SLAYER - SEASONS IN THE ABYSS (1990)

 


Seasons
in the Abyss é o quinto álbum de estúdio da banda norte-americana
Slayer. Seu lançamento oficial aconteceu em 9 de outubro de 1990
pelo selo Def American. As gravações ocorreram nos estúdios Hit
City West, Hollywood Sound e Record Plant, em Los Angeles, nos
Estados Unidos, entre março e junho daquele mesmo ano. A produção
ficou por conta de Rick Rubin, Andy Wallace e do próprio Slayer.









Antecedentes






Em
julho de 1988, o Slayer havia lançado seu quarto álbum de
estúdio, South of Heaven, o qual havia recebido críticas
mistas, tanto por parte de fãs quanto da mídia, mas que, ao mesmo
tempo, representou o maior sucesso comercial do grupo até aquele
momento.






Para
promoção do trabalho, o conjunto saiu em turnês acompanhando
bandas do calibre de Judas Priest, Motörhead e Nuclear
Assault
.


Tom Araya








relatos de que o guitarrista Kerry King não tenha gostado de seu
desempenho em South of Heaven, ao mesmo tempo em que o
baixista/vocalista Tom Araya goste do trabalho. Fato é que o disco
ultrapassa a casa de 500 mil cópias vendidas apenas nos EUA.






Seasons
in the Abyss






Para
o que se tornaria Seasons in the Abyss, o Slayer se
reuniu com o produtor Andy Wallace para construir um novo material,
mas levando em conta as reações ao seu trabalho anterior. A
proposta seria retomar a agressividade insana de Reign in Blood,
mas com o senso melódico de South of Heaven.






O
álbum foi gravado de março a junho de 1990, em dois estúdios
separados: Hit City West, Hollywood Sound e Record Plant, em Los
Angeles, Califórnia. Seasons in the Abyss teve a produção
final de Rick Rubin, que também havia produzido seus dois álbuns
anteriores.






A
temática das letras gira em torno dos “infernos terrestres”, com
muita ferocidade. A capa é obra do australiano Lawrence Carroll.


Kerry King







Vamos
às faixas:






WAR
ENSEMBLE






War
Ensemble” abre o disco brilhantemente com a fúria única do Thrash
Metal do Slayer.






A
letra demonstra os horrores da guerra:






Propaganda
war ensemble

Burial to be

Bones shining by the night

In
blood laced misery

Campaign of elimination

Twisted
psychology

When victory is to survive

And death is defeat






BLOOD
RED






Embora
mais cadenciado, o riff genial de “Blood Red” fascina.






A
letra demonstra faces da opressão pela violência:






You
cannot hide the face of death

Oppression rules by bloodshed

No
disguise can hide the evil

That stains the primitive sickle






SPIRIT
IN BLACK






Spirit
in Black” oscila entre momentos mais velozes e outros mais
cadenciados, possuindo um refrão bem legal!






O
eu lírico apresenta-se com um espírito de resignação:






Living
nightmare can't you see

You really have no choice

Faded
memories haunt you

Listen clearly to my voice

Feed me all
your hatred

Empty all your thoughts to me

I can fill your
emptiness

With immortality






EXPENDABLE
YOUTH






Expendable
Youth” coloca o pé no freio, mas não abre mão de um peso
intenso.






As
letras refletem um eu lírico em violência:






Inured
soul lies on the ground

Head blown off face down

Lying in a
pool of blood

An accidental death homicide






DEAD
SKIN MASK






Dead
Skin Mask” é um das mais geniais faixas do Heavy Metal, contando
com um riff maravilhoso e vocais angustiantes de Tom Araya.






A
letra fala sobre o “serial killer” norte-americano Ed Gein:






Dance
with the dead in my dreams

(Hello? Hello Mr. Gein?)

Listen
to their hollowed screams

(Mr. Gein?)

The dead have taken
my soul

(Let me out of here mr gein)

Temptation's lost all
control

(Mr. Gein? I don't wanna play anymore mr gein)

Dance
with the dead in my dreams

(Mr. Gein, it's not any fun
anymore)

Listen to their hollowed screams

(I don't want to
play anymore Mr. Gein)

The dead have taken my soul

(Mr.
Gein? Let me out of here Mr. Gein)

Temptation's lost all
control

(Let me out, let me out!)





Jeff Hanneman




HALLOWED
POINT






Simples
e direta, “Hallowed Point” retoma as origens do Slayer.






O
tema da letra é novamente a violência:






The
power of a gun

Used with conviction

Dispersed on
excursions

Randomly kills its victims






SKELETONS
OF SOCIETY






Outro
excelente riff é a base de “Skeletons of Society”.






A
letra descreve um eu lírico vivendo em um presente apocalíptico:






Minutes
seem like days

Corrosion fills the sky

Morbid dreams of
anarchy

Brought judgment in disguise

Memories linger in my
brain

Life with nothing more to gain

Perpetual madness
remains






TEMPTATION






Temptation”
traz a já conhecida fúria do Thrash Metal californiano.










Na
letra, o eu lírico brinca com a ambição:






Have
you ever danced with the devil?

His temptation ever summoned
you

Ever penned your name in blood

Let possession slowly
swallow you

When you stand under full moonlight

The
attraction mesmerizes you

Have you ever wondered why

It
seems that evil you're attracted to






BORN
OF FIRE






Born
of Fire” é um novo resgate, bem competente, das origens do Slayer.






O
eu lírico fala sobre um ser ameaçador:






Prince
of all darkness initiation

Ritually baptized in flames

Next
to the throne my abomination

Spreads horror throughout the
domain

Master the art that controls the impure

Inherit the
infamous keys

Thousands of centuries I will endure

Tyrant
of all the prophecies






SEASONS
IN THE ABYSS






O
álbum é encerrado com um clássico do Slayer (e do Metal), a
espetacular “Seasons in the Abyss”.






A
letra fala sobre insanidade:






Close
your eyes

And forget your name

Step outside yourself

And
let your thoughts drain

As you go insane...go insane!






Considerações
Finais






Seasons
in the Abyss
manteve a
curva ascendente de sucesso e popularidade do
Slayer.
Em termos das principais paradas de sucesso, conquistou a 40ª e a
18ª posições nos ‘charts’ de Estados Unidos e Reino Unido,
respectivamente. O disco vendeu mais de 500 mil cópias apenas nos
EUA.






O
álbum recebeu críticas muito positivas, em geral, da mídia
especializada. Steve Huey dá ao álbum uma nota 4,5 (em 5),
apontando: “"War Ensemble" e a faixa-título
representavam lados opostos da moeda, e ambos valeram ao Slayer seu
airplay mais intenso na MTV até o momento. Na verdade,
Seasons
in the Abyss
é
provavelmente o álbum mais acessível, exibindo toda a gama de suas
habilidades em um só lugar, com uma produção nítida e limpa. Já
que a banda está refinando ao invés de progredir ou experimentar,
Seasons
não tem exatamente o frescor de seus predecessores, mas além dessa
desvantagem, é forte (em) quase todo o caminho (...)”






O
álbum gerou o primeiro videoclipe do
Slayer
para a faixa-título do disco, e que foi filmado em frente às
pirâmides de Gizé, no Egito.






O
Slayer voltou às turnês em setembro de 1990, para coliderar a turnê
European Clash of the Titans com
Megadeth,
Suicidal Tendencies
e
Testament.
Com a popularidade do thrash americano em seu ápice, a banda fez uma
turnê com o
Testament
no início de 1991 e triplamente estrelou a versão norte-americana
da turnê Clash of the Titans no meio daquele ano, com
Megadeth,
Anthrax
e banda de abertura
Alice in
Chains
.






A
banda lançou um álbum duplo, ao vivo,
Decade
of Aggression
, em 1991,
para comemorar dez anos de sua formação.









Formação:


Tom
Araya - Baixo, Vocal

Kerry King - Guitarras

Jeff Hanneman -
Guitarras

Dave Lombardo - Bateria






Faixas:


01.
War Ensemble (Hanneman/Araya) - 4:51


02.
Blood Red (Araya/Hanneman) - 2:47


03.
Spirit in Black (King/Hanneman) - 4:07


04.
Expendable Youth (Araya/King) - 4:09


05.
Dead Skin Mask (Araya/Hanneman) - 5:20


06.
Hallowed Point (Hanneman/Araya/King) - 3:23


07.
Skeletons of Society (King) - 4:40


08.
Temptation (King) - 3:25


09.
Born of Fire (Hanneman/King) - 3:07


10.
Seasons in the Abyss (Araya/Hanneman) - 6:34






Letras:


Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/slayer/






Opinião
do Blog:


Não se precisa aqui discutir a importância e a relevância de uma banda
como o Slayer. Basta-se dizer que não existiriam as vertentes
mais extremas do Heavy Metal sem o grupo californiano.






Seasons
in the Abyss
demonstra o conjunto ainda mais certeiro, com sua
trilha Thrash Metal afiadíssima, ao mesmo tempo em que as canções
mais cadenciadas exploram um peso absurdo, em conjunto com uma
interpretação vocal perfeita de Tom Araya.






Toda
a angústia e o desespero expressos nas letras são vocalizados de
maneira angustiante por Araya, trazendo nova dimensão ao peso
descomunal do álbum. Brilhante.






O
disco não possui faixas de enchimento e todas as músicas são
excelentes, mas o site elege a espetacular “Dead Skin Mask” como
sua predileta.






Enfim,
o Slayer é uma banda essencial para se conhecer o Heavy Metal
e sua agressividade. Seasons in the Abyss é uma das provas de
como o Metal pode ser um estilo brutal e fascinante, ao mesmo tempo.

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