SCORPIONS - ANIMAL MAGNETISM (1980)






Animal
Magnetism é o sétimo álbum de estúdio da banda alemã Scorpions.
Seu lançamento oficial aconteceu em 31 de março de 1980, através
dos selos EMI e Mercury. As gravações ocorreram entre dezembro de
1979 e fevereiro do ano seguinte, nos estúdios Dierks Studios, em
Colônia, na Alemanha e no Manta Sound Studios, em Toronto, no
Canadá. A produção ficou a cargo de Dieter Dierks.













O
Scorpions é uma das melhores bandas dentro do estilo Hard Rock,
tanto nos anos 70 quanto nos 80. O Blog vai tratar dos fatos
antecedentes ao lançamento do disco para depois se ater ao disco
propriamente dito.





O
genial guitarrista Uli Jon Roth deixou o Scorpions em 1978. Na metade
daquele ano, após testar cerca de 140 guitarristas, o posto foi
ocupado por Matthias Jabs.





Após
a adição de Jabs, o Scorpions deixou a gravadora RCA para assinar
com a Mercury Records, nos Estados Unidos, e a Harvest/EMI Electrola,
em todo o mundo, para gravar seu próximo álbum, Lovedrive.





Apenas
algumas semanas após de ter sido expulso da banda UFO, por conta de
seu abuso com o álcool, o ótimo guitarrista Michael Schenker, irmão
do também guitarrista do Scorpions Rudolf Schenker, retornou ao
grupo por um curto período, durante as gravações de Lovedrive.





Isso
deu à banda três guitarristas (embora a contribuição de Michael
Schenker para a versão final do trabalho foi limitada a apenas três
músicas). O resultado foi Lovedrive, um álbum que alguns
críticos consideram ser o auge da carreira dos alemães.





Lovedrive
apresenta algumas canções favoritas dos fãs como "Loving You
Sunday Morning", "Always Somewhere", "Holiday"
e a instrumental "Coast to Coast". O trabalho cimentou
firmemente uma nova sonoridade do Scorpions, com canções totalmente
Hard Rock misturadas a baladas melódicas.







Klaus Meine





A
arte da Capa de
Lovedrive, altamente provocativa, foi nomeada
a "Melhor capa de álbum de 1979", pela revista Playboy,
embora tenha sido alterada para o lançamento nos Estados Unidos.





Lovedrive
chegou ao número 55 nas paradas dos EUA, além da 36ª posição na
parada britânica, demonstrando que a banda estava expandindo suas
fronteiras internacionalmente.





Após
a conclusão e lançamento do álbum, o Scorpions decidiu manter Michael
Schenker na banda, forçando Jabs a sair. No entanto, depois de
algumas semanas de turnê, Michael, ainda lidando com o alcoolismo,
perdeu uma série de shows chegando ao ponto de ter um colapso em
pleno palco.





Desta
forma, Jabs foi trazido de volta para substituí-lo nas ocasiões em
que Michael simplesmente não conseguia tocar. Entretanto, em abril
de 1979, durante uma turnê na França, Jabs foi contratado de forma
permanente para substituir Michael.





Assim,
o Scorpions era formado por Klaus Meine nos vocais, Matthias Jabs e
Rudolf Schenker nas guitarras, Francis Buchholz no baixo e Herman
Rarebell na bateria.





E
foi esta formação que começou a trabalhar no álbum seguinte,
Animal Magnetism.





Novamente
a banda apostou em uma capa provocativa, desta vez mostrando uma
garota ajoelhada e um Doberman Pinscher sentado, ambos à frente de
um homem.





A
capa do álbum foi criada por Storm Thorgerson, da empresa de design
Hipgnosis, e, como as capas de álbuns anteriores do Scorpions,
causou polêmica. No entanto, ao contrário de várias das capas de
seus discos anteriores, a controvérsia não resultou na arte
original sendo substituída por uma outra alternativa.







Matthias Jabs





O
baixista do Scorpions na época, Francis Buchholz, recorda: "Herman
veio com o título do álbum, Animal Magnetism, e todos nós
gostamos, porque era um título interessante. Então tivemos este
cara chamado Storm que estava fazendo as capas de álbuns do Pink
Floyd, acho que ele fez aquele com o cara com as chamas (
Nota do
Blog:
a capa de Wish You Were Here, de 1975). Assim, Storm
veio com a idéia para a capa de
Animal Magnetism; eu,
pessoalmente, não gostei, mas o resto da banda adorou. Mas eu gostei
do cão”.





MAKE
IT REAL





"Make It Real" possui um riff principal bastante cativante, unindo o peso e a melodia em doses proporcionais. Desta forma, a composição usa uma técnica de "ir crescendo", em intensidade, até o ótimo refrão. Ótima música!





A
letra traz uma mensagem de confiança:





Did
you ever have a secret yearning
Don't you know it could come
true
Now's the time to set wheels turning
To open up your life
for you










“Make
It Real” é um grande sucesso do Scorpions.





Lançada
como single, conquistou a 72ª posição na principal parada de
singles desta natureza.













DON'T
MAKE NO PROMISES (YOU BODY CAN'T KEEP)





A segunda faixa de Animal Magnetism é a menor, com menos de 3 minutos. Ela mantém a pegada intensa da canção anterior, mas sua característica é alternar passagens mais cadenciadas com outras mais velozes. O solo de guitarra é bem legal!





A
letra possui sentido sexual:





Next
day, can you believe, she was at the show
She said, hey man,
you're great and she took me home
She started to undress, what a
shock to see
Padded bra, blonde wig, not much left for me













HOLD
ME TIGHT





Já em "Hold Me Tight", a banda acrescenta mais peso em sua sonoridade, apostando em um ritmo bem lento e, simultaneamente, criando um clima mais denso e sombrio. A parte instrumental é ainda mais valorizada graças a uma interpretação impecável de Klaus Meine. Grande momento do disco.





A
letra mostra alguém dividido:





Alright don't want me to stay
Alright have it your way
Alright
I'm leaving tonight
Alright woman, I'll get out of your sight













TWENTIETH
CENTURY MAN





O riff principal de "Twentieth Century Man" é muito criativo, sendo mais leve e dotado de uma melodia maliciosa e contagiante. No refrão, toda esta malícia e lascividade são mais intensas e formam uma parceria interessante com a voz do vocalista Meine.





A
letra é uma crítica ao homem moderno:





In
the jungle of these times
There's nothing left for them to
buy
They look for God on the screen
They've got even
dream-machines
They are mesmerized













LADY
STARLIGHT





"Lady Starlight" é a canção mais longa do álbum. Seu ritmo é mais lento e a intensidade é demasiadamente suave. A composição é dominada por uma melodia bastante leve, mas de uma beleza comovente (com a ajuda de uma orquestração muito eficiente) e que é elevada por uma atuação soberba dos vocais do ótimo Klaus Meine. Esta é uma das mais belas baladas que o Scorpions já fez. O solo de guitarra a partir do quarto minuto também agrada.





A
letra é romântica:





Walking
through a winter night,
Counting the stars
And passing
time
Snow dances with the wind
I wish, I could be with you
again





“Lady
Starlight” foi lançada como single, mas não obteve maior
repercussão em termos de paradas de sucesso deste tipo de
lançamento.













FALLING
IN LOVE





"Falling in Love" retorna ao típico Hard Rock que marcaria a banda especialmente nos anos 80, aliando doses certeiras de peso e um certo swing. A música vai direto ao ponto, contando com as guitarras muito acentuadas e bons vocais.





A
letra é simples em tom sedutor:





Don't
tell me your lies, I don't believe a word you say
You do realize,
I move around from day to day
And I'm falling in love, it happens
to me every day
I'm falling in love, love just seems to slip away













ONLY
A MAN





Já em "Only a Man", o conjunto alemão faz uma construção bem criativa, com uma cadência mais pausada, marcando bastante os vocais, sendo tudo acompanhado por guitarras muito pesadas. O resultado final é bastante curioso e interessante, apesar do refrão não ficar no mesmo nível.





A
letra fala de um homem tentando se justificar:





Woman,
I'm only a man
Do the best that I can as you know
Woman, I'm
only a man
Do the best that I can as you know
Now you know how
I feel
Nothing is real













THE
ZOO





Uma grande aula de Hard Rock. É assim que o Blog define a incrível faixa "The Zoo". A distorção e o peso das guitarras de Rudolf Schenker e Matthias Jabs chegam próximas à perfeição, construindo um ritmo pesado, denso e intenso. Os vocais de Klaus Meine se encaixam perfeitamente com a massa sonora, trazendo mais energia à composição em parceria com a seção rítmica. Brilhantemente, o refrão quebra toda esta construção soturna e traz luminosidade à música. Simplesmente genial!





A
letra é boa e fala das cidades modernas:





We
eat the night, we drink the time
Make our dreams come true
And
hungry eyes are passing by
On streets we call the zoo













“The
Zoo” é um grande clássico do Scorpions.





Lançada
como single, alcançou a modesta 75ª posição da parada britânica
desta natureza.





Schenker
escreveu muito da música durante a primeira turnê da banda nos
Estados Unidos, em 1979. Quando Meine ouvi pela primeira vez o riff
de Schenker, ele se lembrou da visita anterior da banda a uma rua em
New York City, onde em uma brincadeira foi referida como um "zoo".





Meine
mais tarde compôs a letra da canção, que contêm referências a
ruas da cidade, especialmente a 42nd Street, em New York.





Além
de presença praticamente constante no set list dos shows do grupo,
“The Zoo” está em praticamente todas as coletâneas e
compilações do Scorpions.





Também
foi aclamada pela crítica, tomando parte da lista de The Top 500
Heavy Metal Songs of All Time
, de Martin Popoff, em 2002.













ANIMAL
MAGNETISM





A nona - e última - canção de Animal Magnetism é a faixa-título, obviamente, de mesmo nome. Esta composição remete à fantástica primeira fase da banda, ainda nos anos 70. O flerte com o Heavy Metal é mais explícito. O ritmo é lento e sombrio, contando com as guitarras muito pesadas, e a bateria de Herman Rarebell e o baixo de Francis Buchholz elevam o peso à enésima potência. A cereja do bolo fica com a impecável atuação de Klaus Meine. Fabuloso!





A
letra possui conteúdo sexual:





Make
love to me right now
Love me till I'm down
You make me groove
I
want ya, that's all I do
You let me groove
I want ya, that's
all I do













Considerações
Finais





Embalado
por fortes canções como “Make It Real” e “The Zoo”, Animal
Magnetism
fez sucesso e mostrou que o Scorpions continuava no caminho
correto.





O
álbum conquistou a razoável 52ª posição na principal parada de
sucessos norte-americana, atingindo a boa 23ª colocação na
correspondente britânica. Também ficou com o 12º lugar na parada
alemã.





Mais
importante que isto, o álbum cimentou definitivamente a sonoridade
que o Scorpions assumiria durante a década de 80 e o levaria a
conquistar todo o mundo.





A
revista Rolling Stone teceu críticas favoráveis ao trabalho. O
crítico musical canadense Martin Popoff dá nota máxima ao disco.
Quem destoa é Barry Weber, do AllMusic, que dá ao álbum 2,5 de um
máximo de 5 estrelas possíveis, afirmando que: “muitas das
canções soam como o trabalho de algum outro grupo de rock e
simplesmente não se misturam como deveriam”.





Animal
Magnetism
supera a casa de 1 milhão de cópias vendidas apenas nos
Estados Unidos.













Formação:


Klaus
Meine - Vocal


Matthias
Jabs – Guitarra-Solo e Backing Vocals


Rudolf
Schenker – Guitarra-Base e Backing Vocals


Francis
Buchholz – Baixo e Backing Vocals


Herman
Rarebell – Bateria e Backing Vocals


Músicos
adicionais em "Lady Starlight":


Allan
Macmillan – arranjos em cordas e metais, condutor


Adele
Arman, Victoria Richard - violinos


Paul
Arman - viola


Richard
Arman - violoncelo


Charles
Elliot - baixo


Melvin
Berman - oboé


George
Stimpson, Brad Wamaar - trompas





Faixas:


01.
Make It Real (Schenker/Rarebell) - 3:49


02.
Don't Make No Promises (Your Body Can't Keep) (Jabs/Rarebell) - 2:55


03.
Hold Me Tight (Schenker/Meine/Rarebell) - 3:53


04.
Twentieth Century Man (Schenker/Meine) - 3:00


05.
Lady Starlight (Schenker/Meine) - 6:15


06.
Falling in Love (Rarebell) - 4:09


07.
Only a Man (Schenker/Meine/Rarebell) - 3:32


08.
The Zoo (Schenker/Meine) - 5:28


09.
Animal Magnetism (Schenker/Meine/Rarebell) - 5:56





Letras:


Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
http://letras.mus.br/scorpions/




Opinião
do Blog:



Para fãs das vertentes mais pesadas do Rock, como o Hard Rock e o Heavy Metal, os carros-chefes do Blog, é indubitável que o Scorpions é uma das melhores e mais importantes bandas dentro destas vertentes. Os alemães contribuíram com álbuns essenciais para fãs deste tipo de sonoridade.





Entre o fim dos anos 70 e o início da década seguinte, o grupo alemão resolveu mudar sua sonoridade, especialmente após a saída do excepcional guitarrista Uli Jon Roth. O Scorpions resolveu ser mais Hard e menos Heavy, em uma visão muito simplista da coisa, mas que facilita o entendimento.





A partir de então, o grupo continuou com canções intensas, mas um pouco mais leves e mais acessíveis. Entretanto, para o Blog, a qualidade não caiu. O ótimo Lovedrive já apontava para o que viria.





Com Matthias Jabs, um ótimo guitarrista, muito melódico, efetivado no 'time', a banda ficou ainda mais entrosada. O resultado é o excelente Animal Magnetism. O destaque fica dividido entre o ótimo trabalho das guitarras e a atuação praticamente perfeita de Klaus Meine nos vocais.





As letras são boas e merecem uma conferida.





"Make It Real" é um excelente jeito de se começar um álbum de Hard Rock, com peso e intensidade em medidas corretas. A maliciosa "Hold Me Tight" é uma das faixas mais subestimadas desta fase do Scorpions. E "Lady Starlight" é de uma sutileza tocante.





Outra faixa que está entre as preferidas da banda, para o blogueiro, é a pesadíssima "Animal Magnetism", com um clima sombrio que conquista fãs de Hard/Heavy.





E ainda se tem "The Zoo", composição que disputa o posto de favorita do Scorpions para quem está escrevendo este texto. Faixa incrível, criativa e que depois seria arruinada pelo próprio conjunto em Acoustica (2001), ficando quase irreconhecível.





Enfim, o Scorpions dispensa maiores apresentações para quem é fã de Hard Rock. Banda obrigatória aos admiradores do estilo. Animal Magnetism é uma de suas obras mais importantes, portadora de músicas que possuem o DNA do grupo alemão impresso em sua sonoridade. Mais que obrigatório, o disco é indispensável na coleção dos fãs de música mais pesada. Até o próximo post!

SCORPIONS - ANIMAL MAGNETISM (1980)


Animal Magnetism é o sétimo álbum de estúdio da banda alemã Scorpions. Seu lançamento oficial aconteceu em 31 de março de 1980, através dos selos EMI e Mercury. As gravações ocorreram entre dezembro de 1979 e fevereiro do ano seguinte, nos estúdios Dierks Studios, em Colônia, na Alemanha e no Manta Sound Studios, em Toronto, no Canadá. A produção ficou a cargo de Dieter Dierks.



O Scorpions é uma das melhores bandas dentro do estilo Hard Rock, tanto nos anos 70 quanto nos 80. O Blog vai tratar dos fatos antecedentes ao lançamento do disco para depois se ater ao disco propriamente dito.

O genial guitarrista Uli Jon Roth deixou o Scorpions em 1978. Na metade daquele ano, após testar cerca de 140 guitarristas, o posto foi ocupado por Matthias Jabs.

Após a adição de Jabs, o Scorpions deixou a gravadora RCA para assinar com a Mercury Records, nos Estados Unidos, e a Harvest/EMI Electrola, em todo o mundo, para gravar seu próximo álbum, Lovedrive.

Apenas algumas semanas após de ter sido expulso da banda UFO, por conta de seu abuso com o álcool, o ótimo guitarrista Michael Schenker, irmão do também guitarrista do Scorpions Rudolf Schenker, retornou ao grupo por um curto período, durante as gravações de Lovedrive.

Isso deu à banda três guitarristas (embora a contribuição de Michael Schenker para a versão final do trabalho foi limitada a apenas três músicas). O resultado foi Lovedrive, um álbum que alguns críticos consideram ser o auge da carreira dos alemães.

Lovedrive apresenta algumas canções favoritas dos fãs como "Loving You Sunday Morning", "Always Somewhere", "Holiday" e a instrumental "Coast to Coast". O trabalho cimentou firmemente uma nova sonoridade do Scorpions, com canções totalmente Hard Rock misturadas a baladas melódicas.

Klaus Meine

A arte da Capa de Lovedrive, altamente provocativa, foi nomeada a "Melhor capa de álbum de 1979", pela revista Playboy, embora tenha sido alterada para o lançamento nos Estados Unidos.

Lovedrive chegou ao número 55 nas paradas dos EUA, além da 36ª posição na parada britânica, demonstrando que a banda estava expandindo suas fronteiras internacionalmente.

Após a conclusão e lançamento do álbum, o Scorpions decidiu manter Michael Schenker na banda, forçando Jabs a sair. No entanto, depois de algumas semanas de turnê, Michael, ainda lidando com o alcoolismo, perdeu uma série de shows chegando ao ponto de ter um colapso em pleno palco.

Desta forma, Jabs foi trazido de volta para substituí-lo nas ocasiões em que Michael simplesmente não conseguia tocar. Entretanto, em abril de 1979, durante uma turnê na França, Jabs foi contratado de forma permanente para substituir Michael.

Assim, o Scorpions era formado por Klaus Meine nos vocais, Matthias Jabs e Rudolf Schenker nas guitarras, Francis Buchholz no baixo e Herman Rarebell na bateria.

E foi esta formação que começou a trabalhar no álbum seguinte, Animal Magnetism.

Novamente a banda apostou em uma capa provocativa, desta vez mostrando uma garota ajoelhada e um Doberman Pinscher sentado, ambos à frente de um homem.

A capa do álbum foi criada por Storm Thorgerson, da empresa de design Hipgnosis, e, como as capas de álbuns anteriores do Scorpions, causou polêmica. No entanto, ao contrário de várias das capas de seus discos anteriores, a controvérsia não resultou na arte original sendo substituída por uma outra alternativa.

Matthias Jabs

O baixista do Scorpions na época, Francis Buchholz, recorda: "Herman veio com o título do álbum, Animal Magnetism, e todos nós gostamos, porque era um título interessante. Então tivemos este cara chamado Storm que estava fazendo as capas de álbuns do Pink Floyd, acho que ele fez aquele com o cara com as chamas (Nota do Blog: a capa de Wish You Were Here, de 1975). Assim, Storm veio com a idéia para a capa de Animal Magnetism; eu, pessoalmente, não gostei, mas o resto da banda adorou. Mas eu gostei do cão”.

MAKE IT REAL

"Make It Real" possui um riff principal bastante cativante, unindo o peso e a melodia em doses proporcionais. Desta forma, a composição usa uma técnica de "ir crescendo", em intensidade, até o ótimo refrão. Ótima música!

A letra traz uma mensagem de confiança:

Did you ever have a secret yearning
Don't you know it could come true
Now's the time to set wheels turning
To open up your life for you


“Make It Real” é um grande sucesso do Scorpions.

Lançada como single, conquistou a 72ª posição na principal parada de singles desta natureza.



DON'T MAKE NO PROMISES (YOU BODY CAN'T KEEP)

A segunda faixa de Animal Magnetism é a menor, com menos de 3 minutos. Ela mantém a pegada intensa da canção anterior, mas sua característica é alternar passagens mais cadenciadas com outras mais velozes. O solo de guitarra é bem legal!

A letra possui sentido sexual:

Next day, can you believe, she was at the show
She said, hey man, you're great and she took me home
She started to undress, what a shock to see
Padded bra, blonde wig, not much left for me



HOLD ME TIGHT

Já em "Hold Me Tight", a banda acrescenta mais peso em sua sonoridade, apostando em um ritmo bem lento e, simultaneamente, criando um clima mais denso e sombrio. A parte instrumental é ainda mais valorizada graças a uma interpretação impecável de Klaus Meine. Grande momento do disco.

A letra mostra alguém dividido:

Alright don't want me to stay
Alright have it your way
Alright I'm leaving tonight
Alright woman, I'll get out of your sight



TWENTIETH CENTURY MAN

O riff principal de "Twentieth Century Man" é muito criativo, sendo mais leve e dotado de uma melodia maliciosa e contagiante. No refrão, toda esta malícia e lascividade são mais intensas e formam uma parceria interessante com a voz do vocalista Meine.

A letra é uma crítica ao homem moderno:

In the jungle of these times
There's nothing left for them to buy
They look for God on the screen
They've got even dream-machines
They are mesmerized



LADY STARLIGHT

"Lady Starlight" é a canção mais longa do álbum. Seu ritmo é mais lento e a intensidade é demasiadamente suave. A composição é dominada por uma melodia bastante leve, mas de uma beleza comovente (com a ajuda de uma orquestração muito eficiente) e que é elevada por uma atuação soberba dos vocais do ótimo Klaus Meine. Esta é uma das mais belas baladas que o Scorpions já fez. O solo de guitarra a partir do quarto minuto também agrada.

A letra é romântica:

Walking through a winter night,
Counting the stars
And passing time
Snow dances with the wind
I wish, I could be with you again

“Lady Starlight” foi lançada como single, mas não obteve maior repercussão em termos de paradas de sucesso deste tipo de lançamento.



FALLING IN LOVE

"Falling in Love" retorna ao típico Hard Rock que marcaria a banda especialmente nos anos 80, aliando doses certeiras de peso e um certo swing. A música vai direto ao ponto, contando com as guitarras muito acentuadas e bons vocais.

A letra é simples em tom sedutor:

Don't tell me your lies, I don't believe a word you say
You do realize, I move around from day to day
And I'm falling in love, it happens to me every day
I'm falling in love, love just seems to slip away



ONLY A MAN

Já em "Only a Man", o conjunto alemão faz uma construção bem criativa, com uma cadência mais pausada, marcando bastante os vocais, sendo tudo acompanhado por guitarras muito pesadas. O resultado final é bastante curioso e interessante, apesar do refrão não ficar no mesmo nível.

A letra fala de um homem tentando se justificar:

Woman, I'm only a man
Do the best that I can as you know
Woman, I'm only a man
Do the best that I can as you know
Now you know how I feel
Nothing is real



THE ZOO

Uma grande aula de Hard Rock. É assim que o Blog define a incrível faixa "The Zoo". A distorção e o peso das guitarras de Rudolf Schenker e Matthias Jabs chegam próximas à perfeição, construindo um ritmo pesado, denso e intenso. Os vocais de Klaus Meine se encaixam perfeitamente com a massa sonora, trazendo mais energia à composição em parceria com a seção rítmica. Brilhantemente, o refrão quebra toda esta construção soturna e traz luminosidade à música. Simplesmente genial!

A letra é boa e fala das cidades modernas:

We eat the night, we drink the time
Make our dreams come true
And hungry eyes are passing by
On streets we call the zoo



“The Zoo” é um grande clássico do Scorpions.

Lançada como single, alcançou a modesta 75ª posição da parada britânica desta natureza.

Schenker escreveu muito da música durante a primeira turnê da banda nos Estados Unidos, em 1979. Quando Meine ouvi pela primeira vez o riff de Schenker, ele se lembrou da visita anterior da banda a uma rua em New York City, onde em uma brincadeira foi referida como um "zoo".

Meine mais tarde compôs a letra da canção, que contêm referências a ruas da cidade, especialmente a 42nd Street, em New York.

Além de presença praticamente constante no set list dos shows do grupo, “The Zoo” está em praticamente todas as coletâneas e compilações do Scorpions.

Também foi aclamada pela crítica, tomando parte da lista de The Top 500 Heavy Metal Songs of All Time, de Martin Popoff, em 2002.



ANIMAL MAGNETISM

A nona - e última - canção de Animal Magnetism é a faixa-título, obviamente, de mesmo nome. Esta composição remete à fantástica primeira fase da banda, ainda nos anos 70. O flerte com o Heavy Metal é mais explícito. O ritmo é lento e sombrio, contando com as guitarras muito pesadas, e a bateria de Herman Rarebell e o baixo de Francis Buchholz elevam o peso à enésima potência. A cereja do bolo fica com a impecável atuação de Klaus Meine. Fabuloso!

A letra possui conteúdo sexual:

Make love to me right now
Love me till I'm down
You make me groove
I want ya, that's all I do
You let me groove
I want ya, that's all I do



Considerações Finais

Embalado por fortes canções como “Make It Real” e “The Zoo”, Animal Magnetism fez sucesso e mostrou que o Scorpions continuava no caminho correto.

O álbum conquistou a razoável 52ª posição na principal parada de sucessos norte-americana, atingindo a boa 23ª colocação na correspondente britânica. Também ficou com o 12º lugar na parada alemã.

Mais importante que isto, o álbum cimentou definitivamente a sonoridade que o Scorpions assumiria durante a década de 80 e o levaria a conquistar todo o mundo.

A revista Rolling Stone teceu críticas favoráveis ao trabalho. O crítico musical canadense Martin Popoff dá nota máxima ao disco. Quem destoa é Barry Weber, do AllMusic, que dá ao álbum 2,5 de um máximo de 5 estrelas possíveis, afirmando que: “muitas das canções soam como o trabalho de algum outro grupo de rock e simplesmente não se misturam como deveriam”.

Animal Magnetism supera a casa de 1 milhão de cópias vendidas apenas nos Estados Unidos.



Formação:
Klaus Meine - Vocal
Matthias Jabs – Guitarra-Solo e Backing Vocals
Rudolf Schenker – Guitarra-Base e Backing Vocals
Francis Buchholz – Baixo e Backing Vocals
Herman Rarebell – Bateria e Backing Vocals
Músicos adicionais em "Lady Starlight":
Allan Macmillan – arranjos em cordas e metais, condutor
Adele Arman, Victoria Richard - violinos
Paul Arman - viola
Richard Arman - violoncelo
Charles Elliot - baixo
Melvin Berman - oboé
George Stimpson, Brad Wamaar - trompas

Faixas:
01. Make It Real (Schenker/Rarebell) - 3:49
02. Don't Make No Promises (Your Body Can't Keep) (Jabs/Rarebell) - 2:55
03. Hold Me Tight (Schenker/Meine/Rarebell) - 3:53
04. Twentieth Century Man (Schenker/Meine) - 3:00
05. Lady Starlight (Schenker/Meine) - 6:15
06. Falling in Love (Rarebell) - 4:09
07. Only a Man (Schenker/Meine/Rarebell) - 3:32
08. The Zoo (Schenker/Meine) - 5:28
09. Animal Magnetism (Schenker/Meine/Rarebell) - 5:56

Letras:
Para o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a: http://letras.mus.br/scorpions/

Opinião do Blog:
Para fãs das vertentes mais pesadas do Rock, como o Hard Rock e o Heavy Metal, os carros-chefes do Blog, é indubitável que o Scorpions é uma das melhores e mais importantes bandas dentro destas vertentes. Os alemães contribuíram com álbuns essenciais para fãs deste tipo de sonoridade.

Entre o fim dos anos 70 e o início da década seguinte, o grupo alemão resolveu mudar sua sonoridade, especialmente após a saída do excepcional guitarrista Uli Jon Roth. O Scorpions resolveu ser mais Hard e menos Heavy, em uma visão muito simplista da coisa, mas que facilita o entendimento.

A partir de então, o grupo continuou com canções intensas, mas um pouco mais leves e mais acessíveis. Entretanto, para o Blog, a qualidade não caiu. O ótimo Lovedrive já apontava para o que viria.

Com Matthias Jabs, um ótimo guitarrista, muito melódico, efetivado no 'time', a banda ficou ainda mais entrosada. O resultado é o excelente Animal Magnetism. O destaque fica dividido entre o ótimo trabalho das guitarras e a atuação praticamente perfeita de Klaus Meine nos vocais.

As letras são boas e merecem uma conferida.

"Make It Real" é um excelente jeito de se começar um álbum de Hard Rock, com peso e intensidade em medidas corretas. A maliciosa "Hold Me Tight" é uma das faixas mais subestimadas desta fase do Scorpions. E "Lady Starlight" é de uma sutileza tocante.

Outra faixa que está entre as preferidas da banda, para o blogueiro, é a pesadíssima "Animal Magnetism", com um clima sombrio que conquista fãs de Hard/Heavy.

E ainda se tem "The Zoo", composição que disputa o posto de favorita do Scorpions para quem está escrevendo este texto. Faixa incrível, criativa e que depois seria arruinada pelo próprio conjunto em Acoustica (2001), ficando quase irreconhecível.

Enfim, o Scorpions dispensa maiores apresentações para quem é fã de Hard Rock. Banda obrigatória aos admiradores do estilo. Animal Magnetism é uma de suas obras mais importantes, portadora de músicas que possuem o DNA do grupo alemão impresso em sua sonoridade. Mais que obrigatório, o disco é indispensável na coleção dos fãs de música mais pesada. Até o próximo post!

AC/DC - FOR THOSE ABOUT TO ROCK WE SALUTE YOU (1981)






For
Those Abou to Rock We Salute You é o oitavo álbum de estúdio da
banda australiana AC/DC. Seu lançamento oficial aconteceu em 23 de
novembro de 1981 através do selo Atlantic Records. As gravações
ocorreram entre os meses de maio e setembro daquele mesmo ano, em
Paris, na França. A produção ficou por conta do famoso Robert John
“Mutt” Lange.











Após
um longo período, o AC/DC volta ao Blog com um de seus mais
bem-sucedidos álbuns de estúdio, For Those About to Rock We Salute
You. O Blog vai tratar dos fatos que antecederam seu lançamento para
depois se ater às faixas do disco.





Em
25 de julho de 1980, o AC/DC lançava um dos mais emblemáticos
álbuns da história do Rock, o fantástico Back in Black.





O
disco conquistou a 1ª posição da principal parada britânica de
álbuns, com a correspondente 4ª colocação na correspondente
norte-americana. Além disso, permaneceu incríveis 131 semanas
consecutivas na Billboard!





Além
de contar com canções clássicas como a faixa-título, “Hells
Bells” e “You Shook Me All Night Long”, entre outras, o álbum
foi uma grande homenagem ao vocalista Bon Scott, falecido meses antes
de seu lançamento.





Não
bastasse apresentar seu novo vocalista, Brian Johnson, Back in
Black
abriu as portas não apenas dos Estados Unidos para o
AC/DC, mas de todo o planeta para a banda.







Brian Johnson





Até
meados de 1981, Back in Black continuava como um fenômeno. Ele foi o
maior sucesso comercial da banda, de longe, ganhando o status de
platina várias vezes, um feito ainda mais notável porque ele
apresentou um novo vocalista, Brian Johnson, conforme dito
anteriormente.





Na
verdade, Back in Black foi um tal sucesso que a Atlantic
Records finalmente lançou o álbum Dirty Deeds Done
Dirt Cheap
, de 1976, nos Estados Unidos, um disco o qual a
gravadora havia inicialmente rejeitado por conta da produção
precária.





Além
disso, a Red Bus Records lançou um álbum de gravações do grupo
Geordie, antiga banda de Johnson, sob o nome de Brian Johnson e
Geordie
, para tentar ganhar dinheiro com o enorme sucesso do
AC/DC.





Em
dezembro de 1980, o filme Let There Be Rock, com filmagens de
concertos e entrevistas com a banda na estrada, durante a turnê de
Highway to Hell (com Bon Scott ainda vivo), foi lançado na
França, sendo um enorme sucesso: de acordo com o livro de Murray
Engelheart, AC/DC: Maximum Rock & Roll (2006), o filme fez
um milhão de dólares em vendas de bilhetes em Paris, enquanto
300.000 pessoas em todo o resto do país também o assistiram - uma
resposta quase sem precedentes para um filme musical, que custou
cerca de 100 mil dólares.





Engleheart
também afirma que o Rolling Stones ofereceu ao AC/DC o valor de um
milhão de dólares para abrir pelo menos uma data em sua turnê
norte-americana de 1981, mas a banda declinou do convite, pois estava
focada em terminar seu novo álbum.





Em
julho de 1981, a banda começou a trabalhar no álbum, no EMI
Pathe-Marconi Studios, em Paris, na França, com o produtor Robert
John "Mutt" Lange, mas ficaram insatisfeitos com o som,
optando por gravar as faixas básicas em um antigo armazém na
periferia da cidade com o auxílio do estúdio móvel Mobile One.







Malcolm Young





Os
vocais foram adicionados mais tarde, no Family Sound studio e os
overdubs feitos no HIS Studios.





Em
setembro, o álbum foi finalizado. Em Novembro de 1992, o guitarrista
Malcolm Young recordou a Mark Blake, da Metal CD: "Eu não
acho que ninguém, nem mesmo a banda ou o produtor, poderia dizer se
ele soou certo ou errado. Todo mundo estava farto de todo o álbum".





Em
2006, o engenheiro de som Tony Platt afirmou no AC/DC: Maximum
Rock & Roll
: “Eu acho que houve um sentimento geral de que
Back in Black foi o auge de como o AC/DC deveria sempre ser
produzido. For Those About to Rock estava um pouco 'superproduzido'
em termos do que a banda deveria estar”.





A
capa do álbum, embora simples, também se tornou uma imagem icônica
do grupo australiano. Vamos às faixas:





FOR
THOSE ABOUT TO ROCK (WE SALUTE YOU)





Um dos riffs mais icônicos criados pela banda abre os trabalhos na faixa-título. O ritmo é lento, com o peso na dose certa, tudo isto recheado por uma das mais impressionantes atuações do vocalista Brian Johnson à frente do AC/DC. Os tiros de canhões ajudam a dar um ar épico à composição. Enfim, uma das melhores canções da história do Rock. 





A
letra fala do sentimento sobre a própria banda:





We're
just a battery for hire with the guitar fire
Ready and aimed at
you
Pick up your balls and load up your cannon
For a twenty-one
gun salute





“For
Those About to Rock” é um dos maiores clássicos do AC/DC.










O
título e o tema central da canção são baseados em uma saudação
antiga usada por prisioneiros romanos a serem executados no Coliseu:
“Ave, Caesar, morituri te salutant” ( “Ave, César, nós, os
que estão prestes a morrer, o saudamos” - em inglês: “Hail
Caesar, we who are about to die, salute you”).





No
entanto, Angus Young disse mais tarde que a inspiração para os
canhões veio de uma fonte muito diferente. A banda estava
trabalhando nas primeiras gravações da canção no mesmo dia do casamento da
Princesa Diana, do Reino Unido, e o evento era transmitido pela TV.





Segundo
a lenda, Angus recordou que “alguém assistia ao casamento no
quarto ao lado... nós estávamos tocando uma parte da música,
quando os canhões foram saindo e nós paramos um segundo e foi...
hmmm... realmente parece muito bom”.





Esta
coincidência também levou a um canhão ser o destaque na capa do
álbum e do single, bem como canhões de Napoleão, em tamanho
natural, tornarem-se um atrativo regular nos shows do AC/DC. Os
canhões, disparados durante a execução da canção, são
misturados com fogos de artifício.





Lançada
como single, conquistou a 15ª posição da principal parada
britânica desta natureza.





Nos
esportes norte-americanos, a faixa é usada em larga escala, por
equipes como o New England Patriots (NFL), Columbus Blue Jackets
(NHL) e Houston Texans, (também da NFL). Aparece no filme Jerry
Maguire
(1996), dirigido por Cameron Crowe e estrelado por Tom
Cruise.





Outra
vez no cinema, o filme School of Rock (2003), dirigido por
Richard Linklater e estrelado por Jack Black, utiliza expressões
ligadas à música, com a personagem de Black dizendo: “For those
about to rock, I salute you!”.





A
banda Godflesh fez uma versão para “For Those About to Rock”. A
canção também é utilizada pelo grupo Slipknot antes de adentrar
ao palco para um show.













PUT
THE FINGER ON YOU





Já na segunda faixa, o grupo deixa de lado o peso mais intenso da primeira música, apostando mais em uma melodia maliciosa, embora a velocidade tenha sido aumentada. Johnson faz bons vocais, mas as guitarras não aparecem tanto.





A
letra possui conotação sexual:





Sneaking
up on your front door
You can feel it on your ankle
Feel it on
your knee
Feel it on your thigh
Can you feel me?













LET'S
GET IT UP





"Let's Get It Up" apresenta um riff muito bom, com as doses de intensidade e malícia típica dos melhores momentos do estilo Hard Rock. Desta forma, a massa sonora se casa perfeitamente com a forma "safada" como Brian Johnson interpreta a letra na música. Certamente uma das composições mais subestimadas do AC/DC. Ótimo solo de Angus Young na guitarra.





Novamente,
a letra é de conotação sexual:





Loose
lips, sink ships
so come aboard for a pleasure trip
it's high
tide so let's ride
the moon is rising and so am I
I'm gonna get
it up
Never gonna let it up
Crusing on the seven seas
A
pirate on my knobby knees
I'll never go down, never go down










Lançada
como single, atingiu a 44ª colocação na principal parada
norte-americana desta natureza, conquistando a 13ª posição na
correspondente britânica.













INJECT
THE VENOM





Forte e intensa, com boas doses de peso, assim é "Inject the Venom". O riff primordial da música é excelente, tornando a composição uma das mais pesadas de todo o álbum. Angus, como de costume, brilha na guitarra, mas o grande destaque vai para a atuação magistral dos vocais de Brian Johnson, dando a intensidade perfeita que a parte sonora exige.





A
letra possui sentido de determinação:





Got
no heart, no - feel no pain
Take your soul and - leave a
stain
Come choose your victim
Take him by surprise
Go in
hard and get him right between the eyes and













SNOWBALLED





Em "Snowballed", o grupo aposta na fórmula de uma música curta, simples e rápida, apenas cadenciando o ritmo em um refrão bem enxuto. O riff principal é legal, Johnson atua de maneira competente nos vocais e o solo é bem convincente.





A
letra é em tom de rebeldia:





Crashed
out on the market, out (blood) on the floor
Busted man on
show
Bundled out of the City, out of the door
Thrown up against
the wall
Put out of the picture
Axe about to fall walk before
you throw (cry)













EVIL
WALKS





"Evil Walks" apresenta um ritmo mais cadenciado, embora simples. O riff principal é bem legal, mas, para o Blog, a mixagem final deixou ausente uma dose de peso que seria primordial para elevar a composição (e que está presente no refrão, o qual é excelente). Angus faz um solo de guitarra muito especial na metade final da música. Boa aparição do baixista Cliff Williams.





A
letra pode ser interpretada com temática de magia:





C'mon
weave your web
Drown in your ocean
You got 'em tied to your
bed
With your dark, dark secrets
And your green, green eyes
You
black widow













C.O.D.





"C.O.D." é a menor canção do disco e vai diretamente ao ponto em seus poucos mais de 3 minutos. O riff é cheio de malícia e com a dose necessária de peso. Bom refrão e belo solo de guitarra do Angus Young. Bem legal.





A
letra é em tom de gozação, brincando com uma doença venérea:





The
call of a dog
Cry of a bitch!
The sign of the sinner's
The
size of his itch, yeah!













BREAKING
THE RULES





Nesta faixa, o AC/DC aposta em um andamento mais lento e o ritmo arrastado é embalado pela voz de Brian Johnson e o baixo de Cliff Williams dita o ritmo. O solo de guitarra de Angus Young conta com muito feeling.





A
letra pode ser entendida como uma crítica aos políticos:





They
got regulation ties
Regulation shoes
Those regulation
fools
With their regulation rules













NIGHT
OF THE LONG KNIVES





A música é uma das típicas canções que o grupo fazia nos anos 80, ou seja, indo direto ao ponto com um riff simples e com algum peso. O refrão, mais arrastado, ficou legal, muito graças à boa performance de Brian Johnson.





A
letra é sobre a “Noite das Facas Longas”, ocorrida na Alemanha
Nazista, em 1934:





Where's
that saviour, where's that lay?
When you're praying for your
life
Who's that fighting back to back?
Who's defending whose
attack?













SPELLBOUND





A décima - e última - faixa de For Those About to Rock (We Salute You) é "Spellbound". Logo de cara o ouvinte sente que o peso estará presente na derradeira música do disco. O riff principal é bem pesado e o andamento é mais lento e arrastado. A canção flerta mais proximamente ao Heavy Metal clássico, com um ar sombrio, especialmente em se tratando de AC/DC. O solo de guitarra de Angus Young é ótimo, mas o brilho mais intenso é para a soberba atuação de Brian Johnson.





A
letra pode ser inferida como um sentimento de resignação:





I'm
sliding on an oil slick
Blinded on a bad trip
Yes and nothing's
going to change it
I can do nothing right
Can't even sleep at
night
My feet have left the ground
I'm spinning round and round













Considerações
Finais





Baseado
no sucesso de sua faixa-título e de seu álbum anterior, For Those
About to Rock We Salute You
acabou, também, fazendo bastante barulho
e sendo muito bem-sucedido.





O
álbum atingiu a magnífica 1ª posição da principal parada
norte-americana de discos, a Billboard. Também conquistou a
excepcional 3ª colocação na sua correspondente britânica. Ainda
ficou com os 3º, 4º e 1º lugares nas paradas de Austrália, Canadá
e França, respectivamente.





Este
é o único álbum de estúdio do AC/DC para o qual o grupo não
filmou vídeos promocionais. Algumas performances ao vivo das 3
primeiras faixas do álbum (assim como outras faixas de outros
discos) foram filmadas em shows, em Maryland (EUA), nos dias 20 e 21 de
dezembro de 1981, sendo usadas como material promocional e vistas em
muitos canais de música naquele período.





Após
o lançamento do disco, a banda embarcou em sua primeira turnê (em
grandes arenas) pela América do Norte, do final de 1981 até o
início de 1982.





Para
a faixa-título, grandes canhões foram colocados no palco, prontos para irem de acordo com a canção no álbum. Durante a turnê, foram
utilizadas luzes com mais de 100.000 watts de potência no palco.





Os
canhões ficavam acima das matrizes de alto-falantes. A popularidade
da faixa-título foi tal que em quase todos os concertos ao vivo que
o AC/DC fez depois de seu lançamento, a música é executada como
encerramento dos shows e é sempre acompanhada por uma salva de tiros
de canhões no palco.





Curiosamente,
turnês posteriores tiveram que lidar com a passagem dos grandes
canhões utilizados nos shows em fronteiras internacionais, criando
situações estranhas com funcionários aduaneiros.





A
crítica especializada recebeu o álbum de maneira positiva. A
revista Rolling Stone dá ao trabalho uma nota 4 de um máximo de 5.
Já o crítico Steve Huey, do AllMusic, dá ao disco uma nota 3 de um
máximo de 5, atestando: “a própria banda abrandou o ritmo
frequentemente, parecendo menos agressiva e inspirada. Há ainda
algum material decente aqui – como a faixa-título”.





Para
o álbum seguinte, Flick of the Switch (1983), o AC/DC rompeu
com o produtor Robert John “Mutt” Lange, em uma tentativa de seu
som voltar a soar menos produzido.





Estima-se
que For Those About to Rock We Salute You supere a casa dos 4 milhões
de cópias vendidas apenas nos Estados Unidos.













Formação:


Brian
Johnson - Vocal


Angus
Young - Guitarra


Malcolm
Young - Guitarra, Backing Vocals


Cliff
Williams - Baixo, Backing Vocals


Phil
Rudd - Bateria, Percussão





Faixas:


01.
For Those About to Rock (We Salute You) (Johnson/Young/Young) - 5:44


02.
Put the Finger on You (Johnson/Young/Young) - 3:25


03.
Let's Get It Up (Johnson/Young/Young) - 3:54


04.
Inject the Venom (Johnson/Young/Young) - 3:30


05.
Snowballed (Johnson/Young/Young) - 3:23


06.
Evil Walks (Johnson/Young/Young) - 4:23


07.
C.O.D. (Johnson/Young/Young) - 3:19


08.
Breaking the Rules (Johnson/Young/Young) - 4:23


09.
Night of the Long Knives (Johnson/Young/Young) - 3:25


10.
Spellbound (Johnson/Young/Young) - 4:30





Letras:


Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/ac-dc/




Opinião
do Blog:



Back in Black mudou a vida do AC/DC de uma forma completa e definitiva. Vendeu - e até hoje vende - horrores e elevou a banda australiana ao patamar das maiores bandas de Rock de todos os tempos. O conjunto passou a se apresentar em arenas lotadas e ser atração principal em diversos festivais pelo mundo.





A estreia de Brian Johnson não poderia ter sido mais exitosa. Sua voz e o seu jeito de cantar se casaram de maneira sublime com a sonoridade da banda, mesmo que seu estilo fosse particularmente diferente de seu antecessor, o saudoso Bon Scott.





Imagine, caro leitor, que não deve ter sido fácil pensar e compor um sucessor para um álbum tão bem-sucedido como Back in Black. E agora, mais de 30 anos depois, pode-se dizer que o AC/DC cumpriu a tarefa de maneira exitosa.





É claro que o AC/DC se comporta de maneira muito orgânica. A seção rítmica funciona de modo muito simples, ditando o andamento das composições. Malcolm Young é como um relógio suíço, impecável na guitarra-base, permitindo que o outro guitarrista, seu irmão Angus, voe alto nos solos.





Mas o maior brilho individual de For Those About to Rock We Salute You é do vocalista Brian Johnson. Para o Blog, é neste álbum que Brian tem sua melhor atuação à frente da banda, talvez, até em um nível superior ao do antológico álbum anterior.





Confira as letras, elas seguem o padrão do AC/DC, em sua maioria, no melhor estilo "Sexo, drogas e rock 'n' roll".





For Those About To Rock não está no mesmo patamar de Back in Black, claro, mas isto não é demérito algum, já que este é uma pedra preciosa do Rock. Um dos problemas de 'For Those' é sua produção exagerada que retira um pouco da crueza e rusticidade do AC/DC, parte constituinte de seu DNA. Uma mixagem mais "pobre" faria uma faixa como "Evil Walks" soar de maneira melhor. Talvez, o produtor "Mutt" Lange tenha exagerado na dose.





Mas o disco traz algumas canções que estão entre as mais interessantes da carreira da banda com Brian Johnson nos vocais e que, não se sabe o porquê, permanecem em um limbo, esquecidas pelos fãs.





Claro, só a imortal, antológica e inacreditável faixa-título já valeria o álbum. "For Those About to Rock (We Salute You)" briga ferozmente pelo lugar de canção que sintetiza tudo que o AC/DC representa para o mundo do Rock.





A animada "Let's Get It Up" é uma típica música do conjunto, construída com as doses exatas de peso e malícia. A pesada "Inject the Venom" conquista com um riff precioso e criativo.





Ainda se tem a pesada "Spellbound", contando com uma atuação soberba de Brian Johnson, muito peso em um flerte deliberado com o Heavy Metal. Música especial na discografia da banda.





Enfim, For Those About to Rock We Salute You é mais um álbum do AC/DC a aparecer no Blog. A banda é, bem possivelmente, a mais querida pelo blogueiro e um de seus álbuns mais importantes não poderia deixar de aparecer por aqui. É uma das boas amostras do talento do vocalista Brain Johnson e ainda apresenta o grupo australiano muito próximo de seu ápice criativo. Álbum muito bem recomendado pelo Blog!