W.A.S.P. - THE LAST COMMAND (1985)









The
Last Command é o segundo álbum de estúdio da banda norte-americana
W.A.S.P. Seu lançamento oficial ocorreu em 9 de novembro de 1985,
através do selo Capitol Records. As gravações aconteceram entre
outubro de 1984 e a metade do ano seguinte no Pasha Music House, em
Hollywood, nos Estados Unidos. A produção ficou por conta de
Spencer Proffer.






Uma
das melhores bandas do Glam Metal norte-americano, o W.A.S.P.,
finalmente retorna ao RAC, com seu álbum Last
Command
. O Blog vai, muito resumidamente, tratar dos fatos
antecedentes ao lançamento do disco para depois se ater ao faixa a
faixa.













Estreia
do W.A.S.P.





O
RAC já abordou a estreia do W.A.S.P., em
seus primórdios. O leitor pode conferir o post aqui.





W.A.S.P.,
o álbum, foi lançado em 17 de agosto de 1984.





O
disco atingiu a respeitável 74ª posição da principal parada
norte-americana desta natureza, a Billboard. Além disso, o trabalho
trouxe alguns clássicos imortais do grupo como “L.O.V.E. Machine”,
“Hellion” e, principalmente, “I Wanna Be Somebody”.





Pouco
depois do lançamento do disco, a banda fez uma aparição no filme
de 1984, The Dungeonmaster.





Os
singles “L.O.V.E. Machine” e “I Wanna Be Somebody” ajudaram o
álbum a vender, e levaram a banda até “Blind In Texas”, uma
canção escrita em St. Paul, Minnesota, por Lawless.





Troca
de baterista





O
baterista Tony Richards deixou o grupo após a turnê entre os anos
de 1984 e 1985.





O
substituto foi Steve Riley, que havia acabado de gravar o álbum The
Right to Rock
, o segundo disco de estúdio da banda Keel.







Steve Riley





The
Last Command





Desejoso
de alcançar o sucesso, o W.A.S.P. começou a trabalhar em seu
segundo álbum pouco tempo após encerrar as gravações de W.A.S.P.





Para
tanto, o conjunto apostou no capricho para com a produção. O
escolhido para esta função foi Spencer Proffer.





Proffer
ficou ainda mais conhecido pelo seu trabalho brilhante em Metal Health, de 1983, o álbum que levou o Quiet Riot ao
primeiro lugar da Billboard.





O
trabalho seria batizado de The Last Command e seria o último
a contar com o membro fundador e guitarrista Randy Piper.







Blackie Lawless





O
grupo se reuniu no estúdio Pasha Music House, em Hollywood, na
Califórnia, nos Estados Unidos entre o fim de 1984 e a metade do ano
seguinte para trabalhar em
The Last Command.





Nesta
altura, o W.A.S.P. era formado pelo líder, vocalista e
baixista Blackie Lawless, os guitarristas Chris Holmes e Randy Piper
e o supracitado baterista Steve Riley.





A
capa é simples, com uma imagem de Lawless.





Vamos
às faixas:





WILD
CHILD





"Wild Child" é um hard rock de primeira linha, contando com guitarras afiadas e pesadas. O ritmo é cadenciado, mas, ao mesmo tempo, intenso. A atuação de Blackie Lawless é impecável, especialmente no refrão, o qual é sensacional. Clássico!





A
letra mistura sexualidade e ameaça:





Tell
me, tell me the lies you're telling him when you


Run
away 'cause I wanna know


Cause
I, I'm sure it's killing him to find


That
you run to me when he lets you go


'Cause
I'm burning, burning, burning up with fire


So
- come turn me on and turn the flames up higher










Embora
“Wild Child” seja um clássico do
W.A.S.P., foi lançada
como single, mas não repercutiu em termos das principais paradas de
sucesso.













BALLCRUSHER





"Ballcrusher" é uma paulada típica do Glam Metal. Sem muitos rodeios ou muitas firulas, vai direto ao ponto, flertando diretamente com o Heavy Metal. Peso e potência em doses cavalares.





A
letra tem sentido sexual:





I
call her liar


Her
eyes burn the flame


Liar,
the princess of pain













FISTFUL
OF DIAMONDS





O riff principal desta canção vai agradar fãs de música mais pesada e de bandas como o Judas Priest. O grupo continua com uma pegada bem intensa, aproximando-se intimamente do Heavy Metal. Outra ótima faixa.





A
letra é sobre ganância:





I
want a fistful, fistful of diamonds


I
live for the glory and fame


I
want a fistful, fistful of diamonds


The
millions are calling my name













JACK
ACTION





Outro riff muito bom toma conta de "Jack Action". Embora com o andamento mais arrastado, a música ganha com o peso absurdo das guitarras. Não se deixe enganar, "Jack Action" é uma verdadeira paulada!





A
letra é sobre vingança:





Now
I can't believe she's gone away


He
better run, ya know I don't play


Took
my babe, my life, he's on the run


Look
out Jack now, here's my gun, yeah













WIDOWMAKER





Caminhando sobre a tênue linha que separa o Heavy e o Hard, "Widowmaker" é mais um "soco no estômago" do ouvinte. O andamento cadenciado apenas reforça o peso das guitarras e da seção rítmica. Belíssima faixa!





A
letra é sobre mistério:





The
cries of sadness never heard


Fall
deaf upon my ears


The
stench of madness, raging wars


I've
seen a million years


The
smell of sorrow fills the fields


And
lingers in the sky


The
littered ground will swallow down


The
souls that fill my eyes













BLIND
IN TEXAS





Se o leitor quiser saber porque o Glam Metal é um estilo que o escritor deste blog tanto gosta, basta apenas ouvir "Blind in Texas", o exemplo ideal para se conhecer aquilo que o estilo possui de melhor. Música espetacular.





A
letra é sobre uma festança no Texas:





I
drank Dallas whiskey and lost my mind


Had
high-balls in Houston, three for a dime


Everything
starts to spin, loaded on gin


I
fell out the door, what I said is













“Blind
in Texas” é, talvez, o maior sucesso do W.A.S.P.





A
música foi lançada como single, mas não repercutiu em termos das
principais paradas de sucesso desta natureza.













CRIES
IN THE NIGHT





O ritmo diminui em "Cries in the Night", embora o peso ainda esteja efetivo, especialmente no que tange ao refrão. O trabalho de guitarras continua bem feito e o solo no meio da faixa é de ótimo gosto.





A
letra possui sentido melancólico:





I'm
hearing Cries in the Night,


I
can't wait another day


No,
no, no, tell me no lies,


I'm
standing cold in the light


I
lose the dream and I go crazy,


I'm
hearing Cries in the Night





A
canção foi mais uma lançada como single, mas também não
repercutiu nas paradas de sucesso desta natureza.













THE
LAST COMMAND





O peso e a intensidade continuam com força em "The Last Command". Nesta composição, o trabalho do baterista Steve Riley é ainda mais notável enquanto as guitarras seguem conduzindo a sonoridade. Outro ponto alto do disco.





A
letra possui sentido bélico:





A
thousand times I had this dream


the
flag was high, I heard a scream


That
cut through the still of the night


just
like a knife


But
that was yesterday


the
darkness has gone away


I
stand on the edge, and I pledge my life













RUNNING
WILD IN THE STREETS





Esta canção segue a sonoridade proposta no álbum com peso, intensidade e sentimento de urgência. Os vocais de Lawless estão ótimos.





A
letra possui um chamamento:





I'm
standin' proud,


We're
screaming loud,


I'll
lead the crowd


Running
wild in the streets













SEX
DRIVE





A décima - e última - faixa de The Last Command é "Sex Drive". Outro riff que lembra bastante o Judas Priest é a base desta poderosa música que encerra o disco. Vocais poderosos e guitarras muito pesadas conduzem o trabalho a um encerramento em altíssimo nível.





A
letra possui conotação sexual:





I
got a message for you,


It's
something you love to do


You're
thinking bout it all the time


You're
lying in bed and it runs through your head


Cause
you can't get it off your mind


You
been thinking pink and you're losing sleep


That
rush is almost all you can stand


You
feel it getting hard and your crotch starts to throb


It's
body language you understand













Considerações
Finais





The
Last Command
conseguiu aumentar o sucesso do W.A.S.P.,
elevando o patamar anterior do grupo.





O
álbum atingiu a respeitável 47ª posição da Billboard, a
principal parada norte-americana desta natureza.





As
críticas da imprensa especializada são mistas. A revista alemã
Rock Hard dá ao trabalho uma nota 6,5 (de 10) enquanto o site
Metal Cryptic atribui uma nota 4 (de 5).





Greg
Prato, do site AllMusic, dá ao disco uma nota 3 (de 5),
afirmando: “No segundo trabalho do W.A.S.P., em 1985, The
Last Command
, a banda contratou o produtor de Quiet Riot,
Spencer Proffer, para manipular os limites, resultando em um som
pouco mais acessível do que a sua autointitulada estreia”.





Prato
conclui: “Embora o álbum não tenha sido o grande avanço
comercial o qual a banda esperava, resultou em seu segundo lançamento
com certificação de ouro consecutivo, uma vez que se tornou uma das
bandas de metal mais populares da metade dos anos 80”.





Em
seguida, o W.A.S.P. iniciou a bem-sucedida ‘The Last
Command tour
’, chegando a se apresentar com nomes como Iron Maiden e Black Sabbath.





Ao
término da turnê, o guitarrista Randy Piper deixou o conjunto. Seu
substituto foi Johnny Rod, oriundo da banda King Kobra.






no ano seguinte, o W.A.S.P. lançaria Inside the Electric
Circus
, terceiro disco de estúdio do grupo.





The
Last Command
suplanta a casa de 1 milhão de cópias
vendidas apenas nos Estados Unidos.





Formação:


Blackie
Lawless - Vocal, Baixo


Chris
Holmes - Guitarras


Randy
Piper - Guitarras, Backing Vocals


Steve
Riley - Bateria, Backing Vocals


Músicos
adicionais:


Carlos
Cavazo - Vocais Adicionais


Chuck
Wright - Vocais Adicionais





Faixas:


01.
Wild Child (Lawless/Holmes) – 5:12


02.
Ballcrusher (Lawless/Holmes) – 3:27


03.
Fistful of Diamonds (Lawless) – 4:13


04.
Jack Action (Lawless/Riley) – 4:16


05.
Widowmaker (Lawless) – 5:17


06.
Blind in Texas (Lawless) – 4:21


07.
Cries in the Night (Lawless) – 3:41


08.
The Last Command (Lawless) – 4:10


09.
Running Wild in the Streets (Lawless) – 3:30


10.
Sex Drive (Lawless/Holmes) – 3:12





Letras:


Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/wasp/





Opinião
do Blog:


Mais de 5 anos separam a estreia do W.A.S.P., aqui no RAC, de nosso segundo post sobre a banda. É um bom tempo, mas, como ficou claro no texto, o apreço pelo grupo se mantém o mesmo.



The Last Command apresenta o conjunto com quase a mesma formação e, basicamente, a mesma sonoridade. Os guitarristas Chris Holmes e Randy Piper são os maiores destaques do álbum, embora a interpretação que Blackie Lawless dá às canções seja um pedaço fundamental da obra.



Para o Blog, o Glam Metal do W.A.S.P. possui uma pegada mais Metal, com mais peso e uma clara influência do Judas Priest, expressa principalmente nos riffs infernais contidos no disco.



Desta forma, as melodias estão sempre presentes, mas ganham uma dose impressionante de peso e, como foi dito, os riffs são extremamente pesados, embora o ritmo soe cadenciado. The Last Command está sempre intenso e se situando no limiar entre o Hard e o Heavy.



A produção de Spencer Proffer permite que as qualidades do álbum sejam facilmente percebidas, não obstante The Last Command esteja em um degrau inferior à homônima estreia do conjunto.



Mas, mesmo assim, o nível desta obra é elevado. Pauladas como "Sex Drive", "Jack Action" e "The Last Command" são de indubitável classe.



Mas o RAC elege os clássicos "Wild Child" e "Blind in Texas" como suas favoritas. Elas estão entre as melhores composições da carreira do W.A.S.P.



Portanto, The Last Command é um ótimo exemplar da qualidade do W.A.S.P. como banda e de como sua sonoridade pesada era um diferencial dentro do próprio Glam Metal. Embora, para o Blog, o álbum esteja em um degrau inferior a estreia do grupo, seu segundo disco traz canções memoráveis como "Blind in Texas" e "Wild Child", algumas das melhores que o Glam Metal já produziu.


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