NAZARETH - RAZAMANAZ (1973)


Razamanaz é o terceiro álbum de estúdio da banda escocesa chamada Nazareth. Seu lançamento oficial ocorreu no mês de maio de 1973 através do selo Mooncrest (no Reino Unido) e do A&M (nos Estados Unidos). As gravações aconteceram nos estúdios The Ganghut, em Jamestown, na Escócia com o auxílio do estúdio móvel da Pye Records, entre dezembro de 1972 e março de 1973. As mixagens foram realizadas no AIR Studios, em Londres, com a produção do disco sob responsabilidade do baixista do Deep Purple, Roger Glover.


Uma das mais produtivas e batalhadoras bandas do Hard Rock, o Nazareth é um nome importante do estilo (e um dos mais subestimados também). Na década de 70, o grupo lançou vários álbuns de ótima qualidade. O Blog vai contar resumidamente a história do grupo para depois abordar o álbum propriamente dito.

Os primórdios do Nazareth datam de 1961, oriundos de uma banda chamada The Shadettes, formada pelo baixista Pete Agnew, na cidade escocesa de Dunfermline.

Alguns anos depois entraram para a banda o baterista Darrell Sweet e o vocalista Dan McCafferty, este último, colega de escola desde a infância do baixista Pete Agnew.

Fazendo seus covers e shows nos bares noturnos da região de Dunfermline, o The Shadettes ia criando fama na sua área de atuação. Mas tudo começaria a mudar em 1968.

Pete Agnew

Foi naquele ano que o guitarrista espanhol de nome Manny Charlton entrou para a banda. Um pouco mais velho e experiente, Manny incentivou os demais componentes do grupo a começarem a compor músicas próprias.

Assim, a banda decidiu que era o momento de tentar mudar de patamar. A primeira transformação foi o nome da banda, que passou a ser Nazareth.

Com Dan McCafferty nos vocais, Pete Agnew no baixo, Manny Charlton na guitarra e Darrell Sweet na bateria, o Nazareth deixa a Escócia e parte para Londres, na Inglaterra, já em 1970. Em uma metrópole, as chances e oportunidades para o grupo crescer seriam bem maiores.

Já em 1971 e pelo selo Pegasus, a banda lançou seu primeiro álbum, chamado apenas de Nazareth. O disco continha 9 canções, sendo 8 autorais e 1 cover, “Morning Dew”, do Bonnie Dobson.

Embora um trabalho interessante e, nos dias atuais, seja considerado um clássico pelos fãs da banda, o primeiro álbum do Nazareth não fez qualquer sucesso e praticamente não obteve nenhuma repercussão, especialmente em matéria de vendagem.

Em julho de 1972 saiu o segundo álbum de estúdio do grupo, Exercises. Desta vez a banda conseguiu mais atenção da mídia, mesmo que pequena.

Exercises continha 10 canções, todas autorais, bem como uma linguagem mais suave, com muitos arranjos acústicos e uma mais densa influência Folk. Trata-se de um trabalho que foge ao som clássico que o Nazareth desenvolveu durante sua carreira.

Pouco tempo depois, a banda mudou para a gravadora Mooncrest (a qual relançaria os dois primeiros álbuns do grupo). E começaria a trabalhar em seu terceiro álbum de estúdio, Razamanaz.

O Nazareth excursionou juntamente com o Deep Purple, já um dos gigantes do Rock naquela época. Foi uma excelente oportunidade para o grupo ficar mais conhecido entre os fãs do estilo.

Dan McCafferty

Além disto, foi nesta ocasião que a banda conheceu Roger Glover, o baixista do Deep Purple, que aceitou o convite para ser o produtor do novo álbum do grupo.

O disco foi gravado em um estúdio chamado The Ganghut, na cidade de Jamestown, na Escócia, com o auxílio do estúdio móvel da Pye Records. A mixagem ocorreu no AIR Studios, em Londres. Todo processo ocorreu entre dezembro de 1972 e março de 1973.

A capa é bastante simples, com um relâmpago estilizado. Vamos às canções:

RAZAMANAZ

A faixa de abertura do álbum é uma pedrada. Um riff bem pesado, impactante e com força suficiente para os fãs vibrarem. O ritmo é mais cadenciado, mas é uma excelente amostra do que era o Hard Rock setentista em sua fase mais inicial. Excepcional abertura do trabalho!

A letra mostra como seria uma apresentação do grupo:

All of the world loves a raver
We're playin' for ravers who savor the flavor
You all appear calm and collected
Razamanazin' you never expected



ALCATRAZ

Peso e melodia se misturam nesta versão de “Alcatraz”, de Leon Russell. O riff principal é contagiante e a música empolga, mas o maior destaque vai para a maciça presença do baixo de Pete Agnew. Bom momento do trabalho.

A letra fala sobre alguém voltando ao presídio de Alcatraz:

Local chief's on the radio
He's got some hungry mouths to feed
Goin' back to Alcatraz
Here comes Uncle Sam again with the same old bag of beans



VIGILANTE MAN

“Vigilante Man” é outra versão do Nazareth para uma canção de terceiros, desta feita, uma composição de Woody Guthrie. Na maior parte da faixa, o ritmo é arrastado, com o baixo dando certo peso, mas com o andamento bem lento. Destaque total para os vocais de Dan McCafferty.

A letra é simples e espelha a vida comum:

I've been hearin' his name all over this land
Lonely nights down in the engine house
Sleepin' just as still as a mouse
Man comes home, chase the crowds in the rain
That's a vigilante man



WOKE UP THIS MORNING

A guitarra de Manny Charlton começa bastante saliente no início da canção, posteriormente se desenvolvendo em um riff bastante criativo e contagiante. O andamento é mais lento, com o baixo de Agnew bem presente, além dos bons solos de Charlton. Ótima faixa!

A letra é uma brincadeira com a fugacidade da vida:

Woke up this morning
My dog was dead
Someone disliked him
And shot him through the head
I woke up this morning
And my cat had died
I’m gonna miss her
Sat down and cried

“Woke Up This Morning” é uma regravação da canção que estava presente no primeiro álbum da banda.



NIGHT WOMAN

A bateria de Darrell Sweet e o baixo de Pete Agnew dão o ritmo inicial de “Night Woman”. O andamento da música é lento com a presença da guitarra distorcida de Manny Charlton. Embora a percussão seja bastante proeminente e haja momentos interessantes, não é dos momentos mais sublimes do disco.

A letra fala sobre uma mulher ideal imaginária:

Comes, stays, then disappears
In the morning sun my vision clears
I could smell the roses in her hair
But when I awoke she was not there



BAD BAD BOY

Muita melodia e intensidade, com o peso na medida certa, constroem um dos mais criativos riffs do Hard Rock Setentista. O riff transpira sensualidade e baixo e bateria fazem um acompanhamento preciso e contando com a interpretação fantástica de Dan McCafferty. Um grande clássico do Rock!

A letra fala de um jovem malicioso:

Then I'm gonna rip you off
There seems to be no end
Of women who are lookin' for a man
My services don't come cheap
But I help out when I can


Um grande clássico, “Bad Bad Boy” foi lançada como single para promover o álbum. Ela alcançou a ótima 10ª posição da parada britânica de singles, permanecendo na mesma por 9 semanas consecutivas.



SOLD MY SOUL

Bastante peso e um ritmo mais cadenciado marcam o início de “Sould My Soul”. O clima é mais tenso e melancólico que o do restante do álbum, mas formam uma das canções mais interessantes do mesmo. McCafferty canta de maneira soberba, casando perfeitamente sua voz ao clima denso do instrumental. Espetáculo!

A letra é bastante tensa:

I prayed to God and Jesus
But I guess they didn't hear
My sacrifice was useless
My pleas fell on deaf ears
So I cried in desperation
Bowed to evil sorcery



TOO BAD TOO SAD

Na menor faixa do disco, o Nazareth aposta em um Hard Rock típico setentista, com o ritmo e a velocidade nas doses exatas compondo o riff principal da canção. A empolgação é grande, o solo de Charlton é ótimo e os vocais de Dan também. Outro ponto alto do trabalho!

A letra é inteligente e fala da temporariedade da felicidade:

Had a pretty wife
She was all I could need
Gave me what I wanted
Never had to plead
One day a man called
And he put me wise
Shes doin' the same thing
With ten other guys



BROKEN DOWN ANGEL

Um riff muito melódico e suave é a base para a nona – e última – faixa de Razamanaz, “Broken Down Angel”. Embora não seja uma balada, o andamento da canção é mais cadenciado e ela possui bem menos peso que suas antecessoras. Outra excelente composição.

A letra fala de uma decepção amorosa:

She's only a bird that's broke her wing
She's only someone, somone who's gone wrong
She's only a child that's lost her way


“Broken Down Angel” é outro clássico do Nazareth, a qual se tornou muito popular e presença certa nos shows da banda, especialmente por volta dos anos 70.

Lançada como single, atingiu a 9ª colocação da principal parada britânica desta natureza, onde permaneceu por cerca de 11 semanas consecutivas.



Considerações Finais

Impulsionado por dois clássicos que se tornaram singles de muito sucesso (“Broken Down Angel” e “Bad Bad Boy”), o álbum Razamanaz também acabou se tornando o primeiro sucesso comercial do Nazareth.

Razamanaz atingiu a excelente 11ª posição da principal parada britânica de álbuns, embora tenha conseguido apenas a inexpressiva 157ª posição de sua correspondente norte-americana. Mas no Canadá o álbum obteve a 39ª colocação, bem como a 48ª na parada germânica.

Aproveitando o sucesso de Razamanaz e, especialmente, dos dois singles do álbum, o grupo entrou novamente em estúdio naquele mesmo ano e lançou outro trabalho ainda em 1973, o ótimo Loud ‘N’ Proud.



Formação:
Dan McCafferty - Vocais
Darrell Sweet - Bateria, Percussão, Backing Vocals
Pete Agnew – Baixo, Backing Vocals
Manny Charlton - Guitarra e Violão, Banjo, Backing Vocals

Faixas:
01. Razamanaz (Agnew/Charlton/McCafferty) - 3:52
02. Alcatraz (Leon Russell) - 4:23
03. Vigilante Man (Woody Guthrie) - 5:21
04. Woke Up This Morning (Agnew/Charlton/McCafferty/Sweet) - 3:53
05. Night Woman (Agnew/Charlton/McCafferty/Sweet) - 3:29
06. Bad Bad Boy (Agnew/Charlton/McCafferty/Sweet) - 3:55
07. Sold My Soul (Agnew/Charlton/McCafferty/Sweet) - 4:49
08. Too Bad Too Sad (Agnew/Charlton/McCafferty/Sweet) - 2:55
09. Broken Down Angel (Agnew/Charlton/McCafferty/Sweet) - 3:45

Letras:
Para o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a: http://letras.mus.br/nazareth/

Opinião do Blog:
O Nazareth nunca gozou de muito prestígio com a mídia especializada sobre música. Entretanto, o Blog pensa que, para fãs de Hard Rock Setentista, é uma obrigação o ouvinte pelo menos ter contato com o grupo escocês.

Foi naquela década que a banda lançou ótimos álbuns como Hair Of The Dog, Rampant e o excelente Razamanaz, apenas como exemplo. A discografia do Nazareth da década de 70 deve ser ouvida e apreciada com muita atenção.

Razamanaz é um álbum muito sólido. Suas composições são muito bem estruturadas, o som empolga e cativa, pois os escoceses esbanjam talento em comporem melodias que conquistam os fãs de seu estilo.

Dan McCafferty é um excelente vocalista. Durante todo o álbum, sua voz consagra as ótimas canções do disco. Ele é citado como forte influência do vocalista do Guns ‘N Roses, Axl Rose.

Manny Charlton também se mostra criativo e cativante em seus riffs e solos. E, talvez por um baixista ser o produtor do disco (Roger Glover), o baixo de Pete Agnew está presente por todo o disco de maneira intensa.

As letras são interessantes e valem uma olhadela em seu conteúdo.

Clássicos como “Bad Bad Boy” e “Broken Down Angel” dispensam maiores comentários, dadas suas qualidades inquestionáveis. “Too Bad Too Sad” e “Razamanaz” também são ótimas e não há muitas palavras que possam descrever a beleza e intensidade da excepcional “Sold My Soul”.

Mesmo a regravação da boa “Woke Up This Morning” e a presença de dois covers (ambas coisas que não costumam me agradar) não diminuem o valor absurdo de Razamanaz.


Sendo assim, o Blogeiro confessa ser um fã da banda Nazareth e pede que o leitor deixe o preconceito de lado e dê uma chance para o som dos escoceses. Especialmente indicado para fãs de Hard Rock Setentista.

NAZARETH - RAZAMANAZ (1973)







Razamanaz é o terceiro álbum de estúdio da banda
escocesa chamada Nazareth. Seu lançamento oficial ocorreu no mês de maio de
1973 através do selo Mooncrest (no Reino Unido) e do A&M (nos Estados
Unidos). As gravações aconteceram nos estúdios The Ganghut, em Jamestown, na
Escócia com o auxílio do estúdio móvel da Pye Records, entre dezembro de 1972 e
março de 1973. As mixagens foram realizadas no AIR Studios, em Londres, com a
produção do disco sob responsabilidade do baixista do Deep Purple, Roger Glover.










Uma das mais produtivas e batalhadoras bandas do
Hard Rock, o Nazareth é um nome importante do estilo (e um dos mais
subestimados também). Na década de 70, o grupo lançou vários álbuns de ótima
qualidade. O Blog vai contar resumidamente a história do grupo para depois
abordar o álbum propriamente dito.







Os primórdios do Nazareth datam de 1961, oriundos
de uma banda chamada The Shadettes, formada pelo baixista Pete Agnew, na cidade
escocesa de Dunfermline.





Alguns anos depois entraram para a banda o baterista
Darrell Sweet e o vocalista Dan McCafferty, este último, colega de escola desde
a infância do baixista Pete Agnew.





Fazendo seus covers e shows nos bares noturnos da
região de Dunfermline, o The Shadettes ia criando fama na sua área de atuação.
Mas tudo começaria a mudar em 1968.







Pete Agnew





Foi naquele ano que o guitarrista espanhol de nome
Manny Charlton entrou para a banda. Um pouco mais velho e experiente, Manny
incentivou os demais componentes do grupo a começarem a compor músicas
próprias.







Assim, a banda decidiu que era o momento de tentar
mudar de patamar. A primeira transformação foi o nome da banda, que passou a
ser Nazareth.





Com Dan McCafferty nos vocais, Pete Agnew no baixo,
Manny Charlton na guitarra e Darrell Sweet na bateria, o Nazareth deixa a Escócia
e parte para Londres, na Inglaterra, já em 1970. Em uma metrópole, as chances e
oportunidades para o grupo crescer seriam bem maiores.





Já em 1971 e pelo selo Pegasus, a banda lançou seu
primeiro álbum, chamado apenas de Nazareth. O disco continha 9 canções, sendo 8
autorais e 1 cover, “Morning Dew”, do Bonnie Dobson.





Embora um trabalho interessante e, nos dias atuais,
seja considerado um clássico pelos fãs da banda, o primeiro álbum do Nazareth
não fez qualquer sucesso e praticamente não obteve nenhuma repercussão,
especialmente em matéria de vendagem.





Em julho de 1972 saiu o segundo álbum de estúdio do
grupo, Exercises. Desta vez a banda conseguiu mais atenção da mídia, mesmo que
pequena.





Exercises continha 10 canções, todas autorais, bem
como uma linguagem mais suave, com muitos arranjos acústicos e uma mais densa
influência Folk. Trata-se de um trabalho que foge ao som clássico que o
Nazareth desenvolveu durante sua carreira.





Pouco tempo depois, a banda mudou para a gravadora
Mooncrest (a qual relançaria os dois primeiros álbuns do grupo). E começaria a
trabalhar em seu terceiro álbum de estúdio, Razamanaz.





O Nazareth excursionou juntamente com o Deep
Purple, já um dos gigantes do Rock naquela época. Foi uma excelente
oportunidade para o grupo ficar mais conhecido entre os fãs do estilo.







Dan McCafferty





Além disto, foi nesta ocasião que a banda conheceu
Roger Glover, o baixista do Deep Purple, que aceitou o convite para ser o
produtor do novo álbum do grupo.







O disco foi gravado em um estúdio chamado The
Ganghut, na cidade de Jamestown, na Escócia, com o auxílio do estúdio móvel da
Pye Records. A mixagem ocorreu no AIR Studios, em Londres. Todo processo
ocorreu entre dezembro de 1972 e março de 1973.





A capa é bastante simples, com um relâmpago
estilizado. Vamos às canções:





RAZAMANAZ





A faixa de abertura do álbum é uma pedrada. Um riff
bem pesado, impactante e com força suficiente para os fãs vibrarem. O ritmo é
mais cadenciado, mas é uma excelente amostra do que era o Hard Rock setentista
em sua fase mais inicial. Excepcional abertura do trabalho!





A letra mostra como seria uma apresentação do
grupo:





All of the world loves a raver


We're playin' for ravers who savor
the flavor


You all appear calm and collected


Razamanazin'
you never expected













ALCATRAZ





Peso e melodia se misturam nesta versão de “Alcatraz”,
de Leon Russell. O riff principal é contagiante e a música empolga, mas o maior
destaque vai para a maciça presença do baixo de Pete Agnew. Bom momento do
trabalho.





A letra fala sobre alguém voltando ao presídio de
Alcatraz:





Local chief's on the radio


He's got some hungry mouths to feed


Goin' back to
Alcatraz


Here comes Uncle Sam again with the
same old bag of beans













VIGILANTE MAN





“Vigilante Man” é outra versão do Nazareth para uma
canção de terceiros, desta feita, uma composição de Woody Guthrie. Na maior
parte da faixa, o ritmo é arrastado, com o baixo dando certo peso, mas com o
andamento bem lento. Destaque total para os vocais de Dan McCafferty.





A letra é simples e espelha a vida comum:





I've been hearin' his name all over
this land


Lonely nights down in the engine
house


Sleepin' just as still as a mouse


Man comes home, chase the crowds in
the rain


That's a
vigilante man













WOKE UP THIS MORNING





A guitarra de Manny Charlton começa bastante
saliente no início da canção, posteriormente se desenvolvendo em um riff
bastante criativo e contagiante. O andamento é mais lento, com o baixo de Agnew
bem presente, além dos bons solos de Charlton. Ótima faixa!





A letra é uma brincadeira com a fugacidade da vida:





Woke up this morning


My dog was dead


Someone disliked him


And shot him through the head


I woke up this morning


And my cat had died


I’m gonna miss her


Sat down and cried





“Woke Up This Morning” é uma regravação da canção
que estava presente no primeiro álbum da banda.













NIGHT WOMAN





A bateria de Darrell Sweet e o baixo de Pete Agnew
dão o ritmo inicial de “Night Woman”. O andamento da música é lento com a
presença da guitarra distorcida de Manny Charlton. Embora a percussão seja
bastante proeminente e haja momentos interessantes, não é dos momentos mais
sublimes do disco.





A letra fala sobre uma mulher ideal imaginária:





Comes, stays, then disappears


In the morning sun my vision clears


I could smell the roses in her hair


But when I awoke she was not there













BAD BAD BOY





Muita melodia e intensidade, com o peso na medida
certa, constroem um dos mais criativos riffs do Hard Rock Setentista. O riff
transpira sensualidade e baixo e bateria fazem um acompanhamento preciso e
contando com a interpretação fantástica de Dan McCafferty. Um grande clássico
do Rock!





A letra fala de um jovem malicioso:





Then I'm gonna rip you off


There seems to be no end


Of women who are lookin' for a man


My services
don't come cheap


But I help out when I can










Um grande clássico, “Bad Bad Boy” foi lançada como
single para promover o álbum. Ela alcançou a ótima 10ª posição da parada
britânica de singles, permanecendo na mesma por 9 semanas consecutivas.















SOLD MY SOUL





Bastante peso e um ritmo mais cadenciado marcam o
início de “Sould My Soul”. O clima é mais tenso e melancólico que o do restante
do álbum, mas formam uma das canções mais interessantes do mesmo. McCafferty
canta de maneira soberba, casando perfeitamente sua voz ao clima denso do
instrumental. Espetáculo!





A letra é bastante tensa:





I prayed to God and Jesus


But I guess they didn't hear


My sacrifice was useless


My pleas fell on deaf ears


So I cried in
desperation


Bowed to evil
sorcery













TOO BAD TOO SAD





Na menor faixa do disco, o Nazareth aposta em um
Hard Rock típico setentista, com o ritmo e a velocidade nas doses exatas
compondo o riff principal da canção. A empolgação é grande, o solo de Charlton
é ótimo e os vocais de Dan também. Outro ponto alto do trabalho!





A letra é inteligente e fala da temporariedade da
felicidade:





Had a pretty wife


She was all I could need


Gave me what I wanted


Never had to plead


One day a man called


And he put me wise


Shes doin'
the same thing


With ten
other guys













BROKEN DOWN ANGEL





Um riff muito melódico e suave é a base para a nona
– e última – faixa de Razamanaz, “Broken Down Angel”. Embora não seja uma
balada, o andamento da canção é mais cadenciado e ela possui bem menos peso que
suas antecessoras. Outra excelente composição.





A letra fala de uma decepção amorosa:





She's only a bird that's broke her
wing


She's only someone, somone who's
gone wrong


She's only a child that's lost her
way










“Broken Down Angel” é outro clássico do Nazareth, a
qual se tornou muito popular e presença certa nos shows da banda, especialmente
por volta dos anos 70.







Lançada como single, atingiu a 9ª colocação da
principal parada britânica desta natureza, onde permaneceu por cerca de 11
semanas consecutivas.













Considerações
Finais





Impulsionado por dois clássicos que se tornaram
singles de muito sucesso (“Broken Down Angel” e “Bad Bad Boy”), o álbum
Razamanaz também acabou se tornando o primeiro sucesso comercial do Nazareth.





Razamanaz atingiu a excelente 11ª posição da
principal parada britânica de álbuns, embora tenha conseguido apenas a inexpressiva
157ª posição de sua correspondente norte-americana. Mas no Canadá o álbum
obteve a 39ª colocação, bem como a 48ª na parada germânica.





Aproveitando o sucesso de Razamanaz e,
especialmente, dos dois singles do álbum, o grupo entrou novamente em estúdio
naquele mesmo ano e lançou outro trabalho ainda em 1973, o ótimo Loud ‘N’
Proud.













Formação:


Dan
McCafferty - Vocais


Darrell
Sweet - Bateria, Percussão, Backing Vocals


Pete
Agnew – Baixo, Backing Vocals


Manny
Charlton - Guitarra e Violão, Banjo, Backing Vocals





Faixas:


01.
Razamanaz (Agnew/Charlton/McCafferty) - 3:52


02.
Alcatraz (Leon Russell) - 4:23


03.
Vigilante Man (Woody Guthrie) - 5:21


04.
Woke Up This Morning (Agnew/Charlton/McCafferty/Sweet) - 3:53


05.
Night Woman (Agnew/Charlton/McCafferty/Sweet) - 3:29


06.
Bad Bad Boy (Agnew/Charlton/McCafferty/Sweet) - 3:55


07.
Sold My Soul (Agnew/Charlton/McCafferty/Sweet) - 4:49


08.
Too Bad Too Sad (Agnew/Charlton/McCafferty/Sweet) - 2:55


09.
Broken Down Angel (Agnew/Charlton/McCafferty/Sweet) - 3:45





Letras:


Para o conteúdo completo das letras, recomenda-se o
acesso a: http://letras.mus.br/nazareth/





Opinião do
Blog:


O Nazareth nunca gozou de muito prestígio com a
mídia especializada sobre música. Entretanto, o Blog pensa que, para fãs de
Hard Rock Setentista, é uma obrigação o ouvinte pelo menos ter contato com o
grupo escocês.





Foi naquela década que a banda lançou ótimos
álbuns como Hair Of The Dog, Rampant e o excelente Razamanaz, apenas
como exemplo. A discografia do Nazareth da década de 70 deve ser ouvida e
apreciada com muita atenção.





Razamanaz é um álbum muito sólido. Suas composições
são muito bem estruturadas, o som empolga e cativa, pois os escoceses esbanjam
talento em comporem melodias que conquistam os fãs de seu estilo.





Dan McCafferty é um excelente vocalista. Durante
todo o álbum, sua voz consagra as ótimas canções do disco. Ele é citado como
forte influência do vocalista do Guns ‘N Roses, Axl Rose.





Manny Charlton também se mostra criativo e
cativante em seus riffs e solos. E, talvez por um baixista ser o produtor do
disco (Roger Glover), o baixo de Pete Agnew está presente por todo o disco de
maneira intensa.





As letras são interessantes e valem uma olhadela em
seu conteúdo.





Clássicos como “Bad Bad Boy” e “Broken Down Angel”
dispensam maiores comentários, dadas suas qualidades inquestionáveis. “Too Bad
Too Sad” e “Razamanaz” também são ótimas e não há muitas palavras que possam
descrever a beleza e intensidade da excepcional “Sold My Soul”.





Mesmo a regravação da boa “Woke Up This Morning” e
a presença de dois covers (ambas coisas que não costumam me agradar) não
diminuem o valor absurdo de Razamanaz.







Sendo assim, o Blogeiro confessa ser um fã da banda
Nazareth e pede que o leitor deixe o preconceito de lado e dê uma chance para
o som dos escoceses. Especialmente indicado para fãs de Hard Rock Setentista.


TRIUMPH - JUST A GAME (1979)







Just a Game é o terceiro álbum de estúdio da banda
canadense chamada Triumph. Seu lançamento oficial se deu no dia 30 de março de
1979, com a produção sob responsabilidade de Mike Levine. As gravações
ocorreram durante o ano de 1978 nos estúdios Sounds Interchange Studios, em
Toronto e no Metalworks Studios, em Mississauga, ambos no Canadá.










O Triumph é uma banda canadense que não possui
tanto reconhecimento fora do público Hard Rock, mas tem inegável talento e
ótima capacidade de compor músicas cativantes. O Blog vai abordar o início da
carreira do grupo para depois tecer comentários sobre o álbum em questão.







O baterista Gil Moore e o baixista e tecladista
Mike Levine observaram o guitarrista Rik Emmett uma noite em 1975, em um clube
noturno de Toronto, chamado The Hollywood Tavern, no qual Emmett estava tocando
com uma banda chamada ACT III.





Os três músicos, posteriormente, se reuniram para
uma “jam session” no porão da casa de Moore, em Mississauga (Canadá), após a
qual, Moore e Levine mostraram a Emmett materiais promocionais e contratos que já
tinham garantidos para shows a partir de setembro daquele ano.







Mike Levine


Eles também ofereceram a Emmett um salário semanal
mínimo garantido de 175 dólares e ele concordou em se juntar como um membro
fundador da banda.







O primeiro show “pago” do Triumph foi na Simcoe
High School, em 19 de setembro de 1975, pelo valor de 750 dólares.





Por volta de 26 de agosto de 1978, eles já eram uma
das principais bandas no Canada Jam Festival, em Mosport Park, tocando perante
uma multidão de 110.000 pessoas.





O Triumph assinou seu primeiro contrato com a
gravadora Attic Records, no Canadá. Mais tarde, eles assinaram com a RCA
Records nos Estados Unidos cobrindo todas as áreas daquele país, exceto o
Canadá.





Após problemas com a RCA, a banda assinou contrato
com a MCA Records, a qual relançou toda a sua discografia até 1984.





Também após a mudança para a MCA, a banda começou a
trabalhar com novos produtores, e os seus álbuns de estúdio se tornaram cada
vez mais difíceis de serem reproduzidos nos shows.





O primeiro álbum do Triumph (originalmente
auto-intitulado, mas mais tarde renomeado para In The Beginning) era bastante
raro fora do Canadá.





Seu segundo álbum, amplamente divulgado, Rock &
Roll Machine, recebeu alguma circulação nas rádios, especialmente com o cover
da canção de Joe Walsh “Rocky Mountain Way”. Mas “Takes Time” é uma música
legal, bem como a faixa título.





Em meados de 1978, o Triumph se juntou ao grande
Sammy Hagar em uma rádio FM de San Antonio, Texas, para um dia promocional, o
qual foi seguido por uma série de cinco shows no Texas através da JAM
Productions (de um promotor chamado Joe Miller).







Rik Emmett


Em seguida, excursionou por todo o Canadá com as bandas
canadenses Moxy e Trooper.







San Antonio, no Texas, permaneceu um local popular
para o trio ao longo de sua carreira.





A partir do final de 1978 a banda se reuniu nos
estúdios para gravar o que seria seu terceiro álbum de estúdio, Just A Game,
optando pelo próprio Mike Levine fazer a produção.





A capa é bem legal, contando com jogos de tabuleiro
estilizados. Vamos às faixas:





MOVING ON





“Moving On” abre o disco. É uma faixa que apresenta
bons vocais e um riff bem setentista, simples, mas que funciona de maneira
eficiente. O ritmo é mais cadenciado e não há muito peso nos instrumentais, mas
é uma boa canção.





A letra pode ser interpretada como a história da
banda, que superava as suas dificuldades:





Our problems have disappeared


Vanished one by one


We've got to keep on movin'


Until we're
done













LAY IT ON THE LINE





A segunda faixa do trabalho se inicia de maneira
bastante suave e segue em um ritmo bastante próximo a de uma balada, mas com
uma pegada mais impactante e forte, especialmente quando se apresenta o refrão.
Uma excelente composição do grupo.





A letra tem conotação romântica:





You know I love you, you know it's
true


It's up to you, girl, what've I got
to do


Don't hold me up, girl, don't waste
my precious time


Won't you lay it on the line?





Lançada como single, até teve boa circulação no
Canadá e intensa divulgação nos Estados Unidos onde conseguiu alcançar a 86ª posição
na principal parada de singles norte-americana.













YOUNG ENOUGH TO CRY





Com um ritmo mais suave e tenso, a terceira canção
do álbum é um sensível Blues Rock, feito com o toque mais intenso do Triumph.
Sendo assim, a música se desenvolve com boa técnica, solos inspirados de Rik
Emmett e ótimos vocais. Trata-se de um dos grandes momentos do disco.





A letra apresenta um cara que sofre por um amor não
correspondido:





Are you sure I'm the heartless one,
woman,


After all we've been through?


I gave you the best of my love,
sweet hoochie-koo


They say I was too old to get hurt
in love,


Do you still think that's true?


'Cause girl, when you left me,


You broke my heart right in two













AMERICAN GIRLS





Com um ótimo ritmo setentista, “American Girls”
começa com um andamento cadenciado, mas com peso e velocidade na medida certa. Os
vocais são muito bons, casando-se perfeitamente com a parte instrumental. Outra
faixa empolgante do álbum.





A letra é uma ode às mulheres norte-americanas:





I know how to treat a lady


Who knows how to treat her man


I've been in love one or two times


I made out the best that I can


I've been all around the world and
back


And here's what I have to say


The ladies I love and livin' in the
U.S.A













JUST A GAME





A quinta música do disco é a faixa-título, “Just A
Game”. Após uma bela e intensa introdução, a canção se desenvolve em um ritmo
mais suave, contemplado por uma melodia muito bonita e ao mesmo tempo marcante.
Encanta na faixa, também, os ótimos solos de Rik Emmett. Lindíssima composição!





A letra é ótima e reflete como a vida apresenta
diferentes situações ilusórias:





It's just a game, you're in it all
the way


It's just a game, don't let yourself
slip away


It's such a shame, I heard somebody
say


It's just a game, and all I can
do...is play













FANTASY SERENADE





Com pouco mais de 1 minuto, “Fantasy Serenade” é
uma música instrumental somente ao violão.













HOLD ON





“Hold On” é uma canção que se inicia de maneira
mais suave e que depois vai ganhando um certo peso mais próximo ao Hard Rock.
Mesmo assim, o que encanta na faixa é sua leve melodia, que cativa e contagia
o ouvinte. Os vocais são muito bons, assim como os solos, compondo uma
excelente música.





A letra é muito boa, levando o ouvinte a acreditar
em seus sonhos e incentivando-o a os perseguir:





Hold on, hold on to your dreams


Hold on, even though it seems


Everyone around you has their little
schemes


Listen to your heart and hold on to
your dreams





“Hold On” foi composta por Rik Emmett dois anos
antes do lançamento do álbum Just A Game. Era uma música inicialmente acústica,
mas que a banda optou por transformá-la em uma faixa mais pesada.





Devido à sua complexidade, “Hold On” era raramente
executada nos shows do Triumph e, quando isso acontecia, era na forma acústica.










O videoclipe feito para promover a canção continha
a versão reduzida da faixa e, por esse motivo, possuía apenas pouco mais de 2
minutos. Foi também neste formato que a música foi lançada fora do Canadá e dos
Estados Unidos.







“Hold On” pode ser considerado o primeiro maior
sucesso do Triumph. Lançada como single, atingiu a boa 38ª posição da parada
norte-americana desta natureza.













SUITICASE BLUES





Como o próprio nome sugere, ‘Suiticase’ é um Blues
feito com a característica do estilo criado pelos norte-americanos. Sua pegada lenta e
arrastada, mas repleta de melodia, aliada à uma bela interpretação, faz um
ótimo momento do disco.





A letra é triste e repleta de melancolia:





I got the blues


And I got them really bad


The suitcase blues


Are the worst I ever had


All by my lonesome


And I'm halfway 'round the bend


I don't mind
drinkin' solo


But I sure could use a friend













Considerações Finais





Impulsionado pelo sucesso da música “Hold On”, o
Triumph conseguiu penetrar de maneira, ainda que modesta, no mercado norte-americano.





Retrato disto é que Just A Game acabou alcançando
a razoável 48ª posição da principal parada de álbuns norte-americana.





Mais que isso, “Lay It On The Line” teve intensa
divulgação nas rádio norte-americanas, especialmente às mais voltadas ao Rock
com pegada mais suave (AOR), sendo assim, atraindo interesse para o grupo.





“Lay It On The Line” ainda permanece como uma das
faixas de maior sucesso do Triumph.





Just A Game vendeu mais de 500 mil cópias apenas nos
Estados Unidos.













Formação:


Rik Emmett - Guitarras, Vocais


Gil Moore - Bateria e Vocais


Michael Levine - Baixo, Teclados





Faixas:


01.
Moving On (Moore) – 4:07


02.
Lay it on the Line (Emmett) – 4:02


03.
Young Enough to Cry (Moore) – 6:03


04.
American Girls (Moore) – 5:01


05.
Just a Game (Emmett) – 6:13


06.
Fantasy Serenade (Emmett) – 1:39


07.
Hold On (Emmett) – 6:04


08.
Suitcase Blues (Emmett) – 3:01





Letras:


Para o conteúdo completo das letras, recomenda-se o
acesso a: http://letras.mus.br/triumph/





Opinião do
Blog:


O Triumph é uma ótima banda que surgiu no Canadá no
fim dos anos setenta e lançou alguns álbuns muito bons, como o que se apresentou
desta vez aqui, Just A Game. O Blogeiro acabou conhecendo o grupo quase por
acaso, através deste álbum, em uma matéria da Internet sobre conjuntos canadenses.





Talvez a excessiva comparação com o Rush, a maior
banda daquele país, tenha prejudicado o Triumph. A grande semelhança, além da óbvia
origem e o fato de ambas estarem envolvidas com o Rock, é o formato de “Power
Trio”. O Rush tem uma proposta bastante criativa, mergulhando em estilos
diferentes e associando-os, de maneira espetacular, ao Rock.





O Triumph predominantemente seguiu na linha do
Rock, com boa pegada setentista e flertando com o Hard Rock de maneira mais
contínua. O grupo obteve sucesso, especialmente nos anos 80, mas talvez,
tivesse galgado mais degraus de fama.





Independentemente disto, Just A Game é um trabalho
de muita qualidade e extremamente sólido. A boa técnica dos componentes da
banda pode ser largamente ouvida, com um pequeno destaque para Rik Emmett com
seus solos esbanjando bom gosto.





As letras também mantêm a qualidade elevada, embora
quando o romantismo predomine, possa soar um pouco piegas. Mas nada que
prejudique o disco.





“Lay
It On The Line” é ótima, como também o é “American Girls”.
“Hold On” é
outro bom momento, mas a faixa que mais agrada é mesmo a excelente “Just a Game”.










































































































































































































































































































































































Enfim, uma ótima banda que começava a viver seus
melhores momentos. Just A Game é um grande trabalho que merece ser conhecido
por mais amantes do Rock. Muito recomendado!