THE ALLMAN BROTHERS BAND - IDLEWILD SOUTH (1970)

 


Idlewild South é o segundo álbum de estúdio da banda norte-americana chamada The Allman Brothers Band. O lançamento oficial do disco aconteceu em 23 de setembro de 1970, através dos selos Atco e Capricorn. As gravações ocorreram entre fevereiro e julho daquele mesmo ano, nos estúdios Capricorn Sound (em Macon), Criteria e Atlantic South (em Miami) e Regent Sound (em New York City); todos nos Estados Unidos. A produção ficou majoritariamente com Tom Dowd e também com Joel Dorn.

THE ALLMAN BROTHERS BAND - IDLEWILD SOUTH (1970)

 


Idlewild South é o segundo álbum de estúdio
da banda norte-americana chamada The Allman Brothers Band. O lançamento oficial
do disco aconteceu em 23 de setembro de 1970, através dos selos Atco e
Capricorn. As gravações ocorreram entre fevereiro e julho daquele mesmo ano,
nos estúdios Capricorn Sound (em Macon), Criteria e Atlantic South (em Miami) e
Regent Sound (em New York City); todos nos Estados Unidos. A produção ficou
majoritariamente com Tom Dowd e também com Joel Dorn.



 



Esta é a segunda vez que o site aborda a The Allman Brothers Band e, para
aqueles que desejarem mais informações, deixamos o link AQUI.






 



Antecedentes



 



Em 1970, a The Allman Brothers Band era formada pelo vocalista/organista Gregg
Allman, pelos guitarristas Duane Allman e Dickey Betts, pelo baixista Berry
Oakley e pelos bateristas Jai Johanny Johanson e Butch Trucks.



 



A The
Allman Brothers Band
foi formada em março de 1969, e começou a escrever
músicas e a fazer turnês juntos. Naquele mês de agosto, o grupo gravou seu
álbum de estreia autointitulado, que foi lançado em novembro pela Capricorn
Records, uma divisão da Atlantic Records.



 



O disco recebeu uma resposta comercial pobre,
vendendo menos de 35 mil cópias no lançamento inicial. Executivos da gravadora
sugeriram ao empresário da banda e presidente da Capricorn, Phil Walden, que
ele mudasse o grupo para Nova York ou Los Angeles a fim de aumentar sua
exposição. "Eles queriam que agíssemos como uma banda de rock "e nós
apenas lhes dissemos para "se foderem"”, lembrou Trucks.



 



De sua parte, os membros da banda
permaneceram otimistas, optando por ficar no Sul. "Disseram-nos que
cairíamos no esquecimento lá", disse Gregg Allman, mas a colaboração entre
a banda e a Capricorn Records “ transformou Macon de uma cidadezinha sonolenta
em um lugar muito moderno, selvagem e louco; cheio de motociclistas e roqueiros
".



 



Em março de 1970, a esposa de Oakley alugou
uma grande casa vitoriana na 2321 Avenida Vineville, em Macon, que eles
apelidaram de “a Casa Grande".



 



Idlewild
South
foi o primeiro esforço da banda com Tom Dowd, conhecido
por seu trabalho com Cream e John Coltrane. Dowd ouviu a banda
ensaiando pela primeira vez enquanto visitava o Capricorn Sound Studios, em
Macon, perguntando o nome deles e comentando com Walden: "Tire-os de lá e os
entregue no estúdio. Eles não precisam ensaiar; eles estão prontos para gravar".



 



Dowd foi inicialmente escalado para trabalhar
com a banda em seu álbum de estreia, mas foi impedido no último minuto.
Inicialmente, o conjunto pediu ao amigo e colega Johnny Sandlin para produzir
seu segundo álbum, mas conforme a gravação se aproximava, tornou-se óbvio que
queriam que ele coproduzisse o disco com Dowd.



 



Em uma de suas primeiras sessões, Sandlin
estava dando sugestões e atuando como coprodutor, embora ninguém tivesse
informado Dowd; Sandlin ficou constrangido e não retornaria ao estúdio.


Duane Allman




 



Gravações



 



As primeiras sessões de gravação para Idlewild South ocorreram em meados de
fevereiro de 1970, no recém-construído Capricorn Sound Studios, em Macon.



 



Posteriormente, a banda mudou-se para o
Criteria Studios, em Miami, em meados de março, onde Dowd se sentia mais
confortável produzindo álbuns; já que ele via o então novo estúdio da Capricorn
como um trabalho em andamento e impróprio para gravar.



 



O grupo estava constantemente na estrada
enquanto Idlewild South era
desenvolvido, levando a um processo de gravação fraturado e concluído aos
trancos e barrancos. Eles se reuniram novamente com Dowd durante pequenas
pausas nos shows.



 



Além disso, o líder do grupo, Duane Allman
ainda recebeu convites para tocar como músico de sessão em outro lugar; nas
"raras ocasiões em que [a banda] poderia retornar a Macon para um breve
intervalo", Allman pegava a estrada para Nova York, Miami ou Muscle Shoals
para contribuir com as sessões de outros artistas.



 



Nos dias em que a banda estaria disponível, o
empresário Walden ligava a Dowd para informá-lo; ele costumava assistir ao show
deles e passar o resto da noite no estúdio. Depois de quase meio ano e mais de
três estúdios de gravação diferentes, a produção foi encerrada em julho de
1970.



 



A The Allman
Brothers Band
optou por gravar a maior parte de Idlewild South ao vivo, com todos os músicos tocando juntos. Em
raras ocasiões, eles voltariam para seções de overdub, pois não estavam de
acordo com o padrão.



 



"A ideia é que parte da coisa dos Allman Brothers é a espontaneidade - a
elasticidade. As partes e os tempos variam de uma forma que só eles são
sensíveis", disse Dowd.



 



Duane frequentemente deixava uma música
sozinha para mais trabalho e testes na estrada.



 



Joel Dorn, predominantemente um produtor de
jazz da Atlantic, entrou em cena para produzir uma música do álbum, "Please
Call Home", que foi gravada no Regency Sound Studios, em 14 de julho de
1970. O grupo estava em Nova York na época e Dowd não estava disponível.



 



Após o processo de gravação, Duane foi
convidado a se juntar a Eric Clapton
e seu novo grupo Derek & the Dominos
na gravação de seu álbum de estreia, Layla
and Other Assorted Love Songs
. Clapton,
mais tarde, convidou formalmente Allman para se juntar ao grupo, mas ele
recusou relutantemente, expressando lealdade aos membros da Allman Brothers e o conceito musical
que a originou.


Gregg Allman




 



Ideias Musicais



 



"Revival" inicialmente tomou forma
como instrumental, com a letra como uma reflexão tardia. A canção assume
decididamente um toque gospel no meio do caminho, acentuado por "palmas de
mão parecidas com as de uma igreja".



 



"Don't Keep Me Wonderin", escrita
por Gregg Allman, com Duane na guitarra slide e Thom Doucette na gaita.
"Midnight Rider" se desenvolveu rapidamente e trazia letras
contribuídas pelo roadie Robert Payne, que deu uma sugestão a Gregg Allman
enquanto estavam juntos em seu armazém de equipamentos. Como não tinham uma
chave do então próximo Capricorn Sound Studios, a dupla invadiu o estúdio e
gravou uma demo rápida com Twiggs Lyndon no baixo e Johanson nas congas.



 



Duane eventualmente criou as linhas de violão
para "Revival" e "Midnight Rider", já que ele foi mais
rápido para gravar e mais experiente tecnicamente devido ao seu trabalho de
sessão no Muscle Shoals.



 



"In Memory of Elizabeth Reed" foi
inspirada por uma mulher com quem Betts estava envolvido em Macon, a namorada
do músico Boz Scaggs. Para disfarçar sua identidade, a canção recebeu o nome de
uma lápide que Betts viu no cemitério Rose Hill, onde os membros da banda
costumavam se aventurar em seus primeiros dias para relaxar e escrever canções.
Esta é uma lenda consideravelmente desenvolvida sobre a gênese da canção, muito
alimentada por uma entrevista improvisada que Duane Allman deu à revista
Rolling Stone. A canção é a primeira composição de Betts gravada pela banda.



 



"Hoochie Coochie Man" foi o
rearranjo da banda para uma melodia de Muddy
Waters
escolhida pelo baixista Berry Oakley e também oriunda dos dias de
Betts tocando-a em sua banda anterior, The
Second Coming
. Apresentando Oakley em seu único vocal no estúdio, é quase
duas vezes mais rápida que o original de Waters.



 



"Please Call Home" foi gravada em
Nova York com o produtor de jazz Joel Dorn em duas tomadas. “Leave My Blues at
Home" contém toques de funk e um fade out estendido nas guitarras gêmeas
da banda.



 



Título do Disco



 



O nome do álbum veio do apelido da banda para
uma cabana, de 165 dólares mensais, que o grupo alugou em um lago fora de Macon,
no início de seus dias lá, as idas e vindas ocupadas que os lembravam do
Aeroporto Idlewild na cidade de Nova York.



 



Idlewild South era o lar de ensaios e festas
e era "onde a irmandade aconteceu", de acordo com o roadie Kim Payne;
"Houve um pacto feito lá em torno de uma fogueira - todos por um e um por
todos. Todos acreditaram [na banda] 100 por cento".



 



De acordo com Linda Oakley, esposa do
baixista Oakley, o grupo manteve uma festa de véspera de ano novo em 1970, onde
eles, à meia-noite, se juntaram em um coro de "Will the Circle Be
Unbroken". "Foi um momento crucial, um testamento de amor",
disse ela. Muito do material apresentado no álbum se originou naquela cabana.


A formação clássica da banda




 



Vamos às faixas:



 



REVIVAL



 



A ótima “Revival” abre o disco com um clima
bastante divertido e uma inegável pegada country.



 



A letra menciona amor livre:



 



People can you feel it? Love is everywhere.



People can you hear it? Love is in the air.



We're in a revolution. Don't you know we're right.



Everyone is singing. Yeah! There'll be no one to fight






 



Em sua primeira contribuição como compositor
para a banda, o guitarrista Dickey Betts inicialmente compôs
"Revival" como instrumental. Ele começou a cantar junto, e as letras
vieram como uma reflexão tardia, o que não era típico.



 



Betts tendia a compor canções instrumentais
naturalmente; comentando mais tarde: "Você tem que ter uma abordagem
totalmente diferente; um instrumental tem que ser realmente cativante e quando
você consegue é muito satisfatório porque você transcendeu as palavras e se
comunicou com emoção".



 



Duane Allman toca o violão ouvido em
"Revival", já que ele era melhor em obter um bom som acústico devido
à sua experiência em estúdio.



 



A faixa foi lançada como single e atingiu a
92ª na principal parada norte-americana desta natureza.



 



DON’T KEEP ME WONDERIN’



 



Guitarras afiadas e vocais mais “agressivos”
marcam outra grande música, “Don’t Keep Me Wonderin’”.



 



A letra fala sobre um relacionamento:



 



Oh, tell me 'bout the car I saw,



parked outside your door,



tell me what you left me waiting,



two or three hours for



 



MIDNIGHT
RIDER



 



A pegada bluesy e os ótimos vocais de Gregg
marcam um verdadeiro clássico, “Midnight Rider”.



 



A letra fala sobre um homem em uma corrida:



 



Well, I've got to run to keep from hiding



And I'm bound to keep on riding



And I've got one more silver dollar



But I'm not gonna let them catch me, no



Not gonna let 'em catch the midnight rider






 



O arranjo dos versos apresenta o violão de
Duane Allman carregando as mudanças da música, sustentado por uma seção rítmica
guiada por congas e um órgão. As frases da guitarra solo de Dickey Betts
ornamentam os refrãos e a pausa instrumental, enquanto o canto poderoso e cheio
de alma de Gregg Allman, com reverberação que produz harmonia, fez com que a
música se tornasse conhecida por alguns como a peça de assinatura de Allman.



 



A canção foi lançada como single e não conseguiu
emplacar em nenhuma parada de sucesso. Versões cover de sucesso foram gravadas
por Joe Cocker, Paul Davidson e Willie Nelson.



 



IN
MEMORY OF ELIZABETH REED



 



A bela instrumental “In Memory of Elizabeth
Reed” traz um inegável clima de ‘jam session’.



 



HOOCHIE COOCHIE MAN



 



“Hoochie Coochie Man” é um Blues Rock
vigoroso, com ótima atuação de Duane Allman na guitarra.



 



A letra é em tom divertido:



 



I'll make all you little girls,



turn your heads around.



Then I'm gonna take you little girls,



gonna take you right on down... with me yeah



 



Trata-se de uma versão para a música de mesmo
nome, originalmente composta por Willie
Dixon
.



 



PLEASE CALL HOME



 



A belíssima balada “Please Call Home” quebra
o ritmo do disco, mas de maneira orgânica e – porque não – brilhante.



 



A letra mostra um certo conformismo:



 



I guess I saw it comin day by day.



But, oh, I could not stand the failure.



Before you leave, there's just one thing I must say,



Please, call home if ya change your mind.



Oh, I don't mind.



 



LEAVE
MY BLUES AT HOME



 



O álbum se encerra com a ótima pegada Blues
Rock na memorável “Leave My Blues at Home”.



 



A letra menciona um romance:



 



And I feel I have to scream



whenever I get the notion.



And though I try so hard,



I can't hold back my emotions



 



Considerações
Finais



 



Idlewild
South
conseguiu atingir a principal parada norte-americana de álbuns,
conquistando a 38ª posição.



 



Em comparação com a estreia do conjunto, o
disco vendeu apenas "um pouco melhor, apesar da crescente reputação
nacional da banda, e incluiu canções que se tornariam a base de seu repertório
- e, eventualmente, das rádios de rock".



 



Jim Hawkins, engenheiro do álbum, lembrou que
Walden o informou que Idlewild South
foi lançado com 50 mil cópias em sua primeira semana, antes de se estabelecer
em mil por semana.



 



Enquanto o álbum ajudou a aumentar a
popularidade do grupo, o nome da Allman
Brothers
realmente cresceu em fama devido às suas apresentações ao vivo. Walden
duvidou do futuro da banda, preocupado se eles se estabeleceriam, mas o boca a
boca se espalhou devido à agenda de turnês implacável da banda, e as multidões
aumentaram.



 



Ed Leimbacher, da Rolling Stone, escreveu que
Idlewild South "é um bom
presságio para o futuro dos Allmans", chamando-o de "um grande passo
à frente do primeiro", mas considerou o segundo lado do LP uma decepção. Robert
Christgau, do The Village Voice, deu ao álbum um "B +" e o considerou
uma peça complementar ao trabalho de Duane Allman em Layla, observando que "muitas pessoas pensam que Duane Allman
já é um titã no ranking da guitarra elétrica”.



 



Uma revisão retrospectiva, de nota máxima, de
Bruce Eder na Allmusic, considerou-o "o melhor álbum de estúdio da
história do grupo, blues elétrico com uma textura acústica, solo virtuoso,
slide e órgão tocando, e uma seleção matadora de canções".



 



Em 2014, a revista Rolling Stone listou-o
entre os álbuns mais "inovadores", cobrindo seu impacto no Southern
rock: "Em seu segundo álbum, os Allman
Brothers
se transformaram de meros roqueiros de blues em uma montagem
criando um tipo inteiramente novo de música sulista".



 



A sorte do conjunto começou a mudar ao longo
de 1971, quando o ganho médio da banda dobrou. "Percebemos que o público
era uma grande parte do que fazíamos, que não podia ser duplicado em um
estúdio. Uma lâmpada finalmente se apagou; precisávamos fazer um álbum ao vivo",
disse Gregg Allman.



 



At
Fillmore East
foi gravado em três noites - 11, 12 e 13 de
março de 1971 - no Fillmore East em Nova York, pelo qual a banda recebeu 1.250 dólares
por noite.



 



At
Fillmore East
foi lançado em julho de 1971, pela Capricorn
Records, como um álbum duplo, pelo preço de um único LP. Enquanto os discos
anteriores da banda levaram meses para chegar às paradas (muitas vezes perto do
final do top 200), o álbum começou a subir nas paradas depois de alguns dias.






 



Formação:



Gregg Allman - Voz, Órgão, Piano



Duane Allman - Guitarra slide, Guitarra solo,
Violão



Dickey Betts - Guitarra solo



Berry Oakley - Baixo, Voz em "Hoochie
Coochie Man"



Jai Johanny Johanson - Bateria, Congas, Timbales,
Percussão



Butch Trucks - Bateria



Músicos
Adicionais:



Thom Doucette - Gaita, Percussão



 



Faixas:



1. Revival (Betts)
- 4:04



2. Don't Keep Me
Wonderin' (G. Allman) - 3:40



3. Midnight
Rider (Allman/Payne) - 3:00



4. In Memory of
Elizabeth Reed (Betts) - 6:54



5. Hoochie Coochie
Man (Dixon) - 4:54



6. Please Call
Home (G. Allman) - 4:00



7. Leave My
Blues at Home (G. Allman) - 4:15



 



Letras:



Para o conteúdo completo das letras,
recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/allman-brothers-band/



 



Opinião
do Blog:



A The
Allman Brothers Band
é uma verdadeira instituição do Rock ‘n’ Roll. Uma das
mais incríveis bandas da história do estilo.



 



Seu segundo álbum, Idlewild South, traz o estilo que consagrou a banda: um Rock
divertido, repleto de melodia e com as influências da música ‘sulista’
norte-americana. Este caldeirão musical produziu canções memoráveis e que
seriam influências diretas para o nascente ‘Southern Rock’.



 



Em um disco sem músicas de enchimento, as
preferidas do Blog são a versão matadora para “Hoochie Coochie Man”, a
lindíssima “Please Call Home” e a clássica “Midnight Rider”.



 



Enfim, Idlewild
South
é um dos grandes álbuns da história do Rock e uma obra inegavelmente
influente. O registro definitivo do talento do grande guitarrista Duane Allman
e a prova de que a The Allman Brothers
Band
é uma verdadeira referência para fãs do Rock ‘n’ Roll.

CREAM - DISRAELI GEARS (1967)

 


Disraeli Gears é o segundo álbum de estúdio
da banda britânica chamada Cream. Seu lançamento oficial aconteceu em 2 de
novembro de 1967 pelo selo Reaction. As gravações ocorreram em maio daquele
mesmo ano, no estúdio Atlantic, em Nova York, nos Estados Unidos. A produção
ficou a cargo de Felix Pappalardi.



 






Início
de 1967



 



O site já visitou o Cream e suas origens aqui.



 



A banda visitou os Estados Unidos pela
primeira vez em março de 1967, para tocar em nove datas no RKO 58th Street
Theatre em Nova York. Houve pouco impacto, pois o empresário, Murray the K,
colocou o grupo no final de uma apresentação de seis conjuntos que se
apresentavam três vezes por data, eventualmente reduzindo a banda a uma música
por show.



 



O grupo retornaria a Nova York entre 11 e 15
de maio de 1967, para a gravação de seu segundo disco de estúdio, Disraeli Gears.


Eric Clapton




 



Produção



 



Como foi afirmado, o álbum foi gravado no
Atlantic Studios, em Nova York, entre 11 e 15 de maio de 1967, após os nove
shows da banda como parte da série de concertos "Music in the 5th
Dimension" de Murray the K.



 



O selo americano do Cream, ATCO, era uma subsidiária integral da Atlantic Records.



 



As sessões foram produzidas pelo futuro
baixista do Mountain, Felix
Pappalardi - que coescreveu as faixas "Strange Brew" e "World of
Pain" com a esposa Gail Collins - e foram projetadas por Tom Dowd - que
mais tarde trabalharia com Eric Clapton em projetos como Layla and Other Assorted Love Songs e 461 Ocean Boulevard.



 



O proprietário da Atlantic Records, Ahmet
Ertegun, também esteve presente durante as sessões. De acordo com Dowd, as
sessões de gravação duraram apenas três dias e meio. Os vistos da banda
expiraram no último dia de gravação. O baterista Ginger Baker lembrou como o
título do álbum foi baseado em um malapropismo que aludiu ao primeiro-ministro
britânico do século 19, Benjamin Disraeli.



 



Além de Baker, o conjunto era formado pelo
guitarrista Eric Clapton e o baixista/vocalista Jack Bruce.



 



Arte
Gráfica



 



A arte da capa foi criada pelo artista
australiano Martin Sharp, que morava no mesmo prédio que Clapton, The
Pheasantry, em Chelsea. Sharp iria criar a arte do próximo álbum do Cream, Wheels of Fire, e coescreveu as canções "Tales of Brave
Ulysses" e o tema do filme The Savage Seven, "Anyone for Tennis",
com Clapton.



 



A fotografia foi de Bob Whitaker, conhecido
por seu trabalho com os Beatles,
incluindo a polêmica capa do "açougueiro" de Yesterday and Today.



 



A maioria das fotos foi tirada em julho de
1967, com filmagens no Hyde Park de Londres, bem como nas Highlands escocesas.
Algumas das imagens foram filmadas em Ben Nevis, a montanha mais alta das ilhas
britânicas.



 



As fotos mostram um Clapton barbeado com um
penteado bufante com permanente. Na época do lançamento do álbum em novembro,
no entanto, ele estava deixando seu cabelo crescer reto e tinha um bigode.



 



A capa frontal consiste em uma colagem
psicodélica com o título centralizado e o nome da banda abaixo, cercado por um
arranjo floral. Martin Sharp estava tentando capturar o som da música na capa,
que ele descreve como um "som fluorescente quente".



 



A arte da capa foi posteriormente usada para
a compilação Those Were the Days.


Ginger Baker




 



Música



 



Disraeli
Gears
apresenta o grupo se distanciando, fortemente, de suas
raízes do blues e entregando-se a sons mais psicodélicos, em particular em
faixas como "Tales of Brave Ulysses", "SWLABR", "World
of Pain" e "Dance the Night Away", a última, com um violão de 12
cordas (a única vez em que o instrumento seria usado em uma gravação do Cream).



 



As melodias mais blues do disco são o arranjo
de Clapton em "Outside Woman Blues", a composição de Bruce-Brown
"Take it Back", que foi inspirada nas imagens contemporâneas da mídia
de estudantes americanos queimando suas cartas de rascunho que apresentavam
gaita de Jack Bruce, e a faixa de abertura "Strange Brew", que foi
baseada em uma canção de blues de 12 compassos chamada "Lawdy Mama" e
apresenta um solo de guitarra de Albert King, copiado nota por nota.



 



Ao contrário do anterior Fresh Cream, que era dominado vocalmente por Bruce, os vocais em Disraeli Gears eram mais democráticos. Clapton canta em "Strange Brew" e "Outside
Woman Blues", e divide os vocais em "World of Pain", "Dance
the Night Away" e "Sunshine of Your Love".
Baker,
por sua vez, executa os vocais principais em sua composição "Blue
Condition". Todos os três membros da banda cantam juntos em "Mother's
Lament".



 



Em contraste com muitos dos outros trabalhos
da banda, Disraeli Gears compreende
principalmente canções curtas e independentes, sem nenhum improviso e jamming
pelos quais a banda era conhecida no palco.


Jack Bruce




 



Vamos às faixas:



 



STRANGE BREW



 



“Strange Brew” bebe na rica fonte do Blues
Rock e a guitarra de Clapton é o grande destaque deste clássico.



 



A letra é bem divertida:



 



On a boat in the middle of a raging sea,



She would make a scene for it all to be



Ignored.



And wouldn't you be bored?



 



“Strange Brew” foi lançada como single e
atingiu a 17ª posição da principal parada britânica desta natureza.






 



Em abril de 1967, durante sua primeira viagem
a Nova York, o Cream gravou uma
música chamada "Lawdy Mama", com Ahmet Ertegun, no Atlantic Studios,
no início das sessões do que viria a ser o álbum Disraeli Gears. A banda tocou duas versões da música, a primeira um
shuffle típico de blues, e a segunda convertida para o tempo direto em um
estilo mais rock 'n' roll (ambas as versões podem ser ouvidas em These Were the Days).



 



O produtor Felix Pappalardi pegou a fita da
segunda versão de "Lawdy Mama" e, com a ajuda de sua esposa Gail
Collins, transformou a música em "Strange Brew".



 



Um jornalista notou que Clapton, nesta fase,
estava empregando estilos de guitarra de Albert King; e que tanto "Strange
Brew" quanto outra faixa do Cream,
"Born Under a Bad Sign", "eram praticamente paródias de Albert
King".



 



Clapton executa os vocais principais na
música em um estilo de falsete. Foi o primeiro single do Cream em que ele cantou solo. Ao contrário do single anterior do
grupo, "I Feel Free", nenhum vídeo promocional foi feito para a
música, mas a banda a dublou na televisão, no programa alemão Beat Club, em 19
de maio de 1967.



 



SUNSHINE OF YOUR LOVE



 



O riff sensacional de “Sunshine of Your Love”
é dos mais icônicos da história do Rock, em uma de suas canções mais
espetaculares.



 



A letra possui uma conotação romântica:



 



I'm with you, my love



The light's shining through on you



Yes, I'm with you, my love



It's the morning and just we two



 



A música foi lançada como single, atingindo a
25ª posição na principal parada britânica desta natureza, conquistando a 5ª
colocação em sua correspondente norte-americana.






 



No início de 1967, o Cream estava escrevendo e ensaiando canções para um segundo álbum.
Seu disco de estréia, de dezembro de 1966, Fresh
Cream
, foi uma mistura de blues atualizados e canções de rock com
orientação pop.



 



Inspirado por desenvolvimentos recentes na
música rock, o grupo começou a buscar uma direção mais abertamente psicodélica.
"Sunshine of Your Love" começou como uma frase de baixo (ou riff)
desenvolvido pelo baixista do Cream,
Jack Bruce. O Cream compareceu a um
concerto, em 29 de janeiro de 1967, da Jimi
Hendrix Experience
no Saville Theatre em Londres que teria inspirado o
grupo.



 



Os compositores musicais Covach e Boone
descrevem o riff como derivado do blues, que usa uma escala pentatônica de
blues menor com uma quinta nota achatada adicionada (ou escala de blues comum).
A música segue uma progressão de acordes de blues durante os primeiros oito
compassos.



 



Brown teve dificuldade em escrever letras que
se encaixassem no riff. Depois de uma sessão que durou a noite toda, Bruce
tocou em um contrabaixo enquanto o letrista Pete Brown olhava pela janela. Lentamente,
ele começou a escrever "Está quase amanhecendo e as luzes fecham seus
olhos cansados", que é usado no primeiro verso. Mais tarde, para quebrar o
ritmo, Clapton escreveu um refrão que também rendeu o título da música.



 



Uma gravação botleg, no clube Ricky-Tick em
Londres, antes que o Cream gravasse
a música no estúdio, mostra "Sunshine of Your Love" com uma batida
comum ao rock da época. O baterista Ginger Baker comparou-o ao uptempo
"Hey Now, Princess", outra composição de Bruce/Brown que o Cream gravou em março.



 



Bruce e Brown tinham uma série de novas
canções em vários estágios de desenvolvimento e entraram no estúdio em 3 de
abril. Inicialmente, Ertegun designou Dowd para trabalhar com o trio e o Cream foi sua primeira exposição a
níveis extremos de volume.



 



Ertegun trouxe o produtor Felix Pappalardi,
que ele acreditava que poderia trabalhar como um intermediário entre o grupo e
Dowd.
Eles começaram com
"Strange Brew", "Tales of Brave Ulysses" e "Sunshine
of Your Love".



 



Ertegun ouviu as demos e não gostou,
esperando mais material baseado em blues como o de Fresh Cream. Booker T. Jones (produtor e tecladista de Booker T.
& the MG's) e Otis Redding (ambos cujas gravações da Stax na época foram
distribuídas pela Atlantic, pai da Atco) deram a "Sunshine of Your
Love" sua total aprovação. As diferenças foram suavizadas quando o Cream voltou em maio de 1967 para
terminar de gravar as músicas para Disraeli
Gears
.



 



A guitarra que Clapton usou foi identificada
como uma Gibson SG de 1964, conhecida como "the Fool". É um dos
exemplos mais conhecidos do chamado ‘tom feminino’ e cita a melodia do padrão
pop "Blue Moon". Ao usar a escala pentatônica maior da música,
Clapton oferece um contraste com a escala de blues do riff.



 



Em 2004, a canção ficou em 65º lugar na lista
das "500 melhores canções de todos os tempos" da revista Rolling
Stone. Em março de 2005, a revista Q colocou "Sunshine of Your Love"
no número 19 em sua lista das "100 melhores faixas de guitarra de todos os
tempos!"



 



Em 2009, a VH1 incluiu-o no número 44 de sua
lista do "Top 100 Hard Rock Songs". A canção está na lista do Rock
and Roll Hall of Fame das "500 canções que deram forma ao rock and
roll".



 



WORLD OF PAIN



 



“World of Pain” é uma faixa mais suave,
contando com uma melodia delicada e, mesmo assim, encantadora.



 



A letra é em tom de sofrimento:



 



Is there a reason for today?



Is there a reason for today?



Do you remember?



I can hear all the cries of the city



No time for pity for a growing tree



 



DANCE
THE NIGHT AWAY



 



“Dance the Night Away” tem um ritmo forte,
abraçando a psicodelia, em um ótimo trabalho de Baker.



 



A letra é bem
psicodélica:



 



Will find myself an ocean



Sail into the blue



Live with golden swordfish



Forget the time of you



Dance the night away



 



BLUE CONDITION



 



“Blue Condition” tem uma profusa base bluesy,
com andamento mais lento, mas, mesmo assim, empolgante.



 



A letra possui um tom de resiliência:



 



Early rising every day



You must be enterprising in your way



For you will hear no laughter, nor see the Sun



Life would be one disaster all the way through



 



TALES OF BRAVE ULYSSES



 



Um rock bem vigoroso, com as guitarras de
Clapton bem proeminentes, é a face da ótima “Tales of Brave Ulysses”.



 



A letra se refere à tragédia mitológica grega,
Ulisses:



 



And the colors of the sea blind your eyes with
trembling mermaids



And you touch the distant beaches with tales of brave
Ulysses



How his naked ears were tortured by the sirens sweetly
singing



For the sparkling waves are calling you to kiss their
white laced lips



 



A música foi a primeira colaboração entre o
guitarrista Eric Clapton e o artista Martin Sharp.
Clapton compôs a música, inspirada no hit de 1966 do Lovin' Spoonful, "Summer in the
City".



 



“Comecei a conversar com Eric”, disse Sharp,
que morava no mesmo prédio. “Eu disse a ele que tinha escrito um poema. Ele,
por sua vez, me disse que tinha composto algumas músicas. Então eu dei a ele
meu poema. Duas semanas depois, ele apareceu com ele no lado B de um disco 45
polegadas”.



 



A canção foi o lado B do single "Strange
Brew" em junho de 1967, vários meses antes do lançamento do segundo disco
do grupo, Disraeli Gears, que incluía
ambas as canções.



 



Matthew Greenwald do AllMusic a chama de
"Uma das poucas canções abertamente psicodélicas que envelheceram
graciosamente ... Liricamente, é uma versão relativamente factual e colorida da
grande tragédia grega Ulisses".


Clapton, Bruce e Baker




 



SWLABR



 



A guitarra de Clapton está realmente infernal
na incrível “SWLABR”.



 



A letra é bem legal:



 



Running to me a-cryin' when he throws you out



Running to me a-cryin', on your own again



You've got that pure feel, such good responses



But the picture has a mustache



 



A música foi o lado B do single
"Sunshine of Your Love" do Cream.



 



O poeta Pete Brown escreveu as palavras e o
baixista do Cream, Jack Bruce,
compôs a música. Bruce canta e toca baixo, com Eric Clapton nas guitarras e
Ginger Baker na bateria. O título é a soma das iniciais de "She Walks Like
a Bearded Rainbow". Bruce disse mais tarde que o W significa "Was"
(era) em vez de "Walks” (Caminha).



 



WE’RE GOING WRONG



 



“We’re Going Wrong” é mais lenta e contida,
com um clima mais sorumbático.



 



A letra é curta e divertida:



 



Please open your mind



See what you can find



I found out today we're going wrong,



We're
going wrong



 



Com a letra da música tendo apenas duas
estrofes, os vocais de Jack Bruce são estendidos por toda a duração da música e
são apoiados pelo trabalho de guitarra de estilo psicodélico de Eric Clapton e a
batida de bateria de Ginger Baker.



 



A fórmula de compasso 6/8 também dá à música
um som distinto e irregular. Os vocais de Bruce são em falsete e são
acompanhados por uma linha de baixo lenta e uma melodia de guitarra
blues/psicodélica; no entanto, a bateria de Baker é frequentemente frenética e
rápida, tornando-se completamente em “desacordo” com o resto dos instrumentos.



 



OUTSIDE WOMAN BLUES



 



Sensacional a versão agressiva do Cream para
o clássico “Outside Woman Blues”.



 



A letra possui um sentido engraçado:



 



I'm gonna buy me a bulldog, watch my lady whilst I
sleep



I'm gonna buy me a bulldog, watch my lady whilst I
sleep



'Cause women these days, they're so doggone crooked



That they might make off 'fore day creep



 



"Outside Woman Blues" é uma canção
de blues gravada originalmente pelo Blind Joe Reynolds, em 1929. É uma das
poucas gravações conhecidas feitas por Reynolds, que usou "Woman
Blues" em vários títulos de músicas.



 



TAKE IT BACK



 



A gaita de Bruce e a guitarra de Clapton
dominam este Blues Rock viciante chamado “Take It Back”.



 



A letra fala sobre uma mulher:



 



Don't let them take me to where streams are red



I want to stay here and sleep in my own bed



Need all your loving, long blonde hair,



Don't let them take me 'cause I'm easily scared



Take it back, take it back, take that thing right out
of here



 



MOTHER’S LAMENT



 



“Mother’s Lament” encerra o disco de modo
divertido.



 



A letra brinca com a vida de uma mãe:



 



A mother was washing her baby one night;



The youngest of ten and a delicate mite



The mother was poor and the baby was thin;



'Twas naught but a skeleton covered with skin



 



Considerações
Finais



 



Disraeli
Gears
foi um sucesso praticamente imediato. O álbum ficou com
a 5ª posição na parada britânica e com a 4ª colocação na sua correspondente
norte-americana. O disco também conquistou o 1º lugar nas paradas de Austrália,
Finlândia e Suécia.



 



A crítica tem o álbum em alta conta.



 



Escrevendo para a BBC, Chris Jones descreveu
o álbum como "um encapsulamento perfeito do ponto em que o blues se tornou
psicodélico e, por sua vez, ficou pesado".



 



Thomas Erlewine, do AllMusic, descreve o
álbum como "um álbum de rock pesado quintessencial dos anos 60". Dave
Swanson, da Ultimate Classic Rock, acredita que o álbum seja "sua
obra-prima". Em 1999, o álbum foi incluído no Grammy Hall of Fame.



 



O disco foi eleito o 182º lugar na terceira
edição do All Time Top 1000 Albums de Colin Larkin (2000). Em 2003, o álbum foi
classificado como a 114ª posição na lista dos 500 melhores álbuns de todos os
tempos da revista Rolling Stone, mantendo a classificação em uma lista revisada
de 2012.



 



O canal VH1 nomeou-o 87º maior álbum de todos
os tempos em 2001. Em 2008, o álbum ganhou o prêmio Classic Rock Roll of Honors
for Classic Album.



 



Embora o álbum seja considerado um dos
melhores esforços do Cream, ele nunca
foi bem representado nos sets ao vivo da banda. Embora o grupo tenha tocado
consistentemente "Tales of Brave Ulysses" e "Sunshine of Your
Love", várias canções de Disraeli
Gears
foram rapidamente retiradas das apresentações em meados de 1967,
preferindo jams mais longas em vez de canções pop curtas. "We are Going
Wrong" foi a única música adicional do álbum que o grupo tocou ao vivo.



 



Na verdade, em seus shows de reunião de 2005
em Londres, a banda tocou apenas três músicas de Disraeli Gears: "Outside Woman Blues", "We’re Going
Wrong" e "Sunshine of Your Love"; em suas três apresentações em
outubro de 2005 em Nova York, "Tales of Brave Ulysses" também foi
incluída no setlist.



 



Em agosto de 1967, a banda fez suas primeiras
apresentações nos Estados Unidos, primeiro no The Fillmore em San Francisco e
depois no The Pinnacle em Los Angeles. Os shows foram um grande sucesso e
tiveram grande influência tanto na própria banda quanto na florescente cena
hippie que os rodeava.



 



Ao descobrir um público ouvinte crescente, a
banda começou a se esticar no palco, incorporando mais tempo em seu repertório,
algumas canções chegando a jams de vinte minutos. Jams longas e prolongadas em
números como "Spoonful", "NSU", "I'm So Glad" e
"Sweet Wine" tornaram-se favoritas ao vivo, enquanto músicas como
"Sunshine of Your Love", "Crossroads" e " Tales of
Brave Ulysses" permaneciam razoavelmente curtas.



 



Em 1968 veio o terceiro lançamento da banda, Wheels of Fire.



 



Disraeli
Gears
supera a casa de 1 milhão de cópias vendidas apenas nos
Estados Unidos.






 



Formação:



Ginger Baker - Bateria, Percussão, Vocal



Jack Bruce - Baixo, Piano, Vocal, Gaita



Eric Clapton - Guitarras, Vocal



 



Faixas:



01. Strange Brew
(Clapton/Pappalardi/Collins) - 2:46



02. Sunshine of
Your Love (Bruce/Clapton/Brown) - 4:10



03. World of
Pain (Pappalardi/Collins) - 3:03



04. Dance the
Night Away (Bruce/Brown) - 3:34



05. Blue
Condition (Baker) - 3:29



06. Tales of
Brave Ulysses (Clapton/Sharp) - 2:46



07. SWLABR (Bruce/Brown)
- 2:32



08. We're Going
Wrong (Bruce) - 3:26



09. Outside
Woman Blues (Reynolds, arr. Clapton) - 2:24



10. Take It Back
(Bruce/Brown) - 3:05



11. Mother's
Lament (Tradicional, arr. Bruce/Clapton/Baker) - 1:47



 



Letras:



Para o conteúdo completo das letras,
recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/cream/



 



Opinião
do Blog:



Ginger Baker, Jack Bruce e Eric Clapton
formaram uma das mais incríveis e talentosas bandas da história do Rock: o Cream.



 



Disraeli
Gears
é o atestado final do talento grandioso desta formação.
Abraçando o Blues e a Psicodelia, unindo-os através do Rock, o Cream traz neste disco uma coleção
praticamente perfeita de canções, oferecendo um retrato fiel da cena roqueira
do final dos anos 1960.



 



Em outro disco sem faixas de enchimento, fica
difícil escolher sua música preferida.
Mas estão entre “Strange Brew”, “Tales of Brave
Ulysses” e, claro, “Sunshine of Your Love”.



 



Enfim, não há muito que ficar dizendo sem
soar repetitivo. Disraeli Gears é um
dos melhores álbuns que você ouvirá na vida, a prova final dos talentos do Cream e de Eric Clapton. Obrigatório!