SURVIVOR - EYE OF THE TIGER (1982)







Eye
of the Tiger é o terceiro álbum de estúdio da banda
norte-americana chamada Survivor. Seu lançamento oficial aconteceu
em 8 de junho de 1982, através do selo Scotti Bros. As gravações
se deram naquele mesmo ano com a produção sob responsabilidade de
Frankie Sullivan.















O
Survivor ficou mundialmente conhecido pela faixa-título deste álbum,
“Eye of the Tiger”, trilha do filme Rocky III. Vamos falar
da história da banda antes de abordarmos o disco, como de costume.





Os
primórdios da história do Survivor estão atrelados aos de seu líder,
Jim Peterik, e são deles que o Blog vai começar a contá-los.





Jim
começou a se apresentar musicalmente ainda adolescente, no ano de
1964. Ele formou uma banda com seus colegas de escola, em Berwyn, nos
Estados Unidos. Este grupo foi chamado The Ides of March.





O
The Ides of March acabou gravando algumas canções de sucesso como
“You Wouldn't Listen” e “L.A. Goodbye”, entre o fim da década
de 60 e início da seguinte.





A
faixa “Vehicle”, a qual conquistou a 2ª posição na principal
parada de singles norte-americana, em maio de 1970, é tida como o
single mais vendido na história da gravadora Warner Bros Records.





Simultaneamente,
Peterik graduou-se na Morton West High School em 1968, e, depois, na
Morton Junior College em 1970, frequentando aulas da faculdade
enquanto “Vehicle” se tornava um hit nacional.





No
início dos anos 70, Peterik compôs várias canções gravadas pela
banda de jazz-rock chamada Chase. (Nota do Blog: O jazz-rock é
um gênero de jazz caracterizado pela mistura de música rock com o
jazz. A origem deste estilo remonta à década de 1960, época em que
os músicos de rock começaram a incorporar nas suas músicas
elementos de jazz como a improvisação e complexidade das
composições. Desta união de elementos surgem bandas e
músicos como, por exemplo, Tony Willians Lifetime e Mahavishnu
Orchestra).





Em
1976, Jim lançou um álbum solo chamado Don't Fight the Feeling
e saiu em turnê sob o nome de Jim Peterik Band, a qual contava com
Bruce Gaitsch na guitarra, Terry Fryer nos teclados e a seção
rítmica
do Chase, com Dennis Keith Johnson no baixo e Gary Smith
na bateria.







Jim Peterik





O
grupo fez turnês com várias bandas mais populares da época,
incluindo o Heart e o Boston.





Nas
notas do álbum, escritas por Jim Charney, Peterik é referido como
um 'sobrevivente' (em inglês, Survivor). Esta nota seria a
inspiração para o nome do próximo grupo de Peterik.





Uma
das outras inspirações, para a escolha de Peterik pelo nome
Survivor de sua nova banda, foi a sua estreita fuga da morte, quando
ele foi incapaz de fazer uma aparição em um show do Chase, marcado
para a cidade de Jackson, em Minnesota, no dia 9 de agosto de 1974.





Ele
acabou não entrando no avião que caiu e matou Bill Chase e a maior
parte de sua banda.





Em
1978, enquanto se recuperava de uma pneumonia no hospital, Peterik
fez planos para formar “a banda definitiva”, após sua
recuperação.





A
seção rítmica foi formada por Johnson e Smith e, por insistência
do gerente de turnê Rick Weigand, Peterik se juntou ao guitarrista
Frankie Sullivan (da banda Mariah).





Para
completar o grupo, Peterik trouxe o vocalista Dave Bickler
(ex-Jamestown Massacre), com o qual havia trabalhado, em Chicago, em
sessões de jingles comerciais.





E
assim nasceu o Survivor.





Em
setembro de 1978, o Survivor fez seu primeiro show, no Lyons Township
High School, em La Grange, no estado norte-americano do Illinois.





Uma
das primeiras apresentações do Survivor (seu segundo show, de
acordo com Peterik, na autobiografia denominada Through the Eye of
the Tiger
), no Haymakers Rock Club, em Wheeling, Illinois, na
data de 15 de setembro de 1978, apareceu como uma gravação bootleg
nos últimos anos.





O
grupo tocou em pequenos clubes durante o resto daquele ano, sendo um
deles a original "My Pi" Pizza, localizada na
Sheridan Avenue, perto da Loyola University, em Chicago, onde
encabeçou todos os sábados à noite, no andar de cima da área do
bar.





Logo
depois, o Survivor foi contratado pelo executivo da gravadora
Atlantic Records A & R, John Kalodner.





Em
1979 foi lançado o álbum de estreia do grupo, o autointitulado
Survivor, o qual não produziu nenhum single top 40 e não
conseguiu o nível de sucesso que a banda esperava.





Mesmo
assim, há faixas interessantes como “Somewhere in America”, a
qual foi lançada como single e atingiu a modesta 70ª colocação na
principal parada norte-americana do gênero. Outras canções que
merecem destaque são “Let It Be Now” e “Youngblood”.





No
primeiro álbum do Survivor, Peterik tocou a guitarra-base e as
partes de órgão/teclados foram feitas pelo vocalista Dave Bickler,
cujo papel, a partir de 1981, rapidamente se tornou o de vocalista e
tecladista, além de compositor, com algumas partes do teclado nos
álbuns sendo gravadas por músicos de sessão.







Frankie Sullivan





Em
1981, Johnson e Smith deixam a banda, pois eles tinham conflitos de
agenda entre o Survivor e seus outros projetos. Ademais, Peterik
considerou suas abordagens musicais excessivamente “jazzística”
para a sonoridade proposta pelo grupo.





Eles
foram substituídos pelo baterista Marc Droubay, amigo do guitarrista
Frankie Sullivan, e pelo baixista Stephan Ellis, o qual Peterik e
Sullivan haviam visto tocar em uma banda, no Flipper's Roller Boogie
Palace, em Los Angeles, Califórnia, às 3 horas da madrugada!





Tanto
Droubay quanto Ellis chegaram a tempo para gravar o segundo álbum da
banda, Premonition, de 1981.





Premonition
proporcionou ao Survivor maior popularidade junto ao público
americano, dando à banda seu primeiro single no Top 40 da principal
parada norte-americana, “Poor Man's Son”, na 33ª posição.





O
segundo single retirado do disco, “Summer Nights”, não foi tão
bem, com a 62ª colocação na Billboard.





Mas
o álbum traz algumas composições que estão entre as favoritas dos
fãs, como “Hearts A Lonely Hunter”, “Runway Lights” e “Love
Is On My Side”, fazendo de Premonition o trabalho favorito
na discografia da banda para muitos deles.





O
nível de sucesso do grupo começaria a mudar quando o ator
norte-americano Sylvester Stallone ouviu a canção “Poor Man's
Son”.





Stallone
gostou bastante da música e entrou em contato com o Survivor para
que eles compusessem a faixa que se tornaria a trilha sonora do
próximo filme estrelado por Sylvester, Rocky III, de 1982.





O
Survivor aceitou o desafio e surgiu com a canção “Eye of the
Tiger”.





Eye
of the Tiger
é, também, o nome do terceiro álbum do grupo. A
arte da capa apresenta a figura de um tigre. A produção ficou a
cargo do próprio guitarrista Frankie Sullivan.





Vamos
às faixas:





EYE
OF THE TIGER





A introdução quase apocalíptica de "Eye of the Tiger" é inconfundível, preparando o ouvinte para as guitarras entrarem fortemente no riff principal da canção. O ritmo é cadenciado, mas a seção rítmica dita o andamento com peso e uma presença formidável. A ótima atuação do vocalista Dave Bickler coroa tudo com estilo. Um clássico!





A
letra remonta à temática da personagem Rocky Balboa, envolvendo
luta e superação:





It's
the eye of the tiger, it's the thrill of the fight
Risin' up to
the challenge of our rival
And the last known survivor stalks his
prey in the night
And he's watchin' us all in the eye of the tiger













“Eye
of the Tiger” é, bem provavelmente, a música mais conhecida do
Survivor.





Foi
um sucesso gigantesco quando lançada como single. Ficou em primeiro
lugar, nas paradas desta natureza, nos seguintes países: Austrália,
Canadá, Finlândia, Irlanda, Japão, Noruega, África do Sul, Reino
Unido e Estados Unidos.





Como
dito, “Eye of the Tiger” também foi a música tema do filme
Rocky III, o qual foi lançado um dia antes do single.





A
canção foi composta pelo guitarrista Frankie Sullivan e pelo
tecladista Jim Peterik e foi feita a pedido da estrela, roteirista e
diretor do filme, Sylvester Stallone, depois que o Queen lhe negou a
permissão para usar “Another One Bites the Dust”, a música que
Stallone preliminarmente havia escolhido como o tema de Rocky III.





A
versão da música que aparece no filme é a demo da canção. Esta
versão do filme também continha rosnados de tigre, algo que não
apareceu quando o álbum foi lançado.





De
fato, “Eye of the Tiger” ficou definitivamente associada à
franquia de filmes os quais contam a história do lutador Rocky
Balboa.





Ela
ganhou gigantesca divulgação pela MTV norte-americana, bem como nas
estações de Rádio, dominando as paradas em todo o mundo durante
1982.





Nos
Estados Unidos, manteve o número um na principal parada de singles,
a Billboard Hot 100, por seis semanas consecutivas. A banda ganhou um
Prêmio Grammy, de 1982, na categoria Best Rock Performance by Duo
or Group With Vocal
, na 25ª edição do Annual Grammy Awards.





A
canção é também a trilha sonora para o filme de 1986 de mesmo
nome, dirigido por Richard C. Sarafian e estrelado por Gary Busey.





A
canção foi extensamente utilizada em vários outros filmes,
programas de televisão e jogos de videogames.





Jim
Peterik, anos mais tarde, afirmou que Sullivan e ele chegaram a
cogitar nomear a música de “Survival”, mas o refrão era muito
forte para negá-la o nome de “Eye of the Tiger”.





A
canção foi indicada para a premiação da Academy Award de 1982, de
Melhor Canção Original, a única indicação ao Oscar para o filme
Rocky III. Mas acabou perdendo para “Up Where We Belong”,
do filme An Officer and a Gentleman.







Dave Bickler





Também
foi indicada para o Grammy de 1983, na categoria Canção do Ano,
mas perdeu para o hit de Willie Nelson “Always on My Mind”.





Também
foi eleita a 63ª colocada na lista Greatest Hard Rock Songs,
do canal de televisão VH1, em 2009.





Um
cover conhecido da faixa foi feito pela banda norte-americana Devil
You Know, presente no álbum They Bleed Red, de 2015.





Em
2012, o Survivor processou o candidato presidencial republicano Newt
Gingrich, no tribunal federal de Illinois, por usar “Eye of the
Tiger” sem autorização, como música de entrada em seus comícios
políticos que remontam até 2009. O processo foi posteriormente
resolvido fora do tribunal. No mesmo ano, Sullivan também exigiu que
Mitt Romney, também candidato republicano à presidência, deixasse
de usar “Eye of the Tiger” em seus comícios de campanha.





Em
18 de novembro de 2015, a companhia de Frankie Sullivan, chamada Rude
Music, entrou com uma ação no tribunal federal de Chicago,
Illinois, contra a organização da campanha do ex-governador do
Arkansas (e candidato presidencial republicano), Mike Huckabee, por
usar “Eye of the Tiger” em uma manifestação política sem
permissão.





A
manifestação ocorreu em 8 de setembro de 2015, quando Kim Davis, um
funcionário do condado de Kentucky, foi libertado da prisão depois
de passar cinco dias se recusando a emitir licenças de casamento
para casais do mesmo sexo no Kentucky.





Em
junho de 2016, a CNN informou que Huckabee havia concordado, em um
acordo confidencial e extrajudicial com a Rude Music, a pagar 25 mil
dólares como compensação.





Apenas
o single “Eye of the Tiger” suplanta a marca de 2 milhões de
cópias comercializadas, somente nos Estados Unidos.













FEELS
LIKE LOVE





Já "Feels Like Love" traz os típicos teclados do AOR do início dos anos 80, produzindo um efeito intenso e dando certa urgência à música. Também a guitarra de Frankie Sullivan aparece de maneira marcante, com um bom solo.





A
letra possui temática romântica:





Girl
it sure feels like love
I need every day
Yeah it sure feels
like love
I've been waiting, so long waiting
And it feels like
love













HESITATION
DANCE





"Hesitation Dance" possui uma veia mais tradicional, com um formato mais Rock, com um pé no Blues. A bateria de Marc Droubay e o baixo de Stephan Ellis formam uma base sólida para que a guitarra de Frankie Sullivan seja a protagonista da faixa.





A
letra é sobre conquistar uma garota:





Like
a vision standin' there,
Lips poutin', a come-on stare,
Come
on -- I thought I had your number,
Workin' up an appetite for
love,
Don't let me die of hunger,
Ain't ya got no heart,
No
compassion for your lover,
When I get you on the floor, I find
it's just another













THE
ONE THAT REALLY MATTERS





As guitarras de Frankie Sullivan e Jim Peterik estão muito presentes na quarta canção do disco. O riff é bem simples, mas forte e com o peso na dose exata. Quando chega o refrão, a sensação de ápice da música é construída com sucesso. Excelente atuação do vocalista Dave Bickler.





A
letra é sobre desilusões amorosas:





I
know your mind like the back of my hand,
A race that I ran
before,
Are you so blind that you'd turn your back
On love and
slam the door,
If you're searching for something more,
Have a
good time,
But if you'd follow your heart,
You're gonna find
that I'm...





Lançada
como single, atingiu a 74ª posição da principal parada
norte-americana desta natureza.













I'M
NOT THAT MAN ANYMORE





Já em "I'm Not That Man Anymore", o grande destaque é mesmo o vocalista Dave Bickler, com uma atuação muito emocionante. Isto fica mais palpável no refrão, muito intenso, com a voz de Dave se casando perfeitamente com a sonoridade. O solo de guitarra de Frankie Sullivan é ótimo.





A
letra possui sentido de mudança de atitude:





Teardrops,
falling from your eyes like raindrops,
Pouring from the
skies,
Remember, you used to have the love I needed, back when we
were young
Lovin' always came so easy, heaven shared our
love,
Magic, the first time that I held you, you fit like a
glove.
You'd soothe me, with a shrug of your heart you could move
me,
It always seemed my love would find you, when you needed a
friend
I would be the man who would understand you













CHILDREN
OF THE NIGHT





"Children of the Night" possui as guitarras muito presentes com a seção rítmica ditando um ritmo mais acelerado, intercalado por curtas passagens lentas e extremamente melódicas. Frankie Sullivan faz um bom papel, assim como os vocais de Bickler se destacam.





A
letra mistura rebeldia e romance:





There's
a fine line, such a fine line, a very fine--line,
Between the day
and the nighttime,
The wrong and the right time, for makin' sweet
love,
Find a place to hide, anyplace to hide, hidin' in the --
darkness,
Feels like the right time, for love in the nighttime,

For makin' sweet love













EVER
SINCE THE WORLD BEGAN





"Ever Since the World Began" é uma balada que conta com uma melodia simples, mas que funciona perfeitamente. O maior destaque é a boa atuação do vocalista Dave Bickler, emprestando muita emoção para a faixa.





A
letra mistura destino e predestinação:





And
we're just another piece of the puzzle,
Just another part of the
plan
And we have waited for this moment in time
Ever since the
world began





Foi
também lançada como single, mas não obteve maior repercussão em
termos de paradas de sucessos.













AMERICAN
HEARTBEAT





Teclados e sintetizadores com força total marcam a abertura de "American Heartbeat". A canção possui o inafastável ar dos anos 80, com uma sonoridade Pop/New Wave muito proeminente. O ritmo é urgente, mas dotado de swing e muita melodia.





A
letra é uma ode ao espírito norte-americano:





The
night's alive with wind and fire
We telegraph our heart's
desire
Through the night with our eyes
Wheels are turnin' fast
and hard
Hearts are burnin' on the boulevard
Hear them pound
young and proud
It's the American heartbeat
Chart the stars,
head out for the action
Hit the streets and find some satisfaction













Lançada
como single, atingiu a 17ª posição na principal parada
norte-americana desta natureza.













SILVER
GIRL





A nona - e última - faixa de Eye of the Tiger é "Silver Girl". Na última canção do disco, o Survivor volta a apostar nas guitarras mais presentes, embora o peso seja diminuto. O ritmo é bastante cadenciado, mas a melodia é agradável, especialmente no refrão. Ótimo solo do guitarrista Sullivan. 





A
letra revela sofrimento amoroso:





Won't
you lay with me (stay with me) one moment more,
I couldn't bear to
see you walk out that door,
Stay with me, by my one in the
world,
For just one golden moment, my silver girl













Considerações
Finais





O
sucesso estrondoso do single “Eye of the Tiger”, catapultou o
álbum homônimo a marcas muito relevantes.





Eye
of the Tiger
atingiu a excepcional 2ª posição da Billboard, a
principal parada norte-americana de discos!





A
crítica especializada teve reações mistas ao álbum, alguns
reverenciando-o, outros simplesmente odiando a sonoridade do grupo.





Em
uma crítica retrospectiva, Greg Prato, do site AllMusic, faz uma
revisão interessante, dando ao trabalho uma nota 3,5 de um máximo
de 5 possível.





Sobre
a época, Prato definiu bem: “(...) bandas tentavam atrair tanto o
público pop quanto o (público) rock, combinando coros dignos de
arena e pesados riffs de guitarra, culminando com uma saudável dose
de melodia”.





Mais
precisamente sobre Eye of the Tiger, Greg diagnostica: “(...) Eye
of the Tiger
é um álbum muitas vezes esquecido (…) A razão
para isto é que, enquanto o grupo conseguiu apelar para ambos os
públicos acima mencionados - como evidenciado pela 'Zeppelinana'
“Hesitation Dance” e a forte balada “I'm Not That Man Anymore”
- nada aqui realmente escala a mesma altura da faixa-título. Mas
como uma lembrança do Rock mainstream do início dos anos 80, Eye
of the Tiger
é uma amostra fiel”.





O
Survivor tentaria replicar o sucesso do disco com o sucessor, seu
quarto álbum de estúdio, Caught in the Game, de 1983, mas
que comercialmente se revelou uma decepção.





Eye
of the Tiger
supera a casa de 1 milhão de cópias vendidas
apenas nos Estados Unidos.













Formação:


Dave
Bickler - Vocal


Frankie
Sullivan - Guitarra-solo, Guitarra-base, Violão de 12 cordas,
Backing Vocals


Jim
Peterik - Guitarras, Violão de 12 cordas, teclados, Piano, Hammond
B-3, Backing Vocals


Stephan
Ellis - Baixo


Marc
Droubay - Bateria


Músicos
Adicionais:


Fergie
Frederiksen - Backing Vocals


Daryl
Dragon - Teclados adicionais, E-mu Emulator





Faixas:


01.
Eye of the Tiger (Peterik/Sullivan) - 4:04


02.
Feels Like Love (Peterik/Sullivan) - 4:08


03.
Hesitation Dance (Peterik/Sullivan) - 3:52


04.
The One That Really Matters (Peterik) - 3:32


05.
I'm Not That Man Anymore (Peterik/Sullivan) - 4:49


06.
Children of the Night (Peterik/Sullivan) - 4:45


07.
Ever Since the World Began (Peterik/Sullivan) - 3:48


08.
American Heartbeat (Peterik/Sullivan) - 4:10


09.
Silver Girl (Peterik/Sullivan) - 4:52





Letras:


Para
o conteúdo completo das letras, indica-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/survivor/




Opinião
do Blog:



Por algumas vezes é difícil de se encaixar uma banda em um determinado estilo musical, pelo motivo de sua sonoridade trazer algumas marcas bem características de tipos musicais diversos entre si. O Survivor é inegavelmente um grupo de Rock, mas com uma também irrefutável forte influência Pop.





Na internet, encontrei sites classificando o Survivor como AOR (veja nosso dicionário) e penso que é uma classificação aceitável. Em várias canções do álbum aqui visitado, o conjunto soa como bandas como o Journey e o Reo Speedwagon, alguns dos expoentes do gênero.





Nesta fusão do Rock com o Pop, o Survivor por vezes opta por riffs com guitarras bem pesadas, com aqueles parecendo oriundos de bandas de Hard Rock, tamanha a potência e o peso que imprimem às canções.





Em outros momentos o Pop é a pegada total, com as guitarras relegadas a segundo (ou terceiro) plano, com as faixas dominadas por teclados e sintetizadores. E é nesta miscelânea sonora que o grupo se desenvolveu.





Eye of the Tiger é um álbum que apresenta um grupo com uma sonoridade bem definida e sabendo o que queria. Os riffs, quando preponderantes na canção, flertam com o Hard Rock, fazendo as guitarras soarem pesadas e intensas. Os solos de Frankie Sullivan são um ponto alto do disco.





Os teclados estão bastante presentes, mostrando o talento de Jim Peterik, este, o principal compositor do Survivor nesta fase. A seção rítmica dá peso, intensidade e muito balanço às canções. Mas o grande destaque individual do álbum, para o Blog, é Dave Bickler.





O vocalista traz uma contagiante carga emocional às faixas, sendo muito eficiente em casar a intensidade de sua voz com a sonoridade instrumental das canções. E, aqui cabe ressaltar, o trabalho muito bom dos Backing Vocals. As letras são simples.





É claro que a faixa "Eye of the Tiger" é o sucesso absoluto do álbum e, bem possivelmente, é a música mais conhecida do grupo. Confesso que a canção tem um forte lado emocional ligado ao autor deste post, pois é impossível ouvi-la e não me recordar de minha infância nos anos 80, assistindo aos filmes do grande Stallone interpretando Rocky Balboa. Bons tempos...





Mas o restante de Eye of the Tiger, embora não esteja no mesmo patamar de sua emblemática faixa-título, possui momentos bastante interessantes.





Há um ótimo solo de guitarra em "I'm Not That Man Anymore", uma balada que flerta com o Hard Rock setentista e possui um resultado bem legal. "Hesitation Dance" traz um riff simples, mas forte e marcante, que pode ser associado ao Rainbow pós-Dio. Nesta linha há a cativante "The One That Really Matters".





Porém, "Feels Like Love" e "American Heartbeat" não se casam com o tipo de sonoridade a qual agrade o autor do post. E o problema aqui sou eu, não as músicas.





Enfim, Eye of the Tiger fez muito sucesso e é um trabalho emblemático da musicalidade Rock do início dos anos 80. Traz um clássico indiscutível em sua faixa-título, mas não vive somente dela, apresentando outras agradáveis e divertidas composições. Álbum indicado pelo RAC, especialmente para fãs de Rock com muita pegada Pop.


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