BLACKFOOT - STRIKES (1979)






Strikes é
o terceiro álbum de estúdio da banda norte-americana chamada
Blackfoot. Seu lançamento oficial aconteceu em abril de 1979 através
do selo Atco Records. As gravações ocorreram nos estúdios
Subterranean Studio (Ann Arbor, Michigan), Sound Suite Studios
(Detroit, Michigan) e Bee Jay Studios (Orlando, Florida); todos nos
Estados Unidos. A produção ficou a cargo de Al Nalli e Henry Weck.





O
Blackfoot é uma das bandas as quais não são tão famosas assim no Brasil e
que aposta sua sonoridade no ótimo estilo Southern Rock. O Blog vai
contar um pouco da história do grupo para depois abordar o álbum,
como de costume.










Durante o
começo de 1969, Rickey Medlocke e Greg T. Walker conheceram o
nova-iorquino Charlie Hargrett, em Jacksonville, na Flórida, e
formaram uma banda chamada "Fresh Garbage".





O grupo
contava com Medlocke na bateria e vocais, Walker no baixo, Hargrett
na guitarra, e Ron Sciabarasi nos teclados . Eles faziam a maior
parte de seus shows no The Comic Book Club, na Forsyth Street.





Naquele
mesmo ano, o Fresh Garbage se dissolveu após a saída de Sciabarasi.
No entanto, Medlocke, Walker, e Hargrett se reagruparam e formaram
outra banda, o Hammer, a qual contava com Medlocke agora como
vocalista/guitarrista e com novos recrutas: Jakson Spires (bateria),
DeWitt Gibbs (teclados) e Jerry Zambito (guitarras).





Gibbs e
Zambito já haviam tocado juntos no Tangerine. Eles logo se mudaram
para Gainesville, Flórida, para serem a banda de um estabelecimento
chamado Dub's, um bar de topless bem conhecido na periferia da
cidade.





No começo
de 1970 a banda se mudou para Manhattan e, no mesmo ano, depois de
conhecer outra banda na Costa Oeste chamada Hammer, decidiu mudar seu
nome novamente, agora, para Blackfoot.





O novo
nome representava a herança indígena americana de Walker, Spires e
Medlocke (Spires tinha ascendência Cherokee, Medlocke parte Sioux, e
Walker parte Eastern Creek, esta, uma tribo indígena da Flórida).





Quando o
grupo não conseguiu adquirir um contrato com uma gravadora como
resultado da sua mudança para Nova Iorque, Gibbs saiu da banda e
Medlocke começou a tocar guitarra-base em tempo integral.





Em 1971,
Medlocke e Walker aceitaram uma oferta para se juntarem ao Lynyrd
Skynyrd e o Blackfoot terminou suas atividades por algum tempo. Houve
uma breve tentativa do conjunto se reagrupar durante 1972, mas
Medlocke saiu novamente e Walker se juntou ao The Tokens, o qual logo
depois mudou seu nome para Cross Country.





Em 1972,
Hargrett havia decidido se mudar para a Carolina do Norte e convidou
Medlocke, que havia deixado o Lynyrd Skynyrd por esta altura, a
reformar o Blackfoot com Leonard Stadler no baixo e Spires retornando
como baterista.







Rickey Medlocke


Danny
Johnson (que mais tarde foi de bandas como Derringer e Steppenwolf),
que era de um grupo de Louisiana, o Axis, foi contratado como segundo
guitarrista. Mas Medlocke logo decidiu ser tanto o principal
vocalista quanto guitarrista novamente, e, assim, o período de
Johnson com a banda foi breve.





Já em
1973, Stadler saiu da banda depois que um tumor foi descoberto em um
de seus pulmões (que mais tarde foi curado). Além disso, Stadler
decidiu deixar a música secular para se juntar a um grupo gospel.
Ele eventualmente se tornou um religioso e líder metodista.





Assim,
Greg T. Walker foi convidado para se juntar à banda novamente.





Em 1974,
a banda tinha retornado a sua base de operações para New Jersey e
Medlocke desenvolveu nódulos nas cordas vocais e, temporariamente,
perdeu a voz. Outro vocalista, Patrick Jude, foi trazido para a
banda.





Depois de
um breve período de tempo, Medlocke era capaz de cantar novamente e
Jude foi demitido. Em sequencia, Medlocke e Walker enviaram aos
produtores/músicos de estúdio, Jimmy Johnson e David Hood, uma
cópia de material do Blackfoot.





Johnson e
Hood haviam trabalhado com Medlocke e Walker no Muscle Shoals,
Alabama, quando estavam lá durante uma gravação com o Lynyrd
Skynyrd.





No
Reservations, o primeiro álbum de estúdio do grupo, foi lançado
pela gravadora Island Records durante 1975 como parte de um negócio
realizado pelo então gerente do Blackfoot, Lou Manganiello.





Logo no
ano seguinte, veio o segundo álbum gravado, Flying High, o qual foi
lançado pela Epic Records, durante 1976.





Ambos os
álbuns gravados foram produzidos por Johnson e Hood. Embora
possuíssem suas qualidades, ambos não repercutiram em termo de
paradas de sucesso e não lograram êxito comercial.







Greg T. Walker


Ao final
de 1975, o grupo estava vivendo novamente em Gainesville, Florida.
Durante 1977, eles se ligaram ao manager do Black Oak Arkansas, Butch
Stone, quem os contratou como o grupo de apoio para uma de suas
clientes, Ruby Starr.





Ruby
havia sido uma cantora de backing vocal para o Black Oak, mas agora
estava se empenhando em promover uma carreira-solo. Após a
passagem com a Ruby terminar durante 1978, o Blackfoot se encontrou
com o manager da banda Brownsville Station, Al Nalli, e com seu
parceiro, Jay Frey, que lhe ofereceu um contrato com o selo Atco
Records.





Assim,
seu terceiro álbum de estúdio foi produzido pelo próprio Al Nalli
e projetado pelo baterista do Brownsville Station, Henry Weck. O
disco foi gravado no estúdio construído no porão da casa de Nalli,
em Ann Arbor, Michigan, e foi concluído por volta de janeiro de 1979.





A capa,
simples, possuía a imagem de uma cobra. O nome do álbum era
Strikes. Vamos às faixas:





ROAD
FEVER





A canção de abertura do álbum traz o espírito musical que o Blackfoot emprega em sua sonoridade: o estilo Southern Rock, mas com uma considerável pegada Hard Rock. "Road Fever" possui um ritmo cadenciado, uma melodia maliciosa e altamente bluesy, mas, simultaneamente, doses cavalares de peso e guitarras cortando a música em vários momentos.





A letra
fala sobre a vida de uma banda de Rock:





You
know this life has taken its toll


And I
don't know where to go


And I
love this life of rock and roll


But
there's one thing that I know


And
every time I'm down and out


And I
don't know what to do



I drop
my load and I hit the road


And
play me a song or two


Yes I
do













I
GOT A LINE ON YOU





Na versão de "I Got A Line On You", temos a presença constante e maciça do baixo de Greg T. Walker como destaque. Os solos também são bons, colocando as guitarras em posição relevante. É um cover interessante.





A letra
tem conotação de sedução:





Just
put your arms around me


Give
me every bit of your love


Well
you know what to do


'Cause
it's up to you


You
got the kind of lines


That
make it through these times





A música
é um cover de “I Got A Line On You”, sucesso da banda Spirit,
presente no álbum The Family That Plays Together, lançado em 1968.













LEFT
TURN ON A RED LIGHT





Na terceira faixa do trabalho, temos um início mais devagar e sem tanto peso. Com o desenvolver da canção, o ouvinte é apresentado a uma sonoridade com muitas influências da música típica do sul dos Estados Unidos fundidas ao Rock de modo muito competente. O solo próximo aos 3 minutos é bastante inspirado. O ponto de destaque são os vocais os quais transmitem uma intensa carga dramática.





A letra é
em tom nostálgico:





Well
it's nine o'clock at this old station


Once
again my ride is right on time


And as
I buy myself another ticket, Lord


For
somewhere else on down the line


Well
I'll always be a rambler


Well
the ones I love always keep tellin' me


You
stare too long in the mirror, son


Someday
you'll be too blind to see













PAY
MY DUES





"Pay My Dues" é o segundo cover presente em Strikes. Desta feita, o Blackfoot opta por uma roupagem totalmente Blues Rock. O baixo de Walker se destaca em conjunto com as guitarras. O ritmo é bem cadenciado e a melodia envolvente. O solo de guitarra é bem legal.





A letra é
simples e divertida:





I said
the choice is yours how you wanna pay


There's
no denyin' you owe


'Cause
just as sure as we all came


Baby,
we got to go





Trata-se
de outro cover, da canção “Pay My Dues”, originalmente gravada
pela banda Blues Image e lançada no álbum Open, de 1970.













BABY
BLUE





A pegada bluesy da faixa anterior se mantém em "Baby Blue", de maneira muito semelhante. O Blues Rock aqui desenvolvido apresenta uma ótima melodia e um riff principal de muito bom gosto. O refrão também foi construído de modo bem inteligente, cativando o ouvinte. Boa canção.





Outra
vez, a letra é em sentido de sedução:





There's
no lies between us


No
games we play


So why
wait till tomorrow, baby


When
we can live today


And
now I'm the light


The
light that's shinin' bright


In her
eyes, oh yes













WISHING
WELL





O clássico do Free, "Wishing Well", é o terceiro e último cover presente em Strikes. O peso da versão original foi mantido, com boas inserções de guitarras. Trata-se de uma versão agradável e competente, mas, mesmo com Rickey Medlocke sendo um competente vocalista, os vocais são o ponto fraco. Afinal, Paul Rodgers é um dos vocalistas preferidos do Blog.





A letra
possui uma mensagem positiva:





Throw
down your gun, you might shoot yourself


Or is
that what your tryin' to do


Put up
a fight you believe to be right


And
someday the sun will shine through


You've
always got somethin' to hide


Somethin'
you just can't tell


And
the only time that you're satisfied


Is
when your feet in the wishin' well





É mais
uma versão cover presente no álbum, desta feita para “Wishing
Well”, clássico da banda inglesa Free, presente em seu álbum
Heartbreaker, de 1973.













RUN
AND HIDE





Já em "Run And Hide", o ritmo é mais calmo e tranquilo, com uma melodia bastante simples e suave predominando na canção. Os vocais de Medlocke são bons e formam uma combinação muito legal com a parte instrumental. Também o solo de guitarra no meio da faixa se destaca. Momento mais bucólico, mas não menos interessante.





A letra é
uma relação de causa e consequência:





I
guess it's time that I should leave


I
guess I'll be on my way


'Cause
stayin' here is to much pain


And
there's nothin' that's left to say


So if
you ever need someone


To
show you sympathy


Just
remember the important thing


You've
got no place to













TRAIN,
TRAIN (PRELUDE)





Pequena faixa instrumental que serve de introdução para a próxima canção.













TRAIN,
TRAIN





A excelente "Train, Train" é a nona faixa do trabalho. Aqui temos um riff principal que exala inspiração por todos os poros. Há um peso extra na canção que é peça fundamental para o seu sucesso, com as guitarras em posição de destaque e que formam um casamento formidável com a gaita do avô de Rickey, Shorty Medlocke. Excepcional momento do disco.





A letra é
simples e refere-se a uma paixão:





Well
train, train
Take me on out of this town
Train, train,
lord
Take me on out of this town
Well that woman I'm in love
with
Lord, she's Memphis bound





“Train,
Train”, se não for o maior, é certamente um dos grandes sucessos
de toda a carreira do Blackfoot.





Lançada
como single para promover Strikes, atingiu a boa 38ª posição da
principal parada norte-americana desta natureza.










O curioso
é que a canção foi composta pelo avô do vocalista/guitarrista
Rickey Medlocke, Paul Medlock, mas conhecido e registrado no álbum
como Shorty Medlocke.





Vários
músicos fizeram versões para essa música, incluindo Dolly Parton,
em seu álbum The Grass Is Blue (de 1999), e o Warrant, no
álbum Cherry Pie (de 1990).





A música
também está presente no filme Straw Dogs, de 2011, dirigido por Rod
Lurie e estrelado por James Marsden.













HIGHWAY
SONG





A décima - e última - faixa de Strikes é "Highway Song". Uma suave, instigante e belíssima melodia toma conta dos momentos iniciais da música até desembocar em um ótimo solo de guitarra. O clima desenvolvido tanto pelo instrumental quanto pela brilhante interpretação de Rickey é triste e nostálgico, mas belíssimo. É a mais extensa canção do álbum, superando os 7 minutos. A partir dos 4 minutos e 20 segundos, o ritmo acelera e as guitarras passam a dominar "Highway Song", com uma profusão de solos e muito feeling. Encerramento magistral do disco.





A letra
fala da vida na estrada:





Well,
another day, another dollar, after I've sang and hollered,
Oh,
it's my way of living, and I can't change a thing.
Another town is
drawing near. Oh, baby, I wish you were here!
But the only way I
can see you, darlin', is in my dreams.
It's a highway song.. you
sing it on and on.. on and on..










“Highway
Song” é outro grande sucesso da carreira do Blackfoot, adorada
pelos fãs e presença certa nos shows do grupo.





Também
foi lançada como single para promover Strikes e acabou alcançando a
muito boa 26ª colocação da principal parada norte-americana desta
natureza.













Considerações
Finais





Baseado
no sucesso de “Train, Train” e de “Highway Song”, Strikes foi
o primeiro sucesso comercial do Blackfoot.





O álbum
acabou atingindo a boa 42ª posição na principal parada de discos
norte-americana, a Billboard.





Aproveitando
o sucesso, o grupo excursionou com frequência durante o ano de 1979;
incluindo um show como banda de abertura para os gigantes ingleses do
The Who, no Silverdome, em Pontiac, Michigan.





Ao mesmo
tempo, a banda envolvia-se com o desenvolvimento de seu próximo
álbum, Tomcattin, que foi lançado em 1980.





Com o
passar do tempo, Strikes foi ganhando, também, reconhecimento e
importância. Eduardo Rivadavia, do Allmusic, dá a Strikes 4,5
estrelas de um máximo de 5, atestando a qualidade do disco.





Além
disso, Rivadavia confirma que o Blackfoot é “conhecido como uma
unidade feroz ao vivo e, provavelmente, a mais pesada das bandas do
Southern Rock. Strikes também provou que o Blackfoot poderia
escrever grandes melodias para a sombria "Left Turn on a Red
Light" e a versão cover inspirada do Free de "Wishing
Well".





Strikes
ultrapassa a casa de 1 milhão de cópias vendidas apenas nos Estados
Unidos.













Formação:


Rickey
Medlocke - Vocal, Guitarra


Charlie
Hargrett - Guitarra


Greg T.
Walker - Baixo, Teclados, Vocal


Jakson
Spires - Bateria, Percussão, Vocal


Músicos Adicionais


Pat
McCaffrey - Teclados


Baixinho
Medlocke - Gaita (faixa 8)


Cub Koda
- Gaita (faixa 9)


Donna D.
Davis - Backing Vocals


Pamela T.
Vincent - Backing Vocals


Cynthia
M. Douglas - Backing Vocals


Henry
"H-Bomb" Weck - Percussão





Faixas:


01. Road
Fever (Medlocke) - 3:07


02. I Got
a Line on You (California) - 3:17


03. Left
Turn on a Red Light (Medlocke/Spires) - 4:35


04. Pay
My Dues (Blues Image) - 3:03


05. Baby
Blue (Medlocke/Hargrett/Spires) - 2:33


06.
Wishing Well (Rodgers/Kossoff/Yamauchi/Bundrick/Kirke) - 3:11


07. Run
and Hide (Medlocke/Spires) - 3:24


08.
Train, Train (prelude) (S. Medlocke) - 0:36


09.
Train, Train (S. Medlocke) - 2:56


10.
Highway Song (Medlocke/Spires) - 6:59





Letras:


Para o
conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
http://letras.mus.br/blackfoot/





Opinião
do Blog:


Após um longo período, um representante do Southern Rock norte-americano volta ao Blog, através de uma banda não tão conhecida, mas com talento e canções que merecem reconhecimento: o Blackfoot.



Como o leitor do Blog pode observar na parte inicial do post, entre idas e vindas, foi em seu terceiro álbum que o grupo começou a deslanchar. Strikes é um álbum inspirado e forte o suficiente para poder fazer a banda engrenar e seguir como um projeto sustentável.



O fato de ser composta por músicos talentosos e já experientes, evidentemente, contribuiu para o sucesso de Strikes. O baixo de Greg T. Walker está sempre presente e as guitarras (e seus solos) cativam os ouvintes fãs de Rock. Medlocke consegue ser um intérprete eficiente para as canções, permitindo passar muita emoção com sua voz.



E nos momentos em que aparece, a gaita é primordial para enaltecer a qualidade das músicas.



As letras são eficientes, mas nada de excepcional. De toda forma, contribuem com o sucesso e a qualidade do trabalho.



Mas o que faz do Blackfoot e de Strikes diferenciados é a sonoridade proposta. Claro que em 1979 o Southern Rock não era nenhuma novidade, mas o grupo dá uma dose extra de peso com eficiência e qualidade indiscutíveis.



Não é apenas o peso pelo peso, e sim, o utilizando como modo de realçar belas melodias e trazer intensidade às canções. O Hard Rock do Blackfoot é feito de maneira a se fundir perfeitamente com sua veia sulista, como se observa na excelente "Road Fever".



O leitor assíduo do Blog sabe que o mesmo tem preferência por trabalhos autorais e a presença de 3 covers no disco pesam contra, mesmo quando suas execuções são boas, como é o caso em Strikes.



Mas as composições autorais elevam o trabalho a um patamar muito alto e o resultado final se torna de alta qualidade.



"Left Turn On A Red Light" é uma faixa enigmática e soturna e, ao mesmo tempo, brilhante. "Baby Blue" é um Blues Rock de categoria e "Run And Hide" possui uma suavidade cativante. Claro que "Train, Train" é uma faixa excelente e emblemática, sendo parte do DNA que traduz o que é o Blackfoot.



E ainda se tem a maravilhosa "Highway Song" que, mesmo trazendo certa semelhança estrutural com o clássico "Free Bird", do Lynyrd Skynyrd (banda com a qual Rickey Medlocke passou um bom tempo), possui identidade própria, com uma melodia melancólica e angustiante, a qual domina o ouvinte completamente.



Concluindo, o álbum Strikes é uma ótima amostra da riqueza do estilo Southern Rock e como sua incursão com o Hard Rock pode ser bem-sucedida. O Blackfoot possuía músicos talentosos e merecia um reconhecimento maior. Strikes, talvez, seja a melhor prova desta afirmação. Muito bem recomendado pelo Blog!

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