WHITE LION - BIG GAME (1989)









Big
Game é o terceiro álbum de estúdio da banda
estadunidense/dinamarquesa White Lion. Seu lançamento oficial
aconteceu em 10 de agosto de 1989, através do selo Atlantic Records.
O disco foi gravado durante aquele ano e a produção ficou sob
responsabilidade de Michael Wagener.






O
White Lion retorna ao RAC com outro de
seus álbuns mais conhecidos. Como de costume, o Blog vai
contextualizar o lançamento do trabalho antes de partir para as
faixas.













Pride





Em
21 de junho de 1987, o White Lion lançava Pride, seu
segundo álbum de estúdio.





O
RAC já abordou esse trabalho e o leitor pode
conferir o post aqui.





Em
linhas gerais, Pride é o maior sucesso comercial do grupo,
superando a casa de 2 milhões de cópias vendidas apenas nos Estados
Unidos. O disco atingiu a ótima 11ª posição da principal parada
de sucessos dos Estados Unidos, a Billboard, ficando com a 51ª
colocação da sua correspondente britânica.







James Lomenzo





O
sucesso do single “When the Children Cry” (3º lugar na principal
parada norte-americana) acabaria por impulsionar as vendas de
Pride
com bastante importância no processo. Além disso, o guitarrista
Vito Bratta foi reconhecido por seus talentos instrumentais.





Em
julho de 1987, a turnê de promoção do álbum se iniciaria e só
terminaria quase 1 ano e meio depois, com o conjunto excursionando
com nomes como Aerosmith, KISS, Ozzy Osbourne e
AC/DC.





Além
disso, já em 1989, o grupo lançou 2 vídeos em VHS, Live at the
Ritz
e One Night in Tokyo.





Sucessor
de Pride





Após
a intensa turnê de 1 ano e meio, o White Lion finalmente se
reuniria para gravar seu terceiro álbum de estúdio, Big Game.





A
banda escolheu o mesmo produtor do bem-sucedido trabalho anterior, o
alemão Michael Wagener.





Além
disso, a formação do conjunto era a mesma: Mike Tramp nos vocais e
guitarra-base, Vito Bratta na guitarra-solo, James Lomenzo no baixo e
Greg D'Angelo na bateria.







Greg D'Angelo





A
arte da capa apresenta um leão branco em primeiro plano com a Casa
Branca ao fundo. (
Nota do Blog: A Casa Branca (tradução
literal do inglês: White House) é a residência oficial e principal
local de trabalho do Presidente dos Estados Unidos, sendo, ao mesmo
tempo, a sede oficial do poder executivo naquele país. Localiza-se
na Avenida Pensilvânia, nº 1600 em Washington D.C., o edifício foi
construído no período compreendido entre 1792 e 1800, pintado de
arenito esbranquiçado no estilo georgiano e tem sido a residência
executiva de todos os presidentes americanos desde o mandato de John
Adams).





Vamos
às faixas:





GOIN’
HOME TONIGHT





O disco é aberto com uma canção divertida. "Goin' Home Tonight" possui uma levada suave, com um toque até mesmo country, mas com a presença das guitarras no refrão.





A
letra tem conotação romântica:





I'll
be goin' home tonight

And everything will be alright

Cause
when i open up the door

You'll be waiting

And you will keep
me warm at night

And you will make me live again

Yes i'm
going home tonight and

You'll be waiting





“Goin'
Home Tonight” foi o quarto e último single lançado para promoção
de Big Game, mas não repercutiu em termos de paradas de
sucesso. Também um videoclipe da canção foi realizado e teve boa
circulação na MTV norte-americana.













DIRTY
WOMAN





"Dirty Woman" possui um riff inicial sensacional e é uma música bem pesada para os padrões da banda. Há uma certa malícia na sonoridade, graças ao baixo de James Lomenzo, além de uma influência do Aerosmith e do Van Halen setentistas.





A
letra fala sobre um cara envolvido com uma mulher “suja”:





And
you can show me what no



Woman
dare



No
obligations to show i care



And
when you take me into your bed



You
wake wake those dirty thoughts inside



My
head













LITTLE
FIGHTER





"Little Fighter" é a típica faixa do Glam Metal oitentista, mas com um flerte claríssimo com o AOR da época, tornando-a suave e atraente para as grandes massas.





O
tema da letra é coragem:





Rise
again little fighter


And
let the world know the reason why



Shine
again little fighter


And
don't let 'em end the things you do













“Little
Fighter” é um sucesso do White Lion.





A
canção foi o primeiro single lançado para promover Big Game e
atingiu a 52ª posição da principal parada norte-americana desta
natureza, conquistando a 65ª colocação em sua correspondente
canadense.





A
música é sobre um barco do Greenpeace chamado Rainbow Warrior, que
foi destruído pelos franceses enquanto estava ancorado no porto de
Auckland, na Nova Zelândia. Dentro do livreto do álbum Big Game,
onde estão as letras de “Little Fighter”, há os dizeres ‘In
Memory of Rainbow Warrior’, entre parênteses.





A
faixa possui um videoclipe e também foi regravada, em 1999, para o
álbum Remembering White Lion (também lançado como Last
Roar
, em 2004) e uma versão ao vivo foi lançada em 2005 no
álbum ao vivo Rocking the USA.





A
canção foi regravada pela banda punk Death by Stereo, no
álbum Punk Goes Metal, lançado em 1º de agosto de 2000. Em
2011, a música também foi regravada pelo grupo Red City Radio.













BROKEN
HOME





"Broken Home" é uma balada bonita, contando com uma pegada mais dramática e tensa, como evidenciado na letra. O solo do guitarrista Vito Bratta é muito legal, abusando feeling.





A
letra fala sobre uma família se destruindo e os males que isto causa
em uma criança:





Just
hold him, and love him

Trash this child of love,

And try
your best to save this broken home

Stop fighting, stop hurting,
try to love again

And do your best to save this broken home













BABY
BE MINE





"Baby Be Mine" é outra música suave, com uma pegada até meio 'funkeada', mas certamente criativa. O refrão é um ponto negativo.





A
letra é uma declaração de amor:





If i
wrote a hundred love songs

And they were all for you

Then
would you realize my love was true

If i gave you pearls 'n'
diamonds

And showered you in vine

Then would there be a
chance that you'd

Be mine













LIVING
ON THE EDGE





"Living on the Edge" é um Hard Rock classudo, com boa presença das guitarras, refrão empolgante e um ritmo cadenciado, mas envolvente.





A
letra fala sobre insubordinação:





I
got a college degree that means nothing to me

And i ain't got a
job

Cause i don't want anybody telling me what to do

I got
bad reputation and a story to match

So leave me alone

The
wind at my heels and the sound of

My wheels keep me going













LET’S
GET CRAZY





"Let's Get Crazy" é uma música sensacional e que lembra perfeitamente a fase clássica do Van Halen, com guitarras distorcidas e um riff muito legal. Bratta quebra literalmente tudo!





A
letra é em tom de diversão:





We'll
tear the town up and burn it down



We'll
break every rule around



We'll
show no mercy for the old



And
weak



Yeah
the boys are back in town













DON’T
SAY IT’S OVER





Esta é uma faixa que tem muito a cara dos anos 80. Uma pegada bem Poison, com um ritmo mais cadenciado e uma sonoridade bem amena.





A
letra é apaixonada:





And
baby if you go



There's
one thing you should know



That
all our love must die



Before
you say goodbye













IF
MY MIND IS EVIL





Esta é outra canção bem porrada do álbum, especialmente por conta de um riff muito pesado e de um trabalho intenso da guitarra de Bratta. Os vocais acompanham esta sonoridade intensa e o resultado final parece retirado de um álbum do Ozzy do final dos anos 80.





A
letra fala sobre dominação:





You
tell me what i should do, you want



To
take control



You
try to reach me inside,and change



The
way i think



It
seems to me you want to rule all



Over
me



Why
don't you practice what you preach



And
let me be













RADAR
LOVE





"Radar Love" segue a proposta divertida do disco, mesclando guitarras inspiradas com uma seção rítmica bem melódica. Aqui está um dos melhores solos de Bratta. Um bom cover.





A
letra fala sobre a sintonia de um casal:





When
I get lonely and I'm sure I've had enough

She sends her comfort
coming in from above

We don't need a letter at all





“Radar
Love” foi o segundo single lançado para a promoção de Big
Game
e acabou atingindo a 59ª posição da principal parada
norte-americana.





Trata-se
de um cover para a música de mesmo nome, originalmente gravada pela
banda holandesa Golden Earring e presente no álbum Moontan,
de 1973.













CRY
FOR FREEDOM





A décima-primeira e última faixa de Big Game é "Cry for Freedom". O disco é encerrado com uma canção mais contida e intimista, praticamente uma balada, mas com uma atmosfera mais tocante para letras mais reflexivas.




A
letra é um clamor por liberdade:





The
children are taken away

And families destroyed

And millions
have died from starvation

We can't go on this way













“Cry
for Freedom” foi o terceiro single lançado para promover o disco,
mas atingiu apenas a 47ª posição da principal parada britânica. A
faixa tem como base temática o apartheid. (Nota do Blog:
Apartheid (pronúncia em africâner: [ɐˈpɐrtɦəit],
significando ‘separação’) foi um regime de segregação racial
implementado na África do Sul em 1948 pelo pastor protestante Daniel
François Malan — então primeiro-ministro —, e adotado até 1994
pelos sucessivos governos do Partido Nacional, no qual os direitos da
maioria dos habitantes foram cerceados pela minoria branca no poder).













Considerações
Finais





Big
Game
não chegou perto do sucesso de Pride, mas esteve longe de ser apenas mais um disco.





O
álbum chegou à 19ª colocação da principal parada norte-americana
desta natureza, a Billboard, conquistando a 47ª posição da
sua correspondente britânica. Também ficou com os 14º, 13º e 16º
lugares das paradas de Noruega, Suécia e Suíça; respectivamente.





O
grupo, mais tarde, alegou que Big Game sofreu com a decisão
da banda de gravá-lo logo após uma extensa e fatigante turnê. A
crítica tem o trabalho em boa conta, com Steve Huey, do site
AllMusic, dando uma nota 4,5 em 5, chamando-o de “ainda um
seguimento digno”.





Em
seguida, a banda saiu em turnê. O White Lion lançou seu
quarto álbum, Mane Attraction, na primavera norte-americana
de 1991.





Big
Game
supera a casa de 500 mil cópias vendidas apenas nos Estados
Unidos.













Formação:


Mike
Tramp - Vocal, Guitarra-base


Vito
Bratta - Guitarra-solo, Backing Vocals


James
Lomenzo - Baixo, Backing Vocals


Greg
D'Angelo - Bateria





Faixas:


01.
Goin' Home Tonight (Bratta/Tramp) - 4:57


02.
Dirty Woman (Bratta/Tramp) - 3:27


03.
Little Fighter (Bratta/Tramp) - 4:23


04.
Broken Home (Bratta/Tramp) - 4:59


05.
Baby Be Mine (Bratta/Tramp) - 4:10


06.
Living on the Edge (Bratta/Tramp) - 5:02


07.
Let's Get Crazy (Bratta/Tramp) - 4:52


08.
Don't Say It's Over (Bratta/Tramp) - 4:04


09.
If My Mind Is Evil (Bratta/Tramp) - 4:56


10.
Radar Love (G. Kooymans/B. Hay) - 5:59


11.
Cry for Freedom (Bratta/Tramp) - 6:09





Letras:


Para
o conteúdo completo das letras, recomenda-se o acesso a:
https://www.letras.mus.br/white-lion/





Opinião
do Blog:


Big Game é um álbum importante na carreira do White Lion.





Embora o RAC o considere inferior a Pride, já resenhado aqui, o trabalho demonstra uma banda afiada e com sede de sucesso. Mike Tramp tem vocais competentes, James Lomenzo e Greg D'Angelo formam uma boa 'cozinha', mas o destaque do álbum é mesmo Vito Bratta.





O guitarrista esbanja técnica e feeling em riffs e solos muito bem construídos e bastante inspirados.





A sonoridade apresentada é mesmo o famoso Glam Metal oitentista, embora o conjunto felrte constantemente com o AOR. As bases, algumas vezes, apresentam melodias mais maliciosas e malemolentes, revelando influências de Aerosmith e Van Halen.





As letras são boas e estão acima da média das bandas similares.





O RAC elege como favoritas as faixas mais intensas e que flertam mais com o Heavy Metal: "Let's Get Crazy" e "If My Mind Is Evil". "Cry for Freedom" é legal e vale pela mensagem.





Enfim, Big Game é um trabalho sólido de um grupo importante do Glam Metal oitentista. Mas o RAC o recomenda apenas para aqueles que gostem desta sonoridade.


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