentia novamente o sabor do sucesso após ser
demitido do Black Sabbath:





I can see through the mountains


Watch me disappear


I can even touch the sky


Swallowing colours of the sound I
hear


Am I just a crazy guy


You bet





“Flying High Again” esteve presente em boa parte
dos shows de Ozzy em sua carreira solo, tornando-se um clássico do Madman.













Lançada como single, atingiu a 16ª posição na
parada britânica desta natureza e a excepcional 2ª posição em sua
correspondente norte-americana.













YOU CAN’T KILL ROCK AND ROLL





A terceira faixa do álbum é “You Can’t Kill Rock
And Roll”.





Linhas suaves e melodiosas dão o tom no início da
terceira canção do disco. Depois, o ritmo acelera com mais intensidade e certo
peso, mas alternando com as linhas mais lentas e melosas do começo da música em
uma construção bem bonita. Os vocais de Ozzy se alternam de acordo com o ritmo
da faixa, contribuindo para o seu sucesso.





As letras são simples e representam uma rebeldia
embalada por um espírito de liberdade, representado pela música Rock:





Leave me alone


Don't want your promises no more


'Cause rock'n'roll is my religion
and my law


Won't ever change,


May think it's strange


You can't kill rock'n'roll


It's here to stay





Lançada como single, atingiu a respeitável 41ª
colocação na parada norte-americana.













BELIEVER





A quarta faixa do trabalho é “Believer”.





“Believer” é consideravelmente mais pesada que as
canções anteriores do álbum. Isto é muito devido ao riff sensacional criado
pela guitarra de Randy Rhoads: bastante pesado, muito lento e com andamento deveras arrastado. Ozzy opta por um vocal que se adéqua perfeitamente ao
ambiente criado pelo excelente instrumental da música. Brilhante!





As letras estão em um tom de mistério e místico,
com toques de ocultismo:





I'm a believer, I ain't no deceiver


Mountains move before my eyes


Destiny planned out I don't need no
handout


Speculation of the wise













LITTLE DOLLS





“Little Dolls” é a quinta música de Diary Of A
Madman.





Kerslake abre a canção com um pequeno solo de
bateria, logo acompanhado por um bom riff de Rhoads. O ritmo segue as faixas
iniciais do trabalho, um Hard/Heavy bem clássico, que aposta tanto no peso
moderado quanto na boa melodia. Ozzy faz vocais competentes nesta música
interessante.





A letra faz clara referência ao ocultismo e ao
vodu:





Tourted and flaming, you'll give
birth to hell


Living a nightmare


It is a pity, you'll pray for your
death


But he's in no hurry













TONIGHT





A sexta música do disco é “Tonight”.





As suaves e belas linhas de guitarra tocadas por
Randy Rhoads embalam o início de “Tonight”. No refrão, tanto o ritmo quanto o
peso se intensificam, mas de maneira bem sutil, chegando ao ápice no solo.
“Tonight” é, portanto, uma tocante balada do trabalho, construída sem ser
piegas. Linda canção!





A letra é interessante, em um tom de conflito
interno e de questionamentos sobre sua própria confiança:





Don't want your pity or your
sympathy


It isn't gonna prove a thing to me


Good intentions pave the way to hell


Don't you worry when you hear me
sing













S.A.T.O.





A sétima canção do álbum é “S.A.T.O.”





A faixa começa de maneira mais lenta e arrastada,
com uma linha suave que logo se torna em um riff mais rápido e com certo peso
por parte de Randy. Ozzy usa vocais um pouco mais agressivos para acompanhar a
intensidade da música. O ritmo forte e acelerado se mantém pelo resto da
canção.





A letra é interessante e pode ser interpretada como
uma mensagem de mudança e perspectiva positiva para o futuro:





I can't conceal it like I know I did
before


I got to tell you now the ship is
ready


Waiting on the shore













DIARY OF A MADMAN





Homônima ao disco, “Diary Of A Madman” fecha o
trabalho.





O início mais suave até engana, mas logo o peso e a
intensidade aparecem. Mas o mais interessante na canção é esta alternância de
ritmos e força. Mesmo os vocais de Ozzy acompanham a variação de andamentos, de
maneira correta e competente. Em maior parte do tempo, as linhas tocantes
dominam o trabalho, que se intensificam, como no solo. Linda construção
musical!





A letra é realmente diferente e tenta, com muito
sucesso, expressar a loucura de um ser:





Diary of a madman


Walk the line again today


Entries of
confusion


Dear diary I'm here to stay













Considerações Finais





Diary Of A Madman foi um álbum com bom apelo comercial,
sendo muito bem sucedido desde seu lançamento.





Em termos de parada de sucesso, é indiscutível: 16ª
posição nos Estados Unidos, enquanto conquistou a 14ª colocação na sua
correspondente britânica.





Aldridge, Rhoads, Ozzy, Sarzo










Tanto o público quanto a imprensa especializada
receberam o trabalho positivamente, embora sem o mesmo apelo do álbum de
estreia de Ozzy Osbourne. O maior destaque foi dado para o trabalho de guitarra
do incrível Randy Rhoads.





Steve Huey, do Allmusic, afirma em sua análise que
não é incomum ver fãs que preferem Diary a Blizzard Of Ozz (o primeiro trabalho
de Ozzy), mesmo porque o segundo disco de Ozzy é mais místico, estranho e conta
com um Randy Rhoads tocando em um nível ainda mais alto.





Já a BBC se refere ao álbum como um trabalho
clássico, catapultado a um nível lendário pelo excelente Randy Rhoads.





Apenas JD Considine, da revista Rolling Stone foi
menos entusiasmado, afirmando que as músicas são um pouco com mais de riff e um
vocal aplicado encima. Também afirma que Rhoads era um “Eddie Van Halen júnior”,
mas com menor inspiração.





Entretanto, pelo seu trabalho em Diary Of A Madman
e em Blizzard Of Ozz, Randy Rhoads foi eleito pela mesma revista Rolling Stone
o 85º melhor guitarrista de todos os tempos no ano de 2003.





Seguido ao lançamento, uma grande turnê foi marcada
e a banda saiu excursionando. Entretanto, o final da tour seria inesquecível
por motivos trágicos.





Em 19 de março de 1982, enquanto Rhoads estava na
Flórida para dois shows seguidos da turnê e uma semana depois de tocar no
Madison Square Garden, em Nova York, uma aeronave leve pilotada por Andrew
Aycock (motorista do ônibus da turnê da banda) alçou voo transportando o guitarrista
Randy Rhoads e Rachel Youngblood, designer do grupo.





A aeronave acabou caindo durante a execução de manobras
mais baixas próximas ao ônibus de turnê da banda. Em uma brincadeira idiota que
se tornou mortal, a asa esquerda da aeronave cortou o ônibus, roçou em uma
árvore e caiu na garagem anexa de uma mansão vizinha, matando Rhoads, Aycock e Rachel
Youngblood.





Na autópsia, cocaína foi encontrada na urina de
Aycock. O resultado final, obviamente, foi considerado um acidente devido ao
mau julgamento por parte do piloto.





Experimentando em primeira mão a morte horrível de
seu amigo e companheiro de banda, Osbourne caiu em uma depressão profunda. A
turnê foi cancelada por duas semanas. Aos poucos, Ozzy foi retomando sua
carreira, mas sempre prestou homenagens sinceras ao seu companheiro Randy
Rhoads.





Randy Rhoads:










Em uma biografia, Ozzy afirma que Diary Of A Madman
é o seu álbum preferido.





Diary Of A Madman já suplantou a casa de 3,2
milhões de cópias vendidas pelo mundo.





Formação:


Ozzy
Osbourne – Vocal


Randy
Rhoads – Guitarras


Bob Daisley – Baixo


Lee Kerslake – Bateria, Percussão


Johnny Cook – Teclados





Faixas:


01.
Over the Mountain (Osbourne/Rhoads/Daisley/Kerslake) - 4:31


02.
Flying High Again (Osbourne/Rhoads/Daisley/Kerslake) - 4:44


03.
You Can't Kill Rock and Roll (Osbourne/Rhoads/Daisley) - 6:59


04.
Believer (Osbourne/Rhoads/Daisley) - 5:15


05.
Little Dolls (Osbourne/Rhoads/Daisley/Kerslake) - 5:39


06.
Tonight (Osbourne/Rhoads/Daisley/Kerslake) - 5:50


07.
S.A.T.O. (Osbourne/Rhoads/Daisley/Kerslake) - 4:07


08.
Diary of a Madman (Osbourne/Rhoads/Daisley/Kerslake) - 6:14





Letras:


Para o conteúdo das letras, indicamos o acesso a: http://letras.mus.br/ozzy-osbourne/





Opinião do
Blog:


Embora vários fãs – e o próprio Ozzy Osbourne –
tratem Diary Of A Madman como o álbum preferido deles na carreira solo do
vocalista, o disco viveu, de certa forma, à sombra do primeiro trabalho do Madman,
Blizzard Of Ozz.





Musical e cronologicamente, ‘Diary’ é a sequência
natural de ‘Blizzard’. Embora apresente canções inspiradas como “Over The
Mountain”, “Flying High Again”, “Believer” ou a própria faixa-título, o
blogueiro pensa se tratar de composições mais pálidas se comparadas à estreia
de Ozzy.





Não que se trate de um álbum ruim, bem longe disto,
mas pesa o fato de ‘Blizzard’ ser um disco extraordinário.





Entretanto, o trabalho do guitarrista Randy Rhoads
é fantástico. Os riffs, as linhas melódicas e os solos – especialmente os solos
– estão soberbos e pesam no fato de Rhoads, mesmo com tão poucos registros em
sua obra, ser considerado um dos astros das 6 cordas.





Diary Of A Madman é o último registro de estúdio do
talentoso guitarrista. Rhoads é responsável direto pela ressurreição da
carreira de Ozzy depois de sua controversa saída do Black Sabbath.





É impossível saber o que Randy Rhoads poderia ter
feito se não tivesse falecido há mais de 30 anos. Mas Diary Of A Madman mostra
o jovem guitarrista em uma performance incrível. Vale muito à pena curtir este
belo trabalho de Ozzy com o saudoso Randy.



IRON MAIDEN - PIECE OF MIND (1983)



Homenagem aos 30 anos do lançamento deste álbum

Piece Of Mind é o quarto álbum de estúdio da banda inglesa chamada Iron Maiden. Seu lançamento oficial ocorreu no dia 16 de maio de 1983, sob o selo EMI. A produção ficou por conta do lendário Martin Birch, com as gravações acontecendo no Compass Point Studios, em Nassau, nas Bahamas, entre janeiro e março daquele ano.

IRON MAIDEN - PIECE OF MIND (1983)








Homenagem
aos 30 anos do lançamento deste álbum





Piece Of Mind é o quarto álbum de estúdio da banda
inglesa chamada Iron Maiden. Seu lançamento oficial ocorreu no dia 16 de maio
de 1983, sob o selo EMI. A produção ficou por conta do lendário Martin Birch,
com as gravações acontecendo no Compass Point Studios, em Nassau, nas Bahamas,
entre janeiro e março daquele ano.














Neste post, vamos tratar dos acontecimentos
imediatos que antecederam o lançamento deste clássico do Iron Maiden. O Blog já
tratou do álbum anterior, o incrível The Number Of The Beast, e, caso o leitor
se interesse, pode acessá-lo:









Após a extensa e exaustiva turnê que promoveu o
álbum anterior, a Beast On The Road Tour, a banda já estava pensando no álbum
que seria o sucessor do já clássico trabalho.





Não seria fácil para ninguém ter que preparar um disco
que, pelo menos, aproximasse-se da qualidade indiscutível do primeiro trabalho
do Iron Maiden com Bruce Dickinson. Mas, mesmo diante de tal desafio, conforme
será visto, o grupo obteve êxito.





Bruce Dickinson










Logo em dezembro, o grupo sofreria uma baixa. O
baterista Clive Burr, que fez um excelente trabalho em The Number Of The Beast,
deixa o conjunto devido a problemas particulares e também devido às extensas
turnês e o pouco tempo permitido para se estar com os familiares.





O substituto escolhido foi um inglês que, a partir
daquele momento, teria sua imagem firmemente associada ao grupo. Seu nome era
Nicko McBrain, o qual tocava em uma banda baseada em Paris de nome Trust.





Pouco depois, a banda viaja ainda nas ilhas
britânicas, indo para a localidade de Jersey com o propósito de comporem as
novas canções para o álbum vindouro.





Em Jersey, o grupo alugou o hotel Le Chalet, que
estava fora de temporada, usando o restaurante do mesmo para fazer seus
ensaios. Em fevereiro o grupo viaja para Nassau, nas Bahamas, para gravarem o
disco no Compass Point Studios.





As gravações durariam até março e depois a mixagem
final aconteceria no Eletric Lady Studios, em Nova York, nos Estados Unidos.





O primeiro nome pensado para o trabalho era Food
For Thought, pois o Maiden havia decidido que sua mascote Eddie apareceria
lobotomizada na capa do álbum. Entretanto, o nome Piece Of Mind acabou surgindo
em um dos dias em que eles estavam em Jersey, compondo o trabalho, em um
momento de relaxamento em um pub.





Piece of Mind foi o primeiro álbum do Iron Maiden a
ter seu nome escolhido sem que existisse uma canção homônima dentro do mesmo.
Embora na faixa “Still Life” haja a expressão ‘peace of mind’.





Nicko McBrain










Incluído no encarte, há um trecho inspirado no
livro bíblico do Apocalipse, que se segue:





“And
God shall wipe away all tears from their eyes; and there shall be no more
Death. Neither sorrow, nor crying. Neither shall there be any more brain; for
the former things are passed away.”





O texto real (Capítulo 21, versículo 4), contém os
dizeres "neither shall there be any more pain", ao contrário do
encarte que usa a palavra “brain”, em brincadeira com o Eddie lobotomizado ou
com o sobrenome do novo baterista (McBrain).





Também, em um canto inferior do lado de trás da
capa do álbum, há a seguinte mensagem: "Não há sintetizadores ou segundas
intenções".





A capa, clássica, conta com uma arte na qual Eddie
se apresenta lobotomizado, em uma camisa de força e acorrentado. Obra do genial
Derek Riggs.





WHERE EAGLES DARE





Abre o trabalho a magnífica “Where Eagles Dare”.





Nicko McBrain mostra a que veio nos primeiros
segundos do álbum com uma breve intro na bateria, no que é logo acompanhado
pela dupla incrível de guitarristas: Dave Murray e Adrian Smith. Bruce
Dickinson faz vocais incríveis na canção, que passa boa parte de sua duração em
um contexto instrumental. O trabalho do baixo de Steve Harris é notável. Ótimos
solos. Há toda uma sonorização com barulhos de guerra na parte mais
instrumental da música.





A inspiração para “Where Eagles Dare” vem de um filme
homônimo à canção, de 1968, estrelado por Richard Burton e Clint Eastwood, com
direção de Brian G. Hutton:





Bavarian Alps that lay all around


They seem to stare from below


The enemy lines a long time passed


Are lying deep in the snow













REVELATIONS





A segunda música de Piece Of Mind é a incrível
“Revelations”.





O que mais impressiona na belíssima “Revelations” é
a sua notável alternância de ritmos e intensidade. Ela contém partes bem suaves
e melódicas e outras mais intensas e fortes, calcada nas guitarras típicas do
Iron Maiden. O que também se destaca é como o vocalista Bruce Dickinson
consegue adequar seus vocais a todos os momentos, cantando de maneira
magnífica. Belíssima faixa.





Segundo Bruce Dickinson, boa parte da inspiração
para a bela canção veio de leituras em textos de Aleister Crowley:





Just a babe in a black abyss,


No reason for a place like this


The walls are cold and souls cry out
in pain


An easy way for the blind to go,


A clever path for the fools who know


The Secret of the Hangman ­ the
smile on his lips


The light of the Blind ­ you'll see,


The venom that tears my spine,


The Eyes of the Nile are opening ­
you'll see













FLIGHT OF ICARUS





A clássica “Flight Of Icarus” é a terceira canção
do trabalho.





Um riff mais lento e cadenciado é a base da curta
terceira faixa do álbum. O ritmo segue assim por praticamente toda sua
extensão, acelerando mais no final. Dickinson abusa do poder de sua incrível
voz, dando um tom bem intenso à música, com o uso de vozes dobradas no refrão.
O solo é muito bom. Ótimo trabalho!





A canção tem notória inspiração no mito grego de
Ícaro e suas asas de cera:





Fly, on your way, like an eagle,


Fly as high as the sun,


On your way, like an eagle,


Fly touch the
sun





Lançada como single, “Flight Of Icarus” se deu
muito bem nas paradas de sucesso desta natureza. Atingiu a 11ª posição na
parada britânica e a ótima 8ª posição na parada norte-americana de singles.





A capa do single, genial criação de Derek Riggs,
demonstra um Eddie alado que acabara de colocar fogo nas asas de Ícaro.













Há certa controvérsia no lançamento do single nos
Estados Unidos. Steve Harris disse que a banda deveria ter esperado para que
lançassem uma versão ao vivo da canção como single nas terras ianques, pois ela
era bem mais intensa e pesada nos palcos. Já Dickinson afirma que a versão de
estúdio foi propositalmente composta e gravada desta maneira, justamente para
receber a atenção que a mídia americana da época deu ao trabalho.





Foi feito um videoclipe para promover a canção.













DIE WITH YOUR BOOTS ON





A
quarta música do disco é “Die With Your Boots On”.





O tradicional Heavy Metal da banda volta com tudo
na quarta canção do trabalho. Ela é intensa, forte e com mais velocidade. Os
vocais de Dickinson estão mais uma vez perfeitos para o ritmo da faixa. Os solos
são bem legais.





As letras brincam com o fato de haver previsões
futurísticas sobre o apocalipse:





No point asking when it is,


No point asking who's to go,


No point asking what's the game,


No point asking who's to blame


'cos if you're gonna die, if you're
gonna die,


'cos if you're gonna die, if you're
gonna die













THE TROOPER





A quinta canção de Piece Of Mind é um dos maiores
clássicos do Heavy Metal: “The Trooper”.





As guitarras gêmeas dão o tom de um dos maiores
clássicos do Heavy Metal em todos os tempos. Elas surgem baseadas por um baixo
galopante sensacional, tocado magistralmente por Steve Harris. A atuação de
Dickinson é soberba, dando o tom exato para que a música contagie qualquer
ouvinte. Os solos são excepcionais.





A letra é baseada na chamada ‘Charge of the Light
Brigade’, parte da Batalha de Balaclava, em 1854, que ocorreu durante a Guerra
da Crimeia, em que tropas russas e britânicas se enfrentaram. Também, o poema
de Lord Tennyson (de mesmo nome) inspirou Steve Harris, seu autor:





The horse he sweats with fear we
break to run


The mighty roar of the Russian guns


And as we race towards the human
wall


The screams of pain as my comrades
fall





Um dos maiores clássicos do Iron Maiden e presença
garantida nos shows do grupo, “The Trooper” é um sucesso indiscutível. Nos
shows, é comum o vocalista Bruce Dickinson ostentar a bandeira britânica
durante a execução da música, incluindo, mais recentemente, o cantor trajar a
indumentária da cavalaria britânica da época.





Lançada como single, foi extremamente bem-sucedida
em ambos os lados do Atlântico. Atingiu a 28ª posição na parada norte-americana
e a 12ª colocação na correspondente britânica.





A capa do single, feita pelo artista Derek Riggs, é
das mais comuns a estampar camisetas dos fãs dos britânicos. Clássica.













Há um videoclipe que promove a canção sendo que o
mesmo se utiliza de imagens de um filme que tem como base a supracitada guerra
da Crimeia.





Está presente nos games Guitar Hero 2, Carmaggedon
2 e Rock Band. Versões covers
incluem bandas como Setenced e Iced Earth.













STILL LIFE





A sexta faixa do trabalho é “Still Life”.





O início de “Still Life” é bem mais suave, com uma
linda melodia lenta e tocante, com um Dickinson cantando de maneira bastante
macia. Logo esta breve introdução termina, o riff típico do Heavy Metal
oitentista entra em cena, forte, grudento e marcante com o vocalista
acompanhando o ritmo intenso no mesmo tom. Faixa incrível!





As letras levam em conta a transitoriedade da vida:





All my life's blood is slowly
draining away


And I feel that I'm weaker every day


Somehow I know I haven't long to go


Joining them at the bottom of the
pool





Em “Still Life”, há uma brincadeira do grupo que se
refere às acusações que a banda sofria sobre o fato de serem satanistas. No
início da canção há uma mensagem que só é entendível quando de tocava o vinil
de trás para frente. Na
mensagem, Nicko McBrain, imitando Idi Amin (Presidente de Uganda), diz:
"What ho said the t'ing with the three 'bonce', do not meddle with things
you don't understand..."













QUEST FOR FIRE





“Quest For Fire” é a sétima música do disco.





Uma bateria marcante em conjunto com guitarras bem
fortes dão o tom introdutório da faixa. Logo após, o clima proposto pelo grupo
é bem pesado, intenso, mas, entretanto, eles optam por certa cadencia. A
velocidade mais lenta não impede o clima forte da canção, muito devido à
atuação de Bruce Dickinson, em um tom bem alto e firme. Sensacional.





As letras são baseadas no filme homônimo à canção,
de Jean-Jacques Annaud, de 1981:





In a time when dinosaurs walked the
earth


When the land was swamp and caves
were home


In an age when prize possession was
fire


To search for landscapes men would
roam













SUN AND STEEL





A oitava canção do álbum é “Sun And Steel”.





A menor faixa do trabalho possui, também, um riff
bastante eficiente. O estilo galopante do Maiden se perpetua por toda duração
da música, que é bastante empolgante. O refrão é ótimo e contagia ao ouvinte,
em um trabalho que é mais simples, mas, mesmo assim, brilhante.





As letras são bem simples e demonstram algum jovem
que leva a vida como assassino:





Sunlight, falling on your steel


Death in life is your ideal


Life is like a wheel


Sunlight, falling on your steel


Death in life is your ideal


Life is like a wheel













TO TAME A LAND





A nona – e última – faixa de Piece of Mind é “To
Tame A Land”.





“To Tame A Land” é a maior música do disco e tem um
clima mais épico, com seus mais de 7 minutos. O que predomina nesta belíssima
composição é justamente a alternância de velocidade, peso e intensidade dentro
da mesma construção. Os riffs são todos excelentes e as melodias incríveis, em
uma das mais brilhantes faixas da discografia do Iron Maiden.





As letras são baseadas no romance Dune, de Frank
Herbert:





The time will come for him to lay
claim his crown


And then the foe, yes they'll be cut
down


You'll see, he'll be the best that
there's been


Messiah supreme, true leader of men


And when the time for judgement's at
hand


Don't fret he's strong and he'll
make a stand


'Gainst evil the fire that spreads
through the land


He has the power to make it all end





Com o desejo de batizar a canção de Dune, a banda
procurou o autor da obra pela permissão, no que obteve a seguinte resposta:
"Frank Herbert não gosta de bandas de rock, particularmente bandas de rock
pesado, ​​e, principalmente, bandas como Iron Maiden."













Considerações
Finais





Apesar de, comercialmente falando, Piece Of Mind
não ter repetido o sucesso de seu antecessor, esteve muito longe de ser um
fracasso.





Em termos de paradas de sucesso, alcançou a 3ª
posição na parada britânica e a notável 14ª posição na correspondente
norte-americana. Ainda obteve a 8ª colocação na Alemanha e Nova Zelândia,
contando com a 9ª em países como Holanda e Noruega.





Steve Harris










A crítica especializada também recebeu o disco muito
bem. Em 1983, a revista Kerrang! publicou uma pesquisa com os melhores álbuns
de Heavy Metal de todos os tempos e Piece Of Mind estava na 1ª posição. Também
o site Sputnikmusic o coloca em posição de destaque, embora afirme que outros
álbuns da donzela o supere.





O Allmusic o coloca como essencial para qualquer fã
do estilo Heavy Metal (mesmo os menos interessados), mas afirma que o lado B é
um tanto quanto inferior ao lado A do trabalho. Já o site IGN o coloca na 21ª
colocação de sua lista dos 25 melhores álbuns de Heavy Metal de todos os tempos
feita em 2007.





Antes mesmo do lançamento do disco, em 2 de maio de
1983, teve início a World Piece Tour, para a promoção do trabalho. Passando por
Europa, Estados Unidos e Canadá, terminou em 18 de dezembro daquele mesmo ano,
contando com um total de 139 apresentações.













Estima-se que mais de 1,7 milhões de cópias do
álbum tenham sido vendidas somente no Reino Unido e Estados Unidos.





Formação:


Bruce
Dickinson – Vocal


Dave
Murray – Guitarra


Adrian
Smith – Guitarra, Backing Vocals


Steve
Harris – Baixo, Backing Vocals


Nicko
McBrain – Bateria





Faixas:


01.
Where Eagles Dare (Harris) - 6:10


02.
Revelations (Dickinson) - 6:50


03.
Flight of Icarus (Dickinson/Smith) - 3:51


04.
Die with Your Boots On (Dickinson/Harris/Smith) - 5:28


05.
The Trooper (Harris) - 4:15


06.
Still Life (Harris/Murray) - 4:53


07.
Quest for Fire (Harris) - 3:41


08.
Sun and Steel (Dickinson/Smith) - 3:26


09.
To Tame a Land (Harris) - 7:27





Letras:


Para todo o conteúdo das letras, indicamos o acesso
a: http://letras.mus.br/iron-maiden/





Opinião do
Blog:


Se comercialmente Piece Of Mind não pode ser
comparado ao anterior, The Number Of The Beast; musicalmente, o resultado final
é completamente oposto.





Piece Of Mind mantém o nível estratosférico
estabelecido pelos gigantes do Heavy Metal mundial em suas primeiras obras. O
álbum traduz todos os elementos que transformaram o Iron Maiden em uma das
maiores – se não a maior – banda da música pesada em todos os tempos.





Guitarras gêmeas permeiam todo o trabalho,
construindo solos e riffs da melhor qualidade da história do Metal. O baixo
destruidor de Steve Harris se apresenta magnífico em todo o disco. O novo
baterista, Nicko McBrain, é bastante competente e Bruce Dickinson se confirma
como um dos melhores vocalistas de todos os tempos.





A categoria das composições de Piece Of Mind não
deixa a dever em comparação com nenhum dos outros trabalhos da donzela. Temos
um clássico imortal do grupo, uma de suas canções mais conhecidas e aclamadas, “The
Trooper”.





Canções diretas e extremamente bem compostas também
estão aqui, no melhor estilo Maiden: temos pérolas (no melhor sentido) como “Flight
Of Icarus”, “Sun And Stell” e a excelente “Still Life”.





Outras músicas revelam composições mais intricadas
e igualmente brilhantes, como “Revelations”, a fantástica “Where Eagles Dare” e
a épica e notória “To Tame A Land”.





Enfim, não é preciso tecer mais elogios a este
magnífico trabalho do Iron Maiden. Piece Of Mind é um álbum obrigatório na
coleção de qualquer fã de Heavy Metal.





O Iron Maiden produziu, em série, álbuns incríveis
durante os anos oitenta. E Piece Of Mind, para muitos, é o seu ponto mais alto.
Nada mais a se declarar.