NIGHT RANGER - DAWN PATROL (1982)







Dawn
Patrol é o álbum de estreia da banda norte-americana Night Ranger.
Seu lançamento oficial aconteceu em novembro de 1982, através do
selo Boardwalk Records. As gravações ocorreram durante aquele mesmo
ano e a produção ficou por conta de Pat Glasser.











Hoje
o Blog vai focar no primeiro álbum de estúdio do Night Ranger, o
qual, ao lado do Kix, é uma das bandas pioneiras no estilo que
ficaria conhecido pelo nome de Glam Metal, a principal vertente do
Hard Rock norte-americano durante os anos 80. Como nossos leitores
estão acostumados, um breve histórico sobre o conjunto antecederá
o consagrado faixa a faixa.





Para
se buscar as origens do Night Ranger, vai-se voltar no tempo, ao
final da década de 1970.





Jerry
Martini, um norte-americano nascido em Denver, foi um dos músicos
associados ao surgimento da famosa banda de Funk, Soul, R&B,
entre outros estilos musicais, chamada Sly and the Family Stone. Ele
se apresentou com o grupo desde o seu início, em 1967, até sua
primeira dissolução, em 1975.





Ainda
em 1975, Martini apareceu no primeiro álbum solo do antigo líder de
sua ex-banda, Sly Stone, chamado High on You, o qual contava
com o hit “I Get High on You”.






em 1977, Martini tocou no álbum Now Do U Wanta Dance, o
quinto disco de estúdio do conjunto Graham Central Station, o qual
era liderado por outro ex-membro do Sly and the Family Stone, o
baixista Larry Graham.





Depois
disso, a nova empreitada de Jerry Martini foi formar sua própria
banda, com foco na música Funk norte-americana.





O
grupo foi batizado de Rubicon.





Formavam
o conjunto, obviamente além de Jerry Martini, os seguintes músicos:
Greg Eckler (vocal e bateria), Brad Gillis (guitarra), Max Haskett
(vocal), Dennis Marcellino (sax e vocal), Jim Pugh (teclados) e Jack
Blades (baixo).







Jack Blades





O
Rubicon chegou a gravar 2 álbuns no final da década de 70. O
primeiro, autointitulado, saiu em 1978, gerando sua única música de
sucesso: o single “I'm Gonna Take Care of Everything”.





“I'm
Gonna Take Care of Everything” chegou ao 28º lugar da principal
parada norte-americana de singles, nela permanecendo por 11 semanas.






em 1979, saiu o segundo álbum de estúdio do Rubicon, America
Dreams
, o qual foi incapaz de gerar qualquer hit parecido com o
trabalho anterior.





Sem
retorno comercial, a decisão de Martini, em conjunto com os demais
músicos, foi a dissolução do Rubicon.





E é
aí que começa a história do Night Ranger.





Após
o fim do Rubicon, em 1979, o baixista Jack Blades formou um trio
musical de estilo totalmente diferente de sua banda anterior, com a
musicalidade calcada no Hard Rock setentitsta.





Para
tanto, Blades convidou outros 2 membros do extinto Rubicon: o
baterista Kelly Keagy e o guitarrista Brad Gillis.





Inicialmente,
o projeto foi batizado simplesmente de Stereo. Logo depois, o trio
adicionou um tecladista, Alan Fitzgerald.





Alan
Fitzgerald era um músico experiente. Ele havia sido baixista da
lendária banda do Hard Rock setentista, o Montrose, gravando os
álbuns Paper Money (1974) e Warner Brothers Presents...
Montrose!
(1975).





Depois
disso, Alan Fitzgerald tomou parte na banda que apoiava a
carreira-solo do grande Sammy Hagar (o qual havia sido vocalista do
Montrose). Com Hagar, gravou os álbuns Nine on a Ten Scale
(1976), Sammy Hagar (1977) e o ao vivo All Night Long
(1978).





Ainda
em 1978, Fitzgerald gravou a estreia da carreira-solo do guitarrista
Ronnie Montrose, Open Fire, um álbum instrumental no qual
Alan atuou como baixista.





Alan
ainda seguiu Ronnie Montrose em seu, então, novo projeto, o grupo
chamado Gamma e que tinha como vocalista Davey Pattison. Com o Gamma
gravou seu disco de estreia, Gamma 1, de 1979, atuando
novamente como baixista.





Logo
após se juntar ao Stereo, Fitzgerald sugeriu a adição de um
segundo guitarrista, transformando o conjunto de um trio para um
quinteto. O nome indicado por Alan foi Jeff Watson, um guitarrista
virtuoso, que liderava sua própria banda no norte da Califórnia.







Brad Gillis





Desta
forma, as sementes para uma nova banda de Hard Rock melódico foram
semeadas, mudando seu nome para simplesmente Ranger.





Sob
o nome de Ranger, o grupo se apresentou bastante até conseguir um
contrato com a gravadora Boardwalk Records, em 1982. E começou a
trabalhar em seu primeiro álbum de estúdio, Dawn Patrol.





As
primeiras edições do álbum foram impressas e estavam prontas para
serem enviadas às lojas quando se descobriu que havia uma banda
country, da Califórnia, com o mesmo nome. Chamada de The Rangers, o
tal conjunto reivindicou uma violação de marca registrada.





Assim,
banda que se chamava Ranger, decidiu nomear-se Night Ranger, devido a
uma canção que Blades havia composto para o álbum.





A
gravadora destruiu as cópias impressas com o nome da banda como
simplesmente Ranger.





Dawn
Patrol
faz jus ao seu nome, com uma capa que mostra um sistema de
vigilância.





Vamos
às faixas:





DON'T
TELL ME YOU LOVE ME





Os teclados de Alan Fitzgerald se destacam, logo de início, em "Don't Tell Me You Love Me", com uma sonoridade típica dos anos oitenta. A música possui um ritmo urgente, com a seção rítmica bastante acelerada. Ótimos solos de guitarras. 





A
letra possui conotação sexual:





It
ain't the way you move


It
ain't the way that you move me


Oh
no


It
ain't the way you shake


It
ain't the way that you shake me


Oh
no


It's
been 25 years, I'm a kid on the run


I've
got a pistol for action













“Don't
Tell Me You Love Me” foi lançada como single para promover Dawn
Patrol
e acabou muito bem-sucedida nos Estados Unidos.





Atingiu
a boa 40ª posição da principal parada de singles norte-americana.
Também ficou a 92ª colocação da lista Top 100 Hard Rock Songs,
do canal de televisão VH1.













SING
ME AWAY





"Sing Me Away" possui um ritmo mais cadenciado, com destaque para uma guitarra mais intensa, ao fundo, e a liderança melódica dos teclados de Fitzgerald. O refrão é mais suave e "meloso", com predominância ainda maior dos teclados. Bons vocais de Jack Blades.





A
letra possui conotação romântica:





Sometimes
I sit and I dream on for hours


Sometimes
my hours they turn into days


I
dream of a girl I once knew as a schoolboy


She
is the one who could sing me away


But
she is a long ways away


And
I want to be with her today


I'll
think of a way I can get back


Oh
I'd run all the way back home













“Sing
Me Away” foi outro single lançado para promoção do disco. Também
fez algum barulho em termos da principal parada norte-americana desta
natureza, alcançando a 54ª posição.













AT
THE NIGHT SHE SLEEPS





Nesta faixa, o Night Ranger aposta em um ótimo riff de guitarra, forte e intenso, como a base da composição. O ritmo é cadenciado, em uma pegada Hard Rock, mas muito melódico. A bateria de Kelly Keagy também se mostra marcante. Os solos de guitarra também são bons.





A
letra pode ser inferida sobre solidão:





With
tears in her eyes


She
remembers his smile


As
she studies the photograph


They
were together


She
held his hand and it broke my heart


They
were forever


Then
she turned around and he was gone


At
night she sleeps













CALL
MY NAME





Fitzgerald cria um clima mais melancólico em uma introdução suave, mas triste. Com o tempo as guitarras se apresentam, complementando o ritmo ditado pelos teclados. "Call My Name" é uma balada, mas com força e intensidade, especialmente no refrão. Ótima música.





A
letra se refere a um relacionamento:





I
hear your voice over the sound of the city


I
hear you call my name


And
I hear that now you spend you life feeling pity


But
who am I to blame


I
see that some things never change


Summer
kisses never last through September


I
thought you'd understand


That
holding hands ain't exclusive to lovers


Guess
it was part of your plan


The
tender moments were part of your plan













EDDIE'S
COMIN' OUT TONIGHT





Nesta canção, a banda aposta na alternância de passagens, ora mais suaves e lentas, ora mais pesadas e intensas. É notória a dominância melódica dos teclados de Fitzgerald, mas as guitarras estão muito presentes também. Bons vocais de Blades, nesta faixa bem interessante. 





A
letra menciona liberdade:





In
the alley's where he's king


He
got a grin on his face


He
says he loves the rat race


He
always plays to win













CAN'T
FIND ME A THRILL





Em "Can't Find Me a Thrill", quem dita o ritmo são as guitarras. Mais fortes e, talvez, com mais distorção, elas se fazem dominantes nesta composição. Os vocais de Blades são mais agressivos, mas o destaque vai para a dupla de guitarristas Jeff Watson e Brad Gillis.





A
letra fala sobre limites:





Cocaine
and women


They
treat you the same


Set
you up for the nightlife


And
leave you ashamed


One
too many habits


And
none ever satisfy me













YOUNG
GIRL IN LOVE





Em "Young Girl in Love", é nítida uma forte influência AOR, com um ritmo cadenciado, muitos teclados e guitarras presentes. A melodia é mais suave e o clima 'festivo', com os vocais de Blades sendo o destaque.





A
letra fala sobre uma jovem garota apredendo a viver:





Young
girl in love


So
you found yourself a lover


No
nights of lonliness


You
gave them all you had to give


With
a touch and a tender kiss


Then
you found yourself in trouble


It
was love or so it seemed


Then
he turned his head


And
walked away













PLAY
ROUGH





"Play Rough" começa mais lenta, mas apresenta guitarras mais fortes e presentes. A sonoridade é bem típica do Hard Rock oitentista, com peso, mas muita melodia. Boa faixa, em especial, os solos dos guitarristas, com muito feeling.





A
letra é simples e fala sobre determinação:





You
wanna play rough tonight


Better
think once better think twice


You
wanna play rough tonight


It's
all in the way that you roll the dice


You
wanna play rough tonight


Gonna
get hurt better think twice













PENNY





Para o Blog, é impossível ouvir "Penny" e não se lembrar imediatamente do Van Halen, mesmo que no refrão a pegada inicial da composição se abrande, momento no qual os teclados de Fitzgerald predominam. Ótimos vocais de Blades.





A
letra é sobre um relacionamento:





Penny
it's not that I don't really understand


It's
crazy to me


I
took you to see all the stars in the sky


They
twinkle in your eyes


There
isn't a doubt


It's
what you're talking about













NIGHT
RANGER





A décima - e última - faixa de Dawn Patrol é "Night Ranger". Na derradeira música do álbum, o grupo flerta com o Heavy Metal, empregando mais peso e intensidade à composição, com a seção rítmica muito constante, incluindo um momento totalmente NWOBHM no meio da canção! Fecha o disco com chave-de-ouro!





A
letra é simples, mencionando um vigilante noturno:





In
the cool city


In
the heat of the night


Looking
for adventure


On
the face of the light


A
Colorado school boy


Put
his days on the line


Nights
out of paperback


"Catcher
In The Rye"













Considerações
Finais





Catapultado
por 2 singles de sucesso, Dawn Patrol acabou se saindo muito
bem, especialmente se levando em conta o fato de ser um debut.





O
disco acabou atingindo a boa 38ª posição da principal parada de
álbuns dos Estados Unidos, a Billboard.





A
crítica especializada acabou recebendo o trabalho de forma positiva.
Eduardo Rivadavia, do site All Music, dá ao álbum 4 de um máximo
de 5 estrelas e afirma: “Ao contrário de muitos de seus
contemporâneos do Glam Metal, o primeiro trabalho do Night Ranger
envelheceu muito bem, e esta excelente estreia, de 1982, é um
segredo bem guardado do gênero”. E complementa: “E apesar de
oferecer a balada obrigatória em “Call My Name” (que é
realmente muito boa), a banda raramente permite que o nível de
intensidade do álbum diminua”.





O
grupo saiu em turnê, como banda de abertura para nomes de peso, como
ZZ Top e Ozzy Osbourne. Este último havia empregado Brad Gillis como
guitarrista substituto para Bernie Torme, o qual havia sido, também,
um substituto provisório do então recentemente falecido guitarrista
Randy Rhoads, morto em março de 1982.





Brad
Gillis ajudou Osbourne a encerrar sua turnê e aparece no álbum ao
vivo de Ozzy, Speak of the Devil, também lançado em novembro
de 1982 e cujas gravações ocorreram em apresentações dos dias 26
e 27 de setembro daquele mesmo ano.





Depois
que o selo Boardwalk Records quebrou, o produtor Bruce Bird assegurou
ao Night Ranger um contrato com a gravadora MCA Records, através de
sua subsidiária, a Camel, em 1983.





Em
outubro de 1983, o Night Ranger lançaria seu segundo álbum de
estúdio, o grande sucesso Midnight Madness.













Formação:


Jack
Blades - Baixo, Vocal


Jeff
Watson - Guitarras


Brad
Gillis - Guitarras


Alan
Fitzgerald - Teclados


Kelly
Keagy - Bateria





Faixas:


01.
Don't Tell Me You Love Me (Blades) - 4:19


02.
Sing Me Away (Keagy/Blades) - 4:09


03.
At Night She Sleeps (Keagy/Blades) - 4:08


04.
Call My Name (Blades) - 3:42


05.
Eddie's Comin' Out Tonight (Blades) - 4:26


06.
Can't Find Me a Thrill (Blades) - 3:19


07.
Young Girl In Love (Keagy/Blades) - 3:32


08.
Play Rough (Blades) - 4:14


09.
Penny (Blades) - 3:47


10.
Night Ranger (Blades) - 4:22





Letras:


Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/night-ranger/




Opinião
do Blog:



Em todos estes anos de Rock: Álbuns Clássicos já ficou evidente que a sonoridade dos anos 80 que se convencionou chamar de Glam Metal é uma das preferidas de quem faz o site. Várias bandas do estilo apareceram por aqui.





O Glam Metal tornou ainda menor a tênue linha que separa o Hard Rock do Heavy Metal. No início dos anos 80, algumas bandas norte-americanas se inspiraram em grandes nomes do Hard setentista dos Estados Unidos como Aerosmith, KISS e, principalmente, o Van Halen e misturaram com o Heavy Metal que os britânicos estavam criando na NWOBHM e criaram uma nova vertente do Hard Rock.





O estilo estourou mesmo quando o Quiet Riot lançou Metal Health, em 1983, mas agora estamos tratando dos pioneiros da criação desta vertente. Como foi dito, Kix e Night Ranger dividem muito dos méritos quanto ao pioneirismo do Glam Metal.





Se em 1981, o Kix, em sua estreia, flertou deliberadamente com o Heavy Metal, o Night Ranger buscou mais elementos do Hard Rock no seu primeiro trabalho. Uma sonoridade não tão pesada e com muitos toques do AOR, um estilo muito em alta naquele momento.





A influência do supracitado AOR é mais evidente na forma com que os teclados de Alan Fitzgerald dominam boa parte de Dawn Patrol. Por muitos momentos do álbum, ele é o responsável por ditar toda a linha melódica das canções.





Jeff Watson e Brad Gillis também são ótimas presenças no disco, especialmente em solos rápidos, eficientes e com muito feeling. A seção rítmica é competente e o trabalho dos vocais de Jack Blades são outra grande qualidade do trabalho. As letras são absolutamente comuns.





Para o RAC, o álbum não possui momentos menores, sendo bem coeso e uniforme. Mas é possível apontar as prediletas.





"Don't Tell Me You Love Me" mostra esta pegada mista de Hard Rock/AOR e aponta para o futuro. Assim também o é a ótima "Sing Me Away", com uma sonoridade ainda mais próxima do Hard Rock oitentista. A balada "Call My Name" possui a cara dos anos 80.





Mas o Night Ranger também flerta com o Heavy Metal na ótima "Can't Find Me a Thrill" e na sensacional "Night Ranger", uma das melhores composições do grupo.





Concluindo, Dawn Patrol é um álbum importante para os fãs do Glam Metal, não apenas pelo seu pioneirismo, mas também por apontar para uma das sonoridades que seria dominante nos anos oitenta quando se trata de música mais pesada. O Night Ranger é uma ótima banda e fez um grande disco de estreia. Extremamente recomendado para fãs do estilo, como é o caso de quem faz o Blog!


NIGHT RANGER - DAWN PATROL (1982)


Dawn Patrol é o álbum de estreia da banda norte-americana Night Ranger. Seu lançamento oficial aconteceu em novembro de 1982, através do selo Boardwalk Records. As gravações ocorreram durante aquele mesmo ano e a produção ficou por conta de Pat Glasser.

DIRE STRAITS - DIRE STRAITS (1978)







Dire
Straits é o primeiro álbum de estúdio da banda de mesmo nome, ou
seja, o Dire Straits. Seu lançamento oficial aconteceu em 7 de
outubro de 1978 através dos selos Vertigo e Warner Bros. As
gravações ocorreram entre 13 de fevereiro e 5 de março daquele
mesmo ano, no Basing Street Studios, em Londres, na Inglaterra. A
produção ficou por conta de Muff Winwood.











O
Blog traz pela primeira vez outro famoso e conhecido grupo, o Dire
Straits, o qual ainda não havia aparecido por aqui. Brevemente, será
contada a história da formação do conjunto para depois se passar
ao faixa a faixa.





A
história do Dire Straits se confunde com a de seu líder, o
guitarrista e vocalista Mark Knopfler. E é a partir dele que o Rock:
Álbuns Clássicos
começará a contá-la.





Mark
Knopfler nasceu em Glasgow, na Escócia, em 12 de agosto de 1949. Seu
irmão, David, também nasceu em Glasgow, em 1952.





Durante
os anos 60, já morando no nordeste da Inglaterra, Mark formou e se
juntou a bandas colegiais, enquanto ouvia cantores como Elvis Presley
e guitarristas do porte de Chet Atkins, Scotty Moore, B.B King,
Django Reinhardt, Hank Marvin e James Burton.





Aos
16 anos, Mark fez uma aparição na televisão local, como parte de
um dueto, com seu colega Sue Hercombe.





Em
1968, depois de estudar jornalismo por um ano na Harlow College, Mark
Knopfler foi contratado como repórter júnior, na cidade inglesa de
Leeds, para trabalhar no jornal local chamado Yorkshire Evening
Post
.





Dois
anos mais tarde, ele se decidiu a continuar com seus estudos,
graduando-se em Licenciatura em Inglês, na Universidade de Leeds.





Em
abril de 1970, enquanto vivia em Leeds, Mark Knopfler gravou a demo
de uma canção original, a qual havia escrito, chamada “Summer's
Coming My Way”. Na gravação, a formação continha Knopfler
(guitarra e vocal), Steve Phillips (guitarra), Dave Johnson (baixo) e
Paul Granger (percussão). Johnson e Granger, mais o vocalista Mick
Dewhirst, tocaram com Knopfler em uma banda chamada Silverheels.





Em
1973, Knopfler se mudou para Londres, juntando-se a uma banda chamada
Brewers Droop, aparecendo no álbum The Booze Brothers.





Uma
noite, ao passar um tempo com os amigos, a única guitarra disponível
para brincar era uma velha e acústica, em estado tão precário que
era praticamente impossível de se tocar. Mesmo assim, Mark descobriu
que a única maneira de tocá-la era não usar palhetas, usando
diretamente seus dedos.





Ele
disse, em uma entrevista posterior, “Isso foi quando eu encontrei a
minha “voz” na guitarra”.





Após
um breve período com o Brewers Droop, Mark Knopfler conseguiu um
emprego como professor na Loughton College, em Essex - uma posição
a qual ocupou por três anos.







Mark Knopfler





Durante
todo esse tempo, ele continuou tocando em bandas locais, nos
tradicionais Pubs londrinos, incluindo um grupo chamado Café Racers.
Ele também formou um duo com o bluesman Steve Phillips chamado The
Duolian String Pickers.





Em
meados da década de 1970, Knopfler dedicou grande parte de suas
energias musicais para seu grupo, o Café Racers.





Seu
irmão, David, mudou-se para Londres, onde dividia um apartamento com
John Illsley, um guitarrista que havia a pouco se mudado para o
baixo.





Em
Abril de 1977, Mark desistiu de seu apartamento em Buckhurst Hill e
foi morar com David e John. Os três começaram a tocar música
juntos, e logo Mark convidou John para se juntar ao Café Racers.





Assim,
o começo do Dire Straits se inicia no ano de 1977, em uma região no
sudeste de Londres chamada Deptford.





Os
irmãos Mark (guitarra e vocal) e David Knopfler (guitarra) se
juntaram ao baixista John Illsley e ao baterista Pick Withers para
formarem uma nova banda.





O
nome do conjunto teria surgido através de um colega de quarto e
músico do baterista Pick Withers enquanto o grupo ensaiava na
cozinha de um amigo chamado Simon Cowe.





A
banda gravou uma fita demo, de cinco músicas, que incluía seu
futuro hit, “Sultans of Swing”, bem como “Water of Love”,
“Down to the Waterline”, “Wild West End” e “Sacred Loving”,
esta, uma composição de David Knopfler.





Após
uma apresentação no Rock Garden, em 1977, o grupo levou uma fita
demo para a gravadora MCA, mas foi rejeitada.





Em
seguida, a banda procurou um DJ, Charlie Gillett, o qual tinha um
programa de rádio, chamado “Honky Tonk”, na BBC Radio London. O
grupo, simplesmente, queria conselhos, mas Gillett gostou da música,
tanto que tocou “Sultans of Swing” em seu show.





Dois
meses depois, o Dire Straits assinou um contrato de gravação com a
Vertigo Records.





Em
Outubro de 1977, a banda gravou demos de “Southbound Again”, “In
The Gallery” e “Six Blade Knife” para a BBC Radio London; em
novembro, foram feitas demos de “Setting Me Up”, “Eastbound
Train” e “Real Girl”.






em fevereiro de 1978, o grupo passa a trabalhar em seu primeiro álbum
de estúdio, o qual teria o mesmo nome da banda: Dire Straits.







John Illsley





Dire
Straits
foi gravado no Basing Street Studios em Londres, de 13 de
fevereiro a 5 de março de 1978.





Mark
Knopfler usou diferentes guitarras para a gravação, incluindo duas
Fender Stratocaster vermelhas (um modelo de 1961 (número de série
68354) e uma de 1962 (número de série 80470)). Também utilizou uma
National Style O 14 fret guitar, de 1938 (número de série
B1844), em “Water of Love” e “Wild West End”; além de uma
Thinline Telecaster preta (número de série 226254) em
“Setting Me Up”.





O
álbum foi produzido por Muff Winwood e o engenheiro de som era Rhett
Davies.





A
arte da capa do disco foi retirada de uma pintura de autoria de Chuck
Loyola. O ícone Dire Straits Fender, que aparece na
contracapa, foi desenhado por Jeff Halpern.





Vamos
às faixas:





DOWN
TO THE WATERLINE





Já nos primeiros momentos da canção, o ouvinte sente a pegada diferente e criativa da guitarra de Mark Knopfler. O forte da composição é o seu ritmo malemolente e a beleza de sua melodia, além, claro, dos solos de guitarra de Mark. Ótimo começo!





A
letra pode ser interpretada como referência a despedidas:





She
can see him on the jetty where they used to go
She can feel him in
the places where the sailors go
When she's walking by the river
and the railway line
She can still hear him whisper
Let's go
down to the waterline





A
letra de “Down to the Waterline” descreve um breve encontro
sexual.





De
acordo com o irmão e companheiro de Mark Knopfler, David, as imagens
descritas na canção são baseadas em memórias de Mark ao caminhar
ao longo do rio Tyne, à noite, sob as luzes com sua namorada
enquanto ele era um adolescente.





Cary
Darling, da Billboard, elogia a letra, apontado-a como “incisiva”,
mas “não clichê”. O autor Joel McNally descreve como “a banda
aparece fora da névoa” para iniciar a música, observando que o
efeito soa como “não piegas”.





A
revista britânica Hi-Fi News & Record Review descreveu a canção
como “saltitante e incisiva”. O
guia The Rolling Stone Album Guide comentou sobre o “groove
galopante” da faixa.





“Down
to the Waterline”, mais tarde, apareceu no álbum ao vivo Live
at the BBC
(1995) e na coletânea Money for Nothing, de
1988.













WATER
OF LOVE





O baixo de John Illsley domina a faixa "Water of Love", ditando seu ritmo mais lento, mas repleto de uma melodia que remete à uma certa latinidade. A guitarra de Mark Knopfler corta a canção em diferentes momentos.





A
letra se refere a um relacionamento amoroso do passado:





Water
of love deep in the ground
But there ain't no water here to be
found
Some day baby when the river runs free
It's gonna carry
that water of love to me










Lançada
como single, não obteve maior repercussão em termos de paradas de
sucesso desta natureza.





“Water
of Love” é uma das cinco músicas as quais a editora de Knopfler
gravou em versões country e lançou demos, sem a aprovação de
Mark, levando a uma série de versões no estilo Country de suas
canções por artistas do gênero.





O
resultado foi a versão cover gravada pela dupla Country
norte-americana chamada The Judds, que apareceu em seu álbum River
of Time
(1989) e foi um single na Alemanha. Wynonna Judd forneceu
uma linha vocal descrita como “noturna e misteriosa” e o próprio
Knopfler tocou guitarra na versão das The Judds.





Alex
Bollard e Lex Vandyke também fizeram versões para a faixa.













SETTING
ME UP





Já em "Setting Me Up", é perceptível uma pegada que lembra a de grupos do Southern Rock, como The Allman Brothers Band e Lynyrd Skynyrd. A guitarra de Mark está "endiabrada", com solos aguçados e envolventes. Grande canção!





Novamente,
a letra fala de relacionamento amoroso:





You
think I care about your reaction
You think I don't understand
All
you wanted was a piece of the action
Now you talk about another
man





“Setting
Me Up” também foi elogiada pela crítica especializada quando de
seu lançamento com o álbum Dire Straits.





Faz
parte das 5 canções que já citamos acima, as quais foram lançadas
em versão Country. Assim, o grupo de música Country norte-americano
chamado Highway 101 fez uma versão para “Setting Me Up”, lançada
em seu álbum Highway 101², de 1988.





A
canção apareceu no disco duplo ao vivo de Eric Clapton, Just One
Night
, de 1980, com Albert Lee nos vocais. O próprio Albert Lee
havia feito uma versão para a faixa em seu álbum Hiding, de
1979, com harmonias vocais cantadas por Don Everly.













SIX
BLADE KNIFE





Novamente, há a pujança do baixo de Illsley dominando o ritmo de "Six Blade Knife", a qual possui um andamento mais arrastado e, simultaneamente, em contraponto, um ar sombrio. A base Bluesy permite que a guitarra de Mark se destaque de modo muito agradável. Outra grande música!





A
letra é uma brincadeira sobre riscos na vida:





Everybody
got a knife it can be just what they want it to be
A needle a wife
or something that you just can't see













SOUTHBOUND
AGAIN





"Southbound Again" é curta, mas repleta de melodia, contando com um ritmo envolvente e contagiante. Somente para variar, Mark Knopfler faz verdadeiras misérias com sua guitarra, de modo simples, mas repleto de feeling.





A
letra fala sobre memórias passadas:





Soutbound
again last night I felt like crying
Right now I'm sick of
living
But I'm going to keep trying













SULTANS
OF SWING





Uma das mais famosas e reconhecidas linhas de guitarra marca o início do clássico atemporal "Sultans of Swing". Tanto a seção rímica quanto a base de David Knopfler brilham, criando a sustentação melódica sobre a qual a guitarra de Mark deslancha seu feeling absurdo. Os vocais são corretos e a melodia, extremamente criativa, contagia o ouvinte. Composição excepcional!





A
letra é uma homenagem a diferentes músicos e canções:





And
Harry doesn't mind if he doesn't make the scene


He's got a
daytime job, he's doin' alright
He can play the "Honk Tonk"
like anything
Savin' it up for friday night
With the
"Sultans"
With the "Sultans of Swing"













A
inspiração para a canção teria vindo a Mark Knopfler após
assistir a uma banda de jazz, tocando no canto de um pub praticamente
deserto, em Deptford, no sul de Londres. Ao final de sua performance,
o vocalista do grupo anunciou que eles eram os “Sultans of Swing”,
e Knopfler encontrou o contraste entre a aparência deselegante do
grupo e dos arredores e seu nome divertidamente grandioso.





Após
ter sido gravada na demo que a banda apresentou ao DJ Charlie Gillet,
“Sultans of Swing” foi, em seguida, regravada, em fevereiro de
1978, na Basing Street Studios para o álbum de estreia da banda,
Dire Straits. Foi produzida pelo irmão de Steve Winwood
(Blind Faith, entre outros), Muff Winwood. Na gravação, Knopfler
usou a técnica de guitarra conhecida como finger picking. (Nota
do Blog:
o chamado Fingerstyle é uma técnica de tocar
violão/guitarra/baixo, em que se toca apenas com os dedos, sem o uso
da palheta. Ele é tocado predominantemente em guitarra acústica com
cordas em aço e é caracterizado esteticamente por uma orientação
em torno dos Blues).





Foi
lançada como single, em maio de 1978, sem causar muita comoção.
Mas, ao ser relançada, também como single, alcançou a excelente 8ª
posição na principal parada britânica desta natureza, atingindo a
estupenda 4ª colocação em sua correspondente norte-americana.





Aliás,
o single chegou a vender 200 mil cópias no Reino Unido. Também a
crítica especializada recebeu muito positivamente a composição.





O
extinto jornal britânico Record Mirror colocou “Sultans of Swing”
na décima posição de sua lista de melhores canções daquele ano.
Em 1992, a revista norte-americana Life, também colocou a música em
sua lista de 5 melhores canções do ano de 1979. Em 1993, Paul
Williams colocou a faixa em seu livro Rock and Roll: The 100 Best
Singles
.





A
música também faz parte da lista The Rock and Roll Hall of
Fame's 500 Songs that Shaped Rock and Roll
, feita pelo Hall da
Fama do Rock, nos Estados Unidos. Em 2006, a revista Mojo colocou
“Sultans of Swing” em sua lista 50 best British songs.






o solo de guitarra da composição alcançou a 22ª posição da
lista de melhores solos de guitarra, da revista norte-americana
Guitar World e, também, a 32ª colocação da lista greatest
guitar songs
, da revista norte-americana Rolling Stone.





Mark
Knopfler improvisou e expandiu o solo durante performances ao vivo. A
gravação presente no álbum ao vivo Alchemy, de 1984,
apresenta um dos improvisos de guitarra mais notáveis de Knopfler,
esticando a música para cerca de 11 minutos.





Outra
versão ao vivo memorável da composição veio em um concerto em
1988, na comemoração dos 70 anos de Nelson Mandela, em Londres,
quando Eric Clapton se juntou à banda para tocar a música, tocando
a guitarra-base. (Nota do Blog: Nelson Rolihlahla Mandela, foi
um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a
1999, considerado como o mais importante líder da África Negra,
vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1993, e pai da moderna nação
sul-africana, onde é normalmente referido como Madiba (nome
do seu clã) ou “Tata” (Pai)).





A
faixa principal da música (com um mais longo e sombrio final) é
destaque no game Guitar Hero 5 e no filme Argo, de
2012, dirigido e estrelado por Ben Affleck.





O
System of a Down incluiu uma versão curta da música em alguns de
seus sets ao vivo, com as letras alteradas de “We are the Sultans
of Swing” para “We are System of a Down”.













IN
THE GALLERY





O ritmo mais arrastado em conjunto com o baixo pulsante de Illsley denotam certa influência Reggae na musicalidade de "In the Gallery". Há passagens, especialmente próximo ao refrão, com uma levada muito suave e com a melodia bastante Pop. Ótimo solo de guitarra de Mark, bem no meio da execução da faixa.





A
letra conta a história do artista de Leeds, Harry Phillips:





No
lies he wouldn't compromise
No junk no bits of string
And all
the lies we subsidise
That just don't mean a thing
I've got to
say he passed away in obscurity
And now all the the vultures are
comming down from the tree
So he's going to be in the gallery













WILD
WEST END





"Wild West End" possui um ritmo bastante arrastado, com um andamento mais lento e belas linhas de guitarra. A melodia suave é envolvente, construindo uma linda balada, com boa atuação de Mark tanto na guitarra quanto nos vocais.





A
letra se refere a uma via chamada West End:





And
a gogo dancing girl yes I saw her
The deejay he say here's Mandy
for ya
I feel alright to see her
But she's paid to do that
stuff
She's dancing high I move on by
The close ups can get
rough
When you're walking in the wild west end













LIONS





A nona - e última - faixa de Dire Straits é "Lions". A canção também possui um andamento mais arrastado, sendo dominada pela boa atuação do baixista John Illsley, o qual conduz o ritmo da composição. "Lions" é um Rock mais suave, mas com pegada e personalidade, flertando com o Blues. Fecha o álbum de maneira incrível!





A
letra menciona conflito:





The
she's reading about a swing to the right
But she's thinking about
a stranger in the night
I'm thinking about the lions tonight
What
happend to the lions













Considerações
Finais





Embalado
pelo sucesso de “Sultans of Swing”, o álbum Dire Straits
fez muito sucesso.





As
principais paradas de sucesso comprovam isso. O disco ficou na
excelente 5ª posição da principal parada britânica, conquistando
a extraordinária 2ª colocação na sua correspondente
norte-americana, a Billboard. Ainda galgou os 1º, 2º e 3º lugares
nas paradas de Austrália, Nova Zelândia e Alemanha,
respectivamente.





Ken
Tucker, crítico da revista norte-americana Rolling Stone, elogiou o
trabalho e a banda apontando “misturas de rock, folk e música
country com um espírito sereno e ironia espirituosa. É quase como
se eles estivessem cientes de que o seu forte não tem nada a ver com
o que está acontecendo atualmente na indústria, mas não poderiam
se importar menos”.Tucker destacou as faixas “Sultans of Swing”
e “Setting Me Up”.





Stephen
Thomas Erlewine, do site AllMusic, deu ao álbum quatro de cinco
estrelas, chamando-o “extremamente talentoso para uma estreia”.
Erlewine elogia a categoria de Mark Knopfler nas guitarras, como
contribuição decisiva para a qualidade do disco.





O
Dire Straits promoveu o lançamento de seu primeiro single e também,
do álbum, com a Dire Straits Tour, a qual começou em 06 de
junho de 1978 (no Lafayette Club, em Wolverhampton, Reino Unido),
incluiu 55 shows, e se encerrou em 18 de Novembro de 1978, (na
Faculdade de Educação em Hitchin, também na Inglaterra).







David Knopfler





A
turnê europeia incluiu concertos no Reino Unido, França, Bélgica,
Alemanha e Holanda. Estes concertos apresentou o Dire Straits para
seus maiores públicos até então.





Como
foi dito, a primeira parte da turnê promoveu o seu primeiro single,
“Sultans of Swing”. Esta primeira etapa levou a banda pela
Grã-Bretanha, entre junho e julho de 1978, com shows na Inglaterra,
Escócia e País de Gales. O grupo normalmente se apresentava em
pequenos lugares, com uma capacidade máxima de mil pessoas.





A
segunda parte da turnê promoveu o álbum de estreia da banda. Esta
perna levou o Dire Straits a vários países europeus, onde se
encontraram com jornalistas e participaram em programas de televisão.





Ainda
no mesmo ano, Dire Straits começou uma turnê como banda de abertura
do grupo Talking Heads, após o relançamento do single “Sultans of
Swing” e finalmente começou a subir nas paradas do Reino Unido.





Tal
acontecimento levou o conjunto a um contrato de gravação com a
Warner Bros Records, nos Estados Unidos; e, antes do final de 1978, o
Dire Straits havia lançado seu debut autointitulado em todo o
mundo. Dire Straits foi, eventualmente, top 10 nas paradas de
todos os países europeus.





No
ano seguinte, o Dire Straits embarcou em sua primeira turnê
norte-americana. Eles fizeram 51 concertos esgotados, durante um
período de 38 dias.





O
single “Sultans of Swing” escalou as paradas, chegando ao 4º
lugar nos Estados Unidos e ao 8º no Reino Unido. A canção foi um
dos maiores sucessos do Dire Straits e tornou-se obrigatória em
performances ao vivo da banda.





Bob
Dylan, que havia visto a banda se apresentar em Los Angeles, ficou
tão impressionado que convidou Mark Knopfler e o baterista Pick
Withers para tocarem em seu próximo álbum, Slow Train Coming,
de 1979.





As
sessões de gravação para o segundo álbum do grupo, Communiqué,
de1979, ocorreram em dezembro de 1978, no Compass Point Studios, em
Nassau, nas Bahamas.





Dire
Straits
supera a casa de 2 milhões de cópias vendidas apenas
nos Estados Unidos.













Formação:


Mark
Knopfler - Vocal, Guitarra Base e Solo


David
Knopfler – Guitarra-Base, Backing Vocal


John
Illsley - Baixo, Backing Vocal


Pick
Withers - Bateria





Faixas:


01.
Down to the Waterline (M. Knopfler) - 3:55


02.
Water of Love (M. Knopfler) - 5:23


03.
Setting Me Up (M. Knopfler) - 3:18


04.
Six Blade Knife (M. Knopfler) - 4:10


05.
Southbound Again (M. Knopfler) - 2:58


06.
Sultans of Swing (M. Knopfler) - 5:47


07.
In the Gallery (M. Knopfler) - 6:16


08.
Wild West End (M. Knopfler) - 4:42


09.
Lions (M. Knopfler) – 5:05





Letras:


Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/dire-straits/




Opinião
do Blog:



Não é muito comum bandas possuírem um grande diferencial que as tornem únicas de maneira tão explícita, uma marca registrada indelével e inconfundível. O Dire Straits o possui na figura da guitarra genial de seu líder, Mark Knopfler.





Ao longo de sua carreira, seja com o grupo ou mesmo depois do seu fim, Mark Knopfler ficou reconhecido pelos seus talento e criatividade como guitarrista. Seu jeito único de construir melodias marcou a história do Rock.





Parte deste talento pode ser ouvido e reconhecido já na estreia de seu conjunto, Dire Straits. Um álbum que mostra não apenas suas habilidades como guitarrista mas também um compositor talentoso e criativo.





Obviamente, Mark Knopfler é o maior destaque do trabalho. Sua música possui um incrível senso melódico, com riffs e solos os quais esbanjam criatividade e feeling. Mark peca, para o Blog, por ser um vocalista apenas correto, mas em que nada diminui a qualidade soberba de suas composições. Os vocais se casam de maneira muito orgânica com a brilhante parte instrumental.





Outro ponto alto do álbum, além da produção eficiente, é o baixista John Illsley, pois sua atuação impacta diretamente na qualidade das canções, ditando o ritmo e o andamento das faixas.





As letras são simples e merecem uma conferida.





Claro, sempre é necessário, quando se fala do disco de estreia do Dire Straits, realçar a qualidade extraordinária de um dos maiores clássicos do Rock, "Sultans of Swing". Uma música que entrou para a história.





Mas o álbum não é apenas isso. "Lions" apresenta uma melodia mais triste, mas é uma canção muito bonita. A densa e bluesy "Six Blade Knife" segue esta mesma linha, mas com uma interpretação diferente de Mark Knopfler. "Wild West End" é uma ótima balada.





O RAC ainda destaca a excelente "Setting Me Up", um Rock intenso, com uma ótima pegada que remete ao Country.





Enfim, Dire Straits é um ótimo álbum, cheio de composições criativas e apresentando um guitarrista bem acima da média, o grande Mark Knopfler. Um trabalho que traz um dos maiores clássicos do Rock, "Sultans of Swing", mas que também apresenta um conjunto de ótimas composições. Além disto, é a estreia de uma das mais criativas bandas de todos os tempos, o Dire Straits. Disco extremamente recomendado!