FOREIGNER - DOUBLE VISION (1978)









Double
Vision é o segundo álbum de estúdio da banda
britânica/norte-americana Foreigner. Seu lançamento oficial
aconteceu em 20 de junho de 1978, através do selo Atlantic Records.
As gravações ocorreram entre dezembro de 1977 e março de 1978, no
estúdio Sound City, em Los Angeles, nos Estados Unidos. A produção
ficou por conta de Keith Olsen e dos guitarristas Mick Jones e Ian
McDonald.






Após
5 anos, o RAC finalmente traz a banda Foreigner
novamente às suas páginas. O Blog, muito brevemente, vai abordar os
fatos que se antecederam ao lançamento de Double Vision,
antes do nosso tradicional faixa a faixa.













Foreigner,
álbum de estreia





Em 8
de março de 1977, foi lançado Foreigner, o álbum de estreia
do conjunto de mesmo nome.





O
RAC já abordou este disco detalhadamente, e o
leitor que desejar pode encontrar o texto aqui.





Como
foi dito, Foreigner foi lançado em março de 1977 e vendeu
mais de quatro milhões de cópias apenas nos Estados Unidos,
permanecendo no Top 20 da Billboard por um ano, com hits como
“Feels Like the First Time”, “Cold as Ice” e “Long, Long
Way from Home”.





Em
maio de 1977, o Foreigner já estava como banda principal em
anfiteatros e havia conseguido um disco de ouro para sua estreia. Não
muito tempo depois, eles estavam se apresentando arenas de basquete e
hóquei nos EUA.





Depois
de um show no Memorial Hall, em Kansas City, nos Estados Unidos, em 6
de maio de 1977, o baterista Dennis Elliot feriu sua mão, levando a
banda a chamar Ian Wallace (ex-King Crimson) para tocar ao
lado de Elliott em algumas das datas até que sua mão fosse curada.





Após
quase um ano na estrada, a banda se apresentou para mais de duzentas
mil pessoas no California Jam II, em 18 de março de 1978, e,
durante o mês seguinte, o grupo fez turnê na Europa, no Japão e na
Austrália pela primeira vez.







Lou Gramm





Segundo
disco





Em
dezembro de 1977, o Foreigner já trabalhava no sucessor de
seu álbum de estreia e que se chamaria Double Vision.





O
conjunto mantinha sua formação: Lou Gramm nos vocais, Mick Jones na
guitarra, Ian McDonald também nas guitarras, Al Greenwood nos
teclados, Ed Gagliardi no baixo e Dennis Elliott na bateria.





Double
Vision
foi o primeiro de muitas outras gravações da banda em
que John Kalodner, executivo de A&R, simplesmente teria
seu nome listado duas vezes no encarte, como uma brincadeira com o
título do álbum. (Nota do Blog: Artists and repertoire (A&R)
é a divisão de uma gravadora ou editora de música que é
responsável pelo reconhecimento de talentos e pela supervisão do
desenvolvimento artístico de artistas e de compositores. Ele também
atua como uma ligação entre artistas e a gravadora ou editora;
todas as atividades envolvendo artistas até o lançamento de álbuns
são geralmente consideradas sob supervisão e responsabilidade do
A&R).





A
frase ‘John Kalodner: John Kalodner’ surgiu quando o produtor
Keith Olsen estava imaginando como creditar o envolvimento de
Kalodner com a banda e o disco. De acordo com a temática de ‘visão
dupla’, o guitarrista Mick Jones teve a ideia de dobrar o nome do
executivo.





Entre
dezembro de 1977 e março de 1978, o grupo se reuniu em Los Angeles,
nos Estados Unidos, no estúdio Sound City, para a gravação de
Double Vision.





“Tramontane”
foi a primeira faixa instrumental gravada pelo grupo, presente no
disco.





A
capa foi um trabalho do fotógrafo sul-africano Norman Seeff.





Vamos
às faixas:





HOT
BLOODED





As guitarras de Mick Jones e Ian McDonald fornecem um peso extra à melodia envolvente da clássica "Hot Blooded". Lou Gramm, como de costume, providencia excelentes vocais, em especial no refrão. Aliando agressividade e acessibilidade, a canção consegue alcançar um ponto bem alto.





A
letra possui conotação sexual:





That's
why, I'm hot blooded, check it and see


I
feel a fever burning inside me


Come
on baby, do you do more than dance?


I'm
hot blooded, hot blooded (I'm hot!)










“Hot
Blooded” foi lançada como single, atingindo a excepcional 3ª
posição na principal parada norte-americana desta natureza,
conquistando a 42ª colocação de sua correspondente britânica.
Ainda ficou com o 3º e o 24º lugares nas paradas de Canadá e
Austrália, respectivamente.





O
single, também lançado em junho de 1978, superou a casa de 1 milhão
de cópias vendidas!













BLUE
MORNING, BLUE DAY





O baixo de Ed Gagliardi está ainda mais evidente nesta música, permitindo que os teclados de Al Greenwood dominem perfeitamente a situação. O peso anterior abre espaço para uma melodia mais contida e, em certo ponto, soturna. Uma bela faixa.





A
letra é sobre um rompimento amoroso:





I've
always listened to your point of view, my ways are cutthrough men


And
I've always been a patient man, but my patience has reachedits end


You
tell me you're leaving, you tell me goodbye


You
say you might send a letter


Well
honey don't telephone, cause I won't be alone


I
need someone to make me feel better





Segundo
Lou Gramm, a letra da música fala: “Ela fala sobre um jovem músico
que está queimando a vela em ambas as extremidades. Ela tem muito em
mente, e anda pela rua à noite”. A cor azul é usada como uma
metáfora para a miséria.





A
canção foi lançada como single, atingindo a 15ª posição da
principal parada norte-americana desta natureza, conquistando a 45ª
colocação de sua correspondente britânica. Também ficou com o 21º
lugar na parada canadense de singles.





A
faixa também está disponível no game Rock Band.













YOU’RE
ALL I AM





"You're All I Am" é uma típica balada, de andamento arrastado e melodia muito acessível. Greenwood faz o teclado dominar o ambiente. Bons vocais de Gramm.





A
letra é romântica:





You
never give me enough of your love


I
need more and more each day


Honey,
can't you see the only thing I can be sure of


Is
that something real has come my way













BACK
WHERE YOU BELONG





Em "Back Where You Belong", Mick Jones assume os vocais e, embora não faça feio, não atinge o nível de Gramm. Trata-se de um Rock simples, com uma certa influência sessentista, mas muito eficiente e agradável.





A
letra possui um certo sentido de vingança:





You
treat me like a fool, but you're so wrong


I'm
gonna send you back where you belong


I
put my trust in you, but I was wrong


I'm
gonna send you back where you belong













LOVE
HAS TAKEN ITS TOLL





"Love Has Taken Its Toll" possui mais peso e influência Hard Rock, com um inegável viés Bluesy, trazendo à lembrança bandas como o Whitesnake. Guitarras protagonistas, com ótima atuação de Jones, perfazendo uma das melhores faixas do álbum. 





A
letra possui sentido sexual:





To
make a long story short, she finally got caught


I
had to tell her enough is enough


She
said, "You're just what I needed", and boy


She
nearly pleaded with me not to be too rough













DOUBLE
VISION





As guitarras continuam protagonizando em "Double Vision", com um riff bem pesado, especialmente quando se leva em conta o estilo do Foreigner. O refrão é dominado por Greewood, embora o diferencial da canção se encontra no ótimo trabalho da seção rítmica. Clássico!





A
letra fala sobre limites:





Never
do more than I, I really need


My
mind is racing, but my body's in the lead


Tonight's
the night, I'm gonna push it to the limit


I
live all of my years in a single minute













“Double
Vision” foi lançada como single, alcançando a extraordinária 2ª
posição da principal parada norte-americana desta natureza,
atingindo o 7º e o 97º lugares em suas correspondentes de Canadá e
Austrália; respectivamente.





Em
uma entrevista, o vocalista Lou Gramm explicou a origem por trás da
música:





““Double
Vision” foi uma música composta ao final de 1977, pouco
antes do lançamento do álbum Double Vision... Muitas pessoas
pensam que é (sobre) ficar intoxicado, mas quando estávamos
gravando essa música, antes de termos seu título, o time de hóquei
do New York Rangers estava jogando com o Philadelphia Flyers e um dos
grandes caras do Flyers tropeçou no goleiro do dos Rangers e o
derrubou, e eles tiveram que tirá-lo do jogo, porque ele estava
passando por visão dupla (em inglês double vision)”.





De
acordo com o site do New York Rangers, o incidente ocorreu em abril
de 1978, durante um jogo de hóquei entre o Rangers e o Buffalo
Sabres. Os apresentadores do jogo usaram repetidamente a frase “visão
dupla”, que inspirou o Foreigner a usá-la como título da
canção.





A
música tem sido um marco no setlist da banda desde o seu lançamento.
Nos últimos anos, Lou Gramm e o Foreigner (agora liderados
por Kelly Hansen) usaram a música como abertura de show.





Esta
música é destaque no gama Guitar Hero: Van Halen. Também
foi usada em um anúncio do Burger King, na década de 1990.





O
single “Double Vision” supera a casa de 1 milhão de cópias
vendidas.













TRAMONTANE





"Tramontane" é um interessante esforço apenas instrumental do Foreigner. Os teclados dominam completamente boa parte da faixa, suportados por uma atuação impressiva do baixista Ed Gagliardi.













I
HAVE WAITED SO LONG





Mick Jones volta aos vocais principais em mais uma balada, "I Have Waited So Long". É perceptível um toque Country em sua musicalidade, a qual se apresenta suave e intimista. Embora simples, trata-se de uma canção tocante.





A
letra possui sentido romântico:





I've
counted the days, day after day


Since
we've been apart


Now
I've found my way, I've found my way


Right
back to your heart













LONELY
CHILDREN





"Lonely Children" traz uma pegada mais Hard novamente à tona, com as guitarras e um riff pesado predominando. Os vocais de Gramm fazem a diferença enquanto a guitarra de Jones se torna a protagonista. Ótima música.





A
letra é sobre solidão:





They
may detest you, someday they may arrest you


They
stop at nothing to hold you down


You
need to be free, but will they ever let you?


They
won't be happy till you leave town













SPELLBINDER





A décima - e última - faixa de Double Vision é "Spellbinder". A derradeira canção do álbum traz uma proposta mais intimista, com uma sonoridade com um pé fincado no Blues Rock. Gramm e Jones dominam e o resultado final é muito atraente.





A
letra fala sobre uma mulher sedutora:





I've
never been a easy man, so hard to please


But
she made me feel life was unreal, oh, Lord, how she satisfiedme


I
tried to break away, but I didn't stand a chance


She
planned it so well, I was under her spell, I was in atrance













Considerações
Finais





Incensado
por singles muito poderosos, Double Vision foi um tremendo
sucesso comercial.





O
álbum atingiu a sensacional 3ª colocação da principal parada
norte-americana desta natureza, a Billboard. Também ficou com
a 32ª posição na correspondente britânica, além do ótimo 3º
lugar na parada canadense.





Andy
Hinds, do site AllMusic, em uma análise retrospectiva, dá ao
disco uma nota 4 (de 5), afirmando: “Optando por não mexer com uma
boa fórmula, a banda sabiamente adere ao polido hard rock que fez do
seu primeiro álbum um sucesso tão grande. Além dos grandes
singles, outros destaques incluem a arrogante “Love Has Taken Toll”
e a mais contida “Blue Morning, Blue Day””.





Aproveitando
a fase sensacional, o conjunto lançaria seu terceiro álbum de
estúdio já em 1979, Head Games.





Double
Vision
supera a casa de 7 milhões de cópias vendidas apenas nos
Estados Unidos.













Formação:


Lou
Gramm - Vocal


Mick
Jones - Guitarra, Piano, Vocal em 04 e 08


Ian
McDonald - Guitarras, Teclados, Flautas, Backing Vocal


Al
Greenwood - Teclados, Sintetizador


Ed
Gagliardi - Baixo, Backing Vocal


Dennis
Elliott - Bateria


Músicos
adicionais:


Ian
Lloyd - Backing Vocal





Faixas:


01.
Hot Blooded (Gramm/Jones) - 4:26


02.
Blue Morning, Blue Day (Gramm/Jones) - 3:12


03.
You're All I Am (Jones) - 3:24


04.
Back Where You Belong (Jones) - 3:14


05.
Love Has Taken Its Toll (Gramm/McDonald) - 3:29


06.
Double Vision (Gramm/Jones) - 3:44


07.
Tramontane (Greenwood/McDonald/Jones) - 3:56


08.
I Have Waited So Long (Jones) - 4:07


09.
Lonely Children (Jones) - 3:37


10.
Spellbinder (Gramm/Jones) - 4:45





Letras:


Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/foreigner/





Opinião
do Blog:


Embora tenha demorado um tempo muito grande, o RAC finalmente atende aos muitos pedidos dos leitores para que o Foreigner voltasse às nossas páginas.



O Blog escolheu o clássico Double Vision para seu retorno.



Dispensável que se fale novamente da qualidade incontestável dos membros do conjunto, uma vez que sua formação permanecia a mesma e já fizemos isto no post anterior sobre o Foreigner.



Fabricar um sucessor após um álbum de estreia tão marcante quanto Foreigner não seria uma tarefa muito simples, mas o grupo pode considerar que executou a tarefa com extraordinário êxito.



O conjunto continuou desenvolvendo seu estilo AOR, iniciado em sua estreia, e, desta forma, Double Vision é uma continuação perfeitamente natural do disco que o antecedeu. Rock, Hard e pequenos toques progressivos, com uma produção excelente, tudo está novamente presente.



As guitarras de Mick Jones e Ian McDonald continuam firmes, trazendo peso e bons riffs em muitas das canções. A seção rítmica fornece uma base competente e os teclados de Greenwood são parte importante da musicalidade. Lou Gramm é um ótimo vocalista, especialmente quando se leva em conta a proposta da banda.



Embora, para o RAC, sua estreia ainda esteja em um pequeno degrau superior, Double Vision apresenta canções marcantes para o Foreigner e seus fãs.



Duas verdadeiras pancadas abrem o disco "Hot Blooded" e "Blue Morning, Blue Day". "Double Vision" é um clássico enquanto a interessante "Tramontane" traz um viés elegante ao disco.



Mas as preferidas do Blog são o petardo "Lonely Children" e a bluesy "Love Has Taken Its Toll".



Concluindo, Double Vision cumpriu com excelência a complicada missão de suceder Foreigner sem permitir que o sucesso e a qualidade do Foreigner diminuíssem, mesmo que, para o Blog, seja ligeiramente inferior. O AOR continuava tomando forma e o grupo se mantinha em ascensão. Álbum muito bem recomendado pelo RAC


FOREIGNER - DOUBLE VISION (1978)



Double Vision é o segundo álbum de estúdio da banda britânica/norte-americana Foreigner. Seu lançamento oficial aconteceu em 20 de junho de 1978, através do selo Atlantic Records. As gravações ocorreram entre dezembro de 1977 e março de 1978, no estúdio Sound City, em Los Angeles, nos Estados Unidos. A produção ficou por conta de Keith Olsen e dos guitarristas Mick Jones e Ian McDonald.

WARLOCK - HELLBOUND (1985)



Hellbound é o segundo álbum de estúdio da banda alemã Warlock. Seu lançamento oficial ocorreu em 29 de maio de 1985, através dos selos Vertigo e Mercury. As gravações aconteceram entre fevereiro e abril daquele mesmo ano, no Country Lane Studios, em Munique, na Alemanha. A produção ficou por conta Henry Staroste e Rainer Assmann.

WARLOCK - HELLBOUND (1985)









Hellbound
é o segundo álbum de estúdio da banda alemã Warlock. Seu
lançamento oficial ocorreu em 29 de maio de 1985, através dos selos
Vertigo e Mercury. As gravações aconteceram entre fevereiro e abril
daquele mesmo ano, no Country Lane Studios, em Munique, na Alemanha.
A produção ficou por conta Henry Staroste e Rainer Assmann.






O
RAC traz pela primeira vez o grupo alemão
Warlock. Primeiramente, o Blog vai abordar as origens da banda
para depois se passar para o álbum em si.










Doro
Pesch





Dorothee
Pesch nasceu em Düsseldorf, na Alemanha, em 3 de junho de 1964,
filha única de Walter, um motorista de caminhão, e Barbara Pesch.





A
primeira lembrança de Doro sobre a música rock é a canção
“Lucille”, de Little Richard, que ela cantou quando tinha
apenas três anos de idade. Ela aprendeu a tocar piano e começou a
cantar aos dez anos de idade, quando foi exposta ao glam rock de
bandas como T. Rex, Sweet e Slade. (Nota do
Blog:
Richard Wayne Penniman, mais conhecido por Little Richard,
é um cantor, compositor e pianista dos Estados Unidos. Foi eleito
pela Rolling Stone o 8º maior artista da música de todos os
tempos).





Quando
ela tinha dezesseis anos e depois de contrair uma forma de
tuberculose com risco de vida, ela decidiu se dedicar mais tempo e
energia para cantar, sem desistir de seu estudo de design gráfico.





Em
1980, ela foi aceita em sua primeira banda, chamada Snakebite,
a qual tocava rock em um porão de Düsseldorf, usado como espaço de
ensaio por muitos outros grupos underground. (Nota
do Blog:
Underground (subterrâneo, em inglês) é uma expressão
usada para designar um ambiente cultural que foge dos padrões
comerciais, dos modismos e que está fora da mídia. Também
conhecido como Cultura Underground ou Movimento Underground, para
designar toda produção cultural com estas características, ou Cena
Underground, usado para nomear a produção de cultura underground em
um determinado período e local).





A
primeira gravação com Doro nos vocais foi uma demo
barata de 7 faixas lançada pelo Snakebite para sua promoção.
Quando o Snakebite se separou, em 1981, Doro passou a
cantar em bandas de garagem, como Beast e Attack, antes de formar o
Warlock com Peter Szigeti, Rudy Graf, Thomas Studier e Michael
Eurich, em 1982.







Doro Pesch





Warlock
em formação





O
primeiro núcleo da banda foi formado sob o nome de Snakebite
em Düsseldorf, na Alemanha Ocidental, em 1980, e era composto por
Doro Pesch nos vocais, Michael Bastian na guitarra, Frank Rittel no
baixo e Thomas Franke na bateria, este último vindo da banda
Stallion.





Franke
foi logo substituído por Michael Eurich e, pouco antes de se
separar, o Snakebite adquiriu o canhoto Peter Szigeti como
segundo guitarrista, oriundo da banda Beast. Snakebite e Beast
eram duas das muitas bandas que tocavam nos clubes e bares locais e
gravavam demos baratas para promoverem sua música.





Pesch,
Szigeti e Eurich fizeram testes com outros grupos, mas, em outubro de
1982, formaram uma nova banda, com Thomas Studier no baixo e o
guitarrista Rudy Graf, o qual sugeriu o nome Warlock e chegou
cheio de músicas.





A
nova banda encontrou um gerente em Peter Zimmermann, quem organizou
shows de abertura com o conjunto alemão Trance, contribuindo
para construir uma sólida reputação do Warlock na cena
underground local.





Warlock
se estabelece e primeiro álbum





Depois
de gravar uma demo com quatro faixas e enviá-la para
várias gravadoras e revistas musicais, a banda conseguiu um contrato
com a gravadora independente belga Mausoleum Records.





O
baixista Frank Rittel se juntou ao Warlock antes do conjunto
começar a gravar seu álbum de estreia, Burning the Witches,
em 1984, com o produtor Axel Thubeauville, um caçador de talentos
dos grupos de heavy metal alemães.





Burning
the Witches
foi gravado em apenas seis dias e remixado por Rainer
Assmann e Henry Staroste antes do lançamento.





O
disco foi bem recebido pelos críticos e pelos fãs e o Warlock
fez uma turnê, pela primeira vez, fora da Alemanha para divulgá-lo,
frequentemente ao lado de seus companheiros de gravadora, o Steeler.





Infelizmente,
a má distribuição e o baixo financiamento para a turnê, por parte
da gravadora, prejudicaram o potencial comercial do disco, deixando a
banda profundamente insatisfeita com a Mausoleum Records.







Warlock nos palcos





Hellbound





No
início de 1985, a banda assinou um contrato com uma gravadora maior,
a Phonogram Inc.






em fevereiro de 1985, o Warlock se reuniria em Munique, no sul
da Alemanha, no Country Lane Studios, para trabalhar no que se
tornaria seu segundo disco, Hellbound.





Para
a produção, os escolhidos foram Henry Staroste e Rainer Assmann. A
arte da capa, simples, possui uma fotografia com o conjunto.





Vamos
às faixas:





HELLBOUND





A bateria de Michael Eurich frenética anuncia o ritmo acelerado da faixa-título, "HellBound". Guitarras conduzindo um riff veloz e pesado se casam perfeitamente com os vocais agressivos de Doro Pesch. Heavy Metal em essência!





A
letra é sobre magia:





I
swear... I've been under a spell


The
time is right


I
will flee from this hell


Ooh
everywhere I see


Ghosts
all around


(I'm
hellbound) (I'm hellbound)













ALL
NIGHT





O peso continua em alta na segunda faixa do disco, "All Night". Desta feita, a banda aposta em um ritmo mais cadenciado e contido, com o baixo de Frank Rittel no comando. O refrão é empolgante, contando com uma atuação impecável de Doro. Um verdadeiro clássico!





A
letra fala sobre paixão:





I
feel the danger


I
can't break loose


You
are the son of the devil


I'm
longing for you










“All
Night” foi lançada como single para promover
Hellbound, mas
não repercutiu em termos das principais paradas de sucesso.













EARTHSHAKER
ROCK





A velocidade alucinante da seção rítmica, no início da música, revela uma inegável influência da NWOBHM e do, então, nascente Power Metal. As guitarras estão bem presentes, mas o destaque é o perfeito trabalho de Doro.





A
letra é uma ode ao Heavy Metal:





Higher,
higher


Set
your light on fire


You
get higher


Bang
your head, bang your head













WRATHCHILD





"Wrathchild" permanece naquela linha tênue e efêmera entre o Hard e o Heavy. Sua pegada é cativante e o ritmo cadenciado também envolve. Os vocais agressivos de Doro são muito bons, em um dos grandes destaques do disco.





A
letra fala sobre um destino:





This
is your story


It's
all about you


Yeah
it's all about you


-
Wrathchild


You
beat up everyone in your way


-
Never satisfied


With
a wall all around you













DOWN
AND OUT





"Down and Out" possui uma melodia que remete a bandas como o Dokken, o que é ótimo. O trabalho dos guitarristas Rudy Graf e Peter Szigeti é realmente cativante. O baixo de Rittel continua ditando o ritmo.





A
letra menciona medo e condenação:





When
you start to explain


That
you did it just for me


I
tell you straight: "Too far out !"


Forget
all your fears


Cry
out all your tears


It's
the only chance to save your soul













OUT
OF CONTROL





"Out of Control" continua a pegada mais pesada e intensa do álbum. Indo direto ao ponto, a canção se mostra pesada e com guitarras afiadas, contando com um riff principal bem interessante. Os solos de guitarra são bem legais.





A
letra é sobre guerra:





Out
of control


I
can hear the warlord calling :


Give
your soul













TIME
TO DIE





"Time to Die" se revela como outra música que remete à urgência da NWOBHM ao mesmo tempo que apresenta a velocidade do Power Metal, especialmente na atuação frenética da seção rítmica. Doro é ótima, mais uma vez.





A
letra possui uma temática aterrorizante:





Tonight
it's time to die


The
shadows take me


To
the damned in the darkness


Tonight
it's time to die


All
my nightmares will come true













SHOUT
IT OUT





"Shout It Out" flerta fortemente com o Hard Rock oitentista, apresentando uma canção pesada, mas cadenciada e, ao mesmo tempo, repleta de uma melodia muito malemolente. Os solos de guitarra são muito legais.





A
letra pode ser inferida como uma mensagem sobre determinação:





So
pave the way for


Pave
the way for


What
you wanna do


So
do it


What
you wanna do


So
go and do it


Try
to find your destination


Things
can get you so high


When
you know what's life


Then
you can get enough













CATCH
MY HEART





A nona - e última - faixa de Hellbound é "Catch My Heart". Uma introdução mais suave e bem arrastada apresenta uma faceta mais contida do grupo e uma atuação comovente de Doro. A balada encerra o disco de um modo diferente, mas não menos comovente. O solo de guitarra é muito bom.





A
letra possui uma mensagem melancólica:





Tomorrow
sleeps in the same old lonely places


Just
an empty dream filled with yesterday's faces


Can
you tell me, where are my memories?













Considerações
Finais





A
qualidade de Hellbound auxiliou ao Warlock em estabelecer
uma base de fãs no Heavy Metal, especialmente na Europa.





O
disco atingiu a modesta 53ª posição na principal parada alemã
desta natureza, não repercutindo em termos das principais paradas
mundiais, a britânica e a norte-americana.





Em
retrospectiva, os críticos especializados têm o álbum em boa
conta. O canadense Martin Popoff, em seu renomado Collector's
Guide to Heavy Metal
, dá ao trabalho uma nota 6 em 10. Já o
site AllMusic atribui a nota 3 (em 5) ao trabalho.





O
Warlock, então, começou a receber atenção da mídia e
apareceu em programas de TV, no Reino Unido e na Alemanha. Sua
primeira turnê europeia completa os levou ao Camden Palace Theatre,
em Londres, na Inglaterra, onde o show foi filmado para o primeiro
vídeo do Warlock, Metal Racer.





A
performance ao vivo do Warlock foi bem recebida com uma
crítica da revista britânica Kerrang!
e o grupo sendo eleito ‘Best New Band’ de 1985, em
pesquisa dos leitores daquela revista.





Doro
Pesch
também foi eleita a melhor cantora pelos leitores da
revista de música Metal Forces,
no final daquele ano.





A
banda tocou no Metal Hammer Festival, em Loreley, na Alemanha,
em setembro, ao lado de Metallica, Venom, Running
Wild
, Pretty Maids, Nazareth e Wishbone Ash.





Mais
tarde, naquele mesmo ano, após a turnê de Hellbound, o
guitarrista Rudy Graf deixou o conjunto e foi substituído por Niko
Arvanitis, um ex-companheiro de banda de Rittel no Stormwind.





True
as Steel
, terceiro álbum do Warlock, seria lançado em 18
de agosto de 1986.













Formação:


Doro
Pesch - Vocal


Rudy
Graf - Guitarra


Peter
Szigeti - Guitarra


Frank
Rittel - Baixo


Michael
Eurich - Bateria





Faixas:


01.
Hellbound (Szigeti/Staroste/Pesch/Rittel/Eurich/Graf) - 3:42


02.
All Night (Szigeti/Staroste/Maué/Graf/Rittel/Eurich/Pesch) - 4:06


03.
Earthshaker Rock (Graf/Rittel/Pesch/Szigeti/Eurich) - 3:27


04.
Wrathchild (Szigeti/Staroste/Pesch/Rittel/Eurich/Graf) - 3:35


05.
Down and Out (Graf/Rittel/Pesch/Szigeti/Eurich) - 4:06


06.
Out of Control (Graf/Staroste/Pesch/Maué/Rittel/Szigeti/Eurich) -
4:50


07.
Time to Die (Graf/Staroste/Pesch/Rittel/Szigeti/Eurich) - 4:28


08.
Shout It Out (Szigeti/Staroste/Pesch/Rittel/Eurich/Graf) - 4:20


09.
Catch My Heart (Szigeti/Maué/Pesch/Rittel/Eurich/Graf) - 4:55





Letras:


Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/warlock/





Opinião
do Blog:


Quem acompanha o RAC desde o seu início sabe que o Blog começou praticamente como um site voltado ao Heavy Metal. Então, é até estranho que o Warlock tenha demorado tanto tempo para aparecer por aqui.



Mas, como se diz, "antes tarde do que nunca". E, finalmente, o RAC traz a banda que revelou a grande vocalista Doro Pesch para um post especial.



O Warlock apresenta uma formação com muito talento. Rudy Graf e Peter Szigeti formam uma afiada dupla de guitarristas. O baixo de Frank Rittel é um elemento dominante e a bateria de Michael Eurich é um dos destaques do disco.



Claro, a fantástica Doro Pesch é o maior destaque do trabalho. Sua capacidade de interpretação aliada a sua voz incrível são os grandes diferenciais da banda. Em Hellbound, Doro está em uma grande performance.



Aliás, Hellbound apresenta o Warlock com seu Heavy Metal agressivo e vibrante. Mas, longe de ser unicamente constante, o disco mostra influências marcantes da NWOBHM e Power Metal em sua sonoridade. O grupo, também, flerta com o Hard e o Glam Metal, como em "Down and Out".



As letras são na média em geral.



Um álbum de qualidade homogênea traz canções empolgantes para fãs de sonoridade Heavy Metal tradicional.



Pauladas como "Hellbound" e "Wrathchild" conquistam facilmente 'headbangers' tradicionais. "Catch My Heart" é bem mais que uma balada comovente.



Mas o RAC elege a sensacional "All Night" e o petardo "Shout It Out" como suas prediletas no disco.



Concluindo, o Warlock não tenta recriar a roda, mas apresenta um Heavy Metal muito bem tocado e verdadeiramente empolgante em Hellbound. Suas composições são muito bem constituídas e, de quebra, traz a atuação impecável da fantástica Doro Pesch. Tanto a banda quanto o álbum são muito bem recomendados pelo Blog.


SEBASTIAN BACH - ANGEL DOWN (2007)



Angel Down é o terceiro álbum da carreira solo do vocalista canadense Sebastian Bach. Seu lançamento oficial aconteceu em 20 de novembro de 2007, através dos selos Merovingian Music, Get Off My Bach Productions, Caroline Records e EMI. As gravações ocorreram durante aquele mesmo ano, no Sound City Studios, em Hollywood, nos Estados Unidos. A produção ficou por conta do renomado Roy Z.

SEBASTIAN BACH - ANGEL DOWN (2007)









Angel
Down é o terceiro álbum da carreira solo do vocalista canadense
Sebastian Bach. Seu lançamento oficial aconteceu em 20 de novembro
de 2007, através dos selos Merovingian Music, Get Off My Bach
Productions, Caroline Records e EMI. As gravações ocorreram durante
aquele mesmo ano, no Sound City Studios, em Hollywood, nos Estados
Unidos. A produção ficou por conta do renomado Roy Z.






Neste
post, o RAC vai abordar pela primeira vez a
carreira solo do vocalista Sebastian Bach com seu álbum Angel Down. Como é a tradição, vão abordar-se os
fatos que antecederam o lançamento do disco para se seguir com o
faixa a faixa.













Kid Wikkid





A carreira musical de Sebastian Bach (cujo nome é Sebastian
Philip Bierk) começou efetivamente com o conjunto de nome Kid
Wikkid
.





Os
membros do Kid Wikkid estavam baseados em Peterborough, no
Canadá, onde o adolescente Bach morava. Ao ouvir a banda e
sem saber de suas idades, Bach, de 14 anos, fez o teste para o
grupo e foi contratado pelo guitarrista e líder da banda, Jason
Delorme.





O
Kid Wikkid voltou para Toronto e o pai de Bach acabou o
autorizando a morar com uma tia.





Skid
Row





O
vocalista Sebastian Bach ganhou fama e reconhecimento
internacional sendo o frontman da banda norte-americana Skid Row,
pela qual fez enorme sucesso.





Entre
os anos de 1987 e 1996, Bach gravou álbuns que fizeram muito
sucesso comercial com o conjunto: Skid Row (1989), Slave to
the Grind
(1991) e Subhuman Race (1995).





Para
conhecer um pouco mais sobre o Skid Row, humildemente,
recomenda-se o post que foi feito sobre o álbum Skid Row,
publicado nos primórdios do Blog.







Sebastian Bach





Saída
do Skid Row





Após
divergências sobre material musical, Bach foi demitido da
banda em 1996.





No
entanto, circularam rumores de que ele havia deixado o conjunto devido a
seus colegas de banda sugerirem que o grupo não deveria tocar como
abertura para o KISS. Seu companheiro de banda, Rachel Bolan,
também estava em um projeto paralelo, uma banda punk chamada
Prunella Scales que tocaria ao mesmo tempo em que o planejado
show do KISS.





A
ruptura entre Bach e os outros membros do conjunto o levou à
sua saída do Skid Row. Curiosamente, quatro anos depois, o
Skid Row foi um dos artistas de abertura para a turnê Kiss
Farewell Tour
, sem Bach, no ano 2000.





Diferentes
Projetos





Em
1996, Bach formou o The Last Hard Men, com o
guitarrista do Frogs, Jimmy Flemion, o guitarrista do
Breeders, Kelley Deal, e o baterista do Smashing Pumpkins,
Jimmy Chamberlin. O grupo gravou um álbum homônimo, pela Atlantic
Records, que optou por não divulgá-lo.





Em
1998, o disco foi lançado pela gravadora de Kelley Deal, a Nice
Records
, sem muito alarde e com uma prensagem muito limitada de
mil CDs.





Em
1999, Bach lançou seu primeiro álbum solo, Bring 'Em Bach
Alive!
, seu primeiro lançamento após sua saída do Skid Row.
O trabalho consistia primordialmente de um álbum ao vivo das músicas
de Bach no Skid Row, mas também apresentou cinco novas
gravações de estúdio, incluindo o single “Superjerk, Superstar,
Supertears”.





Em
2000, Bach começou a se apresentar em produções da
Broadway. Ele fez sua estreia na Broadway com o papel principal em
Jekyll & Hyde, em abril de 2000. Ele também apareceu como
a personagem Riff Raff em The Rocky Horror Show, em 2001.
(Nota do Blog: O teatro da Broadway (Broadway theater, em
inglês) mais conhecido simplesmente como Broadway, refere-se às
performances teatrais apresentados nos 40 teatros profissionais com
500 ou mais assentos localizados no distrito do Lincoln Center via da
Broadway, no centro de Manhattan, Cidade de Nova Iorque. Junto com
teatros do West End em Londres, os teatros da Broadway são
amplamente considerados representantes do mais alto nível teatral em
língua inglesa).





Em
28 de novembro de 2001, Bach apareceu no New York Steel, um
concerto beneficente realizado para ajudar as vítimas do 11 de
setembro. (Nota do Blog: Os ataques ou atentados terroristas
de 11 de setembro de 2001 (às vezes, referido apenas como 11 de
setembro) foram uma série de ataques suicidas contra os Estados
Unidos coordenados pela organização fundamentalista islâmica
al-Qaeda em 11 de setembro de 2001. Na manhã daquele dia, dezenove
terroristas sequestraram quatro aviões comerciais de passageiros. Os
sequestradores colidiram intencionalmente dois dos aviões contra as
Torres Gêmeas do complexo empresarial do World Trade Center, na
cidade de Nova Iorque, matando todos a bordo e muitas das pessoas que
trabalhavam nos edifícios).





No
início de 2002, ele se tornou o apresentador do programa de TV,
Forever Wild, da rede VH1. Naquele mesmo mês de outubro, Bach
assinou um contrato para se apresentar na turnê nacional da produção
Jesus Christ Superstar, interpretando o papel-título. Um
vídeo em DVD de performances ao vivo chamado Forever Wild foi
lançado em junho de 2004. Naquele mesmo ano, ele reprisou o
papel-título em outra exibição de Jekyll & Hyde.





Em
2003, Bach fez um teste para o Velvet Revolver, antes
da banda encontrar seu vocalista em Scott Weiland, mas foi recusado
porque, segundo o guitarrista Slash, “Nós soamos como Skid
Roses!”.





De
2003 a 2007, Bach teve um papel recorrente na série de TV
Gilmore Girls, interpretando a personagem Gil.





Em
2005, Bach cooperou com Henning Pauly sendo o vocalista
do Frameshift em um álbum chamado An Absence of Empathy,
lançado em abril de 2005. Ele foi recomendado a Henning por James
LaBrie, do Dream Theater.





Nos
dias 12 de maio e 14 de maio de 2006, no aquecimento de shows do Guns N' Roses, no Hammerstein Ballroom, em Nova York, Bach se
juntou a Axl Rose no palco para a música “My Michelle”. Ele se
juntou a Rose e ao resto do conjunto, pela terceira vez, na noite
seguinte (15 de maio) para cantar “My Michelle” mais uma vez.







Sebastian Bach





Bach
também se juntou a eles durante o show no Pre-Download Festival, no
Apollo Hammersmith, em Londres, cantando novamente “My Michelle”.
Rose apresentou Bach dizendo que os dois reacenderam sua amizade na
semana anterior, depois de 13 anos sem se falarem.





Bach
estrelou com Ted Nugent, Evan Seinfeld, Jason Bonham e Scott
Ian o reality show Supergroup, no canal VH1, em maio de 2006. Os
músicos formaram uma banda chamada Damnocracy para o reality
show, durante o qual eles viveram em uma mansão, em Las Vegas, por
doze dias e criaram música.





Angel
Down





Bach
anunciou uma parceria com a gravadora EMI, para criarem em conjunto
um selo de propriedade de Sebastian, e pelo qual seria lançado seu
álbum Angel Down.





Embora
fosse o terceiro lançamento solo da carreira de Bach, Angel Down
é o primeiro álbum de estúdio do músico e também é o primeiro
lançamento a apresentar todo o material original e gravado em
estúdio. É também o primeiro lançamento de Bach desde Bach
2: Basics
, de 2001.





Bach
reuniu um time de peso para acompanhá-lo: ‘Metal’ Mike
Chlasciak, mais conhecido por seu trabalho com o Halford, foi
um dos guitarristas; enquanto Johnny Chromatic assumiu a outra
guitarra. O incrível baixista Steve Di Giorgio (Sadus e
Death, entre outros) e o baterista Bobby Jarzombek (também do
Halford) completaram a banda.





Ele
atraiu a atenção devido à participação do vocalista do Guns N
'Roses
, Axl Rose, em três faixas e devido a aparição de Bach
no programa Celebrity Rap Superstar, da MTV dos Estados
Unidos.





As
gravações ocorreriam no Sound City Studios, em Hollywood, na
Califórnia, durante aquele mesmo ano. O famoso guitarrista e
produtor Roy Z (Bruce Dickinson e Halford, entre
outros) foi a escolha certeira para o papel da produção.





A
arte da capa do álbum é uma foto de David Lees para a revista
norte-americana Life, da enchente de 1966, em Florença, na
Itália.





Vamos
às faixas:





ANGEL
DOWN





"Angel Down" começa com uma ambientação soturna, desaguando em um riff pesado e moderno, com vocais agressivos por parte de Bach. A instrumentação é bem pesada, apontando para um Heavy Metal atual. Ótima atuação da seção rítmica formada por Steve DiGiorgio e Bobby Jarzombek.





A
letra menciona um anjo caído:





Angel
Down


Angel
Down from the barrel of a gun


I
don't feel the same today


This
soothing makes me very afraid













YOU
DON’T UNDERSTAND





"You Don't Understand" possui uma pegada que remete ao Heavy/Power Metal, com andamento veloz e vocais mais suaves por parte de Bach. Os solos de guitarra são bem divertidos em um bom momento do disco.





A
letra fala sobre as consequências de uma vida violenta:





I'll
take a bullet for you in the night


Is
what we're fighting for wrong or right?


I
lie awake in my tomb, so confused


Who
wins the battle when we all lose?





A
faixa foi lançada como single, mas não repercutiu em termos das
principais paradas de sucesso desta natureza.













BACK
IN THE SADDLE





Muito peso e um baixo pulsante são as marcas essenciais para esta versão criativa do clássico "Back in the Saddle". Os vocais de Bach e Axl Rose se complementam, mas o destaque é o peso incrível que DiGiorgio oferece à música.





A
letra menciona uma vida fora da lei:





Come
easy, go easy, all right till the rising sun


I'm
calling all the shots tonight I'm like a loaded gun


Peelin'
off my boots and chaps I'm saddle sore


Four
bits gets you time in the racks I scream for more


Fools'
gold out of their mines the girls are soaking wet


No
tongue's drier than mine I'll come when I get back





A
música, na realidade, trata-se de uma versão para o clássico, de
mesmo nome, lançado originalmente pelo Aerosmith em seu
clássico álbum Rocks, de 1976.





O
vocalista do Guns N’ Roses, Axl Rose, participa desta
versão. Ela foi lançada como single, mas não repercutiu em termos
das principais paradas de sucesso desta natureza.













(LOVE
IS) A BITCHSLAP





Já nesta faixa, o peso dá espaço para uma ambientação mais voltada ao Hard/Glam Metal. Os solos de guitarra são criativos e o ritmo é empolgante, em uma canção que aposta em uma pegada não tão pesada, mas muito maliciosa.





A
letra é em tom de diversão:





Gettin'
out of my mind,I'm gettin' out of my mind


Tryin'
hard to push me one step over the line


I
got the weight of the world on my back


I'll
leave it all behind





“(Love
Is) a Bitchslap” também conta com a participação de Axl Rose. A
faixa foi lançada como single, atingindo a 4ª posição da
principal parada sueca desta natureza.













STUCK
INSIDE





"Stuck Inside" é uma composição curta, direta e com o baixo de DiGiorgio muito dominante. Os vocais são extremamente agressivos e o instrumental é bastante pesado em várias passagens.





A
letra possui teor romântico:





I
feel you taking on


Everything
I said


That
I Want


&
then you said it's over
















AMERICAN
METALHEAD





"American Metalhead" é uma paulada. O riff é ótimo e contagiante e tudo é ainda melhorado por vocais precisos de Sebastian Bach, oscilando entre agressivos e suaves. As guitarras estão precisas e o resultado final é empolgante. Verdadeiro petardo.





A
letra é uma ode ao fã de Heavy Metal dos EUA:





We
breathe in terror,& breathe out the light


Live
to survive,we are one tonight


We
live we die we kill we rise





Trata-se
de um cover para a música originalmente lançada pela banda
Painmuseum, do guitarrista Mike Chlasciak.













NEGATIVE
LIGHT





"Negative Light" é outra canção com instrumental bastante pesado e ritmo intenso. A bateria frenética de Jarzombek é acompanhada pelo pulsante baixo de DiGiorgio. Heavy Metal interessante.





A
letra possui um sentido depressivo:





Negative
light comes to me out of the shadows


Negative
light gives me what I need


Negative
light


the
part of me I don't want you to see


Negative
light gives me what I need













LIVE
& DIE





"Live & Die" é mais cadenciada, mas não abre mão de uma sonoridade extremamente pesada e intensa. O refrão se apresenta com toques mais suaves, mas as guitarras são onipresentes. Outra música interessante.





A
letra brinca com a dicotomia entre bem e mal:





Roll
the dice begin again


Don't
be afraid to win or lose


The
money stays, but the pain stays with you


We
are showered in dark


&
scarred by the pain


Begin
again





Outra
vez, trata-se de um cover para a música originalmente lançada pela
banda Painmuseum, do guitarrista Mike Chlasciak.













BY
YOUR SIDE





"By Your Side" apresenta um início lento e arrastado e é a primeira vez que o disco se mostra semelhante ao que Bach fazia nos anos dourados do Skid Row. "By Your Side" é uma balada, suave e de melodia bonita, contando com linda atuação de Sebastian nos vocais.





A
letra reflete um sofrimento amoroso:





You
know I'll never let you go


You
know I'll never hurt so bad


And
if It takes a thousand years


I
will be right there by your side


You
know I'll never let you go


When
I lost you I was blind


And
everytime I catch me in tear


You
are right there by my side





“By
Your Side” também foi lançada como single, mas não repercutiu em
termos de paradas de sucesso.













OUR
LOVE IS A LIE





A melodia de "Our Love Is a Lie" é repleta de malícia, contando com um ritmo cadenciado e bons vocais. A faixa permanece naquela curiosa fronteira entre o Hard e o Heavy, com uma sonoridade que remete ao Mötley Crüe.





A
letra possui conotação sexual:





Semi-good
lookin' seducer


Slither
in the street


I
gotta suck out the venom


Desire's
killin' me





PS: não encontramos um vídeo da canção.













TAKE
YOU DOWN WITH ME





Outro Heavy Metal bastante pesado e antenado com o que acontecia naquela época é o que se apresenta em "Take You Down With Me". O peso é onipresente com o baixo preenchendo todas as lacunas, oferecendo uma base extremamente pesada. Muito interessante.





A
letra menciona guerra e sofrimento:





I
try to understand


War,suffering
& pain


Turning
mankind against man


A
generation is slain


Angel
on my shoulder


Fighting
for control over













STABBIN’
DAGGERS





"Stabbin' Daggers" mantem o peso, mas, desta feita, a musicalidade se demonstra mais cadenciada. O riff principal da canção é interessante, embora o destaque maior seja a forte presença da bateria de Jarzombek.





A
letra é em sentido misterioso:





Circumstances
beyond my control


Take
advantage of my very soul


Time
forgotten by all but one


Misbegotten
son of broken love













YOU
BRING ME DOWN





Nesta música, a proposta de uma sonoridade extremamente pesada com um andamento bem arrastado continua. As guitarras estão marcantes enquanto Sebastian Bach opta por mesclar vocais agressivos com outros mais suaves.





A
letra é em sentido acusatório:





There
is nothing more in this life to take away


Until
my dying day


You
bring me down


You
bring me down


You
bring me down













FALLING
INTO YOU





A décima-quarta - e última - faixa de Angel Down é "Falling Into You". O álbum se encerra com uma composição que leva o ouvinte diretamente para o fim dos anos 80, pois possui a cara daquilo que o Skid Row fazia com extrema competência: baladas marcantes.





Novamente,
a letra é em tom de final de romance:





You
take me


Break
me


Build
me up and then forsake me


Our
love is my world


Then
you cut me down with one word


Strung
out, it\'s true


Try
to run but I\'m falling into you


You\'re
the devil\'s deja vu





A
música foi mais uma lançada no formato de single, mas que não
repercutiu em termos de paradas de sucesso desta natureza.













Considerações
Finais





Angel
Down
teve seus méritos reconhecidos ao menos pela crítica
musical, embora não tenha sido um estrondoso sucesso comercial.





O
álbum atingiu a modesta 191ª posição da principal parada
norte-americana de discos, a Billboard 200. Também alcançou o 50º
lugar na principal parada japonesa desta natureza.





O
jornalista musical Paul Cashmere, do australiano Undercover,
descreveu Angel Down como “O álbum de metal do ano, se não
o do século 21 até agora”.





O
crítico musical Stephen Thomas Erlewine, do site AllMusic, dá ao
disco uma nota 4 (de 5), afirmando: “A única coisa é que
Sebastian Bach nunca fez um disco tão feroz e divertido
quanto Angel Down nos dias pré-Nirvana. Isto é mais
pesado e ávido do que qualquer coisa que ele fez antes, tão bom que
Bach está confiante em trazer o recluso número um do rock,
Axl Rose, para três músicas, confiante de que o retorno atrasado de
Axl não ofuscaria o que ele conquistou aqui”.





Por
fim, Erlewine conclui: “Não é apenas um retorno; Angel Down
é um álbum que justifica todas aquelas horas intermináveis que ele
passou no reality show, já que ele é o único músico a se
envolver, todo esse tempo, em música que soa mais divertida e vital
do que (ele) fazia quando estava no topo das paradas”.





Em
27 de outubro de 2007, o single “Back in the Saddle” foi tocado
na estação de rádio Q94.5 do Texas. De acordo com a
emissora, os telefones tocaram incessantemente quando a canção foi
ao ar e se tornou a faixa número 1 mais requisitada da emissora.





No
entanto, como se afirmou, Angel Down estreou apenas no 191º
lugar no Top 200 da Billboard, vendendo 6,4 mil cópias em sua
primeira semana.





Bach
também gravou backing vocals para a faixa “Sorry” no controverso
Chinese Democracy, do Guns N' Roses, que seria lançado
em novembro de 2008.





Bach
passou o verão de 2008 em turnê com Poison e Dokken.





Um
novo álbum de estúdio de Sebastian Bach seria lançado
somente em 2011, com Kicking & Screaming.





Angel
Down
supera a casa de 100 mil cópias vendidas.













Formação:


Sebastian
Bach - Vocal


"Metal"
Mike Chlasciak - Guitarra


Johnny
Chromatic - Guitarra


Steve
DiGiorgio - Baixo


Bobby
Jarzombek - Bateria e Percussão


Músicos
Adicionais:


Axl
Rose - Vocal em 03, Backing Vocal em 04 e 05


Adam
Albright - Guitarra em 01


Ed
Ross - Piano e Cordas em 09 e 14


Roy
Z - Guitarra 02, 04, 09 e 10





Faixas:


01.
Angel Down (Albright/Bach) - 3:48


02.
You Don't Understand (Bach/Z) - 3:06


03.
Back in the Saddle (Tyler/Perry) - 4:19


04.
(Love Is) a Bitchslap (Bach/Z) - 3:08


05.
Stuck Inside (Rose/Bach) - 2:57


06.
American Metalhead (Chlasciak) - 4:02


07.
Negative Light (Bach/Chlasciak/DiGiorgio) - 4:33


08.
Live & Die (Chlasciak/Clayborne) - 3:53


09.
By Your Side (Bach/Z) - 5:27


10.
Our Love Is a Lie (Bach/Chlasciak/Z) - 3:20


11.
Take You Down with Me (Bach/DiGiorgio) - 4:37


12.
Stabbin' Daggers (Bach/Chromatic/Jarzombek) - 3:41


13.
You Bring Me Down (Santolla) - 3:16


14.
Falling Into You (Bach/Child) - 4:21





Letras:


Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/sebastian-bach/





Opinião
do Blog:


É praticamente impossível não associar a figura do vocalista Sebastian Bach a do seu estrondoso sucesso comercial como o cantor do Skid Row. Bach era a cara da banda que explodiu calorosamente ao final dos anos 80.



Mas, neste Angel Down, o ouvinte desavisado pode até mesmo se assustar. Bach se apresenta com uma faceta quase que totalmente diversa daquela que o consagrou. O disco expande e extrapola, estratosfericamente, os limites musicais que consagraram o vocalista.



Para o seu terceiro álbum da carreira-solo, mas que, na prática, é o primeiro a contar com faixas inéditas e em estúdio quase que como por completo, Sebastian não foi apenas competente bem como extremamente habilidoso para se cercar de um time de peso.



As guitarras estão marcantes, abusando do peso e agressividade, nas figuras de Mike Chlasciak e Johnny Chromatic. A presença de Steve DiGiorgio é garantia de um exímio trabalho do baixo e Bobby Jarzombek é um dos destaques do disco.



Claro, Sebastian Bach brilha nos vocais, oscilando entre agressividade, suavidade e até mesmo arriscando alguns guturais. A participação de Axl Rose traz ainda mais sabor ao álbum, especialmente na versão divertida de "Back in the Saddle".



Deste modo, Sebastian Bach abraça o Heavy Metal vigorosamente em Angel Down. O disco se mostra agressivo, pesado e imponente e praticamente não remete à sonoridade que consagrou Bach nos anos 80. Fique claro o alerta: ouvintes desavisados podem se apavorar.



As letras são absolutamente comuns.



Pesada, vigorosa e sem soar datada, a audição de Angel Down é extremamente prazerosa para fãs de música mais pesada.



Conforme foi dito, a versão da clássica "Back in the Saddle" é um grande destaque do trabalho. No limiar entre o Hard e o Heavy, "(Love is) A Bitchslap" é uma faixa encantadora. "You Don't Understand" é pesada e "By Your Side" é uma bonita balada.



Mas o RAC elege as pauladas "American Metalhead" (em um cover genial) e a pesadíssima "You Bring Me Down" como suas preferidas no disco.



Enfim, abraçando desvergonhosamente o Heavy Metal e sem medo de se arriscar, Sebastian Bach se reinventou e mostrou uma nova faceta neste ótimo Angel Down. Pesado, moderno e vigoroso, o álbum apresenta o vocalista em um inspirado momento, muito bem acompanhado e demonstrando música de alto nível. Outro disco muito bem recomendado pelo Blog!