LYNYRD SKYNYRD - SECOND HELPING (1974)


Second Helping é o segundo álbum de estúdio da banda norte-americana Lynyrd Skynyrd. Seu lançamento oficial aconteceu em 15 de abril de 1974, através do selo Sounds of the South. A maior parte das gravações (exceto a faixa 1) aconteceram em janeiro de 1974, no Record Plant Studios, em Los Angeles, nos Estados Unidos. A produção ficou por conta de Al Kooper.

LYNYRD SKYNYRD - SECOND HELPING (1974)






Second
Helping é o segundo álbum de estúdio da banda norte-americana
Lynyrd Skynyrd. Seu lançamento oficial aconteceu em 15 de abril de
1974, através do selo Sounds of the South. A maior parte das
gravações (exceto a faixa 1) aconteceram em janeiro de 1974, no
Record Plant Studios, em Los Angeles, nos Estados Unidos. A produção
ficou por conta de Al Kooper.











Após
mais de 4 anos, o Lynyrd Skynyrd volta ao Blog com outro de seus
trabalhos fundamentais. O Blog, brevemente e como de costume,
abordará os fatos que antecederam ao lançamento do disco para
depois passear por suas faixas.





Em
13 de agosto de 1973 era lançado o primeiro álbum de estúdio do
Lynyrd Skynyrd, o antológico Pronounced 'Lĕh-'nérd 'Skin-'nérd.





'Pronounced'
atingiu a 27ª posição da principal parada norte-americana de
álbuns, a Billboard, um feito e tanto para um grupo pouco conhecido
nacionalmente.





Muito
mais importante que isto, o álbum apresentou uma banda com
sonoridade distinta, a qual fundia o Rock com a musicalidade do sul
dos Estados Unidos (como o Blues, o Soul, o Country; gênero que
ficou conhecido como Southern Rock), mas também com boas doses de
Hard Rock.





'Pronounced'
apresentou alguns dos maiores clássicos do grupo, como a belíssima
“Tuesday's Gone”, a envolvente “Gimme Three Steps”, a
espetacular “Simple Man” e o épico de 9 minutos chamado “Free
Bird”.





Em
pouco tempo as vendas superaram a casa de 1 milhão de cópias apenas
nos Estados Unidos.





A
base de fãs do Lynyrd Skynyrd continuou a crescer rapidamente por
todo o ano de 1973, em grande parte devido ao seu posto como grupo de
abertura durante a turnê norte-americana de Quadrophenia,
álbum clássico da banda inglesa The Who.





Após
a turnê e com um conjunto bem entrosado, o Lynyrd Skynyrd começava
a se preparar para compor, gravar e lançar seu segundo trabalho.






em 1974, o trio de guitarristas da banda (Gary Rossington, Ed King e
Allen Collins) contribuíram com o vocalista, Ronnie Van Zant, na
composição das canções que formariam o novo álbum, batizado de
Second Helping.







Ed King





Completavam
a formação do Lynyrd Skynyrd o tecladista Billy Powell, o baixista
Leon Wilkeson e o baterista Bob Burns.





Second
Helping conta com um dos maiores (senão o maior) clássicos do
grupo, “Sweet Home Alabama”. Como se verá, envolta a alguma
polêmica.





A
capa é bem legal, contando com fotografias dos membros do grupo.





Vamos
às faixas:





SWEET
HOME ALABAMA





Uma melodia bela, maliciosa e cativante é a marca registrada de um dos grandes clássicos do Rock em todos os tempos. "Sweet Home Alabama" possui o swing e a malevolência típicos da sonoridade da fase clássica do Lynyrd Skynyrd. O refrão é memorável e o trabalho das guitarras, por sua vez, primoroso. Enfim, uma faixa para a história.





A
letra é uma ode ao homem do sul dos Estados Unidos:





Well
I heard Mr. Young sing about her


Well,
I heard old Neil put her down


Well,
I hope Neil Young will remember


A
southern man don't need him around anyhow










Lançada
como single, atingiu a excelente 8ª posição da principal parada
norte-americana desta natureza. Ainda conquistou a 6ª colocação na
correspondente canadense.





A
inspiração para a composição de “Sweet Home Alabama” veio
através do guitarrista Ed King, em um ensaio pouco tempo após o
músico ter trocado o baixo pela guitarra. Em um ensaio, King ouviu
um riff tocado por outro guitarrista da banda, Gary Rossington, que o
marcou.





Em
entrevista, King afirma que na noite daquele ensaio, os acordes e os
dois principais solos de guitarra vieram até ele em sonho, nota por
nota. No dia seguinte, King apresentou a música para seus
companheiros de grupo. Na mesma sessão, a faixa “I Need You”
teria surgido.





A
faixa foi inicialmente gravada no Studio One, em Doraville, Georgia,
apenas com os seguintes membros da banda: além de King, o baixista Wilkeson e
o baterista Burns, estabelecendo a base de apoio da canção. King
utilizou um amplificador Marshall, pertencente a Allen Collins, e a
guitarra usada na gravação foi uma Fender Stratocaster de 1972. No
entanto, King afirma que a guitarra era um modelo muito pobre e
possuía captadores ruins, forçando-o a aumentar o amplificador ao
máximo para obter um volume decente do mesmo. Esta guitarra, agora,
é exibida no Rock and Roll Hall of Fame Museum, em Cleveland, Ohio,
nos Estados Unidos.





A
famosa frase "Turn it up", proferida pelo vocalista Ronnie
Van Zant no início da canção, realmente não era para estar na
música. Van Zant estava simplesmente pedindo ao produtor Al Kooper e
ao engenheiro de som Rodney Mills para aumentar o volume em seus
fones de ouvido para que ele pudesse ouvir melhor a faixa.





A
contagem ouvida no início da música é falada por King. Esta
contagem, na primeira música de um álbum foi uma espécie de
assinatura que o produtor Al Kooper costumava colocar em discos que
ele produzia.





Curiosamente,
nenhum dos três compositores da canção eram do Alabama. Ronnie Van
Zant e Gary Rossington eram ambos nascidos em Jacksonville, Flórida.
Ed King era de Glendale, Califórnia.





A
letra de “Sweet Home Alabama” foi escrita como uma resposta a
duas canções, “Southern Man” e “Alabama”, do cantor
canadense Neil Young, que tratava de temas como o racismo e a
escravidão, ambos presentes no Sul dos Estados Unidos. Segundo o
vocalista Ronnie Van Zant: “Nós pensamos que Neil estava atirando
em todos os patos para matar um ou dois”.







Ronnie Van Zant





Neil
Young, em sua autobiografia de 2012, Waging Heavy Peace,
comentou sobre o seu papel na criação da música, escrevendo:
“Minha própria música “Alabama” mereceu o tiro que o Lynyrd
Skynyrd me deu com o seu grande sucesso. Eu não gosto de minhas
palavras quando as ouço. Elas são acusatórias e condescendentes,
não inteiramente pensadas, e muito fáceis de serem mal
interpretadas”.





Outro
motivo de controvérsia na letra é que ela se refere ao governador
do Alabama, George Wallace (claramente segregacionista) e ao
escândalo que ficou conhecido como Watergate:





In
Birmingham, they love the governor (boo boo boo)


Now
we all did what we could do


Now
Watergate does not bother me


Does
your conscience bother you?


Tell
the truth





Muitas
vezes, a letra foi apontada como um reforço ao governador Wallace, o
que Ronnie Van Zandt claramente rechaçava: “As letras sobre o
governador do Alabama foram mal compreendidas. O público em geral
não percebeu as palavras Boo Boo Boo!!!... após essa linha,
em particular, e os meios de comunicação pegaram apenas a
referência ao povo amando o governador”.





O
jornalista Al Swenson argumenta que a canção é bem mais complexa
do que, às vezes, é dado o crédito, sugerindo que a imprensa só a
olha como um endosso a Wallace.





Atente
aos versos abaixo:





Now
Muscle Shoals has got the Swampers


And
they've been known to pick a song or two





Isto
refere-se à cidade de Muscle Shoals, no Alabama, um local que ficou
conhecido para a gravação de música popular por causa do "som"
trabalhado em seus estúdios de gravação locais e pelos talentosos
músicos de back-up.





A
palavra Swampers se refere ao Muscle Shoals Rhythm Section, músicos,
os quais trabalharam na formação do chamado “Muscle Shoals
Sound”, sendo eternizados no Alabama Music Hall of Fame, em 1995.





Parte
da referência vem dos anos de 1971-1972 em que o Lynyrd Skynyrd
havia gravado demos em Muscle Shoals, com Jimmy Johnson (um dos
Swampers) como engenheiro de produção/gravação. Johnson ajudou a
refinar muitas das canções que seriam ouvidas pela primeira vez
pelo público no álbum Pronounced.





O Lynyrd
Skynyrd permanece conectado a Muscle Shoals, tendo gravado uma série
de obras na cidade e tornando-se um dos pontos de parada em suas
turnês.





Kid
Rock, Garth Brooks e bandas como a alemã Bonfire fizeram versões
para o clássico. A revista Rolling Stone colocou “Sweet Home
Alabama” na 398ª posição em sua lista The 500 Greatest Songs
of All Time
.













I
NEED YOU





Já em "I Need You", a banda opta por uma melodia mais amena, mas com uma inegável atmosfera dolorida. Há uma inconfundível influência bluesy a qual traz um aspecto soturno em um trabalho incrível da seção rítmica. Música espetacular.





A
letra possui sentido romântico:





I
woke up early this morning


And
sun came shining down


And
it found me wishin' and hopin'


Mama,
you could be around


Well
,you know that I need you


More
than the air that I breathe


And
I guess I'm just trying to tell you woman


Oh,
what you mean to me













DON'T
ASK ME NO QUESTIONS





A terceira canção do trabalho traz um ótimo ritmo, alegre e envolvente, contrastando absurdamente com o clima da faixa anterior. O solo de guitarra próximo aos 2 minutos é muito legal, especialmente pelo acompanhamento dos teclados de Billy Powell.





A
letra é uma mensagem para pessoas de fora da banda as quais a
cobravam pelo seu sucesso:





So,
don't ask me no questions


And
I won't tell you no lies


So,
don't ask me about my business


And
I won't tell you goodbye













Lançada
como single, não obteve maior repercussão nas principais paradas de
sucesso desta natureza.













WORKIN'
FOR MCA





"Workin' for MCA" possui a inegável pegada do Lynyrd Skynyrd, mas, simultaneamente, flerta mais deliberadamente com o Hard Rock e o Blues Rock. Alterna passagens mais aceleradas com outras mais cadenciadas. Trabalhos impecáveis de Billy Powell nos teclados e Van Zant nos vocais.





A
letra possui um tom sarcástico e crítico:





Want
you to sign your contract


Want
you to sign today


Gonna
give you lots of money


Workin
for MCA













THE
BALLAD OF CURTIS LOEW





Como o próprio nome diz, trata-se de uma balada. Há as incontestáveis influências Country e Bluesy na sonoridade, mas com o toque de swing e criatividade típicos do Lynyrd Skynyrd. Ótima atuação de dos vocais de Van Zant. Linda música.





A
letra é uma homenagem a um Bluesman:





Play
me a song Curtis Loew, Curtis Loew


I
got your drinking money, tune up your dobro


People
said he was useless, them people are the fools


'Cause
Curtis Loew was the finest picker to ever play the blues





Segundo
o site oficial da banda, a canção é baseada em um composto de
pessoas que realmente viveram no bairro original do vocalista Ronnie
Van Zant em Jacksonville, no estado norte-americano da Florida.
Especificamente, a loja (Country Store) “é baseada na mercearia de
Claude Midway, na esquina da Plymouth com a Lakeshore, em
Jacksonville”.













SWAMP
MUSIC





"Swamp Music" é uma verdadeira homenagem à música sulista dos Estados Unidos, pois a banda funde seu Rock com as sonoridades típica da região, criando uma canção divertida e repleta de ritmos, sendo dominada pelo teclado de Billy Powell e pelo baixo de Leon Wilkeson. 





A
letra é simples e em tom de diversão:





Hound
dog sing that


Swamp,
swamp, swamp, swamp music


Swamp,
swamp, swamp, swamp music


When
the hound dog starts singin'


I
ain't got them big ol' city blues













THE
NEEDLE AND THE SPOON





O baixo de Wilkeson está bem presente nesta ótima faixa, a qual é dominada pelo trio de guitarristas. O peso está na dose exata e, ao mesmo tempo, o riff principal, embora simples, é muito criativo e dominante. O refrão é éxcelente, especialmente pela forma grandiosa que é interpretado por Ronnie Van Zant.





A
letra é divertida, mas pode ser interpretada como um aviso para quem
se arrisca com uso de drogas:





Lord,
their gonna bury you boy



Don't
mess with the needle



Now
I know, I know, I know...













CALL
ME THE BREEZE





A oitava - e última - faixa de Second Helping é "Call Me the Breeze". JJ Cale é sinônimo de música de altíssima qualidade e, claro, que esta magnífica canção não é exceção. O Lynyrd Skynyrd executa uma competentíssima versão com um envolvente toque Bluesy, mas com o peso das guitarras mais acentuado. Fecha o disco em alta performance.





A
letra é uma mensagem de se seguir em frente:





Well
now, they call me the breeze


I
keep blowin' down the road


Well
now, they call me the breeze


I
keep blowin' down the road





"Call
Me the Breeze" é uma canção composta originalmente pelo
músico norte-americano JJ Cale. Ela apareceu pela primeira vez em
seu primeiro álbum, Naturally (1972), como a faixa de
abertura.













Considerações
Finais





Embalado
pelo sucesso estrondoso de “Sweet Home Alabama”, Second Helping
foi um grande sucesso de crítica e, também, comercial.





Em
termos de paradas de sucesso, alcançou a ótima 12ª colocação na
principal parada norte-americana, a Billboard, embora não tenha
repercutido na correspondente britânica. Ficou com a 9ª posição
na parada canadense.





Stephen
Thomas Erlewine, do site AllMusic, dá ao álbum nota máxima,
definindo: “Esta é a parte do Skynyrd de que a maioria das pessoas
se esquecem - eles eram uma grande banda, mas porque eles eram
indelevelmente casados como grande compositores. E em nenhum lugar
isso foi mais evidente que em Second Helping”.





Também
o crítico Robert Christgau avalia o disco muito positivamente.





Como
foi dito, o álbum foi o primeiro grande sucesso comercial da banda, e
contou com o seu mais popular single, “Sweet Home Alabama”, uma
resposta a “Southern Man”, de Neil Young, e com trabalho de
guitarra criado por Ed King.





Ao
contrário do que se pensa, Young e Van Zant não eram rivais, mas
fãs recíprocos da música de cada um e bons amigos. Tanto que Young
escreveu a canção “Powderfinger” para o Lynyrd Skynyrd, mas o
grupo nunca a gravou.





O
sucesso era tal que, em julho de 1974, o Lynyrd Skynyrd foi um das
atrações principais no festival The Ozark Music Festival, realizado
no estado norte-americano do Missouri.





Em
Janeiro de 1975, o baterista Bob Burns deixou o grupo e foi
substituído por Artimus Pyle, o qual gravaria o terceiro álbum do
conjunto, Nuthin' Fancy, lançado em março de 1975.





Second
Helping
supera a casa de 2 milhões de cópias vendidas apenas
nos Estados Unidos.













Formação:


Ronnie
Van Zant - Vocal


Gary
Rossington - Guitarra


Allen
Collins - Guitarra


Ed
King - Guitarra, Backing Vocal, Baixo em “I Need You” e “Don' t
Ask Me No Questions”


Billy
Powell - Teclados


Leon
Wilkeson - Baixo, Backing Vocal


Bob
Burns - bateria, exceto “I Need You”


Músicos
Adicionais:


Mike
Porter - bateria em “I Need You”


Merry
Clayton, Clydie King, Sherlie Matthews – Backing Vocal em “Sweet
Home Alabama”


Bobby
Keys, Trevor Lawrence e Steve Madaio - Horns em “Don' t Ask
Me No Questions” e “Call Me the Breeze”


Al
Kooper - Backing Vocal, Piano em “Don' t Ask Me No Questions” e
“The Ballad of Curtis Loew”





Faixas:


01.
Sweet Home Alabama (King/Rossington/Van Zant) – 4:43


02.
I Need You (King/Rossington/Van Zant) – 6:55


03.
Don't Ask Me No Questions (Rossington/Van Zant) – 3:26


04.
Workin' for MCA (King/Van Zant) – 4:49


05.
The Ballad of Curtis Loew (Collins/Van Zant) – 4:51


06.
Swamp Music (King/Van Zant) – 3:31


07.
The Needle and the Spoon (Collins/Van Zant) – 3:53


08.
Call Me the Breeze (Cale) – 5:09





Letras:


Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/lynyrd-skynyrd/





Opinião
do Blog:


É sempre bom ressaltar o valor inestimável que o Lynyrd Skynyrd tem para a história do Rock e o quanto de música de primeira linha a banda produziu, especialmente em seus primeiros anos de trajetória. A fusão inteligente do Rock com a tradicional música sulista norte-americana fez do grupo um dos padrões do chamado Southern Rock.



Para o Blog, o melhor e mais sensacional álbum que a banda produziu foi mesmo sua estreia, 'Pronounced', já analisado pelo Blog em 2012. Mas Second Helping consegue a façanha de chegar próximo à qualidade estratosférica de seu antecessor.



Isto só comprova a alta categoria dos músicos que formavam o Lynyrd Skynyrd naquela época. O entrosamento e a competência deles são comprovados não apenas pela alta qualidade das composições, mas também, com a execução praticamente impecável das músicas.



Difícil apontar destaques individuais quando o conjunto fala mais alto. Mas o Blog ressalta o bom trabalho, muito criativo, do tecladista Billy Powell; abusando do feeling e trazendo um frescor para as melodias presentes nas músicas. Também a atuação de Ronnie Van Zant merece ser mencionada, especialmente em "I Need You".



As letras são simples e divertidas. Não deixe de conferir, especialmente "Sweet Home Alabama".



Por falar em "Sweet Home Alabama", é retórico, mas necessário, reafirmar que se trata do maior clássico gravado pelo Lynyrd Skynyrd e sua canção símbolo, a qual define o estilo e a sonoridade desta histórica formação. Uma música para a eternidade.



Mas nem só deste estandarte vive Second Helping. A intimista "The Ballad of Curtis Loew" é uma faixa belíssima e instigante. Assim como a intensa "The Needle and the Spoon", com as guitarras brilhando intensamente.



Mas o Blog coloca como maior destaque, obviamente após "Alabama", para a lindíssima e dramática "I Need You", a qual transborda dor e sentimento por todos os poros.



Enfim, o Lynyrd Skynyrd dos anos 70 não merece apenas ser ouvido como também reverenciado pelo seu trabalho excelente produzido naquela década. A banda ficou marcada pela tragédia que sofreu em 1977, mas, felizmente, deixou música de primeira linha gravada na história do Rock. Second Helping é uma prova disto. Extremamente obrigatório!

JUDAS PRIEST - STAINED CLASS (1978)


Stained Class é o quarto álbum de estúdio da banda inglesa Judas Priest. Seu lançamento oficial aconteceu em 10 de fevereiro de 1978, através dos selos CBS (Reino Unido) e Columbia Records (EUA). As gravações ocorreram entre outubro e novembro de 1978 no Chipping Norton Recording Studios, em Oxfordshire e no Utopia Studios, em Londres, ambos na Inglaterra. A produção ficou por conta de Dennis Mackay, do próprio Judas Priest e de James Guthrie.

JUDAS PRIEST - STAINED CLASS (1978)






Stained
Class é o quarto álbum de estúdio da banda inglesa Judas Priest.
Seu lançamento oficial aconteceu em 10 de fevereiro de 1978, através
dos selos CBS (Reino Unido) e Columbia Records (EUA). As gravações
ocorreram entre outubro e novembro de 1978 no Chipping Norton
Recording Studios, em Oxfordshire e no Utopia Studios, em Londres,
ambos na Inglaterra. A produção ficou por conta de Dennis Mackay,
do próprio Judas Priest e de James Guthrie.














Após
um longo período, o Judas Priest retorna ao Blog. Vamos apontar um
breve histórico dos fatos que antecederam ao lançamento do álbum
para depois passarmos pelas faixas.





Em 8
de abril de 1977, o Judas Priest lançava Sin After Sin, seu
terceiro álbum de estúdio.





Foi
o primeiro trabalho da banda a ser lançado por uma grande gravadora,
após o grupo romper contrato com a pequena Gull Records,
insatisfeito com o pequeno suporte que o selo lhe oferecia.





Fato
é que o rompimento do contrato gerou um grande imbróglio jurídico
que apresentou como resultado o fato do Judas Priest ter permanecido
muito tempo sem os direitos sobre seus 2 primeiros álbuns (Rocka
Rolla
, de 1974, e Sad Wings of Destiny, de 1976) além dos
singles lançados pela Gull Records.





Com
o tempo, o grupo foi recuperando todos os direitos sobre sua obra que
ficaram com a antiga gravadora.





Sin
After Sin
é um álbum que consolidou a mudança de sonoridade
proposta pela banda em Sad Wings of Destiny e é um marco
dentro da história do Heavy Metal.





Por
exemplo, Sin After Sin introduziu a combinação do uso de
bumbo duplo na bateria e notas rápidas combinadas entre baixo e
guitarras, que vieram para definir o Heavy Metal, especialmente
influenciando o Thrash Metal norte-americano (para este e outros termos, acesse nosso dicionário).







Rob Halford





Enquanto
o uso do bumbo duplo, do Judas Priest, é geralmente comedido e
técnico, a faixa “Dissident Agressor”, presente no álbum,
aumentou os fatores tempo e agressividade, que mais tarde foi adotado
por outras bandas, como o Motörhead, com uma abordagem na qual estes
limites seriam estendidos de forma gradual e constante.





Andrew
Cope considera Sin After Sin um álbum chave no
desenvolvimento da técnica do Heavy Metal, em especial para o uso do
bumbo duplo.





Outras
faixas brilhantes presentes em Sin After Sin são “Sinner”,
“Starbreaker” e a versão matadora de “Diamonds & Rust”,
da cantora e compositora norte-americana Joan Baez. O disco atingiu a
23ª posição na principal parada britânica e ultrapassa a marca de
500 mil cópias vendidas apenas nos Estados Unidos.





Sin
After Sin
foi produzido pelo baixista do Deep Purple, Roger Glover. A
banda escolheu usar o baterista Simon Phillips para as gravações,
um músico de estúdio. Ele se recusou a se tornar um membro
permanente do Judas Priest, e, então, a banda contratou Les Binks,
por recomendação de Glover.





Logo
o grupo começaria a trabalhar em seu sucessor, o qual viria a ser
Stained Class.





Stained
Class
é o único álbum do Judas Priest a creditar composições
a todos os membros que compunham a banda em sua época de lançamento.





Foi
também neste momento, entretanto, em que Glenn Tipton tornou-se o
guitarrista principal da banda; e, simultaneamente, passou a
compartilhar as tarefas de composição principalmente com o
vocalista Rob Halford.





Além
de Tipton, Halford e Binks; completavam o Judas Priest o guitarrista
KK Downing e o baixista Ian Hill.





Dennis
MacKay foi trazido pela CBS Records para produzir o álbum. Seu
currículo, até aquele momento, consistia principalmente em artistas
de jazz fusion, além de nomes como David Bowie, Supertramp, e
outros.







Glenn Tipton





Ele
comprometeu-se com a tarefa de limpar o estilo pesado de composição
do grupo e fazer o seu material mais curto, mais enxuto e mais
direto. As sessões de gravação para
Stained Class ocorreram
entre outubro e novembro de 1977, no Chipping Norton Recording
Studios, em Londres.





O
álbum foi o mais pesado que a banda tinha lançado até esse ponto -
com as letras geralmente escuras e violentas - com apenas pequenas
influências de rock progressivo.





Futuramente,
as influências progressivas que caracterizaram os primeiros álbuns da
banda seriam completamente eliminadas de forma que o Judas Priest
abraçou completamente o Heavy Metal como a sua sonoridade.





A
obra de arte da capa, criada e realizada pelo artista polonês Rosław
Szaybo, através da CBS Records, apresenta pela primeira vez o agora
logotipo clássico do Judas Priest, substituindo o anterior de
inspiração gótica que apareceu em todos os álbuns anteriores da
banda.





Vamos
às faixas:





EXCITER





A frenética bateria de Les Binks anuncia o que está por vir. Um riff principal pesado, técnico e direto dita o ritmo alucinante da faixa, ainda mais se levarmos em conta a sua época de lançamento. Tudo isto é intensificado pela brilhante atuação vocal de Rob Halford. "Exciter" é uma aula de como o Heavy Metal deve soar.





A
letra fala sobre salvação e condenação:





When
he leaps amidst us


With
combustive dance


All
shall bear the branding


Of
his thermal lance


Cauterising
masses


Melting
into one


Only
when there's order


Will
his job be done





Durante
a década de 1990, em uma ação civil movida contra a banda,
“Exciter” foi tocada ao contrário no tribunal. O vocalista Rob
Halford demonstrou, que quando tocada em sentido inverso, a canção
pareceu conter a frase: “I asked for a peppermint, I asked for her
to get one” (em uma tradução livre: Eu pedi uma pimenta, eu pedi
a ela por uma).













WHITE
HEAT, RED HOT





Na segunda faixa do trabalho, o ritmo continua forte, embora a banda opte por um andamento um pouco mais cadenciado. O destaque fica por conta da dupla de guitarristas, Tipton e Downing, fazendo uma dobradinha inspirada e infernal.





A
letra fala de uma fúria assassina:





The
fury songs, venomous wrongs so rich in tragedy,


An
overture forever more to senseless victories.


Give
to us this day of glory the power and the kill


So
we avoid the wrath and all the almighty fire of













BETTER
BY YOU, BETTER THAN ME





Já em "Better by You, Better Than Me", o Judas Priest opta por uma sonoridade que flerta mais abertamente com o Hard Rock setentista. O ritmo é bem mais cadenciado e a melodia possui um significativo senso melódico. A seção rítmica, formada por Hill e Binks, ditam o andamento da canção.





A
letra fala sobre resignação e violência:





Guess
I'll have to change my way of living


Don't
wanna really know the way I feel


Guess
I'll learn to fight and kill


Tell
her not to wait until


They'll
find my blood upon her windowsill


It's
better by you better than me













“Better
by You, Better than Me” é uma versão para a canção de mesmo
nome da banda inglesa Spooky Tooth, lançada como single e presente
no álbum
Spooky Two, de 1969.





A
canção foi uma adição de última hora no álbum quando a CBS
Records insistiu na inclusão de outra faixa mais comercial para
animar um disco no qual a maioria das músicas possuía um tom muito
escuro e sinistro.





Lançada
como single, não obteve maiores repercussões nas principais paradas
de sucesso desta natureza.





Ela
foi gravada em uma sessão à parte, com James Guthrie como produtor,
pois o produtor do álbum, Dennis MacKay, já havia se envolvido com
outros projetos e não estava mais disponível.





A
banda ficou impressionada com a produção que Guthrie fez em “Better
by You, Better than Me”, pois ele se destacou em comparação com o
som excessivamente raso e plano que havia atormentado seus álbuns
até este ponto; tanto que acabou o convidando para produzir seu
próximo álbum, Killing Machine.





A
versão de “Better by You, Better than Me” ficou ainda mais
evidente quando o Judas Priest esteve envolvido em uma ação civil
pública, no ano de 1990, em que seriam responsáveis pela tentativa
de suicídio de dois jovens norte-americanos, os quais seriam fãs da
banda.





A
acusação afirmou que havia na canção uma mensagem subliminar, com
os dizeres “Do It”. O caso foi arquivado, com a constatação de
que quaisquer mensagens subliminares dentro da gravação, e elas
realmente existem, não foram responsáveis pelo suicídio. No
entanto, o juiz decretou uma multa de 40 mil dólares, em sanções
contra a CBS.





Todo
o caso pode ser melhor entendido no documentário Dream Deceivers:
The Story Behind James Vance vs. Judas Priest
, de 1991.













STAINED
CLASS





O riff principal da faixa-título, "Stained Class", com um aspecto em crescendo, é uma marca registrada do Heavy Metal até hoje. A atuação de Rob Halford é impactante, abusando dos agudos, mas dando às letras uma interpretação impressionante. O refrão é ótimo e apresenta uma quebra na sonoridade, mas sem perder potência. Uma música impactante.





A
letra remete a um líder que falhou miseravelmente:





Long
ago when man was king,



His
heart was clean now he's stained class


Time
has slashed each untouched thing,


So
now he's just a stained class king













INVADER





Continuando com um ritmo intenso e urgente, "Invader" também possui um andamento rápido, mas com uma atuação mais contida de Rob Halford. No refrão, a intensidade dá lugar a uma pegada mais arrastada, mas igualmente interessante. Ótima presença das guitarras.





A
letra remete a uma ameaça próxima:





We
warn you now you things out there


Whatever
you may send


We
won't give in without a fight, a fight until the end


With
vigilance by day and night our scanners trace the sky


A
shield is sealed upon this earth, a shield you won't get by













SAINTS
IN HELL





"Saints in Hell" é mais lenta, mas não menos pesada. O riff é forte e os vocais de Halford estão muito aguçados, criando um clima de tensão que se casa harmonicamente com a sonoridade instrumental. Alternando passagens mais velozes com outras mais lentas, a composição é muito interessante.





A
letra é sobre conflito e redenção:





They
laughed at their gods


And
fought them in vain


So
he turned his back on them


And
left them in pain


Now
here come the saints


With
their banners held high


Each
one of them martyrs


Quite
willing to die













SAVAGE





"Savage" abusa do peso, com ótima participação do baterista Les Binks e a presença constante do baixo de Ian Hill. Pesada, mas direta ao ponto, a música possui um ótimo solo de guitarra. Faixa interessante.





A
letra é uma crítica ao sistema civilizatório na forma em que é
desenvolvido:





You
poisoned my tribe with civilised progress


Baptising
our blood with disease


You
christened our bodies with sadness and suffering


Saying
then that your god is well-pleased


What
have we done to deserve such injustice


Explain
to us please if you can


But
you can't, no you can't, we can see it in your eyes


Of
us both who's the primitive man













BEYOND
THE REALMS OF DEATH





A melodia inicial de "Beyond The Realms of Death" é belíssima, suave, mas com uma inegável carga de tristeza e dor, transpassadas pela atuação soberba dos vocais de Halford. Nas passagens próximas ao refrão, e nele mesmo, o ritmo é intensificado e a música ganha em peso e força, contando, novamente, com a assustadora e excelente atuação de Rob nos vocais. O solo de guitarra por volta dos 3 minutos e meio de execução é incrível. Faixa espetacular.





A
letra fala sobre realidade e desesperança:





How
many like him


Are
there still


Who
to us all


Seem
to have lost the will


They
lie in thousands


Lank
and lost


Is
nothing worth this bitter cost





“Beyond
The Realms of Death” foi a única canção de Stained Class
que se tornou um clássico ao vivo da banda, com 492 aparições em
shows até o ano de 2012. Inclusive, muitos críticos musicais a têm
como uma das melhores performances da carreira do vocalista Rob
Halford.





É a
única canção do conjunto a ter créditos de composição ao
baterista Les Binks, o qual teria composto o riff principal da faixa.





Ela
também está presente em diversas compilações que o Judas Priest
colocou no mercado após seu lançamento, bem como aparece em vários
álbuns Ao Vivo do grupo.





A
grande banda alemã Blind Guardian fez uma versão para “Beyond the
Realms of Death” que está presente no disco tributo A Tribute
to Judas Priest: Legends of Metal Vol. II
, de 1997.













HEROES
END





A nona - e última - faixa de Stained Class é "Heroes End". Com bastante peso e intensidade, a canção é a pura essência do Heavy Metal, pois conta com muita força e agressividade. O riff principal é pesado e cadenciado, mas preenchido com uma maliciosa melodia, tornando-se bem cativante. Música muito interessante, fechando o álbum em alta conta!





A
letra pode ser inferida como crítica ao ato da valorização oriunda
de uma perda:





Why
do you have to die to be a hero


It's
a shame a legend begins at its end


Why
do you have to die if you're a hero


When
there's still so many things to say unsaid













Considerações
Finais





Consistente
e consolidando o novo estilo musical desenvolvido pelo Judas Priest,
Stained Class auxiliou em ampliar o sucesso comercial da
banda.







KK Downing





O
álbum atingiu a boa 27ª posição da principal parada britânica de
discos. Além disto, foi o primeiro trabalho do Judas Priest a
conseguir atingir a principal parada norte-americana desta natureza,
a Billboard Top 200, com a modesta 173ª colocação.





Embora
Stained Class tenha sido bem recebido no Reino Unido, quase
alcançando as vendas de seu antecessor, Sin After Sin, a banda ainda
era praticamente desconhecida nos Estados Unidos, um resultado
atribuído à dificuldade que as audiências americanas possuíam em
digerir a música sombria do Judas Priest, que, naquela época, ainda
estava familiarizada com nomes como Led Zeppelin, Aerosmith, e KISS.





Para
os padrões norte-americanos da época, o Judas Priest e sua
musicalidade densa eram poucos convencionais.





Mas
o sucesso nos Estados Unidos seria conquistado, especialmente após
sua segunda turnê naquele país.





Em
2005, Stained Class foi classificado na 307ª posição no
livro The 500 Greatest Rock & Metal Albums of All Time,
lançado pela revista Rock Hard.





O
álbum é amplamente considerado como extremamente influente para as
vertentes Speed Metal e Thrash Metal da música mais
pesada. Ele também é visto como uma precoce indicação da New WaveOf British Heavy Metal.





Steve
Huey, do site AllMusic, dá ao disco uma nota 4,5 de um máximo de 5
possíveis, atestando: “Facilmente um dos álbuns mais importantes
do heavy metal já lançados, Stained Class marca o auge da
influência do Judas Priest, definindo o modelo sonoro para a New
Wave of British Heavy Metal mais do que qualquer outra gravação
única. Este é o ponto onde o Priest coloca tudo junto, abraçando a
sua identidade como a banda mais pesada do planeta e dando ao gênero
um novo patamar de potência, velocidade, musicalidade e
malevolência”.





Les
Binks também tocaria bateria no álbum seguinte, Killing Machine,
e no ao vivo Unleashed in the East (1979), gravado na turnê
pelo Japão durante aquele ano. Binks era um baterista realizado e
tecnicamente qualificado e sua adição revelou-se uma vantagem hábil
para a sonoridade da banda.





Enquanto
os três primeiros álbuns do Judas Priest possuía traços
consideráveis de Black Sabbath, Led Zeppelin e Deep Purple, bem como
baladas, Stained Class não continha quaisquer baladas, a
exceção da obscura “Beyond the Realms of Death”.





Mais
ou menos ao mesmo tempo, os membros da banda adotaram a agora famosa
imagem “de couro e tachas”.





Stained
Class
ultrapassa a casa de 500 mil cópias vendidas apenas nos
Estados Unidos.













Formação:


Rob
Halford – Vocal


K.
K. Downing – Guitarra


Glenn
Tipton – Guitarra, Backing Vocals


Ian
Hill – Baixo


Les
Binks – Bateria





Faixas:


01.
Exciter (Halford/Tipton) - 5:34


02.
White Heat, Red Hot (Tipton) - 4:20


03.
Better by You, Better Than Me (Wright) - 3:24


04.
Stained Class (Halford/Tipton) - 5:19


05.
Invader (Halford/Tipton/Hill) - 4:12


06.
Saints in Hell (Halford/Downing/Tipton) - 5:30


07.
Savage (Halford/Downing) - 3:27


08.
Beyond the Realms of Death (Halford/Binks) - 6:53


09.
Heroes End (Tipton) - 5:01





Letras:


Para
o conteúdo completo das letras recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/judas-priest/




Opinião
do Blog:



Se o Black Sabbath é considerado, com toda a justiça, o pai do Heavy Metal, o Judas Priest é um dos maiores, se não o principal, responsáveis por dar à sonoridade sua configuração mais amplamente reconhecida. A banda foi a principal força motriz a separar o Metal de suas origens ligadas ao Blues, acelerando os andamentos, apostando nas guitarras dobradas, intensificando o peso e a velocidade.





Para tanto, o grupo contava com músicos muito talentosos e que estavam amplamente dedicados a fazer do Heavy Metal sua forma de arte. A dupla de guitarras formada por Glenn Tipton e K. K. Downing é afiadíssima, Ian Hill é um bom baixista, além do talentoso Les Binks na bateria. Os vocais são oferecidos por uma verdadeira lenda-viva do estilo, Rob Halford.





Stained Class pode ser considerado o último passo no desenvolvimento da sonoridade Heavy Metal que se tornaria base para tantas bandas, especialmente às que ficariam ligadas à NWOBHM. O que eles começaram em Sad Wings of Destiny e aprimoraram em Sin After Sin, foi lapidado neste álbum.





As letras estão ainda mais amargas e realistas. A sonoridade ganhou mais urgência e intensidade, com um andamento ainda mais veloz, sem perder nada na parte técnica. Rob Halford se encontra impecável e as composições estão "redondas". Enfim, um álbum de primeiríssima linha.





Sendo assim, o ouvinte que seja fã de Heavy Metal (e mesmo os não fãs) podem esperar um disco sem faixas de enchimento e contando com músicas emblemáticas do catálogo do grupo.





"Exciter" é uma típica faixa de abertura de um disco de Metal, um arrasa-quarteirão com força, peso e intensidade. Assim também o é a excelente "Heroes End". Outra canção pesada e marcante é a ótima "Saints in Hell".





O cover para "Better by You, Better Than Me" é bem interessante. Há, ainda o clássico incontestável, a espetacular "Beyond the Realms of Death", uma música que contém o DNA inconfundível do Judas Priest.





Mas a preferida do Blog é a extraordinária faixa-título, "Stained Class", a qual merecia mais destaque por parte dos fãs e, principalmente, pela própria banda.





Enfim, o Judas Priest dispensa maiores apresentações e sua importância para o Rock e o Heavy Metal é incontestável para qualquer fã dos estilos. Stained Class é, para o Blog, uma obra essencial para se conhecer e admirar, uma referência para as vertentes mais pesadas do estilo. Obrigatório!